Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Aula de Campo Turma de Libras ao PLANETÁRIO


O Planetário Rubens de Azevedo está situado no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Um complexo cultural de 30 mil metros quadrados que abriga museus, teatro, cinemas, auditórios, espaços para exposições, anfiteatro, passarelas, bares e restaurantes. O Planetário Rubens de Azevedo está equipado com projetores marca Carl Zeis modelo Skymaster ZKP4 com Space Gate Quinto e Sistema PowerDome. 
Todos os equipamentos foram fabricados pela empresa alemã Carl Zeiss Jena GmbH, inventora do planetário, e há mais de 80 anos detém a tecnologia dos melhores planetários do mundo.
Os equipamentos são controlados por um conjunto de 8 computadores de última geração que permitem a exibição de imagens de alta qualidade em projeção FULL DOME (em toda a cúpula - 360º x 180º). A projeção de estrelas pelo ZKP4 é feita por tecnologia de fibras ópticas (patente mundial da Carl Zeiss), que reproduz com bastante fidelidade o Céu estrelado, imitando o Céu de uma cidade sem poluição luminosa. 
O sistema de som é digital, surround sound com 6 canais, mesa de som digital com 24 canais e caixas acústicas que direcionam o som por toda a cúpula hemisférica. Coberto por uma cúpula de 11 metros de diâmetro abrangendo uma área total de 78m², o ambiente do Planetário obedece aos mais rigorosos critérios de segurança e conforto.
Com capacidade de 80 lugares sentados, em ambiente refrigerado, espaços reservados para pessoas portadoras de necessidades especiais, o Planetário Rubens de Azevedo atua no binômio turístico-pedagógico, oferecendo o que há de melhor em entretenimento e inovação no ensino.
Aula de Campo realizada em 10/05/2012 , em Fortaleza - Ce.






































A Heterogeneidade dos países em desenvolvimento, IDH e IPC


Com o avanço da internacionalização dos circuitos econômicos, financeiros e tecnológicos, debilitam-se os sistemas econômicos nacionais. As atividades estatais tendem a circunscrever-se às áreas sociais e culturais. Os países marcados por acentuada heterogeneidade cultural e/ou econômica serão submetidos a crescentes pressões desarticuladoras. A contrapartida da internacionalização avassaladora é o afrouxamento dos vínculos de solidariedade histórica que unem, no quadro de certas nacionalidades, populações marcadas por acentuadas disparidades de nível de vida.
A globalização oferece, sem dúvida, oportunidades para o desenvolvimento. Compreendemos que as estratégias nacionais devem ser desenhadas em função das possibilidades apresentadas, assim como os pré-requisitos para uma maior incorporação à economia mundial. Simultaneamente, este processo traz riscos originados de novas fontes de instabilidade (tanto comercial quanto, e em especial, financeira), riscos de exclusão para aqueles países não adequadamente preparados para as fortes demandas de competitividade próprias do mundo contemporâneo, e riscos de acentuação da heterogeneidade estrutural entre setores sociais e regiões dentro dos países que se integram, de maneira segmentada e marginal, à economia mundial.
Uma primeira dificuldade que se apresenta diz respeito à heterogeneidade sócio-econômica entre os países. As informações disponíveis revelam um quadro de grande diferenciação entre as taxas de crescimento econômico, o PIB  per capita e a renda
média da população em cada país, com uma clara predominância do Chile e da Argentina como os países que possuem níveis mais altos de crescimento econômico.
No que diz respeito aos indicadores sociais, o estudo também revela um quadro de grande heterogeneidade. O Brasil equipara-se ao Paraguai
em relação à maioria dos indicadores analisados, embora possua um PIB per capita duas vezes maior. No que diz respeito à expectativa de vida, por exemplo, o Brasil possui o índice mais baixo entre todos os países do Mercosul. Brasil e Paraguai, por sua vez, encontram-se bastante distanciados dos indicadores apresentados pelo Chile, Argentina e Uruguai.
Conclui-se que por um lado temos  um sistema de economia mundial globalizado e interdependente, único, sem alternativa; por outro lado, uma crescente heterogeneidade de condições de vida, de contextos culturais e de espaços.

IDH e Metas do MILÊNIO
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um índice que serve de comparação entre os países, com objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população.
O relatório anual de IDH é elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU.

Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é usado para apurar o desenvolvimento de cidades, estados e regiões.
No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e Produto Interno Bruto per capita.

Classificação de acordo com o IDH

• O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) até 1 (desenvolvimento humano total), sendo os países classificados deste modo:
• Quando o IDH de um país está entre 0 e 0,510, é considerado Baixo.
• Quando o IDH de um país está entre 0,522 e 0,698, é considerado Médio.
• Quando o IDH de um país está entre 0,699 e 0,783, é considerado Elevado.
• Quando o IDH de um país está entre 0,793 e 1,0 é considerado Muito Elevado.

Os Critérios Para Obtenção do IDH

• O IDH também tem a particularidade de na sua avaliação da qualidade de vida da população considerar critérios abrangentes dessa população, pois considera os aspectos econômicos, e outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana.

IDH e os indicadores sociais considerados para sua obtenção

  • Saúde - Expectativa de vida - Numa dada população é o número médio de anos que um indivíduo pode esperar viver, se submetido, desde o nascimento, às taxas de mortalidade observadas para aquele momento.
  • Educação - É a média de anos de estudo da população adulta (25 anos ou mais). Para averiguar as condições da população em idade escolar, em vez de taxa bruta de matrícula passa a ser usado o número esperado de anos de estudos (expectativa de vida escolar, ou tempo que uma criança ficará matriculada, se os padrões atuais se mantiverem ao longo de sua vida escolar).
  • Renda Nacional Bruta per capita - Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que abrange os mesmos fatores que o PIB, mas também leva em conta recursos enviados ou recebidos do exterior — é uma maneira de captar melhor as remessas vindas de imigrantes, excluírem da conta o envio de lucro para o exterior das empresas e computar a verba de ajuda humanitária recebida pelo país, por exemplo. Assim como na versão anterior usava-se o logaritmo natural do PIB per capita, agora se usa o logaritmo natural da renda. Também foi mantido o modo como os valores são expressos: em dólar corrigido pela paridade do poder de compra (PPC), que leva em conta a variação do custo de vida entre os países.

Brasil avança no desenvolvimento humano e sobe uma posição no ranking do IDH 2011.

RDH 2011 mostra Brasil na 84ª posição entre 187 países; nos últimos 5 anos, o país está entre os 24 que subiram 3 ou mais posições, O índice brasileiro, de 0,718, situa o país entre os de elevado desenvolvimento humano, e fez o país subir uma posição no ranking global do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) deste ano.
Com isso, o Brasil saiu da 85ª para a 84ª posição, permanecendo no grupo dos países de
alto desenvolvimento humano.
No caso brasileiro, esta evolução do IDH do ano
passado para este ano contou com um impulso maior da dimensão saúde – medida pela expectativa de vida –, responsável por 40% da alta. As outras duas dimensões que compõem o
IDH, educação e renda, responderam cada uma, por cerca de 30% desta evolução.
O IDH do Brasil, é maior que a média mundial (0,682), porém inferior ao conjunto dos países da
América Latina e Caribe (0,731), de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano.

Comparação do Brasil com os demais países da América Latina e Caribe.

      * Posição: 44 – Chile - 0,805
• Posição: 45 – Argentina - 0,797
• Posição: 48 – Uruguai - 0,783
• Posição: 51 – Cuba - 0,776
• Posição: 57 – México - 0,770
* Posição: 58 – Panamá - 0,768
• Posição: 62 - Trinidad e Tobago - 0,760
• Posição: 69 - Costa Rica - 0,744
• Posição: 72 - São Cristovão e Névis - 0,735
• Posição: 73 – Venezuela - 0,735
• Posição: 79 – Jamaica - 0,727
• Posição: 80 – Peru - 0,725
• Posição: 81 – Dominica - 0,724
• Posição: 82 - Santa Lúcia - 0,723
• Posição: 84 – Brasil - 0,718

Brasil só está acima dos seguintes países
Latinos Americanos:
• Posição: 93 – Belize - 0,699
• Posição: 104 – Suriname - 0,680
• Posição: 105 - El Salvador - 0,674 e

Haiti.............. 0,532
Guatemala ... 0,574
Paraguai ...... 0,665
Bolívia........... 0,663
Guiana........... 0,633
Suriname....... 0,680
El Salvador.... 0,674
Nicarágua ..... 0,700
Colômbia ...... 0,710

OUTROS ÍNDICES DE QUALIDADE DE VIDA

Índice de condições de vida: indica os detalhes mais específicos da qualidade de vida como dados relativos a renda, habitação, educação e longevidade.

• Índice de pobreza humana: (IPH) :mede a relação de pessoas que vivem abaixo da linha
de pobreza. Há dois níveis de IPH: o IPH 1 que calcula os índices de pobreza nos países subdesenvolvidos ; e o IPH 2 que calcula o nível de pobreza nos países desenvolvidos.

• Índice GINI: mede a concentração de renda em certos setores da população de um país. Varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1 maior é a concentração de renda. No caso brasileiro, nosso país está entre os cinco primeiros de maior concentração de renda.

Os principais indicadores  socioeconômicos

• Produto Interno Bruto( PIB)- é a soma de todos os bens e serviços produzidos por uma
nação no período de um ano. Ajuda a medir a capacidade de produção de uma nação.

• Produto Nacional Bruto( PNB) è a soma de bens e serviços produzidos por um país no decorrer de um ano. Para este cálculo considera-se a renda obtida pelo capital nacional que está no exterior, deve-se, no entanto, subtraírem-se as remessas de capital que foram enviadas para fora. Assim o PNB será calculado PIB + renda recebida do exterior - renda enviada para o exterior.

• Paridade de poder aquisitivo (PPA) ou Paridade de poder de compra (PPC): Constitui-se em um fator de conversão do poder de aquisitivo, onde se verifica quanto em moeda do país é necessário para obter o mesmo que um dólar americano pode comprar nos Estados Unidos. Esse índice é utilizado para o cálculo do PIB per capita na composição do IDH.

• Renda per capita É o PIB de um país dividido pelo número de habitantes. Por ser apenas uma estimativa média da renda anual de cada habitante, nem sempre a renda per capita nos mostra a real situação de renda por habitante.

Metas do Milênio:

O QUE É: Documento que consolidaram várias metas estabelecidas nas conferências mundiais ocorridas ao longo dos anos 90, estabelecendo um conjunto de objetivos para o desenvolvimento e a erradicação da pobreza no mundo – os chamados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) – que devem ser adotados pelos estados membros das Nações Unidas, que envidarão esforços para alcançá-los até 2015.

Oito objetivos gerais foram identificados:


1 - Erradicar a extrema pobreza e a fome.
2 - Atingir o ensino básico universal.
3 - Promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres.
4 - Reduzir a mortalidade infantil.
5 - Melhorar a saúde materna.
6 - Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças.
7 - Garantir a sustentabilidade ambiental.
8 - Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

A partir destes oito objetivos internacionais comuns, 18 metas e 48 indicadores foram definidos para possibilitar uma avaliação uniforme dos ODM nos níveis global, regional e nacional.
O acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio deve considerar especificidades nacionais. Assim, cada país deve valer-se de suas capacidades para monitorá-los.
Os ODM consistem na estratégia de maior alcance e importância delineada pelas Nações Unidas para a promoção do desenvolvimento humano dentre seus estados membros. Um papel ímpar na promoção da luta global contra a extrema pobreza.
Os ODM contemplam temas como erradicação da pobreza, fome e analfabetismo, igualdade de gênero e sustentabilidade ambiental, temas estes entendidos como componentes-chave do conceito de desenvolvimento humano sustentável, e que podem conduzir à melhoria das condições de vida de todos os seres humanos.

  • Brasil tem nono (9º) objetivo: Não adianta melhorar apenas as estatísticas gerais sem oferecer condições iguais a todas as etnias. Por isso, a partir de 2006, a ONU estipulou um nono objetivo para o Brasil: garantir que as melhorias obtidas na luta pelo cumprimento dos objetivos do milênio promovam igualdade de condições para brancos e negros. Tal meta foi batizada de “Os objetivos do milênio sem o racismo”, e será levada em conta na análise dos resultados finais da campanha. Ou seja, só vamos cumprir os oito objetivos principais se, lá em 2015, brancos e negros estiverem em condições iguais.


IPC (Índice de Percepções de Corrupção)

Desde 1995, a Transparência Internacional publica o relatório anual Índice de Percepções de Corrupção (IPC)[1] que ordena os países do mundo de acordo com "o grau em que a corrupção é percebida a existir entre os funcionários públicos e políticos"
A Transparência Internacional (TI) é uma organização não-governamental que tem como principal objetivo a luta contra a corrupção. Foi fundada em março de1993 e encontra-se sediada em Berlim. É conhecida pela produção anual de um relatório no qual se analisam os índices de percepção de corrupção dos países do mundo.
A organização define a corrupção como "o abuso do poder confiado para fins privados". A pesquisa de 2003 abrangeu 133 países, a pesquisa de 2007, 180.
 A maior pontuação significa menos (percepção de) corrupção. Os resultados mostram que sete de cada dez países (e nove de cada dez países) possuem um índice de menos de 5 pontos em 10.

Noções Básicas de Cartografia


Cartografia: É a ciência de produzir mapas (representação visual de aspectos naturais, políticos, populacionais e outros de uma região) a partir de dados e técnicas matemáticas.
Com a realização de constantes guerras e com o crescimento do comércio, das cidades e dos países, os mapas deixaram de ser usados apenas para facilitar e indicar deslocamentos. Passaram a ter também a função de transmitir conhecimentos para favorecer a dominação e o controle de territórios. Isso levou a cartografia a grandes avanços técnicos, tornando os mapas cada vez mais fiéis à realidade.
Em cartografia, diferenciam-se os mapas de outras representações, como a carta. Enquanto os mapas oferecem representações mais genéricas e menos detalhadas do espaço (como planisférios), a carta representa espaços mais restritos com mais detalhes (como os guias de rua).


ELEMENTOS DO MAPA

Para entender um mapa é preciso notar alguns elementos básicos:
Título: indica o assunto de que trata um mapa. Sem essa informação pode haver uma analise errônea das informações ali presentes.

Escala: é a proporção entre o espaço real e o mapa. A escala numérica indica uma relação numérica entre o real e o representado. A escala 1:100.000, por exemplo, indica que um centímetro no mapa equivale a 100.000 centímetros no espaço real. A escala gráfica mostra uma reta dividida em partes iguais.

Se cada parte for equivalente a dez quilômetros, cada espaço do mapa igual ao comprimento da divisão equivalerá a dez quilômetros reais. Portanto, escalas grandes (como 1:100) representam pouco espaço com muito detalhe e escalas pequenas (1:250.000) representam muito espaço com poucos detalhes.

Legenda: traduz símbolos usados no mapa (como os de cidades, metrópoles e capitais) e a gradação de cores para altitudes e profundidades.

REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA
TIPOS DE REPRESENTAÇÃO
GLOBO - representação cartográfica sobre uma superfície esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade cultural e ilustrativa.

MAPA (Características):
- representação plana;
- geralmente em escala pequena;
- área delimitada por acidentes naturais (bacias, planaltos, chapadas, etc.), político- administrativos;
- destinação a fins temáticos, culturais ou ilustrativos. 
A partir dessas características pode-se generalizar o conceito:
" Mapa é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma Figura planetária, delimitada por elementos físicos, político-administrativos, destinada aos mais variados usos, temáticos, culturais e ilustrativos."
CARTA (Características):
- representação plana;
- escala média ou grande;
- desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática;
- limites das folhas constituídos por linhas convencionais, destinada à avaliação precisa de direções, distâncias e localização de pontos, áreas e detalhes.
Da mesma forma que da conceituação de mapa, pode-se generalizar:
" Carta é a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais - paralelos e meridianos - com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores, com grau de precisão compatível com a escala."
PLANTA - a planta é um caso particular de carta. A representação se restringe a uma área muito limitada e a escala é grande, consequentemente o nº de detalhes é bem maior.
"Carta que representa uma área de extensão suficientemente restrita para que a sua curvatura não precise ser levada em consideração, e que, em consequência, a escala possa ser considerada constante."
2 - ESCALA
2.1 - INTRODUÇÃO
Uma carta ou mapa é a representação convencional ou digital da configuração da superfície topográfica.
Esta representação consiste em projetarmos esta superfície, com os detalhes nela existentes, sobre um plano horizontal ou em arquivos digitais.
Os detalhes representados podem ser:
- Naturais: São os elementos existentes na natureza como os rios, mares, lagos, montanhas, serras, etc. 
- Artificiais: São os elementos criados pelo homem como: represas, estradas, pontes, edificações, etc.
Uma carta ou mapa, dependendo dos seus objetivos, só estará completa se trouxer esses elementos devidamente representados.
Esta representação gera dois problemas:
1º) A necessidade de reduzir as proporções dos acidentes à representar, a fim de tornar possível a representação dos mesmos em um espaço limitado.
Essa proporção é chamada de ESCALA
2º) Determinados acidentes, dependendo da escala, não permitem uma redução acentuada, pois tornar-se-iam imperceptíveis, no entanto são acidentes que por usa importância devem ser representados nos documentos cartográficos
Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real.
Duas figuras semelhantes têm ângulos iguais dois a dois e lados homólogos proporcionais.
Verifica-se portanto, que será sempre possível, através do desenho geométrico obter-se figuras semelhantes às do terreno.
Sejam:
D = um comprimento tomado no terreno, que denominar-se-á distância real natural.
d = um comprimento homólogo no desenho, denominado distância prática.
Como as linhas do terreno e as do desenho são homólogas, o desenho que representa o terreno é uma Figura semelhante a dele, logo, a razão ou relação de semelhança é a seguinte:

D
A esta relação denomina-se ESCALA.
Assim:
Escala é definida como a relação existente entre as dimensões das linhas de um desenho e as suas homólogas.
A relação d/D pode ser maior, igual ou menor que a unidade, dando lugar à classificação das escalas quanto a sua natureza, em três categorias:
- Na 1ª, ter-se-á d > D
- Na 2ª, ter-se-á d = D
- Na 3ª categoria, que é a usada em Cartografia, a distância gráfica é menor que a real, ou seja, d < D.
É a escala de projeção menor, empregada para reduções, em que as dimensões no desenho são menores que as naturais ou do modelo.
escala expressa a correspondência que existe entre a representação no mapa e a superfície terrestre representada. É por meio dela que podemos saber quantas vezes um espaço teve que ser diminuido para caber numa folha de papel por exemplo.
Classifica-se uma escala pequena quando os elementos reais tiveram que ser diminuídos muitas vezes para serem representados graficamente. Dessa forma a representação é menos detalhada. Para se ter uma ideia basta pensar num mapa-mundi. Sua escala é considerada pequena porque é impossível enccontrar uma cidade, por exemplo, já que até mesmo as capitais só podem ser identificadas por um pontinho.
Esse tipo de escala é geralmente usada em mapas e representações de grandes áreas.
Já a escala grande é aquela onde a área reproduzida é menor, mas o grau de detalhamento é muito maior. Os tipos mais comuns são as cartas e ainda plantas, quando a escala é muito grande. Dessa forma podemos identificar desde cidades, bairros e até mesmo construções e ruas.
Existem ainda as cartas topográficas, tipo de representação com grande escala onde são mostradas informações como bairros, residências, relevo, estradas, entre outros. Quando há a representação do relevo são usadas curvas de nível, linhas que indicam os pontos do terreno que possuem a mesma altitude.
Tipos de Escala
As escalas podem ser expressas de duas formas: numericamente e graficamente.
Escala Numérica: é aquela em que a correspondencia da representação com o terreno é expressa através de números.
Sendo:
E = escala
N = denominador da escala
d = distância medida na carta
D = distância real (no terreno)
As escalas mais comuns têm para numerador a unidade e para denominador, um múltiplo de 10.
Ex: 1 : 50 000 (isso indica que cada 1 cm do mapa corresponde a 50 000 cm da superfície terrestre).
Vale lembrar que neste tipo de escala as unidades de medida sempre serão iguais: m e m, cm e cm…

escala numerica Escalas Gráficas e Numéricas   Tipos, Tamanhos, Conversão e Aplicação
Para calcular e descobrir distâncias e tamanhos basta usar a regra de três. Confira o exemplo:
Escala: 1 : 50 000
Distância no mapa: 8 cm
Distância no terreno: ?
1 cm = 50 000 cm
8 cm = X cm
X = 50 000. 8 >>> X = 400 000 cm  (se preferir, converta em km)
Escala gráfica: é aquela em que a correspondência é indicada através de um desenho como este:
 escala grafica mapas Escalas Gráficas e Numéricas   Tipos, Tamanhos, Conversão e Aplicação
Perceba que neste tipo de escala não há a necessidade de fazer cálculos já que a unidade de medida já vem convertida e o cm já vem indicado.
Isto significa que 1cm na carta corresponde a 25.000 cm ou 250 m, no terreno.
OBS: Uma escala é tanto maior quanto menor for o denominador.
Ex: 1:50.000 é maior que 1:100.000
Tipos de escalas
A escala pode ser apresentada de duas maneiras distintas:
§  Escala de mapeamento (representada por um gráfico); ou
§  Escala numerada (representada por números)
Quanto ao tipo pode ser considerada:
§  Grande (entre 1:1.000 a 1:50.000).
§  Média (entre 1:100.000 a 1:1.000.000); ou
§  Pequena (no mínimo 1:2.000.000);
Escalas como 1:1000000, 1:500000, 1:250000, 1:100000 ou 1:50000, em geral, são usadas para mapas de continentes, e países, como: Brasil, EUA, Canadá e etc.
Escalas como 1:25000, 1:10000, 1:2500 são utilizadas em cidades, bairros e ruas, para estudos de mais precisão.
Quanto maior a escala, maior o ponto de onde vê, consequentemente, maior a quantidade de detalhes no mapa.
§  Fórmula
A escala é definida pela fórmula:
E=d/D
onde:
§  E é a escala
§  d é a distância na projeção
  §  D é a distância real. 



projecoes Tipos de Projeção Cartográfica: Conforme, Equivalente e Equidistante

Projeção Cartográfica é a representação em um plano de fenômenos e características da superfície terrestre. Embora muita gente diga que a Terra é redonda vale lembrar que ela não é uma esfera perfeita, mas um Geíode.
Justamente por ser um Geíode é muito difícil representar formas e medidas da Terra sem causar qualquer tipo de alteração. Cada tipo de projeção possui algumas equivalência e alguma diferença. Confira os principais tipos e descubra qual é a sua distorção.
.Projeções Conformes
Neste tipo de projeção os ângulos do mapa são idênticos aos da Terra. As formas também não apresentam distorções mas as áreas são diferentes e é necessário usar várias escalas diferentes. O ponto onde há menos distorção é a Linha do Equador. Quanto mais longe desta linha, maior a distorção.
A  projeção conforme mais conhecida é a de Mercator. Foi criada na época de expansão marítima e por isso conserva os ângulo, importantes para o uso da bússola. Não se pode negar que se trata de uma projeção etnocêntrica porque faz com que a Europa fique mais ao centro e pareça maior do que realmente é.
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mercator projecao Tipos de Projeção Cartográfica: Conforme, Equivalente e Equidistante
.Projeções Equivalentes
Neste tipo de projeção as áreas são proporcionais as da Terra, mas pode haver deformações nos ângulos e as formas são diferentes das reais. As áreas de países baixos são as mais proporcionais com a realidade.
A Projeção de Peters é a mais conhecida entre as equivalentes e dá mais destaque as áreas do sul, já que essas eram diminuídas na projeção de Mercator.
peters projecao Tipos de Projeção Cartográfica: Conforme, Equivalente e Equidistante
. Projeções Equidistantes
Neste tipo de projeção a representação das distâncias é precisa. Ela usa de um ponto qualquer do planeta e mede a distância entre outros lugares e este ponto. É geralmente usada para definir rotas, sejam elas aéreas ou marítimas. Possui distorções nas formas e nas áreas continentais.
Uma tipo de projeção equidistante é a Azimutal. Ela tem como ponto de referência um dos polos, geralmente o Polo Norte. Confira a imagem:

Para representar fenômenos que têm localização isolada devem ser usados pontos. Quando a representação é qualitativa, ou seja, apresenta tipos diferentes de uma determinada informação, usamos pontos de cores e formas diferentes. Quando são ordenados, representam valores, usamos pontos de tamanhos diferentes. Confira no mapa abaixo um bom exemplo de representação  pontual

Para demonstrar fenômenos que tem uma tragetória usamos as linhas. Quando a representação é qualitativa, as linhas devem ser diferenciadas. Para quantidades diferentes o ideal são espessuras diferentes. Confira o exemplo de representação linear:



A projeção cartográfica mais usada atualmente é a de Robinson. Ela não distorce as formas mas não preserva nenhuma propriedade de conformidade. É muito comum nos Atlas e mapas escolares. 
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A cartografia temática
É usada na elaboração de mapas temáticos e cartogramas. São convenções, símbolos e cores usadas para que haja uma melhor compreensão do tema exposto e seu espaço geográfico. 
Além de indica o fenômeno e onde ele ocorre a cartografia temática também pode através de símbolos indicar a qualidade, a quantidade e a dinâmica desses fenômeno.
Na cartografia temática temos convenções e símbolos cartográficos que são símbolos e cores utilizados para representar os elementos desejados. Existe uma padronização internacional de símbolos e cores para facilitar a leitura e interpretação dos mapas, em qualquer parte do mundo.
Para isso geralmente são usadas linhas, áreas, cores e pontos dependendo do assunto tratado. Confira alguns dos principais elementos usados:
Para representar fenômenos que têm localização isolada devem ser usados pontos. Quando a representação é qualitativa, ou seja, apresenta tipos diferentes de uma determinada informação, usamos pontos de cores e formas diferentes. Quando são ordenados, representam valores, usamos pontos de tamanhos diferentes. Confira no mapa abaixo um bom exemplo de representação  pontual


Para demonstrar fenômenos que tem uma tragetória usamos as linhas. Quando a representação é qualitativa, as linhas devem ser diferenciadas. Para quantidades diferentes o ideal são espessuras diferentes. Confira o exemplo de representação linear: