Albedo
e quais são os fatores que determinam o albedo de uma determinada superfície
Albedo
é a capacidade de reflexão da radiação solar de uma determinada superfície.
Vários
são os fatores que determinam o valor do albedo, dentre os quais: tipos de
solo, floresta, campo, neve, água, gelo, nuvens, grau de urbanização.
A
posição dos raios solares também influencia no albedo. Ex.: No nascer e no
pôr-do-sol o albedo é elevado (raios solares oblíquos ou inclinados). Ao meio
dia o albedo é baixo (raios solares verticais)
Altitude
do Sol
É o
ângulo entre seus raios e uma tangente à superfície no ponto de observação.
Latitude
do local, período do dia e pela estação. Geralmente diminui com o aumento da
latitude. Ela é elevada à tarde, porém baixa pela manhã e ao entardecer. Do
mesmo modo a altitude do Sol é mais elevada no verão que no inverno.
A
quantidade total de radiação recebida em determinado local é também afetada
pela duração do dia. A duração do período de luz obviamente afeta a quantidade
de radiação recebida.
"Efeito
de continentalidade" e o "Efeito de estufa"
Continentalidade
São as
diferenças nas propriedades térmicas existentes entre a terra e a água. A água
tem uma tendência de armazenar o calor que recebe, a terra, por outro lado,
rapidamente o devolve à atmosfera.
Estufa
A
radiação infravermelha emitida pela atmosfera absorvida pela superfície
terrestre é em parte contra-radiada, conforme valores abaixo:
355
Kly-ano - Radiação infravermelha emitida pela atmosfera
206
Kly-ano - Absorvida pela superfície terrestre
149
Kly/ano - Contra-radiada e liberada no espaço.
Teoricamente,
com a maior emissão do Dióxido de Carbono pelas indústrias e automóveis, a
absorção da radiação estaria aumentando e conseqüentemente a contra-radiação
diminuindo, aumentando a temperatura média da Terra.
Falando
mais simplesmente, refere-se à capacidade da atmosfera em absorver a radiação
solar, mas não permitindo que a radiação terrestre saia para o espaço como se
fosse "um vidro numa estufa".
O papel
do ozônio, bióxido de carbono, vapor d’água e partículas materiais no balanço
de radiação da Terra
A
atmosfera absorve, reflete, difunde e reirradia a energia solar.
Cerca
de 18% da insolação é absorvida diretamente pelo ozônio e pelo vapor d’água. O
CO2 absorve radiação. A cobertura de nuvens impede a penetração da insolação. A
quantidade de radiação refletida pelas nuvens depende não somente da quantidade
e da espessura das mesmas, mas também do tipo de nuvem. Aproximadamente 25% da radiação
solar é refletida de volta ao espaço pelas nuvens.
Distribuição
geográfica da insolação e radiação líquida sobre a superfície da Terra
Vários
fatores explicam as diferenças de comportamento das superfícies terrestres e
aquáticas com relação à insolação:
a) É
sabido que o albedo da superfície terrestre é geralmente maior que o das
aquáticas.
b)
Também as superfícies aquáticas são transparentes propiciando que os raios do
sol penetrem mais profundamente nela que na superfície terrestre que é opaca.
c) O
modo de transferência de calor na água se dá por convecção, um método mais
eficiente e rápido que o solo que é o de condução.
d) O
calor específico da água é maior do que o da terra, tendo que absorver cinco
vezes mais energia calorífica para elevar sua temperatura em nível igual ao de
uma massa de solo seco semelhante.
Também
os aspectos de altitude, posição geográfica (vertentes voltadas para o Sul ou
Norte) onde há maior ou menor exposição ao sol. Maiores quantidades de
insolação são recebidas nas zonas subtropicais, que apresentam valores
ligeiramente mais elevados que a zona equatorial, com mais nuvens.
Diminui
em direção aos pólos.
Nos
desertos até 80% da radiação solar incidente sobre o topo da atmosfera durante
o ano atinge o solo.
Também
as épocas do ano influem nos valores da insolação:
Em
Dezembro:
Os valores
de insolação são mais elevados no hemisfério Sul que no hemisfério Norte,
enquanto a situação inversa ocorre em Junho. Os valores mais elevados de
insolação ocorrem na África Meridional, na Austrália Central e na América do
Sul.
Com
exceção dos valores relativamente altos que ocorrem sobre a zona de savanas da
África Ocidental e do Sudão, os valores de insolação geralmente diminuem
continuamente em direção ao pólo sul. Além do Círculo Polar Ártico a insolação
é zero, pois esta área está continuamente na escuridão.
Em
Junho:
As
maiores quantidades de insolação ocorrem na zona subtropical do hemisfério
Norte. Os valores de insolação diminuem ligeiramente em direção ao pólo Norte,
porém mais rapidamente em direção ao pólo Sul. Além do Círculo Polar Ártico os
valores de insolação chegam até 14 kg cal/cm2 enquanto no Pólo Sul são menores
que 2 Kg cal/cm2, acima da latitude 40º S. Durante esse período, a área situada
além do Círculo Polar Antártico está continuamente na escuridão.
Radiação
solar no sistema Terra-atmosfera
Depende
de vários fatores tais como: período do ano, do período do dia e da latitude.
Por
período do ano entende-se a posição do Sol em relação à Terra: em janeiro a
Terra está em sua posição mais próxima do Sol. A distância da Terra para o Sol
varia durante o ano, uma vez que a órbita da Terra ao redor do Sol é mais
elíptica que circular. Essa variação na distância afeta a quantidade de energia
solar recebida.
A
altitude do Sol, também afeta a quantidade de energia solar recebida.
A
duração do dia também afeta a quantidade de energia solar recebida.
Efeito
Coriólis
O Efeito
Coriólis (nome devido ao seu descobridor Gaspard Coriólis), é a tendência que
qualquer corpo em movimento sobre a superfície terrestre tem de mudar seu curso
devido à direção rotacional e da velocidade da Terra.
No
hemisfério Norte, a atração é no sentido horário (para a direita) e no
hemisfério Sul, a atração é no sentido inverso (anti-horário).
Na TV,
o repórter da Globo Maurício Kubrusly demonstrou o efeito, quando com
recipiente contendo água se posicionou sobre a linha do equador (a água não
girou para nenhum lado), depois acima da linha do equador (a água girou para o
lado direito) e por último deslocou-se abaixo da linha do equador (nesse caso a
água girou para o lado esquerdo).
Esse
efeito afeta também as correntes marítimas pois a água (líquido) sofre
deformações.
A
velocidade de giro da Terra que próxima à linha do equador é de aproximadamente
1.666 km/h vai diminuindo em direção aos pólos. Sendo assim, se disparássemos
um tiro de canhão na direção Norte ou na direção Sul, não acertaríamos o alvo,
uma vez que as velocidades de rotação do local de lançamento para o alvo seriam
diferentes causando desvio do tiro. Nesse caso deveria ser feito um cálculo
levando em consideração essa diferença para que pudéssemos acertar o referido
alvo.
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Alísios
e Contra-Alísios
Alísios
são os ventos que sopram constantemente dos trópicos para o equador, em baixas
altitudes.
Os
alísios são ventos úmidos que provocam chuvas nas imediações do equador, onde
ocorre o encontro desses ventos. Por essa razão, a zona equatorial é a região
das calmarias equatoriais chuvosas.
Os
contra-alísios sopram do equador para os trópicos, em altitudes elevadas.
Os
contra-alísios são ventos secos e os responsáveis pelas calmarias tropicais
secas que geralmente ocorrem ao longo dos trópicos.
Os
maiores desertos da Terra se encontram juntos a essas zonas atravessadas pelos
trópicos.
Monções
Monções
são ventos que sopram, durante o verão, do Índico para a Ásia Meridional e,
durante o inverno, da Ásia Meridional para o oceano Índico.
Monções
Marítimas: sopram do Índico para o continente e provocam excessivas chuvas na
Ásia Meridional, causando enchentes e inundações.
Monções
continentais: sopram do continente para o oceano Índico e provocam estiagens ou
secas prolongadas no sul da Ásia.
As
Brisas
As
Brisas são ventos periódicos que sopram , durante o dia, do mar para o
continente e, durante a noite, do continente para o mar.
O
jangadeiro vai para alto-mar pescar, durante a noite, ajudado pelas brisas
continentais e volta, durante o dia, auxiliado pelas brisas marítimas.
Monções
Subsistência
intensiva na Ásia
A
importância das Monções está diretamente relacionada à sobrevivência do povo
asiático ligado à cultura do arroz (rizicultura)
No sul
e sudeste da Ásia, nas vastas planícies e vales fluviais de clima tropical, o
arroz é o principal alimento há milênios. O ciclo produtivo da rizicultura
acompanha o fenômeno das monções.
As
massas de ar se deslocam dos centros de alta pressão para os de baixa pressão.
O aquecimento diferencial da Terra durante as diferentes estações do ano
provoca o deslocamento desses centros.
No
inverno do hemisfério norte, os centros de alta pressão geram massas polares no
continente asiático. Essas massas de ar secas (porque foram formadas sobre o
continente) se deslocam para o sul, em direção aos centros de baixa pressão
provocando estiagens ou secas prolongada. São as monções de inverno também
conhecidas como Continentais.
No
verão forma-se um centro de baixa pressão sobre o continente. As massas
equatoriais e tropicais se deslocam para o norte, em direção a esse centro.
Nesse deslocamento, passam pelo Oceano Índico e ganham umidade. por isso,
provocam chuvas de verão torrenciais no sul e sudeste do continente causando
enchentes e inundações. São as monções de verão também conhecidas como
Marítimas.
O arroz
é semeado durante a estação de chuvas (junho a outubro), pois as variedades de
arroz comuns na Ásia meridional requerem água em abundância. A maior parte da
produção origina-se de pequenos lotes de terras, nos quais se utiliza
intensivamente a mão-de-obra.
Recordando:
Monções
são ventos que sopram, durante o verão, do Índico para a Ásia Meridional e,
durante o inverno, da Ásia Meridional para o oceano Índico.
Gostei. estou iniciando na docência nesta disciplina "Meteorologia", embora não seja a minha "praia", estou gostando de estudar o assunto. Estarei sempre consultando seu bloc porque certamente me ajudará. Obrigada e parabéns. Deise (deiselazza@gmail.com)
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