A União
Africana (UA) foi fundada em 2002 e é a organização que sucedeu a Organização
da Unidade Africana. Baseada no modelo da União Europeia (mas atualmente com
atuação mais próxima à da Comunidade das Nações), ajuda na promoção da
democracia, direitos humanos e desenvolvimento na África, especialmente no
aumento dos investimentos estrangeiros por meio do programa Nova Parceria para
o Desenvolvimento da África. Seu primeiro presidente foi o presidente
sul-africano Thabo Mbeki.
Objetivos
A União
Africana tem como objetivos a unidade e a solidariedade africana. Defende a
eliminação do colonialismo, a soberania dos Estados africanos e a integração econômica,
além da cooperação política e cultural no continente.
São os
seguintes os órgãos da União Africana:
Assembléia
da União Africana – é formada pelos chefes de estado e de governo dos países
membros, ou seus representantes devidamente acreditados; é o órgão supremo da
União; em 2010 é presidida pelo malawiano Bingu wa Mutharika)[1];
Conselho
Executivo da União Africana – é composto por ministros ou outras autoridades
designadas pelos governos dos estados membros;
Comissão
da União Africana – é o órgão responsável pela execução das decisões da
Assembleia; é dirigido por um Presidente (em 2010, o gabonês Jean Ping), um
Vice-Presidente e composto por oito Comissários, cada um responsável por uma
área de atividade;
Comitê
de Representantes Permanentes da União Africana – responsável pela preparação
das sessões do Conselho Executivo, é composto por Representantes Permanentes
dos Estados-membros, acreditados perante a União;
Comitê
de Paz e Segurança da União Africana – estabelecido durante a Cimeira de Lusaka
(Julho de 2001), este comitê encontra-se ainda (2008) em processo de
ratificação pelos Estados-membros;
Parlamento
Pan-africano – é o órgão que assegura a participação dos povos africanos na
governação, desenvolvimento e integração econômica do continente, através do
controlo e apoio aos parlamentos dos Estados-membros; é composto por 265
parlamentares, eleitos pelas legislaturas dos 53 estados-membros;
Conselho
Econômico, Social e Cultural da União Africana – é o órgão consultivo da
organização; os seus estatutos serão submetidos à Cimeira de Maputo;
.*Tribunal
Judicial da União Africana – os seus estatutos serão submetidos à Cimeira de
Maputo;
Comitês
Técnicos Especializados – são grupos de nível ministerial que estudam problemas
em áreas específicas:
Comitê
sobre Economia Rural e Agricultura;
Comitê
sobre Assuntos Monetários e Financeiros;
Comitê
sobre Comércio, Alfândegas e Imigração;
Comitê
sobre Indústria, Ciência e Tecnologia, Energia, Recursos Naturais e Ambiente;
Comitê
sobre Transportes, Comunicações e Turismo;
Comitê
sobre Saúde, Trabalho e Assuntos Sociais; e
Comitê
sobre Educação, Cultura e Recursos Humanos;
Instituições
Financeiras:
Banco
Central Africano;
Fundo
Monetário Africano; e
Banco
Africano de Investimentos.
Economia
Tal
como a sua antecessora, a Organização da Unidade Africana, a UA promove a
integração regional como forma de desenvolvimento econômico. O objetivo final é
a completa integração das economias de todos os países da África, numa
Comunidade Económica Africana.
Neste
momento, funcionam as seguintes organizações de integração regional:
A
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental,
A
Comunidade Econômica dos Países da África Central,
A
Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral,
O
Mercado Comum da África Oriental e Austral e
A União
Árabe do Magrebe.
Como
cada bloco é autônomo, uma crise inicial em um pilar não afetará diretamente os
outros que sustentam o programa de integração continental.
Línguas
A União
Africana promove o uso de línguas africanas sempre que é possível em seus
trabalhos oficiais. Suas línguas oficiais são o árabe, o francês, o inglês, o
espanhol, o português e o suaíli.
Membros
A União
Africana possui 52 membros, cobrindo quase todo o continente africano. Marrocos
decidiu não participar porque Saara Ocidental foi aceito como membro.
África do Sul
Angola
Argélia
Benim
Botswana
Burkina Faso
Burundi
Cabo Verde
Camarões
Chade
Costa do Marfim
Djibouti
Egito
Eritreia
Etiópia
Gabão
Gâmbia
Gana
Guiné
Guiné-Bissau
Guiné Equatorial
Lesoto
Libéria
Líbia
Malawi
Mali
Maurícia
Mauritânia
Moçambique
Namíbia
Nigéria
Quênia
República Centro-Africana
República do Congo
República Democrática do Congo
Ruanda
Saara Ocidental
São Tomé e Príncipe
Senegal
Serra Leoa
Seychelles
Somália
Suazilândia
Sudão
Sudão do Sul
Tanzânia
Togo
Tunísia
Uganda
Zâmbia
Zimbábue
Membros
suspensos
Guiné - suspenso depois do Golpe de Estado de
2008.
Madagáscar - suspenso depois do Golpe de
Estado de 2009.
Níger - suspenso depois do Golpe de Estado de
2010.
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