Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O INÍCIO DA GUERRA FRIA e SUAS FASES

INÍCIO DA GUERRA FRIA
Com o final da Segunda Guerra Mundial, a Europa estava arrasada e ocupada pelos exércitos das duas grandes potências vencedoras, os Estados Unidos e a URSS. O desnível entre o poder destas duas superpotências e o restante dos países do mundo era tão gritante, que rapidamente se constitui um sistema global bipolar, ou seja, centrada em dois grandes polos.
Os Estados Unidos defendiam a economia capitalista, argumentando ser ela a representação da democracia e da liberdade. Em contrapartida a URSS enfatizava o socialismo, argumentando em defesa do proletariado e solução dos problemas sociais.
Os Aliados divergiam sobre a forma de como manter a segurança do pós-guerra. Os aliados ocidentais queriam criar uma rede de segurança que, com governos quanto mais possível democráticos, resolvessem suas diferenças de forma pacífica através de organizações internacionais.10 A Rússia devido à experiência, através da história de invasões frequentes, bem como a perda humana estimada em 27 milhões e a destruição sofrida durante a Segunda Guerra Mundial, queria garantir sua segurança pelo controle dos assuntos internos de países vizinhos.
Sob a influência das duas doutrinas, o mundo foi dividido em dois blocos liderados cada um por uma das superpotências: a Europa Ocidental e a América Central e do Sul sob influência cultural, ideológica e econômica estadunidense, e parte do Leste Asiático, Ásia central e Leste europeu, sob influência soviética. Assim, o mundo dividido sob a influência das duas maiores potências econômicas e militares da época, estava também polarizado em duas ideologias opostas: o Capitalismo e o Socialismo.
AS FASES DA GUERRA FRIA
Desde o início da guerra fria houve várias fases de confronto entre as duas superpotências. Em geral, porém, podemos resumi-las em dois períodos: de 1948 a1953 e de 1953 a 1989.
1498-1953 Constituiu a fase de maior tensão, marcada basicamente pelos seguintes episódios:
• Divisão da Alemanha (1949) em República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), pró União Soviética, e República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental), pró-Estados Unidos. • Revolução Chinesa (1949), comandada por Mao Tse-tung, e adesão da China ao bloco soviético. • Divisão da Coréia entre as duas superpotências, em 1945 (o Norte pró-União Soviética e o Sul pró-Estados Unidos), que acabou levando a uma guerra nesse país entre 1950 e 1953. Diante da intenção das tropas do Norte de unificar a Coréia sob um regime socialista, os Estados Unidos participaram diretamente do conflito armado, ao lado das tropas do Sul em defesa do sistema capitalista.
1953-1989. Fase de coexistência pacífica que teve início com o acordo entre as duas superpotências para, com a intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU), colocar fim à Guerra da Coréia. O confronto militar não teve vencedor, e a disputa política terminou empatada, pois o país foi dividido entre o Norte, socialista, e o Sul, capitalista. A partir de então, as duas superpotências passaram a adotar uma política de entendimento na solução dos conflitos que vez por outra ocorreram. O afrouxamento da tensão, simbolizado pelo empate na Coréia, ficou conhecido como tente (distensão). Esse período foi marcado por algumas características que servem para definir a guerra fria:
Toda a política mundial ficou regida pela bipolaridade, o que não abria espaço, de nenhum dos lados, para o aparecimento de um terceiro centro de poder.
A manutenção feroz da bipolaridade criou uma espécie de cumplicidade entre as duas superpotências, que praticamente "congelaram" as disputas internacionais pelo medo de uma intervenção militar e de uma guerra nuclear mundial.
Como resultado dessa política, a corrida armamentista foi o principal aspecto do período, que subordinou a economia dos dois países ao militarismo.
Ao longo dessa fase os episódios de maior destaque foram: Formação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança político-militar que uniu os países europeus e os Estados Unidos (1949).
Formação do Pacto de Varsóvia, a organização militar do Leste europeu e da União Soviética (1955). Construção do muro de Berlim (1961), que dividiu a cidade em dois lados: o capitalista, a oeste, e o socialista, a leste.
Guerra do Vietnã (1960-1973), durante a qual as tropas americanas combateram os guerrilheiros do Vietnã do Sul e o exército do Vietnã do Norte, empenhados em unificar o país sob o controle do governo socialista de Ho Chi Minh. Os Estados Unidos foram derrotados, e o Vietnã foi unificado sob regime socialista.
Intervenção militar soviética no Afeganistão (1979-1989), sob a alegação de impedir o acirramento da crise política do país. O objetivo era permitir a existência de um governo pós-soviético, mas o governo não conseguiu, mesmo com a ajuda da União Soviética, vencer a resistência dos guerrilheiros.
FIM DE UMA ERA
Pela análise dos principais conflitos que opuseram as duas superpotências, pode-se perceber que a política de contenção era praticada por ambos os lados. Essa estratégia, no entanto, começou a apresentar sinais de desgaste.
O período da Guerra Fria entre 1985 e 1991 começou com a ascensão de Mikhail Gorbachev como líder da União Soviética. Gorbachev era um líder revolucionário para a URSS, pois foi o primeiro a promover a liberalização da paisagem política (Glasnost), e inseriu elementos capitalistas na economia (Perestroika), antes disso, a URSS estava estritamente proibindo reformas liberais e a manutenção de uma ineficiente economia centralizada. A URSS enfrentava enormes dificuldades econômicas, também estava interessada em reduzir a cara corrida armamentista com os Estados Unidos. As políticas de confrontação pacífica do ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan e acúmulos de armas em boa parte de seu mandato, impediu que a URSS cortasse seus gastos militares, tanto quanto gostariam. Independentemente disso, a União Soviética começou a ruir, com as reformas liberais sendo difíceis de se lidar e os elementos capitalistas na economia centralizada causaram más transições e grandes problemas. Após uma série de revoluções no Bloco Soviético, a União Soviética entrou em colapso em 1991.

A Nova Ordem Mundial, Neoliberalismo e DIT.

1- A Nova Ordem Mundial
A ordem internacional bipolar durou cerca de 45 anos, desde o final da Segunda Guerra Mundial até por volta de 1989-91. (Podemos tomar o ano de 1989 como marco se enfatizar as mudanças no Leste europeu e particularmente a queda do Muro de Berlim, uma espécie de símbolo da "cortina de ferro" que separava as duas "Europas" e os dois "blocos", o capitalista e o socialista. E podemos tomar 1991 como marcos se considerarmos que no final desse ano houve a dissolução da URSS, a grande potência que dava coesão, além de servir de exemplo ou modelo, para os demais países do mundo socialista.) Essa ordem bipolar tinha como traço marcante e essencial a forte oposição entre o Leste e o Oeste, isto - é, entre o "socialismo real" e o capitalismo, considerados dois modelos societários alternativos e até antagônicos. Duas superpotências, com enorme poderio econômico e principalmente político-militar, comandavam cada um desses campos ou "blocos": os Estados Unidos, no mundo ocidental ou capitalista, e a União Soviética, no mundo dito socialista ou comunista.
O chamado mundo socialista iniciou-se em 1917, com a Revolução Russa, quando pela primeira vez desde que o capitalismo tornou-se dominante no planeta surgiu uma nova forma de organização social alternativa a ele. Depois que a Rússia, em 1922, anexou novos territórios e passou a se denominar União Soviética, durante quase oito décadas, isto é, grande parte do nosso século - exatamente aquele período que alguns historiadores chamam de "o século XX curto (de 1914-17 até 1989-91)" -, seguiu-se uma expansão do socialismo real por diversos países do mundo e uma correspondente retração do espaço capitalista. E o capitalismo, como veremos, reagiu a isso, procurando de várias maneiras combaterem a chamada "ameaça comunista".
A Segunda guerra Mundial, encerrada em 1945, trouxe importantes alterações no equilíbrio entre as grandes potências. As potências europeias, especialmente a Inglaterra, que dominavam o globo desde os séculos anteriores até os primórdios da XX, estavam arrasadas com o final da guerra. Havia ainda os seus impérios coloniais, mas estes logo se desmancharam, principalmente nos anos 50. Os Estados Unidos emergiram então como a nova potência capitalista hegemônica, com investimentos e interesses comerciais em todos os continentes.
As empresas multinacionais norte-americanas logo se espalharam por todo o imenso mundo capitalista ou de economias de mercado, inclusive para as áreas periféricas (que, em grande parte, em especial na África e na Ásia, deixavam então de ser colônias para se tornarem economias subdesenvolvidas; no caso da América Latina, cujas independências remontam ao século XIX, já havia antes da guerra uma crescente influência dos EUA, que rivalizava com a presença britânica). O "modelo de vida norte-americano", com seus filmes à Hollywood, com a Coca-Cola e o Fast - com os jeans, com o automóvel como grande símbolo de individualismo e de status social, etc., acabou se tornando a realidade, ou pelo menos a aspiração, de todos os povos do chamado mundo ocidental ou capitalista.

2- SISTEMA SOCIALISTA
A concepção de uma sociedade socialista, na qual os interesses sociais prevalecessem sobre os interesses individuais e houvesse igualdade entre as pessoas, começou a se desenvolver no século XVII e definiu-se melhor no século XIX. Concretamente, só no início do século XX foram instalados governos socialistas, primeiramente na União Soviética e mais tarde em outros países, em especial no leste da Europa.
O principal objetivo do socialismo é construir uma sociedade com o mínimo de desigualdades. Para conseguir isso, o socialismo tem como princípio básico a propriedade coletiva dos meios de produção, pelo menos dos mais importantes, como as terras, as fábricas, os bancos. Além disso, o sistema não admite que uns se apropriem dos frutos do trabalho de outros para fins de enriquecimento. A riqueza, portanto, incluindo suas fontes, deve pertencer a toda a sociedade.
Como a prática nem sempre corresponde à teoria, o socialismo real, instituído na União soviética e no Leste europeu, desviou-se do seu objetivo maior: a construção coletiva de uma sociedade de homens livres e iguais. 
O governo, intitulando-se representante da sociedade, assumiu o controle de tudo. Não apenas as terras, as fábricas e os bancos, mas até as pequenas lojas, as oficinas mecânicas, as quitandas, as padarias, as farmácias, tudo era propriedade do Estado. Havendo um único e grande patrão, os trabalhadores passaram a ser empregados do governo, recebendo salário por seu trabalho.
Como senhor absoluto das decisões nacionais, o governo planejava e dirigia a economia, tendo em vista os interesses e objetivos que ele próprio estabelecia como sendo de toda a sociedade. Agindo assim, esta negando o direito de as pessoas expressarem o que realmente desejavam para si e para seu país.
Para executar suas numerosas funções, o Estado foi aos poucos criando um imenso quadro de funcionários, nem sempre necessário ao bom desempenho das atividades governamentais. Surgiu assim uma enorme burocracia, responsável pelo consumo de boa parte dos recursos nacionais. Esses recursos seriam mais bem aproveitados se fossem destinados a obras e serviços em beneficio da população.
Além disso, os dirigentes dos órgãos do governo obtiveram vantagens que a maioria da população não possuía, coo altos salários, residências confortáveis, automóveis, c Desse modo, constituíram um segmento social que se assemelhava à classe alta dos países capitalista.
Apesar dos desvios sofridos pelo socialismo, a União Soviética e os países do leste da Europa passaram a apresentar indicadores econômicos típicos dos países desenvolvidos. E isso graças, sobretudo à planificação econômica introduzida pelo novo sistema. O plano regulava o que, onde, como e quanto produzir, bem como a forma de distribuir a produção. O governo aplicava os lucros da produção em obras para desenvolver a economia, corrigir as diferenças regionais e prestar serviços, como assistência médica e educação, que eram gratuitas, foram assim que tais países tiveram um grande crescimento econômico, um considerável avanço de ciência e da tecnologia, uma melhoria substancial dos transportes e das comunicações.

3- SISTEMA CAPITALISTA
Capitalismo: é o sistema socioeconômico baseado no reconhecimento dos direitos individuais, em que toda propriedade é privada e o governo existe para banir a iniciação de violência humana. No capitalismo os meios de produção e distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos. Os lucros são distribuídos para os proprietários que investem na empresa. O termo CAPITALISMO foi criado no fim do séc. XIX e início do séc. XX, para identificar o sistema político-econômico existente na sociedade Ocidental.
3.1- CARACTERÍSTICAS DO CAPITALISMO
Apesar dês profundas diferenças existentes entre os países capitalistas, algumas características básicas são comuns a todos eles, pois fazem parte do molde do sistema capitalista:
• Estrutura de propriedade - predomina a propriedade privada, pois a maioria dos meios necessários para a produção, tais como fábricas, terras, máquinas, usinas, portos, ferrovias, minas, c pertence a agentes econômicos privados. No entanto, em muitos países, o Estado também é dono de muitos meios de produção. Atua como capitalista através- de empresas estatais, principalmente em setores básicos e de infraestrutura.
Objetivo - os agentes econômicos, privados ou estatais, buscam incessantemente a reprodução do capital, ou seja, a constante obtenção de lucros. A diferença fundamental é que uma empresa privada que opera no vermelho pode ir à falência, ao passo que uma estatal normalmente recebe subsídios governamentais (ou seja, recursos dos contribuintes) para manter-se.
* Mecanismo de funcionamento da economia - os agentes econômicos (indivíduos ou empresas, instituições públicas ou privadas) fazem seus investimentos guiando-se pela lógica do mercado, ou seja, com base na lei da oferta e da procura*. Investem sempre com o objetivo de obter a maior rentabilidade possível, daí a concorrência se estabelecer em todos os setores. No entanto, há também muitas outras áreas monopolizadas, oligopolizadas, caracterizadas, nas quais, na prática, não há concorrência. O Estado, muitas vezes, intervém numa economia oligopolizada como agente planejador ou simplesmente como agente econômico. Esse processo, generalizado entre os países capitalista, varia apenas quanto ao grau da intervenção.
* Relação de trabalho - predomina o trabalho assalariado. No entanto, ao lado dessa relação tipicamente capitalista convivem relações não capitalistas de trabalho, principalmente em regiões subdesenvolvidas e rurais: parcerias, arrendamentos e, em regiões mais remotas, até relações ilegais, como a escravidão e o trabalho forçado por dívida.
* Meios de troca e instrumentos de crédito - o dinheiro (moeda metálica ou papel-moeda) é o principal meio de troca; surgiu no século VII a.C., como resultado da descoberta de técnicas de fundo em dinheiro depositado num banco. Com os avanços na eletrônica e nas telecomunicações, surgiu o cartão bancário, um "dinheiro virtual" que permite fazer pagamentos sem a intermediação de cheques ou dinheiro real. Mais recentemente, tornou-se possível movimentar fundo através de redes de computadores. Há ainda instrumentos de crédito que facilitam as trocas, como os cartões de crédito e as duplicatas.
* Relação social - há uma divisão de classes no interior da sociedade capitalista, com uma concentração de renda nos setores ou classes detentores do capital. Portanto, o capitalismo é marcado por desigualdades sociais, mais acentuadas nos países subdesenvolvidos. Ultimamente, porém, a distância entre ricos e pobres tem aumentado também nos países desenvolvidos.
3.2- As fases do capitalismo
O capitalismo foi se evoluindo gradativamente, aos poucos foi se sobrepondo sobre outras formas de produção, até ter sua hegemonia, que ocorreu em sua fase industrial.
Considerando seu processo de desenvolvimento, pode-se dividir o capitalismo em 4 fases: capitalismo comercial, industrial, financeiro e informacional.
O sistema capitalista sempre apresentou ao longo de sua história, grande dinamismo. Isso se explica devido ao seu profundo enraizamento histórico e cultural, pois sua origem é muito antiga (final da Idade Média) e sua evolução histórica foi muito lenta, particularmente na Europa Ocidental e na América Anglo-saxônica. Gradativamente, ele foi se sobrepondo a outras formas de produção.
3.2.1- O Capitalismo Comercial
Essa etapa do capitalismo se estendeu do século XVI até XVII. Houve uma expansão de potencias, como Espanha e Portugal, que tinham como objetivo descobrir uma nova rota para as Índias, e tirar a supremacia da Itália no comércio com o Oriente, através do Mediterrâneo. Foi uma época marcada por Grandes Navegações e descobrimentos, mas também de escravidão e genocídios de muitos nativos da América e África. Os europeus comandaram esse processo de colonização e exploração.
Esse termo capitalismo comercial se deu porque o acúmulo de riquezas ocorreu por meio do comércio. A economia nesse período funcionava sob a intervenção governamental, pois promover e aumentar o poder do Estado. A riqueza e o poder de um país era medido pela quantidade de ouro, prata e pedras preciosas.
Durante o capitalismo comercial tudo que pudesse ser vendido como lucro virava mercadoria na mão dos comerciantes europeus. O negócio mais lucrativo foi o tráfico de escravos negros. Essa fase foi fundamental para se desenvolver o capitalismo, pois permitiu o grande acúmulo de capitais na mão da burguesia europeia. Essa acumulação inicial de capitais criou condições, no Reino Unido e depois em outros países, para que ocorresse a Revolução Industrial. Foi o período do Mercantilismo.
3.2.2- Capitalismo Industrial (Séc. XVIII até a 1ª Guerra Mundial – 1780 a 1918).
O capitalismo industrial foi marcado por transformações na economia, na sociedade, na política e cultura. Uma de suas características mais importantes foi a de transformar da natureza, uma quantidade bem maior de produtos aos consumidores, o que multiplicava o lucro dos produtores. O capitalismo industrial teve início com a transformação do trabalho manual em mecânico e com o uso acelerado da energia não humana: a máquina movida a vapor, gerado por meio da combustão do carvão, é típica dessa fase. A invenção e a implantação de máquinas no processo produtivo foram facilitadas pelo grande volume de capital acumulado durante o Mercantilismo.
Numa segunda etapa, a industrialização se expandiu para outros países, permitindo a multiplicação das indústrias e a utilização de um número crescente de trabalhadores. Ampliou-se assim a classe operária (proletariado) e se internacionalizou o sindicalismo. Ao mesmo tempo ocorria uma explosão urbana, com transformações no modo de vida e na economia, que marcam o mundo de hoje. Nesse período, as relações internacionais foram caracterizadas pela intensificação da ação imperialista europeia sobre a África e a Ásia, gerando conflitos entre as grandes potências, cuja culminância foi a Primeira Guerra Mundial. O imperialismo teve como causa três problemas que os países europeus enfrentavam:
* Produção excedente - Com a industrialização, a produção de mercadorias cresceu num ritmo muito mais rápido que o dos mercados existentes. Esse ritmo de crescimento gerou uma grande produção excedente, o que levou à disputa por novos mercados.
* Excedente de capital - As indústrias obtinham lucros cada vez maiores (ocorrendo uma super acumulação de capital), e a saturação dos mercados existentes não viabilizava o reinvestimento interno desse capital. Dessa forma, era necessário buscar outros locais para investir os excedentes de capital, o que contribuiu para mais um passo em direção à globalização econômica mundial.
* Abastecimento de matérias-primas - Para a manutenção do processo de produção industrial, tornava-se decisivo garantir o abastecimento de matérias-primas, muitas vezes escassas ou inexistentes nos países industrializados europeus.
3.2.3- Capitalismo Financeiro (a partir o fim do séc. XIX).
O termo "capitalismo financeiro" foi utilizado pela primeira vez em 1881, pelo vienense R. Hilferding. Segundo ele, o capitalismo tinha duas características fundamentais: a crescente integração do capital industrial com o capital de financiamento (controlado pelos bancos) e a intensificação do processo de monopolização.
No Capitalismo financeiro o processo de monopolização atingiu seu auge. A evolução do capitalismo revelou que sua lógica competitiva fortalece as grandes empresas, aptas a disputar parcelas cada vez maiores do mercado consumidor com seu sólido capital. As empresas menores, incapazes de disputar o mercado nas mesmas condições, ficam com uma parcela ínfima do mercado ou acabam sendo absorvidas pelas maiores.
Com o crescimento acelerado do capitalismo passou a surgir e crescer rapidamente várias empresas (bancos, indústrias, corretoras de valores, casas comerciais, etc.) por causa do processo de concentração e centralização de capitais.
Uma característica marcante desta fase foi a implantação de novas tecnologias e do uso de novas fontes de energia no processo produtivo. As grandes empresas passaram a investir significativamente em produções científicas, visando desenvolver novas técnicas de produção.
Houve neste período um grande avanço da siderurgia e indústria mecânica graças ao aperfeiçoamento da fabricação do aço. Na indústria química e petroquímica, com a descoberta de novos elementos e materiais. No setor automobilístico e aeronáutico, houve grande avanço devido aos combustíveis oriundos do petróleo, possibilitando sua expansão e a dinamização dos transportes. E aumento da qualidade de vida da população devido o uso da eletricidade.
 Com o crescente aumento de produção e a industrialização expandindo-se para outros países, acirrou-se a concorrência. Havia cada vez mais a necessidade de garantir novos mercados consumidores, novas fontes de matéria primas e novas áreas para investimentos lucrativos.
Foi neste contexto que ocorreu a expansão imperialista europeia na África e na Ásia. Na Conferência de Berlim (1884 – 1885) as potências europeias retalharam o continente africano.
A partilha imperialista consolidou a DIT (Divisão Internacional do Trabalho), onde as colônias se especializaram em fornecer matéria prima baratas para os países que se industrializavam. Condicionando-as a subordinação econômica.
A expansão do mercado de capitais é uma marca do capitalismo financeiro. Nos Estados Unidos se consolidou um grande mercado de capitais. As empresas foram aumentando seus capitais através da venda de ações em bolsas de valores. Permitindo assim, a formação de enormes corporações.
A política imperialista norte americana é diferenciada da política imperialista europeia. A europeia usava as colônias africanas como uma continuidade do território das potências imperialistas, levando a um controle político e militar direto. Enquanto os norte-americanos exerciam um controle indireto (América para os Americanos), patrocinando golpes de estado e apoiando a ascensão de ditadores locais favoráveis ao EUA.
Neste momento torna-se cada vez mais difícil distinguir o capital industrial do capital bancário. Uma melhor denominação passa a ser então o capital financeiro. Sendo assim, os bancos passam a ter um papel importante como financiadores de produção. Onde banco incorporam indústrias, que, por sua vez, incorporam ou criam bancos para lhes dar suporte financeiro.
Na atual fase do capitalismo, o monopólio ocorre quando uma empresa domina a oferta de determinado serviço ou produto. Tem sido mais comum a forma mais elaborada de monopólio: o oligopólio, ou seja, um grupo de empresas que detêm o controle do mercado, como o cartel, truste e holding.
3.2.3.1- Cartel: (associação ou combinação entre empresas, do mesmo segmento, para garantir o controle da produção e dos preços; administração). É formado por grupos de empresas independentes que produzem produtos semelhantes e fazem um acordo para dominar o mercado.
3.2.3.2- Truste: (fusão e incorporação de empresas para dominar oferta de produtos ou serviços). Pode assumir várias formas, mas em geral é constituído por conjuntos de empresas que eliminam as suas independências legais e econômicas para constituir uma única organização.
3.2.3.3- Holding: É a forma jurídica de disfarçar um cartel ou um truste. Um holding não produz nada, sua meta é controlar um conjunto de empresas. É definida como uma empresa que mantém o controle sobre outras, por possuir a maioria de suas ações. É considerado o estágio mais avançado de concentração capitalista.
3.2.4- O Capitalismo Informacional (iniciou após 1970)
Com o advento da terceira revolução industrial, também conhecida como meio-técnico-científico-informacional, o capitalismo atinge sua fase informacional-global. A partir dos anos 1970, disseminaram-se empresas, instituições e diversas tecnologias responsáveis pelo crescente aumento da produtividade econômica e pela aceleração dos fluxos de capitais, de mercadorias, de informações, robôs, comutadores, satélites, internet e de pessoas.
Nesta etapa de desenvolvimento, o capitalismo continua industrial e financeiro. Industrial porque novas tecnologias empregadas no processo produtivo permitem grande aumento da produtividade. E financeira, por causa da desmaterialização do dinheiro, que, em vez de circular fisicamente, cada vez mais é transformado em bits de computador, circulando rapidamente pelo sistema financeiro globalizado. Porém, a característica principal dessa etapa de desenvolvimento capitalista é a crescente importância do conhecimento.
As revoluções anteriores foram movidas a energia – a primeira a carvão, e a segunda a petróleo e eletricidade, mas a revolução em curso é movida a conhecimento.

4.0- Neoliberalismo
Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.
Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo.
4.1-Características do Neoliberalismo (princípios básicos):
-        mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;
-        pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
-        política de privatização de empresas estatais;
-        livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
-        abertura da economia para a entrada de multinacionais;
-        adoção de medidas contra o protecionismo econômico;
-        desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas
         para facilitar o
         funcionamento das atividades econômicas;
-        diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;
-        posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
-        aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento  
         econômico;
-        contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou  
         seja, a lei da           oferta e demanda é suficiente para regular os preços;
-        a base da economia deve ser formada por empresas privadas;
-        defesa dos princípios econômicos do capitalismo.

Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.
4.2- Exemplos de governos que adotaram políticas econômicas neoliberais nos últimos anos:
- No Brasil: Fernando Collor de Melo (1990 - 1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2003)
- No Chile: Eduardo Frei (1994 - 2000), Ricardo Lagos (2000 - 2006) e Michelle Bachelet (2006 - 2010).
- Nos Estados Unidos: Ronald Reagan (1981 - 1989), George Bush (1989 - 1993) e George W. Bush (2001- 2009)
- No México: Vicente Fox Quesada (2000 - 2006)
- No Reino Unido: Margaret Thatcher (1979 - 1990)

5.0- Divisão Internacional do Trabalho (DIT)
DIT é uma sigla que significa Divisão Internacional do Trabalho, que expressa à forma como é feita a distribuição da produção a nível global, entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
A DIT é caracterizada pela especialização dos países na produção de alguma coisa, sejam produtos finais ou produtos intermediários, que vão ser utilizados na conclusão de um produto final. Esta necessidade surgiu porque não é possível que um só país consiga produzir sozinho todas as mercadorias que precisa.
A relação entre países mais e menos industrializados é uma parte essencial da DIT, porque os países menos desenvolvidos apresentam benefícios aos mais desenvolvidos, como mão de obra barata, impostos reduzidos, etc.
Evoluindo juntamente com o capitalismo, a DIT é uma estratégia usada para aumentar os lucros, uma vez que ocorre a redução do custo do produto final.
Existem vários autores que apresentam críticas em relação à DIT, afirmando que esta divisão é responsável por criar desigualdades entre países. Os países que estão em ascensão econômica, frequentemente compram tecnologias a preços muito elevados, e os seus produtos finais não atingem preços adequados, o que reprime o seu desenvolvimento, e consequentemente beneficia países economicamente mais fortes.
A divisão internacional do trabalho pode ser separada em três fases. A primeira fase (caracterizada pelo capitalismo comercial) ocorreu nos séculos XV e XVI, onde as colônias providenciavam os minerais, especiarias e mão de obra escrava, e as metrópoles eram responsáveis pela produção e exportação dos produtos desenvolvidos. A segunda fase se verificou nos séculos XVII, XVIII e XIX, e foi marcada pelo capitalismo industrial, onde as colônias (ou países subdesenvolvidos) forneciam a matéria prima e outros produtos agrícolas e minerais, e os países desenvolvidos faziam a industrialização da matéria prima fornecida. Durante a terceira fase, o capitalismo financeiro impõe que os países subdesenvolvidos forneçam a matéria prima e os produtos industrializados, enquanto os países desenvolvidos se ocupam dos investimentos, desenvolvimento de novas tecnologias e produtos industrializados.
A DIT é um processo dinâmico que tem sofrido alterações ao longo dos anos, porque o contexto econômico e industrial tem sido alterado pela globalização.
Originalmente, a DIT clássica indicava que os países subdesenvolvidos forneciam matérias primas para os países desenvolvidos, enquanto estes as usavam para a produção de bens finais. Posteriormente, os países subdesenvolvidos tinham que comprar esses produtos dos países produtores (desenvolvidos).
Mais tarde, a nova DIT (também conhecida como DIT da nova ordem mundial), os países menos desenvolvidos não fornecem apenas a matéria-prima, mas fazem a produção de materiais e mercadorias cuja produção é mais cara (ou causa muita poluição) nos países mais desenvolvidos. Estes contribuem com investimento e tecnologias que ajudam nos processos de produção. A nova DIT corresponde à terceira fase abordada anteriormente, e tem um elevado nível de complexidade, porque o fluxo de investimento e de produtos também ocorre dos países menos desenvolvidos para os mais desenvolvidos, o que não acontece na DIT clássica.

Geografia do Ceará

O Ceará é um estado do Brasil, cercado por formações de relevos altos, as chapadas e cuestas: a oeste é delimitado pela Cuesta da Ibiapaba; a leste, pela Chapada do Apodi; ao sul pela Chapada do Araripe; e, ao Norte, pelo Oceano Atlântico. Por isso o nome de Depressão Sertaneja para a região central do Estado. Aflorando da Depressão Sertaneja estão, por sua vez, as Serras e Inselbergs. A abolição da escravatura se fez na província do Ceará em 1884, quatro anos antes do 13 de maio. Festejaram os abolicionistas de todo o país e José do Patrocínio deu ao Ceará o nome de "Terra da Luz". D. Pedro II aplaudiu comovido; e até Victor Hugo mandou da França uma saudação aos cearenses.
Situado na região Nordeste do Brasil, o Ceará ocupa uma superfície de 146.348km2. Banhado pelo oceano Atlântico numa extensão de 538km, tem litoral pouco recortado, onde aparecem planícies costeiras que contêm tabuleiros terciários e praias com dunas, célebres por sua beleza. Limita-se a leste com a Paraíba e o Rio Grande do Norte, ao sul com Pernambuco e a oeste com o Piauí. A capital é Fortaleza.
1.0- DADOS GERAIS
Capital: Fortaleza
Região: Nordeste
Sigla: CE
Gentílico: cearense
População: 8.448.055 (Censo 2010)
Área (em km²): 146.348
Densidade Demográfica (habitantes por km²): 57,72
Quantidade de municípios: 184
2.0- DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS
Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 65,7 bilhões (2009)
Renda Per Capita*: R$ 7.687 (2009)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,723 (2005)
Principais Atividades Econômicas: agricultura, pecuária, comércio, indústria, turismo e mineração.
Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 27,6 por mil (em 2009)
Analfabetismo: 18,8% (2010)
Expectativa de vida (anos): 69 (2003)
Etnias: brancos (37%), negros (3%), pardos (60%). Em 2008, a distribuição da população cearense por cor era a seguinte: 33,05% se autodeclaravam brancos, acima dos 30,02% verificados na contagem de 1998; 3,03% se diziam negros, muito acima dos 1,22% em 1998; e a proporção de pardos diminuiu, contabilizando 63,39% a partir dos 68,69% de 1998. Em proporção, o Ceará tem mais brancos e menos negros que a média nordestina, embora a proporção de pessoas que se autodeclaram negras tenha aumentado bastante.
3.0- A CULTURA DO CEARÁ
A cultura do Ceará é diversificada e com muitas características marcantes. O governo estadual criou a Secretaria da Cultura do Ceará, a primeira do Brasil, em 1966. A instituição organiza e fomenta a cultura cearense e auxilia outras instituições particulares na manutenção das tradições da população do estado. Vinculado a ela estão: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho, Museu Sacro São José de Ribamar, Museu do Ceará, Museu da Imagem e do Som do Ceará e Theatro José de Alencar São algumas das principais instituições governamentais de fomento da cultura cearense. Outras instituições culturais importantes são: Academia Cearense de Letras, Conservatório de Música Alberto Nepomuceno, Instituto do Ceará, Instituto Cultural do Cariri, Museu dos Inhamuns, Academia Sobralense de Estudos e Letras, EDISCA dentre outras.
Atuando em conjunto com o governo, outras instituições ou sozinho, várias pessoas, do estado ou de fora, fazem ou fizeram a cultura do Ceará notadamente: José de Alencar, Antônio Bandeira, Lino Villaventura, Chico da Silva, Raimundo Cela, Rachel de Queirós, Chico Anysio, Renato Aragão, Jean-Pierre Chabloz, Emília Barreto Correia Lima, Humberto Teixeira, Alberto Nepomuceno, Patativa do Assaré dentre outros.
A cultura cearense é de base essencialmente europeia e ameríndia, com algumas influências afro-brasileiras, assim como em todo o sertão nordestino. Quando da introdução da cultura portuguesa no Ceará, ao longo do século XVII, os índios já produziam um diversificado artesanato a partir de vegetais como o cipó e a carnaúba, bem como dominavam técnicas primitivas de tecelagem do algodão, inclusive tingindo os tecidos de vermelho com a casca da aroeira. Com a colonização, diversas técnicas europeias se somaram a essa base cultural, formando uma arte popular que viria a ser renomada nacional e internacionalmente.
Com origens portuguesas e relevante influência indígena, têm destaque a produção de redes com os mais diversos bordados e formas e intrincadas rendas feitas em bilros, talvez o maior destaque da produção artesanal cearense, sendo uma arte tradicional no Ceará desde, pelo menos, o século XVIII. As rendas e os labirintos possuem maior destaque nas imediações do litoral, enquanto o interior se destaca mais pelos bordados. Ademais, o artesanato feito em madeira e barro se destaca bastante, com produção de esculturas humanas, representando tipos da região; quadros talhados em madeira - muitos com temática religiosa, vasos adornados, etc. Outro importante item do artesanato cearense são as garrafas de areias coloridas, onde são reproduzidas, manualmente, paisagens e temáticas diversas. São ainda encontrados, em diversas cidades - em especial Massapê, Russas, Aracati, Sobral e Camocim, dentre outras, cestarias, chapéus e trançados com variadas formas e desenhos feitos da palha da carnaúba, do bambu e do cipó. Por fim, como consequência natural de uma economia que, durante séculos, foi essencialmente pecuarista, o couro é trabalhado artesanalmente, em especial, para a produção de chapéus e outras peças da roupa de vaqueiros, assim como de móveis e esculturas. Os principais destaques no artesanato coureiro são Morada Nova, Juazeiro do Norte, Crato, Jaguaribe e Assaré.
Em diversas áreas do interior cearense, os cordéis, assim como os repentistas e poetas populares, especialistas no improviso de rimas, ainda estão presentes e ativos, seguindo uma tradição que remonta aos trovadores e poetas populares da Idade Média lusitana. Outra forte influência portuguesa se encontra na grande importância das festas religiosas nas cidades de todo o interior, particularmente as festas de padroeiro, que estão entre as principais festividades da cultura cearense, abarcando não só cerimônias religiosas, mas também danças, músicas e outras formas de entretenimento, numa complexa mistura de aspectos sagrados e profanos. Destaca-se a Festa de Santo Antônio em Barbalha, famosa pelo pau da bandeira e comemorada nessa forma há 78 anos.
Entidades culturais: A Academia Cearense de Letras, a mais antiga do Brasil, foi fundada em 1894. Em 1903 inaugurou-se a Faculdade Livre de Direito. Outras entidades importantes, todas em Fortaleza, são o Instituto do Ceará, fundado em 1887, dedicado ao estudo da história, geografia e antropologia do estado; a Universidade Federal do Ceará; a Casa Juvenal Galeno, dedicada à literatura; a Biblioteca Pública do Estado; o Museu da Escola Normal; a Sociedade Musical Henrique Jorge; a Comédia Cearense; o Clube de Cinema de Fortaleza; e o Clube do Advogado. Dentre os museus destacam-se o Museu de Arte Moderna da Universidade Federal do Ceará, o Museu Histórico Gustavo Barroso e o Museu da Escola Normal, cuja coleção arqueológica foi tombada pelo Patrimônio Histórico. Fortaleza possui ainda o Museu Histórico do Ceará e o Museu de Arte da Universidade do Ceará. Em Juazeiro do Norte funciona o Museu do Padre Cícero e em Aquiraz o Museu de Arte Sacra São José do Ribamar. Na capital, o teatro José de Alencar, com 706 lugares, foi tombado pelo Patrimônio Histórico. Destacam-se ainda a casa em que nasceu o compositor Alberto Nepomuceno, a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, o chafariz Tomás Pompeu, o monumento ao Cristo Redentor, todos em Fortaleza. Outro monumento tombado é a casa onde nasceu o romancista José de Alencar, em Mecejana; e em Juazeiro do Norte, o túmulo do padre Cícero, local de romaria para toda a população do Nordeste.
4.0 – DADOS DA GEOGRAFIA
Localização Geográfica: Nordeste do Brasil
Coordenadas Geográficas: 05º 11' S 39º 17' W
Limites geográficos: Oceano Atlântico (norte); Pernambuco (sul); Rio Grande e Paraíba (leste); Piauí (oeste)
Área: 146.348 km²
Fronteiras com os seguintes estados: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí.
Clima: tropical (região litorânea) e semiárido (interior).
Temperatura média do litoral: 24°C a 28°C; Média das serras: 20°C a 25°C; Média da Depressão Sertaneja: 26°C a 29°C. Fortaleza - Média das mínimas: 23°C; Média das Máximas: 28°C / Mínima absoluta: 19°C; Máxima absoluta: 32°C.
Salvo pequeno trecho da costa, nas vizinhanças de Fortaleza, que recebe de 1.000 a 1.500mm de chuvas anuais, prevalece na maior parte do território o clima semiárido, do tipo Bsh de Köppen. A pluviosidade reduzida (menos de 1.000mm anuais e, em alguns locais, menos de 600 mm) está sujeita a um regime irregular. Em determinados anos, a estação chuvosa não se produz, desencadeando o fenômeno da seca. Essas condições são ainda agravadas pelo forte calor, de que resulta um elevado índice de evaporação, que muito reduz a disponibilidade de água no solo. Só escapam a esse quadro serras e chapadas, pelas chuvas de relevo que determinam.
Relevo: planalto, planícies e várzeas (leste e oeste)
As chapadas e costas que limitam o território do Ceará são de formação sedimentar, enquanto as várias serras encontradas no interior da Depressão Sertaneja, particularmente contornando à distância a faixa litorânea, são maciços antigos de origem cristalina. As serras úmidas do Ceará são: o Maciço de Baturité também conhecido como Serra de Baturité, a Serra da Meruoca, a Serra de Uruburetama, a Serra de Maranguape e a Serra do Machado.
As serras de relevo mais alto (acima de 600m) possuem clima mais úmido, maiores pluviosidades e vegetação de floresta tropical, especialmente nas vertentes de barlavento. Nas vertentes de sotavento, surgem trechos de caatingas hipoxerófilas, não tão marcadamente distintas do resto da Depressão Sertaneja. Muitas das elevações cristalinas do Sertão cearense, no entanto, não são altas o suficiente para se beneficiar das chuvas orográficas possibilitadas pela maior altitude.
Além das serras de solo cristalino, surgem em todo o Sertão (e, de forma mais peculiar, na região em torno de Quixadá, onde as formações rochosas são numerosas e de formatos às vezes curiosos) os inselbergs, resquícios de um antigo relevo mais alto e já severamente erodido da região. Afora estes, o relevo é bastante regular.
Chapadas e costas: A Chapada do Araripe, ao sul do Estado estende-se, no sentido Leste-Oeste, por entre 30 km e 70 km e, no eixo norte-sul, por cerca de 180 km de comprimento. Além do Ceará, compreende áreas de Pernambuco e Piauí. O relevo é tabular e marcadamente horizontalizado, atingindo, na sua porção mais alta, altitudes médias de 750m, mas chega a apresentar, entre as cidades de Crato, Exu (em Pernambuco) e Jardim, altitudes superiores a 900m. As condições climáticas e fitográficas variam de acordo com a morfologia e geografia do local, o que constitui uma vegetação variada, incluindo caatinga, carrasco, cerradão e floresta tropical. Das escarpas da Chapada do Araripe surgem fontes naturais e mananciais que irrigam o sopé do altiplano, uma vez que no topo a drenagem superficial é escassa, dados solos muito permeáveis. Da mesma forma, os solos se revelam de maior fertilidade no sopé da chapada do que nas áreas vizinhas. Devido a isso, forma-se um verdadeiro "brejo" que faz do Vale do Cariri uma das áreas mais densamente povoadas do Estado. A Costa da Ibiapaba atravessa de norte a sul o extremo oeste do Estado, limitando-o com o Piauí. Caracterizando-se como uma costa seu relevo possui uma escarpa íngreme (voltada para o Ceará) e outra cujo declive é bastante suave e gradual em direção ao oeste (voltada para o Piauí). As altitudes médias são de 750m. De norte a sul e de leste a oeste, ocorrem variações nítidas de condições climáticas. Na sua vertente voltada para a Depressão Sertaneja cearense, em especial na parte nordeste de costa, possui vegetação tropical frondosa e densa. Na cidade de São Benedito, ocorre a mais intensa pluviosidade do território cearense, superior a 2.000m. Por outro lado, percorrendo-se alguns quilômetros para oeste, as chuvas orográficas não são mais tão intensas e configuram um clima semiárido com vegetação de carrasco. Da mesma forma, do norte para o sul, vão diminuindo as pluviosidades, o que resulta na predominância da caatinga na parte sul da costa, particularmente após o boqueirão constituído pelo Rio Poti. Um destino turístico famoso da região é a Serra de Ubajara, famosa por seu bondinho, cachoeiras e grutas. Há também uma abundância de cursos e quedas d'água, destacando-se a Bica do Ipu, cujas águas lançam-se do Pico Angelim, na Serra da Amontada, a 130m de altitude. A Chapada do Apodi apresenta também relevo tabular e de origem sedimentar e ocupa o extremo leste do Estado. Suas altitudes, no entanto, não ultrapassam os 250m de altitude. Devido a isso, não se beneficia de maiores pluviosidades (ocasionadas pelo advento de chuvas orográficas), temperaturas mais amenas e maior umidade como as serras e planaltos de relevo mais alto. Caracteriza-se como uma área de transição entre a Zona da Mata e a Depressão Sertaneja, compreendendo também áreas do Rio Grande do Norte. Sua área territorial é de 148.825,6 Km².
Vegetação: Na região litorânea prevalece a vegetação de restinga e salinas; caatinga em quase todo restante do território. O revestimento vegetal se caracteriza pela predominância das caatingas, que recobrem cerca de 90% da superfície estadual. Esse tipo de vegetação encontra-se bastante modificado pela ação do homem, que o substituiu por plantações de algodão ou o transformou em pastagem, eliminando o estrato arbóreo ou arbustivo. Ocorrem ainda no Ceará, ocupando pequenas áreas, mais três tipos de vegetação: cerrados no topo plano das chapadas; carnaubais nas várzeas dos rios, sobretudo na do Jaguaribe; e florestas nas encostas de serras e sopés de chapadas.
Hidrografia: O principal rio do Ceará é o Jaguaribe, cuja bacia drena todo o sul, o centro e o leste do estado. O norte é banhado por pequenos rios independentes, entre os quais o Coreaú, o Acaraú e o Aracatiaçu. Todos os rios do Ceará são temporários, pois "cortam" na estação das secas, isto é, secam. Dentre os açudes construídos no estado, os maiores são os de Orós, no Jaguaribe, e de Banabuiú, no rio do mesmo nome. A capacidade de armazenamento de água atinge 7,8 bilhões de metros cúbicos, mas a utilização dos açudes na irrigação ainda é reduzida. Principais rios: rio Ceará, rio Choró, rio Salgado e rio Jaguaribe Os rios cearenses secam durante o período das secas, por isso são chamados de temporários. O principal rio daquele estado é o Jaguaribe. Este rio é responsável pela drenagem das regiões central, sul e leste do estado. No Ceará há mais de 700 açudes e, graças a eles, é possível o desenvolvimento agrícola e a criação de animais nas regiões semiáridas.
Solo: O solo do Ceará é composto de rochas sedimentares (26%) e pelo cristalino, também chamado de embasamento, formado por rochas antigas que ocupam o restante do território.
Ponto mais alto: Pico da Serra Branca (1.154 metros), localizado na Serra do Olho d'água.
Cidades mais populosas: Fortaleza (2,4 milhões de habitantes), Caucaia (330 mil habitantes) e Juazeiro do Norte (252 mil habitantes).
População e rede urbana: A distribuição da população é irregular, com forte contraste entre zonas de fraca e intensa concentração demográfica. A maior parte do território estadual -- as grandes planuras do pediplano, marcadas por baixa pluviosidade -- registra menos de vinte habitantes por quilômetro quadrado. Aí se incluem amplos espaços com menos de dez habitantes por quilômetro quadrado. Por outro lado, observam-se duas áreas em que as densidades demográficas nunca ficam abaixo de vinte habitantes por quilômetro quadrado, mantendo-se em geral acima de trinta. A primeira compreende todo o norte do estado e estende-se para o sul ao longo da divisa com o Piauí até Crateús. Além da proximidade do litoral, essa região compreende numerosas elevações, às quais se associa maior pluviosidade (chuvas de relevo), o que possibilita uma agricultura mais intensa; além da chapada de Ibiapaba, encontram-se aí as serras de Meruoca, Mucuripe, Uruburetama, Dança, Arará, Maranguape, Aratanha e Baturité. Fortaleza e Sobral são os principais centros urbanos.
A segunda área de adensamento populacional, no sudeste do estado, compreende o sopé setentrional da chapada do Araripe, onde se desenvolve a importante região agrícola do Cariri, a zona serrana que antecede a chapada e um trecho da várzea do rio Jaguaribe. Os principais centros urbanos são Crato e Juazeiro do Norte.
O território do Ceará encontra-se sob a influência de duas metrópoles regionais: Fortaleza e Recife. A primeira domina a maior parte do estado, cabendo à segunda apenas a extremidade meridional (Cariri e chapada do Araripe). Como porto, entroncamento viário, centro industrial, comercial e de serviços e centro cultural, a influência de Fortaleza se faz sentir também sobre o norte e o centro do Piauí e o leste do Maranhão. Na porção ocidental do Ceará, é por meio de Sobral que Fortaleza comanda a vida econômica; na parte centro-norte, é por meio de Iguatu.
A segunda cidade do Ceará, Juazeiro do Norte, situa-se, entretanto, na zona de influência de Recife. Juntamente com a cidade do Crato, que fica apenas a 12 km dela, serve ao extremo sul do estado e a alguns municípios do noroeste de Pernambuco e sudeste do Piauí.
Agricultura e pecuária: Aproximadamente 75% da população ativa ocupam-se do setor agropecuário. A agricultura constitui o setor de maior importância econômica, quer pelo valor da produção, quer pelo efetivo de mão-de-obra utilizada. Domina no estado a pequena lavoura comercial e de subsistência.
A cultura do algodão arbóreo, importante produto do estado pela área ocupada e valor da produção, ocupa grande parte da área agrícola do pediplano, onde também se cultiva a mamona. Em meio a essas áreas, ocupando os leitos secos dos rios, surgem na estação seca as chamadas culturas de vazante, que provêm em parte à subsistência da população local.
Outro tipo de agricultura aparece nas várzeas dos rios (terrenos aluviais), sobretudo nos vales do Jaguaribe, Banabuiú e Acaraú, com cultivos de cana, arroz, milho, feijão e algodão herbáceo. Em encostas de serras, chuvas de relevo permitem aproveitamento mais intenso do solo com cultura de cana, café, árvores frutíferas (sobretudo banana) e alguns produtos de subsistência (milho, feijão e mandioca). A agricultura que se desenvolve no sopé das chapadas também se prende à ocorrência de chuvas de relevo, mas aí se verifica ainda o aproveitamento da água de fontes naturais. Os principais cultivos são banana, cana-de-açúcar, feijão, arroz e milho.
A pecuária extensiva ocupa a maior parte das terras secas do sertão, onde o gado bovino é criado à solta, principalmente em pastagens naturais. O Ceará possui um dos maiores rebanhos bovinos do Nordeste. Os rebanhos de suínos, ovinos e caprinos também são numerosos.
Indústria: Os principais ramos da indústria de transformação, pelo valor da produção e pelo número de pessoas empregadas, são a indústria têxtil, de produtos alimentícios, químicos, metalúrgica e de transformação de minerais não metálicos. Para estimular o desenvolvimento industrial, organizou-se o Distrito Industrial do Ceará, perto de Fortaleza. Além da capital, constituem centros industriais de importância secundária as cidades de Sobral, Crato e Juazeiro do Norte.
No setor da indústria extrativa destacam-se a produção de diatomito, gipsita e sal, entre os minerais, e de carnaúba, castanha de caju e lenha, entre os vegetais. O setor da pesca (o Ceará é o maior produtor nacional de pescado) obteve apreciável progresso com a instalação de frigoríficos e a modernização da frota pesqueira.
Transporte e energia: A mais importante das rodovias é a BR-116, que de Fortaleza se dirige para o Recôncavo baiano, passando pelo vale do Jaguaribe, onde toca as cidades de Ruças e Jaguaribe. Outra importante rodovia pavimentada é a BR-222, que de Fortaleza se lança em direção a Sobral, e daí prossegue até Piripiri, no Piauí.
A rede ferroviária compreende duas linhas-tronco dispostas em sentido norte-sul. A primeira parte do porto de Camocim para o sul, passando por Sobral e Itu, e atinge Crateús. A segunda parte de Fortaleza se estende também para o sul, tocando Baturité, Quixadá, Quixeramobim, Senador Pompeu, Iguatu, Juazeiro do Norte e Crato. As duas linhas-tronco foram ligadas pela linha Fortaleza-Sobral em 1949.
O estado possui três portos: Camocim, Mucuripe e Aracati. Mucuripe, em Fortaleza, é o único porto organizado do Ceará. O de Camocim situa-se na embocadura do rio Coreaú, a oeste, e o de Aracati no baixo Jaguaribe, a leste.
Paleontologia: No Ceará a paleontologia se destaca na região da bacia do rio Araripe em pleno agreste cearense, está situada um dos dez sítios pré-históricos mais ricos do planeta. Com dinossauros, Pterossauros, tartarugas, peixes e plantas fossilizados em rochas. No subsolo da região estão depositados, em ótimo estado de conservação, fósseis petrificados de espécies que habitaram a terra durante o cretáceo, período geológico anterior ao surgimento do homem. Os fósseis espalham-se por uma área de 12 milhões de hectares. Infelizmente boa parte dos fosseis que são retirados do subsolo cearense é vendida clandestinamente, sobretudo a contrabandistas que vendem os fósseis no exterior.
A maior parte da energia elétrica consumida no estado é suprida pela usina de Paulo Afonso.
Principais recursos naturais: ferro, calcário, água mineral, granito, argila e magnésio.
Principais rios: rio Ceará, rio Choró, rio Salgado e rio Jaguaribe.
Principais problemas ambientais:  desmatamento, desertificação, poluição do ar na capital (Fortaleza). O Ceará tem encontrado vários problemas ambientais no qual tem prejudicado a natureza e os seres, a grande intensidade de substâncias toxica, poluição desmatamento, queimadas e entre outras que estão quebrando toda uma estrutura ambiental está provocando um vasto desiquilíbrio ambiental.
5.0- Potencialidades:
     * Turística:  É um estado que possui grandes potencialidades turísticas, atendendo aos mais diversos tipos de turismo, como o cultural, religioso, rural, de aventura e ecoturismo. O principal centro de atração turística do estado é a própria capital, que possui praias famosas como as de Iracema, do Futuro, Barra do Ceará, Volta da Jurema e Mucuripe (as duas últimas, pontos de recolhimento de jangadas). Mas há outras cidades cearenses como Aracati, Cascavel, Camocim e Beberibe que se destacam pela beleza de suas praias. Entre as igrejas, destacam-se a Catedral Metropolitana, igrejas de Nossa Senhora do Carmo, do Cristo-Rei, do Pequeno Grande (Fortaleza); basílica de São Francisco das Chagas (Canindé); matriz de Nossa Senhora de Assunção (Viçosa do Ceará); basílica dos Capuchinhos, capela do Horto e igreja de Nossa Senhora das Dores (Juazeiro do Norte).
Outros pontos turísticos da capital são a sede do Instituto do Ceará; Cidade da Criança, antigo parque da Liberdade; o Passeio Público, antiga praça dos Mártires, onde se encontra a cela em que esteve presa Bárbara de Alencar; o farol do Mucuripe; o estádio Presidente Vargas; a lagoa de Mecejana; a sede do Náutico Atlético Cearense; e a praça do Ferreira.
A 28 km de Fortaleza encontra-se a antiga cidade de Aquiraz, com o Museu Sacro de São José de Ribamar e a matriz de São José de Ribamar. Nas proximidades da divisa com o Piauí situa-se o Parque Nacional de Ubajara, com uma gruta calcária de cerca de meio quilômetro de extensão. A cidade de Juazeiro do Norte, no sul do estado, constitui também importante centro de artesanato. Representam ainda atrações turísticas importantes no estado a lagoa do Iguatu e o sítio Gameleira, em Iguatu; o açude do Cedro, em Quixadá; o açude Orós, em Orós; e a Casa dos Milagres, em Canindé.
  • Econômica: ponto forte da economia é a mineração (petróleo, gás natural, ferro, água mineral, calcário, argila, magnésio, granito etc.), sendo que no município de Santa Quitéria existe a maior reserva de urânio do Brasil. No Ceará localiza-se o Distrito Industrial de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, que é um importante complexo industrial do estado. A indústria cearense atua nas áreas de vestuário, alimentícia, metalúrgica, têxtil, química e calçadista.
  • Agrícolas: Além disso, destaca-se na economia cearense a pecuária (bovinos, suínos, caprinos, equinos, aves, asininos e ovinos). Também tem destaque na  carcinicultura ( Criação de camarões).  Na Agricultura, destaca-se o cultivo de feijão, milho, arroz, algodão, castanha de caju, cana-de-açúcar, mandioca, mamona, tomate, banana, laranja, entre outros.

6.0- PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS
CENTRO DRAGÃO DO MAR: Centro cultural que traz ao Ceará eventos artísticos de nível internacional e abre espaço para as manifestações culturais, com exposições e mostras. Abriga museu, cinema , loja de artesanato, com bares e restaurantes no seu entorno.
BARRACAS DE PRAIA: Espalhadas pela orla marítima, com destaque para a Praia do Futuro, possuem ótima infraestrutura e um excelente serviço , são constantemente usadas como palco de eventos descontraídos, esportivos e shows com atrações nacionais e internacionais.
PALÁCIO DA LUZ: Antiga sede do Governo do Estado, foi construído no final do século XVIII, com o auxílio de mão de obra indígena, tendo sido adquirido pelo governo imperial em 1814. Atualmente, sedia a Academia Cearense de Letras. Conta com um acervo de 15 mil livros, disponíveis para pesquisa. Rua do Rosário, 01- Centro. Horário: 2a/6a de 8 às 13h. Tel.:3253-4275.
EMCETUR: Antiga Cadeia Pública - Sua construção foi iniciada em 1856 e concluída em 1866. Tem linhas clássicas e caracteriza-se pela clareza e simplicidade das formas. Atualmente, sedia o Centro de Turismo do Estado (EMCETUR), com 104 lojas de artesanato e dois museus: o de Minerais e o de Arte e Cultura Populares. Localiza-se no Centro de Fortaleza. Horário: 2a/6a de 8 às 18h, sáb. de 8 às 12h.Tel.:3231-3566.
CASA DE JOSÉ DE ALENCAR: Na casa onde nasceu o romancista estão mantidas as ruínas de um antigo engenho, considerado o primeiro do Ceará a receber energia a vapor, além de telas e documentos do escritor. Localiza-se na Av.Washington Soares,6055- Messejana. Horário comercial, sáb e domingo das 8 às 17:00h. Tel.: 3229-1898.
ESTORIL: Um casarão de 1925, transformado em cassino nos anos 40 pelos militares norte-americanos. Reduto de intelectuais e boêmios, foi restaurado em 1995 e hoje abriga um centro cultural e um restaurante. Rua dos Tabajaras,397- Praia de Iracema. Tel.:3219-8389 .
FORTE NOSSA SENHORA DE ASSUNÇÃO: Foi o marco inicial da cidade. Construído em 1649, foi batizado de Forte Schoonemborck. Em 1655, foi tomado pelos portugueses e recebeu o nome atual. Reconstruído em 1816, atualmente sedia a 10a Região Militar. Aberto à visitação pública diariamente. Av. Alberto Nepomuceno- Centro. Tel.:3231-5155
PRAÇA DOS LEÕES: Construída em 1877, seu nome homenageia um general cearense que participou da Guerra do Paraguai. Destaque para as estátuas de leões de bronze, trazidas de Paris no começo do século. Localizada no Centro, forma imponente conjunto arquitetônico com a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o Palácio da Luz e a antiga Assembleia Provincial.
THEATRO JOSÉ DE ALENCAR: Construído entre 1908 e 1910, é um importante marco arquitetônico e cultural de Fortaleza. Com estrutura metálica importada da Escócia e linhas ecléticas em que predominam elementos neoclássicos, o teatro abriga ainda biblioteca e galeria de arte. Possui jardim lateral projetado pelo paisagista Burle Marx.
PONTE METÁLICA: Também conhecida como Ponte dos Ingleses, foi construída em 1923, servindo de porto para Fortaleza. A partir de 1940 tornou-se ponto de encontro da boemia e dos apaixonados pelo pôr-do-sol. O espetáculo fica completo quando a lua cheia sobe do Porto do Mucuripe. Nas manhãs, golfinhos podem ser vistos brincando na sua proximidade. Possui lojinha de conveniência, lanchonete e quiosque do Núcleo de Preservação Ambiental aberto de 8 às 11h e de 13 às 21h.
CATEDRAL METROPOLITANA: Em estilo eclético, predominando elementos neogóticos, a imponente Igreja da Sé foi construída entre os anos de 1937 e 1963. Praça da Sé- Centro. Tel.: 3231-4196.
MUSEU DO AUTOMÓVEL: Inaugurado em 3 de julho de 1981. O Museu possui cerca de 60 carros, um dos mais completos do gênero (Cadillac, Chevrolet, Dodge, Fiat). O mais antigo é um Ford de 1917. Rua Desembargador Manoel Sales de Andrade, 70- Água Fria. Horário: de 3a/Sáb. de 9 às 12h e 14 às 17h e Domingo de 9 às 13h. Tel. : 3273-3129.
MUSEU DO CEARÁ: Dispõe de um acervo de 5.830 peças distribuídas em três importantes coleções: Paleontologia, Arqueologia/Antropologia Indígena e Mobiliário. O Museu do Ceará exibe também exposições temáticas permanentes, com temas de interesse da história do Ceará, tais como os poderes constituídos, as lutas e revoltas populares, a religiosidade, a produção intelectual e a irreverência do cearense. O Museu do Ceará funciona no Palácio Senador Alencar, construção de 1817 tombada pelo IPHAN como marco oficial do estilo neoclássico brasileiro. Rua São Paulo, 51-Centro, Tel. (0xx85)452 -1545 horário: terça a sexta-feira: 8h30 às 17h. Sábados e feriados: 8h30 às 12h30. Domingos: das 14h às 17h. Fechado às segundas-feiras- Fonte Secult.
MUSEU DE FORTALEZA: O velho Farol do Mucuripe foi construído em estilo Barroco, entre os anos de 1840 a 1846, pelos escravos. Construção em alvenaria, madeira e ferro. Ele representa uma das mais antigas edificações de Fortaleza. Foi durante muito tempo referência para embarcações que aqui aportavam, porém, o velho olho do mar, como era conhecido, foi desativado em 1957. No período de 1981 a 1982, recebeu sua mais significativa reforma a fim de abrigar o Museu do Jangadeiro, atual Museu do Farol, cujo acervo faz referência a Fortaleza Colônia. Restaurado, hoje abriga peças e acervo sobre os principais momentos e acontecimentos que marcaram a capital cearense. São reproduções, desenhos, fotografias, documentos, ilustrações, trechos de romances e relatos de visitantes. Av. Visconde de Castro, s/n- Mucuripe. Horário: diariamente de 7 às 13h. Tel.: 3263-1115.
Parque do Cocó: São áreas verdes, bosques, quadras esportivas, anfiteatro, lanchonetes, inclusive um imenso mangue, com sua flora e fauna característica. Sempre se realizam grandes eventos e shows ao ar livre. Trilha Ecológica aberta ao público, com a presença de dois guias nos turnos, manhã e tarde. Papicu – Avenida Engenheiro Santana Júnior com Avenida Padre Antônio Tomás. Telefone: (85) 3101-5548 Horário de Funcionamento: Segunda a Domingo de 6hs às 17hs. Ônibus de acesso: Grande Circular I e II, Borges de Melo I e II, Paranjana I e II e Top Bus. Distância: 4 km (Beira Mar)/ 7 km (Centro)
Praia de Sabiaguaba: Sabiaguaba é separada da praia do Caça e Pesca pela desembocadura do Rio Cocó. É uma praia tranquila, com paisagem de dunas, coqueiros, faixa larga de areia fina, clara e formação de piscinas naturais na maré baixa. Os amantes da pescaria têm aqui um local apropriado para a prática deste esporte. A grande atração da culinária do local é sem dúvida a enorme oferta de ostras. A Praia da Sabiaguaba conta com duas Unidades de Conservação Ambiental criadas em fevereiro de 2006 e administradas pela Prefeitura de Fortaleza: o Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba e a Área de Proteção Ambiental de Sabiaguaba. O parque de dunas e a APA de Sabiaguaba se complementam e foram criados com o objetivo de assegurar a preservação ambiental, o turismo ecológico e o desenvolvimento de atividades que não comprometam o equilíbrio do meio ambiente, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do município de Fortaleza. Localização: Depois da Praia do Caça e Pesca Ônibus de acesso: Messejana/Sabiaguaba.
Reserva Ecológica de Sapiranga: Trata-se de uma área de reserva ambiental e ecológica considerada segunda a SEMACE PORTARIA 031/97. “A maior Unidade de Conservação do Planeta”. Na Reserva Ecológica de Sapiranga funciona a Fundação Maria Nilva Alves que recebe pesquisadores de várias universidades para pesquisa e palestras, além de funcionar alguns cursos de capacitação para alunos do Senac. Edson Queiroz: Rua Olegário Memória, 3300. Telefone: (85) 3273-2450. Contato: Maria Nilva Alves Soares. Horário de Funcionamento: Terça à sábado de 08h às 17h. Ônibus de acesso: Papicu / Alvorada, Parque Manibura. Distância: 10 km (Beira Mar)/ 6 km (Centro). e-mail: sapiranga@fmna.org.br
Fazendinha Estação Rural: Uma fazenda didaticamente projetada para proporcionar as crianças e jovens da cidade uma experiência de vida no campo. Assim a fazendinha estação rural é um empreendimento localizado no distrito de Dourados, zona rural de Guaiuba. Com 150.000 metros quadrados, planejada para receber bem seus visitantes, com muita diversão e aprendizado, afinal, na fazendinha tem-se a oportunidade de observar e vivenciar, na prática, temas abordados em sala de aula. Por ser um espaço extremamente agradável a fazendinha está também sendo bastante procurada por grupos da melhor idade, por empresas e para comemorações de aniversários. Localização: Município: Guaiuba - Estrada Guaiuba - Itacima Telefone: (85) 3278-1724 / 9927-0083 / 9604 -1581 Site: www.estacaorural.com.br
Hotel Vale do Juá: Situado entre as serras de Baturité, Aratanha e Maranguape, a fazenda hotel encanta os hóspedes logo na chegada. Com o paisagismo que preserva a exuberante natureza da região. A Fazenda Hotel Vale do Juá proporciona aos visitantes um contato direto com a natureza e o modo de vida rural. Desenvolve programas de Turismo Rural, Cultural e de Lazer. Localização: Município de Guaiuba - Fazenda Chaparral - Itacima. Tel.: (85) 3246-7501 / 9929-0225. Fax: (85) 3246-1096. Site: www.valedojua.com.br
Museu da Cachaça: Mergulhar na história da cachaça. Pertinho de Fortaleza, ainda em sua região metropolitana, encontra-se um vasto acervo de documentos, fotos, garrafas, tonéis de bálsamo, mapas. Desta forma, a história da aguardente no Brasil é esmiuçada e presenteada ao visitante do casarão construído no século 19. Em meio à paisagem serrana, o museu mantém curiosidades como o maior tonel de madeira do mundo, com capacidade para 374 mil litros (registrado no Livro dos Recordes), e um parque com área para esportes radicais. Localização: Município: Maranguape - Sítio Ypióca. Tel.: (85) 3341-0407/3441-3452

Sede Administrativa: 3216-8888.