Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

DICAS PARA A PROVA DE GEOGRAFIA NO ENEM 2011


Já aconteceu de esquecer quais são os nove planetas do sistema solar?
Atenção para questões que se relacionam com fatos recentemente noticiados pela mídia.
Fique esperto também diante de noticiários dos jornais nacionais transmitidos pelas emissoras de TV.
Para um melhor resultado, o programa deve ser utilizado com vistas a analisar a realidade, temas atuais e problemas que assolam o Brasil e o mundo.
É provável a incidência de quesitos sobre vulcões ativos, muçulmanos, Filipinas, Indonésia, Israel, Iraque, Palestina, clima, vegetação, população, industrialização, desenvolvimento tecnológico e migração.
A cada vestibular, as provas de Geografia se tornam cada vez mais complexas. Uma boa preparação exige cuidados do estudante, como conhecer muito bem todo o conteúdo de Geografia Geral e do Brasil, dentro do programa do segundo grau.
Como as provas estão cada vez mais difíceis, o aluno deve treinar sua capacidade de análise e interpretação, não apenas de textos, gráficos, tabelas e espaços geográficos, mas também sua capacidade de identificar esses espaços e inter-relacionar fatos que parecem ter uma ligação que não têm.
Questões sobre Pirâmides Etárias são constantes nas provas de Geografia. Costumam cair, igualmente, muitos quesitos sobre os diferentes tipos de vegetação do território brasileiro. O Agreste, por exemplo, constitui uma zona nordestina, de solo pedregoso com pouca vegetação, que separa a mata do sertão.
Para ir bem na prova de Geografia, não basta grudar mapas pelas paredes do quarto. Deve, freqüentemente, dar uma olhada nos jornais e revistas, à procura de informações sobre os últimos grandes acontecimentos mundiais e nacionais, já que muitos deles terão presença certa na sua prova do ENEM.

Balanço Térmico da Terra



Albedo e quais são os fatores que determinam o albedo de uma determinada superfície

Albedo é a capacidade de reflexão da radiação solar de uma determinada superfície.
Vários são os fatores que determinam o valor do albedo, dentre os quais: tipos de solo, floresta, campo, neve, água, gelo, nuvens, grau de urbanização.

A posição dos raios solares também influencia no albedo. Ex.: No nascer e no pôr-do-sol o albedo é elevado (raios solares oblíquos ou inclinados). Ao meio dia o albedo é baixo (raios solares verticais)

Altitude do Sol

É o ângulo entre seus raios e uma tangente à superfície no ponto de observação.
Latitude do local, período do dia e pela estação. Geralmente diminui com o aumento da latitude. Ela é elevada à tarde, porém baixa pela manhã e ao entardecer. Do mesmo modo a altitude do Sol é mais elevada no verão que no inverno.

A quantidade total de radiação recebida em determinado local é também afetada pela duração do dia. A duração do período de luz obviamente afeta a quantidade de radiação recebida.

"Efeito de continentalidade" e o "Efeito de estufa"

Continentalidade

São as diferenças nas propriedades térmicas existentes entre a terra e a água. A água tem uma tendência de armazenar o calor que recebe, a terra, por outro lado, rapidamente o devolve à atmosfera.

Estufa

A radiação infravermelha emitida pela atmosfera absorvida pela superfície terrestre é em parte contra-radiada, conforme valores abaixo:

355 Kly-ano - Radiação infravermelha emitida pela atmosfera

206 Kly-ano - Absorvida pela superfície terrestre

149 Kly/ano - Contra-radiada e liberada no espaço.

Teoricamente, com a maior emissão do Dióxido de Carbono pelas indústrias e automóveis, a absorção da radiação estaria aumentando e conseqüentemente a contra-radiação diminuindo, aumentando a temperatura média da Terra.

Falando mais simplesmente, refere-se à capacidade da atmosfera em absorver a radiação solar, mas não permitindo que a radiação terrestre saia para o espaço como se fosse "um vidro numa estufa".

O papel do ozônio, bióxido de carbono, vapor d’água e partículas materiais no balanço de radiação da Terra

A atmosfera absorve, reflete, difunde e reirradia a energia solar.

Cerca de 18% da insolação é absorvida diretamente pelo ozônio e pelo vapor d’água. O CO2 absorve radiação. A cobertura de nuvens impede a penetração da insolação. A quantidade de radiação refletida pelas nuvens depende não somente da quantidade e da espessura das mesmas, mas também do tipo de nuvem. Aproximadamente 25% da radiação solar é refletida de volta ao espaço pelas nuvens.

Distribuição geográfica da insolação e radiação líquida sobre a superfície da Terra

Vários fatores explicam as diferenças de comportamento das superfícies terrestres e aquáticas com relação à insolação:

a) É sabido que o albedo da superfície terrestre é geralmente maior que o das aquáticas.

b) Também as superfícies aquáticas são transparentes propiciando que os raios do sol penetrem mais profundamente nela que na superfície terrestre que é opaca.

c) O modo de transferência de calor na água se dá por convecção, um método mais eficiente e rápido que o solo que é o de condução.

d) O calor específico da água é maior do que o da terra, tendo que absorver cinco vezes mais energia calorífica para elevar sua temperatura em nível igual ao de uma massa de solo seco semelhante.

Também os aspectos de altitude, posição geográfica (vertentes voltadas para o Sul ou Norte) onde há maior ou menor exposição ao sol. Maiores quantidades de insolação são recebidas nas zonas subtropicais, que apresentam valores ligeiramente mais elevados que a zona equatorial, com mais nuvens.

Diminui em direção aos pólos.

Nos desertos até 80% da radiação solar incidente sobre o topo da atmosfera durante o ano atinge o solo.

Também as épocas do ano influem nos valores da insolação:

Em Dezembro:

Os valores de insolação são mais elevados no hemisfério Sul que no hemisfério Norte, enquanto a situação inversa ocorre em Junho. Os valores mais elevados de insolação ocorrem na África Meridional, na Austrália Central e na América do Sul.

Com exceção dos valores relativamente altos que ocorrem sobre a zona de savanas da África Ocidental e do Sudão, os valores de insolação geralmente diminuem continuamente em direção ao pólo sul. Além do Círculo Polar Ártico a insolação é zero, pois esta área está continuamente na escuridão.

Em Junho:

As maiores quantidades de insolação ocorrem na zona subtropical do hemisfério Norte. Os valores de insolação diminuem ligeiramente em direção ao pólo Norte, porém mais rapidamente em direção ao pólo Sul. Além do Círculo Polar Ártico os valores de insolação chegam até 14 kg cal/cm2 enquanto no Pólo Sul são menores que 2 Kg cal/cm2, acima da latitude 40º S. Durante esse período, a área situada além do Círculo Polar Antártico está continuamente na escuridão.
Radiação solar no sistema Terra-atmosfera

Depende de vários fatores tais como: período do ano, do período do dia e da latitude.

Por período do ano entende-se a posição do Sol em relação à Terra: em janeiro a Terra está em sua posição mais próxima do Sol. A distância da Terra para o Sol varia durante o ano, uma vez que a órbita da Terra ao redor do Sol é mais elíptica que circular. Essa variação na distância afeta a quantidade de energia solar recebida.

A altitude do Sol, também afeta a quantidade de energia solar recebida.

A duração do dia também afeta a quantidade de energia solar recebida.

Efeito Coriólis

O Efeito Coriólis (nome devido ao seu descobridor Gaspard Coriólis), é a tendência que qualquer corpo em movimento sobre a superfície terrestre tem de mudar seu curso devido à direção rotacional e da velocidade da Terra.

No hemisfério Norte, a atração é no sentido horário (para a direita) e no hemisfério Sul, a atração é no sentido inverso (anti-horário).

Na TV, o repórter da Globo Maurício Kubrusly demonstrou o efeito, quando com recipiente contendo água se posicionou sobre a linha do equador (a água não girou para nenhum lado), depois acima da linha do equador (a água girou para o lado direito) e por último deslocou-se abaixo da linha do equador (nesse caso a água girou para o lado esquerdo).

Esse efeito afeta também as correntes marítimas pois a água (líquido) sofre deformações.

A velocidade de giro da Terra que próxima à linha do equador é de aproximadamente 1.666 km/h vai diminuindo em direção aos pólos. Sendo assim, se disparássemos um tiro de canhão na direção Norte ou na direção Sul, não acertaríamos o alvo, uma vez que as velocidades de rotação do local de lançamento para o alvo seriam diferentes causando desvio do tiro. Nesse caso deveria ser feito um cálculo levando em consideração essa diferença para que pudéssemos acertar o referido alvo.
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Alísios e Contra-Alísios

Alísios são os ventos que sopram constantemente dos trópicos para o equador, em baixas altitudes.

Os alísios são ventos úmidos que provocam chuvas nas imediações do equador, onde ocorre o encontro desses ventos. Por essa razão, a zona equatorial é a região das calmarias equatoriais chuvosas.

Os contra-alísios sopram do equador para os trópicos, em altitudes elevadas.

Os contra-alísios são ventos secos e os responsáveis pelas calmarias tropicais secas que geralmente ocorrem ao longo dos trópicos.

Os maiores desertos da Terra se encontram juntos a essas zonas atravessadas pelos trópicos.

Monções

Monções são ventos que sopram, durante o verão, do Índico para a Ásia Meridional e, durante o inverno, da Ásia Meridional para o oceano Índico.
Monções Marítimas: sopram do Índico para o continente e provocam excessivas chuvas na Ásia Meridional, causando enchentes e inundações.
Monções continentais: sopram do continente para o oceano Índico e provocam estiagens ou secas prolongadas no sul da Ásia.
As Brisas

As Brisas são ventos periódicos que sopram , durante o dia, do mar para o continente e, durante a noite, do continente para o mar.

O jangadeiro vai para alto-mar pescar, durante a noite, ajudado pelas brisas continentais e volta, durante o dia, auxiliado pelas brisas marítimas.
Monções

Subsistência intensiva na Ásia

A importância das Monções está diretamente relacionada à sobrevivência do povo asiático ligado à cultura do arroz (rizicultura)

No sul e sudeste da Ásia, nas vastas planícies e vales fluviais de clima tropical, o arroz é o principal alimento há milênios. O ciclo produtivo da rizicultura acompanha o fenômeno das monções.

As massas de ar se deslocam dos centros de alta pressão para os de baixa pressão. O aquecimento diferencial da Terra durante as diferentes estações do ano provoca o deslocamento desses centros.

No inverno do hemisfério norte, os centros de alta pressão geram massas polares no continente asiático. Essas massas de ar secas (porque foram formadas sobre o continente) se deslocam para o sul, em direção aos centros de baixa pressão provocando estiagens ou secas prolongada. São as monções de inverno também conhecidas como Continentais.

No verão forma-se um centro de baixa pressão sobre o continente. As massas equatoriais e tropicais se deslocam para o norte, em direção a esse centro. Nesse deslocamento, passam pelo Oceano Índico e ganham umidade. por isso, provocam chuvas de verão torrenciais no sul e sudeste do continente causando enchentes e inundações. São as monções de verão também conhecidas como Marítimas.

O arroz é semeado durante a estação de chuvas (junho a outubro), pois as variedades de arroz comuns na Ásia meridional requerem água em abundância. A maior parte da produção origina-se de pequenos lotes de terras, nos quais se utiliza intensivamente a mão-de-obra.

Recordando:

Monções são ventos que sopram, durante o verão, do Índico para a Ásia Meridional e, durante o inverno, da Ásia Meridional para o oceano Índico.

Climatologia


Pressão Atmosférica

Pressão atmosférica é a força que o ar exerce sobre a superfície. Ela é medida em milímetros (mm), centímetros (cm) e milibares (mb) pelo barômetro.

A pressão atmosférica varia:
Com a altitude, de um lugar para o outro;
Com a temperatura, de um período para outro.
Quando descemos uma serra, notamos uma diferença nos ouvidos. É o aumento de pressão atmosférica, que ocorre à medida que diminui a altitude.

Baixa altitude = alta pressão
Alta altitude = baixa pressão

O aumento da temperatura, numa determinada localidade, provoca uma diminuição na pressão atmosférica.

Baixa temperatura = alta pressão
Alta temperatura = baixa pressão

Graças às diferenças de pressão atmosférica, formam-se centros de alta pressão (zona anticiclonal) e de baixa pressão (zona ciclonal).

O ar que se desloca da zona anticiclonal para a zona ciclonal é o vento.
Umidade e Precipitações Atmosféricas

As águas oceânicas e da superfície continental, graças à temperatura e aos ventos, evaporam-se e ganham altitude num movimento ascendente. Esse vapor d’água do ar constitui a umidade atmosférica, que pode ser absoluta ou relativa.

A umidade absoluta é a quantidade de vapor d’água existente numa porção de atmosfera num determinado momento. É medida em gramas pelo higrômetro.
Existe também o ponto de saturação, que é a quantidade de vapor d’água suportável por essa mesma porção de atmosfera.

A umidade relativa do ar é a relação percentual entre a umidade absoluta e o ponto de saturação. É obtida em percentagem (%) através de um aparelho chamado psicrômetro.

O ponto de saturação e umidade absoluta dependem da temperatura atmosférica e, por essa razão, geralmente são maiores nas regiões quentes e menores nas regiões frias.

Devido ao fato de nas altas altitudes reinarem baixas temperaturas, o vapor d’água se condensa, formando nuvens.
Os principais tipos de nuvens são:
cirros: são as mais altas, ralas, raras e brancas. Não provocam chuvas;
cúmulos: aparecem em altitudes superiores a 2 000 metros e lembram flocos de algodão;
estratos: aparecem no crepúsculo, entre 500 e 1 000 metros de altitude, em forma de filamentos paralelos;
nimbos: são as mais baixas e escuras. Provocam mais chuvas imediatas.

SERÁ QUE VAI CHOVER?

A água existente na atmosfera volta à superfície da Terra através das precipitações atmosféricas na forma de:
neve: precipitação de cristais de gelo em forma de flocos, comum nas zonas temperadas e frias, durante o inverno;
orvalho: precipitação de gotículas de água líquida que ocorre em noites limpas e frias, conhecidas como sereno;
granizo: precipitação de pedras de gelo em meio a chuvas fortes (chuvas de pedra);
chuva: precipitação de água líquida.
A geada não é uma precipitação, pois resulta de orvalho congelado já na superfície. Por essa razão é errado dizer que caiu geada em algum lugar. O correto é falar: geou ou teve geada em algum lugar.
A chuva é, no entanto, a precipitação atmosférica mais geral e importante. A quantidade de chuvas caídas numa região, durante um ano, é medida em milímetros (mm) pelo pluviômetro e constitui o índice pluviométrico.
A simples observação do índice pluviométrico de uma região não é suficiente para se determinar com exatidão a umidade do seu clima. É necessário conhecer o regime pluviométrico, isto é, a distribuição das chuvas durante o ano. Os principais regimes pluviométricos são:
equatorial: chuvas o ano inteiro;
tropical: chuvas no verão e estiagem no inverno;
monções: apresenta chuvas no verão e estiagem no inverno, como conseqüência dos ventos monções;
mediterrâneo: chuvas no inverno e estiagem no verão;
desértico: a estiagem predomina o ano inteiro, com secas acentuadas e chuvas bastante esporádicas e irregulares, resultando um baixo índice pluviométrico;
latitudes médias e altas: chuvas regulares e bem distribuídas durante o ano.

Resumindo
A atmosfera está dividida em várias camadas, sendo a troposfera a mais importante.
O aquecimento do ar atmosférico se dá pela irradiação do calor absorvido pela superfície.
A Terra está dividida em cinco zonas térmicas.
A temperatura varia de acordo com a latitude e com a altitude.
Em baixas latitudes, próximo ao equador, as temperaturas são elevadas; nas altas latitudes, isto é, nas regiões polares, as temperaturas são baixas.
Em altas altitudes, picos montanhosos permanecem eternamente cobertos de gelo.
A pressão atmosféricas varia de acordo com a temperatura e a altitude.
O vento é causado por diferenças de pressão entre duas regiões.
O anemômetro é usado para medir a velocidade do vento. O anemoscópio, ou biruta, indica a direção e o sentido do vento.
Os alísios são ventos constantes que convergem para o equador.
As brisas sopram do continente para o oceano (à noite) e do oceano para o continente (durante o dia).
As monções são ventos periódicos, típicos da Ásia Meridional.
Umidade relativa é a relação percentual entre a umidade absoluta e o ponto de saturação.
Chuva, granizo, neve e orvalho são precipitações atmosféricas.
Cirros, cúmulos, estratos e nimbos são tipos de nuvens.
Índice pluviométrico é a quantidade de chuvas caídas numa região.
Regime pluviométrico é a distribuição das chuvas durante o ano numa região.

Ventos

Ventos são deslocamentos de ar das zonas de alta pressão para as zonas de baixa pressão.

A diferença entre as pressões atmosféricas das zonas anticiclonal e ciclonal determina a velocidade do vento, que pode ser: fraco, moderado, forte, violento e furacão.

O furacão possui ação devastadora, pois destrói quase tudo por onde passa. Ocorre com freqüência na América Central e quase sempre atinge a América do Norte.

A velocidade do furacão é, em geral, superior a 90 quilômetros por hora.

A velocidade do vento é medida em metros por segundo, por um aparelho chamado anemômetro. A biruta, ou anemoscópio, é usada para indicar a direção e o sentido do vento.

Os ventos podem ser constantes, ou regulares, periódicos, variáveis, ou irregulares, e locais.

Principais tipos de ventos:

Constantes
alísio
contra-alísio
Periódicos
brisa
monção
variáveis ou irregulares
locais

Alísios e Contra-Alísios

Alísios são os ventos que sopram constantemente dos trópicos para o equador, em baixas altitudes.

Os alísios são ventos úmidos que provocam chuvas nas imediações do equador, onde ocorre o encontro desses ventos. Por essa razão, a zona equatorial é a região das calmarias equatoriais chuvosas.

Os contra-alísios sopram do equador para os trópicos, em altitudes elevadas.

Os contra-alísios são ventos secos e os responsáveis pelas calmarias tropicais secas que geralmente ocorrem ao longo dos trópicos.

Os maiores desertos da Terra se encontram juntos a essas zonas atravessadas pelos trópicos.

Monções

Monções são ventos que sopram, durante o verão, do Índico para a Ásia Meridional e, durante o inverno, da Ásia Meridional para o oceano Índico.
Monções Marítimas: sopram do Índico para o continente e provocam excessivas chuvas na Ásia Meridional, causando enchentes e inundações.
Monções continentais: sopram do continente para o oceano Índico e provocam estiagens ou secas prolongadas no sul da Ásia.
As Brisas

As Brisas são ventos periódicos que sopram , durante o dia, do mar para o continente e, durante a noite, do continente para o mar.

O jangadeiro vai para alto-mar pescar, durante a noite, ajudado pelas brisas continentais e volta, durante o dia, auxiliado pelas brisas marítimas.
Monções

Subsistência intensiva na Ásia

A importância das Monções está diretamente relacionada à sobrevivência do povo asiático ligado à cultura do arroz (rizicultura)

No sul e sudeste da Ásia, nas vastas planícies e vales fluviais de clima tropical, o arroz é o principal alimento há milênios. O ciclo produtivo da rizicultura acompanha o fenômeno das monções.

As massas de ar se deslocam dos centros de alta pressão para os de baixa pressão. O aquecimento diferencial da Terra durante as diferentes estações do ano provoca o deslocamento desses centros.

No inverno do hemisfério norte, os centros de alta pressão geram massas polares no continente asiático. Essas massas de ar secas (porque foram formadas sobre o continente) se deslocam para o sul, em direção aos centros de baixa pressão provocando estiagens ou secas prolongada. São as monções de inverno também conhecidas como Continentais.

No verão forma-se um centro de baixa pressão sobre o continente. As massas equatoriais e tropicais se deslocam para o norte, em direção a esse centro. Nesse deslocamento, passam pelo Oceano Índico e ganham umidade. por isso, provocam chuvas de verão torrenciais no sul e sudeste do continente causando enchentes e inundações. São as monções de verão também conhecidas como Marítimas.

O arroz é semeado durante a estação de chuvas (junho a outubro), pois as variedades de arroz comuns na Ásia meridional requerem água em abundância. A maior parte da produção origina-se de pequenos lotes de terras, nos quais se utiliza intensivamente a mão-de-obra.

Recordando:

Monções são ventos que sopram, durante o verão, do Índico para a Ásia Meridional e, durante o inverno, da Ásia Meridional para o oceano Índico.

A classificação dos climas



Como resultado de seus vários elementos e inúmeros fatores, o clima pode ser classificado segundo vários critérios, principalmente quanto à temperatura e à umidade.

Quanto à temperatura, de acordo com as zonas térmicas e a altitude, o clima pode ser:

QUENTE
TEMPERADO
FRIO

Quanto à umidade, como conseqüência da pluviosidade, o clima pode ser:

superúmido
úmido
Subúmido
Semi-árido
árido

Extremos climáticos no globo
Temperatura
MAIOR = 58ºC no deserto da Líbia

Menor = -88ºC em Vostok, na Antártida
Pluviosidade
MAIOR = 12.000 mm no Havaí (EUA)

Menor = 75 mm deserto de Atacama, no Chile

RESUMINDO
Clima é a sucessão de tempo, dinamizada pela movimentação das massas de ar.
O clima de uma região resulta da massa de ar dominante e, conseqüentemente, da zona térmica em que se encontra.
Os climas do Brasil são: equatorial (na Amazônia), tropical (no Nordeste, no Sudeste e no Centro-Oeste) e subtropical (no Sul).
Na estação de inverno ocorre o fenômeno da "friagem" na Amazônia.
No Sertão do Nordeste, o clima é tropical semi-árido, isto é, com chuvas escassas.

O clima no Brasil




Devido à grande extensão do território brasileiro, encontram-se em nosso país climas bem variados. Todavia, devido à posição tropical do país, predominam os climas quentes.

As máximas temperaturas no Brasil, em geral, ocorrem no Sertão do Nordeste, destacando-se o interior dos estados da Bahia e do Ceará. Também em Mato Grosso do Sul, a temperatura já foi além dos 40ºC.

As menores temperaturas, em geral, ocorrem no estado de Santa Catarina, destacando-se o Parque Nacional de São Joaquim, que registrou 11ºC negativos. Também em São Francisco de Paula, no Estado do Rio Grande do Sul, a temperatura foi além de 11ºC negativos.

Nos estados do Sul e do Sudeste, ocorrem abaixamentos bruscos na temperatura, por vezes acompanhados por chuvas prolongadas. É a chegada, quase sempre, de massa de ar frio conhecida pelo nome de Polar Atlântica.
Com o recuo do ar frio, avança a massa de ar quente, provocando elevação de temperatura e melhora do tempo.

Em geral, no Brasil, as chuvas são abundantes, com exceção do Sertão Nordestino, chamado polígono das secas, onde o clima é tropical semi-árido.

As secas mais acentuadas ou a menor pluviosidade encontram-se nos sertões dos estados da Paraíba, do Ceará e da Bahia.

Os maiores índices de pluviosidade do país foram registrados no estado de São Paulo, na zona da Serra do Mar, nas localidades de Itapanhaú e Cubatão.

A atmosfera brasileira é agitada pelos seguintes ventos:
alísios, que se deslocam para as proximidades do equador, na Amazônia e no Nordeste;
brisas, que sopram ao longo de todo o litoral brasileiro;
minuano, vento frio de origem polar (massa de ar polar atlântica), que penetra no Brasil pelo Rio Grande do Sul e que, por vezes, pode atingir os estados da Amazônia e do Nordeste;
noroeste, vento moderado ou forte que sopra no Sudeste, principalmente no estado de São Paulo, nos meses de agosto e setembro.

Os tipos de clima no Brasil, são:
equatorial, quente e superúmido, com chuvas o ano todo, na Amazônia;
tropical, quente e úmido (ou subúmido), com chuvas no verão e estiagens no inverno, na maior parte do Brasil Central;
semi-árido, quente com chuvas escassas e mal distribuídas, no Sertão do Nordeste, onde se encontra o polígono das secas;
tropical de altitudes, quente mas com temperaturas suavizadas pela altitude, no Sudeste;
subtropical ou temperado quente, com as menores temperaturas, com algumas precipitações de neve e ocorrências de geadas no inverno, nos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Contrastes Climáticos no Brasil
Chuvas de inverno: ocorrem na Zona da Mata (litoral do Nordeste) e são causadas pelo encontro dos alísios de Sudeste com um ramo do minuano.
Friagem: é a queda brusca de temperatura em época de inverno na Amazônia Ocidental. Esse abaixamento da temperatura é motivado pela chegada de um ramo do vento minuano, procedente do sul do país.

Domínio Morfoclimático




"Clima é a sucessão de tempo dinamizada pela movimentação das massas de ar."

Em outras palavras, clima é o comportamento do tempo (atmosférico) durante o ano.

O clima de uma região é determinado pela massa de ar dominante e depende da zona térmica em que se acha localizado.

Temos, por exemplo, que:
  • a zona equatorial possui clima quente, porque é dominada por massas de ar quente o ano inteiro, mesmo no inverno;
  • as zonas polares possuem climas frios, pois são dominadas por massas de ar frio, mesmo no verão;
  • as zonas temperadas, onde as estações do ano são bem definidas, são dominadas por massas de ar quente, no verão, e por massas de ar frio, no inverno.
  • Essas massas de ar avançam e recuam o ano inteiro, com maior ou menor intensidade, dependendo da estação do ano, alterando as condições do tempo dos locais por onde elas passam.

A Amazônia Legal


  • Em 1953, através da Lei 1.806, de 06.01.1953,(criação da SPVEA), foram incorporados à Amazônia Brasileira, o Estado do Maranhão (oeste do meridiano 44º), o Estado de Goiás (norte do paralelo 13º de latitude sul atualmente Estado de Tocantins) e Mato Grosso ( norte do paralelo 16º latitude Sul).
  • Com esse dispositivo legal (Lei1.806 de 06.01.1953) a Amazônia Brasileira passou a ser chamada de Amazônia Legal, fruto de um conceito político e não de um imperativo geográfico. Foi a necessidade do governo de planejar e promover o desenvolvimento da região.
  • Em 1966, pela Lei 5.173 de 27.10.1966 (extinção da SPVEA e criação da SUDAM) o conceito de Amazônia Legal é reinventado para fins de planejamento. Assim pelo artigo 45 da Lei complementar nº 31, de 11.10.1977, a Amazônia Legal tem seus limites ainda mais estendidos.
  • Com a Constituição Federal de 05.10.1988, é criado o Estado do Tocantins e os territórios federais de Roraima e do Amapá são transformados em Estados Federados (Disposições Transitórias art. 13 e 14).
A área de abrangência da Amazônia Legal, corresponde em sua totalidade os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e, parcialmente, o Estado do Maranhão (a oeste do meridiano de 44o WGr.), e perfazendo uma superfície de aproximadamente 5.217.423 km2 correspondente a cerca de 61% do território brasileiro.




Estados brasileiros, suas capitais e suas superfícies



Estado
Capital
Superfície em km2
AcreRio Branco
153.698
AlagoasMaceió
29.107
AmapáMacapá
142.358
AmazonasManaus
1.567.953
BahiaSalvador
566.978
CearáFortaleza
145.694
Distrito FederalBrasília
5.794
Espírito SantoVitória
45.733
GoiásGoiânia
340.166
MaranhãoSão Luís
329.556
Mato GrossoCuiabá
901.421
Mato Grosso do SulCampo Grande
357.471
Minas GeraisBelo Horizonte
586.624
ParáBelém
1.246.833
ParaíbaJoão Pessoa
53.958
ParanáCuritiba
199.324
PernambucoRecife
101.023
PiauíTeresina
251.273
Rio de JaneiroRio de Janeiro
43.653
Rio Grande do NorteNatal
53.167
Rio Grande do SulPorto Alegre
280.674
RondôniaPorto Velho
238.379
RoraimaBoa Vista
225.017
Santa CatarinaFlorianópolis
95.318
São PauloSão Paulo
248.256
SergipeAracaju
21.867
TocantinsPalmas
277.322
Região
Superfície em km2
Norte – N
3.851.560
Nordeste – NE
1.556.002
Sudeste – SE
924.266
Sul – S
575.316
Centro-Oeste – CO
1.604.852