Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A globalização é um dos aspectos mais discutidos e polêmicos da nova ordem internacional. O que vem a ser, então, essa tal globalização?




O atual processo de globalização nada mais é do que a mais recente fase da expansão capitalista. Pode afirmar que a globalização ora em curso está para o atual período científico-tecnológico do capitalismo orno o colonialismo esteve para a sua etapa comercial u o imperialismo para o final da fase industrial e início da financeira. Ou seja, trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, os lucros, que é o que de fato move os capitais, produtivos ou especulativos, na arena do mercado. Só que agora essa expansão - e esse é o dado novo - pode dispensar a invasão de tropas, a ocupação territorial, pode abrir mão, enfim, da guerra. Tanto é que praticamente todas as guerras atuais têm um fundo mais nacionalista do que econômico. Agora a invasão é muito mais silenciosa, sutil e eficaz. Trata-se de uma invasão high- de mercadorias, capitais e serviços, informações e pessoas. A farda agora é o terno e a gravata, pelo menos para os novos "executivos generais". As novas armas são a agilidade e a eficiência das comunicações e do controle de dados e informações, obtidos através de satélites de comunicação; da informática (PCs, laptops, supercomputadores); dos telefones fixos e móveis; dos aparelhos de fac-símile - os fax - ou dos boeings e airbus; dos supernavios e petroleiros e graneleiros e dos trens de alta velocidade.

O que é Globalização - Definição
Podemos dizer que é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.

Fluxos de capitais especulativos.

Conhecido também como fluxo financeiro, é o que talvez melhor represente a globalização, em razão da sua velocidade e de quantidade de circulação. Hoje é muito fácil transferir grandes quantidades de dinheiro, pois o dinheiro tornou-se eletrônico, virtual, nada mais que informação que circula em tempo real, não se sabe ao certo quanto o volume de capital que circula no mundo, estima-se em 1,5 trilhão de dólares por dia. E as possibilidades de se investir de forma especulativa são em ações, em moedas, em títulos da dívida pública, etc.
Os capitais especulativos quase não geram empregos e tendem a tornar vulnerável a economia dos países, especialmente os emergentes. Na maioria das vezes, os operadores das empresas financeiras retiram o dinheiro dos países no memento em que eles mais precisam de capital.

Fluxos de capitais produtivos.

Também conhecido como investimento estrangeiro, pois estamos tratando do fluxo entre países, pois obviamente existem fluxos entre cidades, estados e regiões.
Esses investimento estrangeiros, ou externos vem crescendo principalmente desde o fim da II Grande Guerra, concomitante ao surgimento das grandes empresas/indústrias multinacionais.
Esses investimentos externos, segundo o nosso livro didático, é a face mais visível da globalização, pois se materializam em instalações industriais, redes de lojas, supermercados, lanchonetes, hidrelétricas e etc. (Lembrem-se, esta é a parte mais visível da globalização).
E por que existe tanto empenho em investir em capitais produtivos?Simples, porque esse fluxo gera riquezas e estimula o crescimento econômico, criação de empregos, aumento da arrecadação de impostos, etc. E ainda pode aumentar o volume de divisas, reservas em moeda forte, principalmente o Dólar e o Euro, caso a produção esteja voltada para a exportação, ou pelo menos parte dela.
Logo, os principais agentes do fluxo de capital produtivo são as multinacionais e as transnacionais, contudo, tais empresas investem de forma diferenciada fora do seu país-sede, vimos em sala que elas podem investir em mão-de-obra barata e em grande quantidade, que não requer alta especialização, visando o incremento do lucro, e também os incentivos fiscais que os paises em desenvolvimento costumam ceder, bem como as facilidades para a exportação. E também vimos que elas instalam-se em países desenvolvidos por causa do seu amplo mercado consumidor.                                     
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            
Fluxos de informações
Diz respeito tanto à quantidade quanto à qualidade da informação veiculada entre os países, particularmente entre os grupos de países desenvolvidos (ricos) e subdesenvolvidos (pobres). No pós-guerra, diversas entidades de pesquisa em comunicação fizeram medições quantitativas e análises de conteúdo e chegaram à conclusão de que as informações, principalmente no jornalismo e na mídia informativa, fluem muito mais intensamente dos países ricos para os pobres e entre os próprios ricos do que dos pobres. Para usar uma simplificação metafórica, diz-se que a informação global corre muito mais nos sentidos Norte-Sul e Norte-Norte do que nos sentidos Sul-Norte e Sul-Sul.

Fluxos de pessoas.
Consiste no deslocamento de pessoas de um continente para o outro, ou de um país para o outro, é o denominado processo de imigração, que atualmente ocorre principalmente dos países pobres (do sul) em direção aos países ricos (do norte).

Industrialização na ditadura militar


Entre 1964 e 1985 o Brasil viveu sob uma ditadura militar. Torturas, desaparecimentos, assassinatos integravam o elenco de medidas tomadas pelos governos militares. Cerceamento da liberdade de expressão, inexistência dos direitos fundamentais e das garantias constitucionais faziam parte da normalidade política da época.

O Regime Militar
O Regime Militar foi instaurado pelo golpe de 1º de abril de 1964. O plano político foi marcado pelo autoritarismo, supressão dos direitos constitucionais, perseguição política, prisão e tortura dos opositores, e pela imposição da censura prévia aos meios de comunicação. Na economia houve uma rápida diversificação e modernização da indústria e serviços, sustentada por mecanismos de concentração de renda, endividamento externo e abertura ao capital estrangeiro.
Com a deposição de Jango, o presidente da Câmara, Ranieri Mazzelli, assumiu formalmente a presidência e permanece no cargo até 15 de abril de 64. Na prática, porém, o poder era exercido pelos ministros militares de seu governo, entre eles, o general Arthur da Costa e Silva, da Guerra. Nesse, período foi instituído o Ato Institucional nº 1.
Os Atos Institucionais eram mecanismos adotados pelos militares para legalizar ações políticas não previstas e mesmo contrárias à Constituição. De 1964 à 1978 foram decretados 16 Atos Institucionais e complementares que transformaram a Constituição de 46 em uma colcha de retalhos . O AI-1 , de 9 de abril de 64, transferiu poder aos militares, suspendeu por dez anos os direitos políticos de centenas de pessoas. As cassações de mandatos alteraram a composição do Congresso e intimidaram os parlamentares. 
Durante a ditadura militar ( 1964 a 1985), o Plano de metas de JK é continuado, grandes projetos são estabelecidos, a economia do país chega a tornar-se a oitava do mundo.
Durante o chamado milagre brasileiro(1968-1973), a economia brasileira passa a ser uma das que mais cresce, essa festa toda só é parada em decorrência da Crise do petróleo, que se dá a partir de 1973.
A grande contradição desse crescimento se deve ao fato que, por um lado ele foi gerado pelo grande endividamento externo, e por outro através de grande repressão ( vide o AI 5), e arrocho salarial , sobre a classe trabalhadora brasileira, confirmando a tendência de Modernização conservadora da economia nacional.

A partir da década de 90, e da emergência das idéias neoliberais, o processo de industrialização do país toma novo rumo, com a privatização de grande parte das estatais e da abertura cada vez maior da economia do país ao capital internacional, além da retirada de direitos trabalhistas históricos.

Mudanças espaciais também são verificadas na distribuição atual das indústrias no país, pois desde o início da industrialização, a tendência foi de concentração espacial no Centro-sul, especialmente em São Paulo, isso fez com que esse estado se torna-se o grande centro da economia nacional e em decorrência disso recebesse os maiores fluxos migratórios, mas o que se verifica atualmente é que a tendência mundial atual de desconcentração industrial também tem se abalado sobre o Brasil, pois localidades do interior de São Paulo, do Sul do país e até mesmo estados nordestinos começam a receber plantas industriais que em outros tempos se dirigiriam sem sombra de dúvidas para a capital paulista. Esse processo se deve em especial a globalização da economia que tem acirrado a competição entre as empresas, que com isso buscam a redução dos custos de produção buscando produzir onde é mais barato. Esse processo todo tende a redesenhar não apenas o espaço industrial brasileiro, mas de várias áreas do mundo. O mais interessante no caso brasileiro, é que ele não tem enfraquecido o papel de São Paulo como cidade comandante da economia nacional, mas pelo contrário fortalece, pois o que se desconcentra é a produção e não a decisão.
Entre 1968 e 1973 o país experimentou um grande crescimento na produção industrial. O PIB elevou-se, reflexo da maior produção de bens duráveis, principalmente eletrodomésticos e automóveis. Este período, que atenuou o desemprego urbano, ficou conhecido como "Milagre Econômico". A indústria automobilística era apresentada como a grande vitrina desta política econômica adotada pelo governo.
Entretanto, se não pode ser negado o crescimento econômico havido no período da ditadura militar, não se pode perder de vista também que esse crescimento resultou no benefício de poucos, haja vista que aguçou o problema da má distribuição de renda.
 A partir de meados da década de 80 começam a vir à tona os aspectos negativos da prática da política econômica implantada pelos governos da ditadura militar.
Em 1982 e 1983 o Brasil já bate as portas do FMI. Observa-se uma acentuada elevação do endividamento externo, contraído principalmente nos governos Costa e Silva e Médici, que em 1984 chegava a casa dos 100 bilhões de dólares, determinando o crescimento da dependência externa. Os grandes monopólios produtivos levaram ao sucateamento do parque industrial nacional. O não encaminhando de soluções concretas para o problema da má distribuição da terra, a propaganda ufanista do regime e do chamado "milagre econômico", incentivou o êxodo rural, provocando a forte migração rural-urbana, determinando o explosivo crescimento de algumas cidades dotadas de infra-estruturas deficientes e de reduzida capacidade de gerar empregos na área industrial, evidenciando o déficit habitacional, contribuindo para o crescimento de favelas e a crise no abastecimento de água e água e esgoto.
O processo inflacionário, que durante o período compreendido entre 1970 e 1972, havia arrefecido, voltou acrescer a partir de então, durante todo o período da ditadura militar, atingindo seu ápice em 1983, quando atingiu a casa de 239%. Inicia-se a partir de então um violento processo de achatamento salarial, recrudescem as taxas de desemprego e, por consequência o aumento do número de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza.


Dívida externa Brasileira 2012: O Brasil não pagou a dívida externa, como algumas pessoas pensam.



O que na verdade aconteceu foi que o Brasil passou a ter mais reservas financeiras  que o montante da dívida (como pode ser verificado abaixo com dados do Banco Central de 2012) mas, o país segue pagando apenas os juros da dívida.
Se o país desejasse quitar a sua dívida externa (criada para custear um crescimento acima do seu poder de investimento), o Brasil poderia lançar mão de suas reservas mas, estrategicamente esta medida seria arriscada pois o mundo todo passa por momentos de turbulências financeiras, não sendo um bom momento para se abrir mão da segurança de ter recursos para enfrentar momentos difíceis.

II – Reservas internacionais
As reservas internacionais atingiram US$355,1 bilhões em janeiro de 2012, aumento de US$3,1 bilhões em relação ao montante do mês anterior. A receita de remuneração das reservas totalizou US$410 milhões, enquanto as demais operações externas, relacionadas principalmente a variações de preços e de paridades, elevaram o estoque em US$2,7 bilhões.
III – Dívida externa
A posição estimada da dívida externa total em janeiro de 2012 totalizou US$300,3 bilhões, elevação de US$2,9 bilhões em relação ao montante estimado para dezembro de 2011. A dívida de longo prazo totalizou US$261,5 bilhões, aumento de US$3,2 bilhões, enquanto a de curto prazo atingiu US$38,8 bilhões, retração de US$221 milhões.
Os principais fatores de variação da dívida externa de longo prazo foram as captações líquidas (não incluída a variação por paridades) de empréstimos ao setor não financeiro, US$976 milhões, e empréstimos a bancos, US$902 milhões. A variação por paridades elevou o estoque em US$1,3 bilhão. A retração da dívida externa de curto prazo decorreu de amortizações líquidas de empréstimos tomados pelo setor não financeiro, US$210 milhões.