Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Desmatamentos e Desertificação

Causas do desmatamento:
A utilização dos terrenos para a agricultura;
A exploração de recursos minerais;
A extração de madeira;
A construção de hidrelétricas;
As queimadas ( incêndios propositais ou não)

Impactos ambientais (consequências) decorrentes das queimadas e dos Desmatamentos
Extinção e redução da biodiversidade;
Extermínio de indígenas;
Erosão e empobrecimento dos solos;
Assoreamento do leito dos rios;
Desertificação;
Aumento de CO2 na atmosfera resultante das queimadas;
Rebaixamento do lençol freático;
Mudanças climáticas.
Redução nos indíces pluviométricos
Aumento nas temperaturas

Causas da Desertificação:
Uso intensivo do solo para a agricultura;
Fragilidade do ecossistema;
Desmatamento;
Pecuária extensiva(pastoreio nômade);
Técnicas não apropriadas de irrigação e cultivo

Implicações da desertificação:
 Problemas sociais: fome, analfabetismo, diminuição de renda e do consumo;
Migração dos habitantes de áreas secas: pobreza humana;
Destruição da biodiversidade;
Erosão dos solos;
Redução dos recursos hídricos;
Redução de terras cultiváveis.

Entendendo o clima Brasileiro

O extenso território brasileiro, a diversidade de formas de relevo, a altitude e dinâmica das correntes e massas de ar, possibilitam uma grande diversidade de climas no Brasil. Atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, o Brasil está situado, na maior parte do território, nas zonas de latitudes baixas -chamadas de zona intertropical- nas quais prevalecem os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em torno de 20ºC.
A amplitude térmica - diferenças entre as temperaturas mínimas e máximas no decorrer do ano é baixa, em outras palavras: a variação de temperatura no território brasileiro é pequena.
Os tipos de clima do Brasil Para classificar um clima, devemos considerar a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, correntes marítimas e ventos, entre muitas outras características. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se a criada pelo estudioso Arthur Strahler, que se baseia na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar.
De acordo com essa classificação, os tipos de clima do Brasil são os seguintes:
Clima Subtropical: A região de climas mais frios no Brasil corresponde à faixa territorial situada abaixo do Trópico de Capricórnio, abrangendo os estados sulistas, com exceção do norte do Paraná. O clima subtropical destas regiões apresenta temperaturas médias inferiores a 20° C, com índice pluviométrico variando entre 2.000 e 1.500 mm anuais. Tal região circunscrita a essa faixa climática apresenta os invernos mais rigorosos do país, sobretudo nas áreas de maior altitude, onde inclusive podem ocorrer nevascas. A tipologia vegetal dominante constitui a chamada floresta de araucária (zonas de altitude mais elevada) e ainda as gramíneas (zonas mais baixas, como os Pampas gaúchos e a Depressão Periférica). A mata das araucárias também sofreu grandes devastações, mas há a ocorrência de áreas de reflorestamento. Presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro à março. Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas a Antártida.
Clima Semi-árido: O chamado clima semi-árido estende-se pelos territórios correspondentes ao sertão nordestino, incluindo o vale do Rio São Francisco, até o norte do estado de Minas Gerais. Os índices pluviométricos destas áreas são os mais baixos do país, apresentando uma média inferior a 800 mm anuais. Em contrapartida, as temperaturas médias anuais estão entre às maiores no território brasileiro, oscilando por cerca de 27° C. A vegetação correspondente a estas regiões é a caatinga, encerrando vegetais de feições retorcidas e espinhosas, com grande constância de plantas cactáceas.
Clima Equatorial: encontra-se na região da Amazônia. As temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. Este clima prevalece na região da Floresta Amazônica, apresentando características como temperaturas médias que oscilam entre 24 e 26° C. Chuvas em grande quantidade, com índice pluviométrico acima de 2500 mm anuais (o mais alto índice referente ao regime de chuvas do território brasileiro). A vegetação da área compreendida por este tipo de clima corresponde à chamada floresta equatorial (hiléia amazônica).
Clima Tropical: O clima tropical atua nas regiões do Planalto Central, além de áreas do nordeste e do sudeste brasileiros. Este clima é caracterizado por duas estações quentes distintas por ano, apresentando temperatura média superior a 20° C. Quanto ao regime de chuvas, o índice pluviométrico anual varia entre os parâmetros de 1.000 e 1.500 mm/ano. A vegetação das áreas circunscritas a este tipo de clima é tipicamente de cerrado, apresentando arbustos de casca grossa e gramínea. Já nas áreas adjacentes aos rios, há a presença constante de matas ciliares.
Temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado.
Clima Tropical de altitude: ocorrem principalmente nas regiões serranas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. As temperaturas médias variam de 15 a 21º C. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias vindas pelo Oceano Atlântico.
Pode apresentar geada no inverno. Nas regiões mais altas circunscritas pelos planaltos atlântico no sudeste, e ainda nas regiões ao sul de Mato Grosso do Sul e ao norte do Paraná. Apresentando um regime de chuvas anuais cujo índice varia entre 1.000 e 1.500 mm/ano. A floresta de araucárias (Serra do Mar e Serra da Mantiqueira) e a mata tropical predominam nas regiões mais altas destas áreas descritas, enquanto nas demais regiões a mata tropical encontra-se em estado avançado de devastação.
Clima Tropical Atlântico (tropical úmido e com chuvas de inverno): presente, principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste e Nordeste Oriental, apresenta grande influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e amenas no inverno. Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover muito nestas áreas. No Nordeste são comuns as Chuvas Frontais de inverno. O chamado clima tropical atlântico predomina em praticamente toda a faixa litorânea brasileira, estendendo-se desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Tal clima tem por temperatura média anual uma faixa de variação entre 18° e 26°C, possuindo índice pluviométrico médio variando em torno de 1.200 mm/ano. O quadro vegetal desta área é composto pela chamada Mata Atlântica, constituindo uma das áreas vegetais que mais sofreram com a devastação: a região do estado de São Paulo, detentora de 82% da Mata Atlântica originais, se encontra atualmente reduzida a ínfimos 5%.

Curiosidades:
A ciência que estuda o clima e o tempo é o ramo da Geografia conhecido como climatologia.
As mudanças climáticas têm provado, na atualidade, o derretimento das calotas polares e a intensificação do processo de desertificação.

A Importância da agropecuária no Brasil

A produção agropecuária é uma atividade desenvolvida no espaço rural, em áreas que se encontram ocupadas pelo setor primário da economia no qual destaca-se a agricultura, a pecuária e as atividades extrativistas.
Os tipos de produções citadas têm como finalidade principal atender o mercado de alimentos e de matéria-prima. O espaço rural é caracterizado pela tranqüilidade e presença de cobertura vegetal original, animais silvestres entre outras. Resumidamente, a produção no espaço rural é composta basicamente pela agropecuária, expressão usada para designar de forma agrupada a atividade pecuária e a agricultura.
Desde muito tempo que a agropecuária desempenha um papel de grande importância no cenário da economia nacional, além disso, é uma das primeiras atividades econômicas a serem desenvolvidas no país. Outro ponto a ser destacado acerca da relevância que a agropecuária possui no Brasil é quanto à ocupação do território que teve início com a produção de cana-de-açúcar, posteriormente do café e, por fim, a pecuária, que conduziu o povoamento do interior do país.
A atividade agropecuária no Brasil representa 8% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e gera emprego para pelo menos 10% da população economicamente ativa do país. A produção agropecuária tem como objetivo destinar seus produtos, tais como grãos, frutas, verduras e também carne, leite, ovos dentre outros, para abastecer o mercado interno e especialmente o mercado externo. Sem contar as matérias-primas. São vários os fatores que favoreceu o acelerado crescimento desse tipo de produção no Brasil, dentre os principais estão:

Grande população com perspectivas de mercado interno, generosa oferta de áreas propícias ao desenvolvimento de tais atividades e o processo de modernização e mecanização da produção rural.
Irregularidades da superfície favoráveis à ocupação rural e a boa fertilidade em grande parte do território.
A configuração climática foi determinante para a consolidação de culturas tropicais e criação de animais, uma vez que as temperaturas são altas durante todo o ano em grande parte do território.
O Brasil, como produtor rural, ocupa o primeiro lugar no mundo em produção de café, cana-de-açúcar, laranja e de bovinos como rebanho comercial, carne processada, além de segundo e terceiro respectivamente na produção de soja (2º), milho (3º), suínos (3º) e eqüinos (3º).

Lei de Terras de 1850

Durante o século XIX, a economia mundial passou por uma série de transformações pela qual a economia mundialmente conduzida pelo comércio passou a ceder espaço para o capitalismo industrial. As grandes potências econômicas da época buscavam atingir seus interesses econômicos pressionando as demais nações para que se adequassem aos novos contornos tomados pela economia mundial. Para exemplificar tal situação podemos destacar o interesse inglês em torno do fim do tráfico negreiro.
Com relação ao uso da terra, essas transformações incidiram diretamente nas tradições que antes vinculavam a posse de terras enquanto símbolo de distinção social. O avanço da economia capitalista tinha um caráter cada vez mais mercantil, onde a terra deveria ter um uso integrado à economia, tendo seu potencial produtivo explorado ao máximo. Em conseqüência dessa nova prática econômica, percebemos que diversas nações discutiram juridicamente as funções e os direitos sobre esse bem.
No Brasil, os sesmeiros e posseiros realizavam a apropriação de terras aproveitando de brechas legais que não definiam bem o critério de posse das terras. Depois da independência, alguns projetos de lei tentaram regulamentar essa questão dando critérios mais claros sobre a questão. No entanto, somente em 1850, a chamada Lei 601 ou Lei de Terras, de 1850, apresentou novos critérios com relação aos direitos e deveres dos proprietários de terra.
Essa nova lei surgiu em um “momento oportuno”, quando o tráfico negreiro passou a ser proibido em terras brasileiras. A atividade, que representava uma grande fonte de riqueza, teria de ser substituída por uma economia onde o potencial produtivo agrícola deveria ser mais bem explorado. Ao mesmo tempo, ela também responde ao projeto de incentivo à imigração que deveria ser financiado com a dinamização da economia agrícola e regularizaria o acesso a terra frente aos novos campesinos assalariados.
Dessa maneira, ex-escravos e estrangeiros teriam que enfrentar enormes restrições para possivelmente galgarem a condição de pequeno e médio proprietário. Com essa nova lei, nenhuma nova sesmaria poderia ser concedida a um proprietário de terras ou seria reconhecida a ocupação por meio da ocupação das terras. As chamadas “terras devolutas”, que não tinham dono e não estavam sobre os cuidados do Estado, poderiam ser obtidas somente por meio da compra junto ao governo.
A partir de então, uma série de documentos forjados começaram a aparecer para garantir e ampliar a posse de terras daqueles que há muito já a possuíam. Aquele que se interessasse em, algum dia, desfrutar da condição de fazendeiro deveria dispor de grandes quantias para obter um terreno. Dessa maneira, a Lei de Terras transformou a terra em mercadoria no mesmo tempo em que garantiu a posse da mesma aos antigos latifundiários.

INDÚSTRIA E INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

É a atividade por meio da qual os seres humanos transformam matéria-prima em produtos semi-acabados (matéria-prima para outros produtos) ou em produtos acabados (direto para o consumidor) .É uma atividade secundária.


 Na atualidade é  um dos ramos mais dinâmicos e mais importantes da economia.


Apesar dos seus aspectos positivos, atualmente tem contribuído negativamente em alguns aspectos como:


 Degradação do meio ambiente;


 Crescente fortalecimento econômico e político das multinacionais;


 Modificações nos padrões de consumo, através da manipulação de propagandas;


Constante especialização da mão-de-obra com a divisão do trabalho nas grandes empresas modernas.


Concentração Industrial


Concentração depende basicamente da busca de uma crescente eficiência técnica e da tendência a produção a custos sempre decrescentes. As indústrias estão distribuídas de maneira desigual, pois concentram-se onde há fatores favoráveis.


Fatores Favoráveis


Devem ser entendidos como as vantagens que um determinado local pode oferecer para a instalação de uma indústria.


Como fatores temos:


Matéria prima, mão-de-obra e energia abundante e barata, mercados consumidores, infra estrutura, vias de transporte e comunicação, incentivos fiscais, legislações fiscais, tributárias e ambientais amenas.


Concentração Industrial no espaço geográfico.


Distrito Industrial: área previamente delimitada para instalação de industrias;


Parque Industrial: representa um menor número de industrias em uma determinada área;


Complexo Industrial: concentração de vários ramos industriais que polarizam uma área.


Concentração Financeira


Concentração Horizontal: investimentos de capital em ramos que não se completam. Ex: metalurgia, cimento, agropecuária e petroquímica.


Concentração Vertical: investimentos em áreas que se completam, desde as atividades primárias até o produto final. Ex: mineração, siderurgia, construção naval e aeronáutica.


Tipos de agrupamentos financeiros


Truste: empresas que dominam o mercado, combinam-se (fundem-se) para elevar o preço dos produtos aumentando a margem de lucro. Ex. General Eletric.


Holding: empresa que mantém o controle sobre outras empresas mediante a posse das ações. Ex. Petrobrás e Autolatina.


Cartel: acordo entre empresas p/ monopolizar o mercado de um determinado produto.Ex. OPEP, indústrias automobilísticas e de cimento no Brasil.


Joint-Venture: associação econômica de risco de duas empresas que geralmente podem ser de nacionalidades diferentes, porém de um mesmo setor, com o objetivo principal de expansão de mercado.


 Monopólio: mercado dominado por um grupo ou uma empresa. Ex. AmBev


Oligopólio:é quando o mercado se caracteriza por um grande número de compradores e um reduzido número de  grandes empresas dominando as vendas. Ex. as indústrias farmacêuticas e automobilísticas no Brasil.


Oligopsônio: poucas empresas de grande porte dominam a compra de determinada matéria-prima ou produto primário. Ex. a indústria de autopeças abastecendo a indústria automobilística no Brasil.


Conglomerados: empresas que atuam em diferentes setores e ramos pertencem à mesma holding; com objetivo de monopolizar a produção e comercialização de produtos industrializados e serviços. Ex. General Motors.


 Just-in-time: produção apenas-a-tempo, ou seja, a peça certa no lugar certo, no momento certo. Toyotismo.


Dumping: venda de produtos abaixo do preço de mercado, com a finalidade de eliminar seus concorrentes ou ganhar fatia de mercado;


Tipos de indústria quanto ao fator histórico


Indústrias Clássicas: existente nos países desenvolvidos, início séc. XVIII; teve origem com a Revolução industrial.


 Indústrias Planificadas: existiu nos ex-países socialistas, séc. XX;


 Indústria Tardia: surgiu nos países subdesenvolvidos, após a 2ª GM.


Tipo de indústria quanto à evolução


 Manual ou doméstica: praticada pela família e que sua produção destina-se ao próprio grupo.


Artesanal: sua base é familiar, mais o produto é comercializado para subsistência. Ex. joalheria.


Fabril, manufatureira ou de transformação: é a indústria moderna, com divisão do trabalho, produção em série, mão-de-obra especializada e mecanização.


Tipos de indústrias quanto ao acabamento


De base: Produz bens que servirão de matéria-prima para outras indústrias.Ex. ind. Metalúrgica, química.


De derivados: tem como matéria prima bens já beneficiados ou semiacabados.Ex.  Ind. de confecções que tem como base a ind. Têxtil.


Tipos de indústrias quanto à matéria –prima e à energia.


Pesada: são indústrias que consomem grande quantidade de matéria-prima e energia. Ex. siderúrgicas e metalúrgicas.


Leve: consomem pequenas quantidades de matéria-prima e energia. Ex. têxtil, farmacêutica e alimentícia.


Tipos de indústrias quanto à tecnologia


Tradicional: Indústria pouco automatizada, que emprega muita mão-de-obra.


 Moderna: com grande automação e com alto índice de racionalização de mão-de-obra.


Tipos de indústrias quanto ao destino do produto


De bens não-duráveis:  produz bens de consumo rápido, como exemplo: alimentícias, cigarros, bebidas, confecções.


 De bens duráveis: produz bens com durabilidade, como exemplo: automobilística.


De bens de capital: são indústrias intermediárias, utilizam os bens de produção para criarem equipamentos e máquinas para outras indústrias, como exemplo: ind. de aço usada para fabricar um torno mecânico.( É a base econômica dos países industrializados).


Fordismo:


O Fordismo é um modelo de Produção em massa que revolucionou a indústria automobilística na primeira metade do século XX.


Princípio de que uma empresa deveria produzir mais em tempo menor.


Características:


Divisão e hierarquização do trabalho – cada operário realiza apenas um etapa;


Os trabalhadores não precisam ser bem qualificados;


Produção em série – mesma padronização do produto;


O trabalhador realiza tarefas específicas, simples e repetitivas.


Obs. Taylor sistematizou o processo: a separação entre trabalho intelectual e manual. (Taylorismo)


Toyotismo:


O Toyotismo é um modo de organização da produção capitalista originário do Japão, resultante da conjuntura desfavorável do país.


Princípio da flexibilização da produção.


Características:


Utiliza máquinas de ajustes flexíveis;


Permite reduzir custos e foge do modelo de padronização rígida e massificada (just-in-time);


Redução de estoques (só o suficiente para produzir);


Desconcentração espacial da produção;


Inovações tecnológicas, organizacionais e gestão.

Taylorismo

Frederick Taylor (1856-1915) concebeu o que se denominaria o “taylorismo”, que se caracteriza por:
- aplicação de métodos científicos para obter uniformidade na produção e reduzir custos;
- planejamento das etapas de trabalho (metodologia para o trabalho), visando ao aumento da produção;
- treinamento de trabalhadores para produzir mais e com mais qualidade;
- especialização do trabalho (o trabalho deve ser realizado tendo em vista uma seqüência e um tempo pré-determinados para que não haja desperdício operacional);
- inserção de supervisão funcional e do planejamento de cargos e tarefas (todas as fases do trabalho devem ser acompanhadas, o que aumenta o controle sobre a atividade e o tempo de trabalho do operário).
- a presença das máquinas e a necessidade do trabalhador de acompanhar seu ritmo para que se alcance o maior índice de produtividade provoca uma sujeição do homem à máquina, sujeição marcada pela repetição reflexa dos movimentos e pelo aparecimento de novas enfermidades ligadas ao espaço de trabalho.





Industrialização Brasileira


Cronologicamente, a história da indústria no Brasil divide-se em quatro fases:


1ª Fase: 1500 a 1808 – Proibição


2ª Fase: 1808 a 1930 – Implantação


3ª Fase: 1931 a 1955 – Revolução industrial brasileira.


4ª Fase: 1956 a 1990 - Internacionalização



1ª Fase: 1500 a 1808


Conhecida como fase da proibição.


Durante o período colonial, Portugal impôs inúmeras restrições à implantação de atividades transformadoras no Brasil Nesse período instalaram-se pequenas indústrias domésticas (fiação, calçados, vasilhames).


Em 1785 D. Maria I proíbe a indústria têxtil no Brasil o que acarreta o surgimento da agroindústria açucareira.


2ª Fase: 1808 a 1930


Conhecida como a fase da implantação.


Em 1808 com a vinda da família real para o Brasil, e a abertura de portos foram revogadas as proibições relativas as atividades industriais, porém  outros obstáculos  impediam o desenvolvimento industrial, como a escravidão que acabava impedindo o consumo interno, taxação de impostos a mercadorias estrangeiras. Só a partir de 1950 o Brasil passa a praticar atividades industriais. Entre 1914 a 1918 ( Primeira Guerra Mundial), ocorre uma maior disponibilidade de capitais e consequentemente um maior investimento na área industrial.







3ª Fase: 1931 a 1955


Fase da Revolução Industrial Brasileira.


A década de 30 marca passagem decisiva na história da indústria brasileira.


Com a Crise da Bolsa em 1929, ocorre a substituição da importação de produtos não-duráveis pela produção nacional.


O governo de Getúlio adota uma política industrializante, restringindo importações e incentivando investimentos em indústrias de base.


    Ocorre  nesse período a substituição da mão-de-obra estrangeira pela nacional, devido ao grande êxodo rural ocasionado pela crise do café.


Nesse período é criada a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Companhia Vale do Rio Doce, a COSIPA, USIMINAS, BNDE, Chesf, CEMIG, CESP, Eletrobrás, Petrobras.


4ª Fase: 1956 - 1990


 Conhecida como fase da internacionalização.


Com a consolidação dos setores de energia, transportes, alimentação, educação e indústria do governo JK, e com o Plano de Metas, com a finalidade de acelerar o crescimento econômico do Brasil, foram implantados estabelecimentos industriais de grande porte. Isso só foi possível através da abertura de fronteiras à livre penetração de capitais estrangeiros.


Houve grandes incentivos para a implantação da indústria automobilística, farmacêutica, siderurgia, química, construção naval.


Indústrias nas regiões do Brasil


Sudeste:  Principal polo industrial, o Estado de São Paulo desenvolveu-se a partir do maior polo industrial do país.


Composta por quatro eixos :


1º eixo : Anchieta - Imigrantes- do ABCD Paulista até a Baixada Santista.


2º Eixo:ao longo da Via Dutra, ligando a Grande São Paulo ao Grande Rio.


3º Eixo: Via Anhanguera – Bandeirantes, vai até Campinas.


4º Eixo: Via Castelo Branco


Sul: Segunda região mais industrializada do país. Região voltada para a indústria têxtil, vinícolas, artefatos de couros e calçados.


Nordeste: Essa região apresenta graves problemas sociais e econômicos, porém Recife, Salvador e Fortaleza, atraem investimentos nas áreas industriais, principalmente devido aos incentivos dados para tais implantações.


Norte e Centro-Oeste: Não possuem participação marcante na indústria nacional, apresentam economias de base primárias, com extrativismo e agropecuária.


No norte a indústria limita-se a extração mineral e à Zona Franca de Manaus e na Centro-Oeste a indústria limita-se a bens não-duráveis.


CONCEITOS DEMOGRÁFICOS E DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO

As análises dos dados demográficos e sua comparação com dados socioeconômicos permitem conhecer a realidade quantitativa e qualitativa de uma população.
Através do Censo ou recenseamento sabemos de forma mais completa esses dados, porém, nos países subdesenvolvidos  eles são falhos, devido as omissões e adulterações de informações, já em países desenvolvidos são mais confiáveis, por serem feitos de forma indireta, através de cadastros municipais e estimativas.
DEMOGRAFIA : → Corresponde à área da ciência geográfica que estuda a dinâmica da população humana.

POPULAÇÃO: → Conjunto de pessoas que vive em um determinado espaço, seja este sob a dimensão mundial, de um continente, de um país, de uma região, um estado ou uma outra área específica.
Em geral, em uma análise demográfica, são utilizadas as seguintes variáveis básicas: tamanho, estrutura e crescimento da população.

POPULAÇÃO ABSOLUTA:→ Trata-se do número total de habitantes de um determinado lugar. Utilizamos o adjetivo populoso, quando nos referimos à população absoluta.
Países mais populosos: China, Índia, EUA, Indonésia e Brasil.

POPULAÇÃO RELATIVA:→ Trata-se do número de habitantes por quilômetro quadrado (Km²), ou seja, ela consiste na distribuição da população em relação à área. A população relativa é também denominada de Densidade Demográfica.
Sendo assim, a população relativa ou densidade demográfica de um determinado lugar é obtida através da divisão do número da população absoluta pela área territorial do espaço:

População Relativa = População Absoluta       =  Hab./Km²
                                            Área Territorial
Utilizamos o adjetivo povoado, quando nos referimos à população relativa ou à densidade demográfica. Quando a densidade demográfica é elevada dizemos que o país é densamente povoado. 

Países densamente povoados: Mônaco e Vaticano(Europa), Cingapura e Bahein (Ásia) e            Barbados (América). Mônaco possui uma área pequena, de apenas 1,95 Km², tem uma densidade demográfica elevadíssima de aproximadamente 16.410 hab./Km² 
  Superpovoado: esse conceito relaciona-se com o número elevado de habitantes  e o grau de desenvolvimento e condições de vida dessa população.

¨  Exemplo temos o caso da Índia com uma densidade de 317 hab./ Km² e Bangladesh com 848 hab./ Km² e  que apresentam baixos níveis de desenvolvimento e tecnológico, logo são considerados SUPERPOVOADOS.

recenseamento ou censo demográfico 
Consiste na coleta periódica de dados estatísticos da população de um determinado lugar.
O primeiro censo oficial do Brasil foi efetuado em 1872. Antes deste, o levantamento da população contava, também, com os dados fornecidos pela Igreja. Os registros paroquiais auxiliavam para a contagem da população através do número de nascimentos, batismos e óbitos (mortes).
O levantamento demográfico do Brasil passou a ser realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE em 1936, ano em que a Instituição foi criada.
Os censos do IBGE são realizados com periodicidade decenal, isto é, são feitos de 10 em 10 anos. Além destes levantamentos, entre o intervalo de dois recenseamentos é realizada uma contagem da população. No entanto, por razões orçamentárias e financeiras, a contagem da população, planejada para o ano de 2005, foi transferida para o ano de 2007.
Quando falamos em população devemos ter em mente que os dados levantados são, na verdade, estimativas, tendo em vista os seguintes aspectos: o número elevado de crianças não registradas no país e as dificuldades de acessibilidade dos agentes recenseadores às casas localizadas em áreas de risco (violência) etc.

Distribuição Geográfica da População:

A distribuição geográfica da população na superfície terrestre não se caracteriza de maneira uniforme, tendo em vista a ocorrência de diferentes fatores que se apresentam como fatores de favoráveis e/ou de desfavoráveis à ocupação humana. Fatores estes, que podem ser de origem natural e/ou antrópicas.
 Entre aqueles que se apresentam como fatores favoráveis destacam-se: os vales fluviais, a região litorânea, as áreas próximas aos grandes centros urbanos etc.
Em contrapartida, outros elementos se configuram como obstáculos, isto é, desfavoráveis à ocupação e fixação do homem e, entre estes, se destacam principalmente os de origem natural (áreas pantanosas, de condições climáticas rigorosas, áreas áridas ou desérticas, florestas, áreas montanhosas etc.).
Em função dos fatores favoráveis, podemos observar Áreas Ecúmenas, que consistem em espaços de fácil fixação e ocupação humana, isto é, áreas de condições habitáveis.
Em contrapartida, temos as chamadas Áreas Anecúmenas, que correspondem às áreas de difícil fixação do homem, as quais se configuram como vazios demográficos.
O fato de o Brasil ser o quinto país mais populoso do mundo, mas apresentar uma densidade demográfica baixa, com cerca de 22 hab./Km² (2007), é justificada em razão da ocorrência de áreas anecúmenas em território brasileiro, como a Floresta Amazônica, o sertão nordestino, o pantanal, entre outros.
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
O crescimento populacional corresponde às mudanças que, ao longo do tempo, são verificados no quadro da população sob a influência das entradas e de saídas de pessoas no respectivo espaço.Neste contexto as entradas significam os nascimentos e as imigrações registradas, enquanto as saídas correspondem ao número de óbitos e emigrações.

TAXA DE NATALIDADE:→ Corresponde à relação entre o número de nascimentos ocorridos em 01 (um) ano e a população absoluta, tendo o resultado expresso, em geral, por mil.
Taxa de natalidade = número de nascidos vivos x 1000
                                           população absoluta


Obs.: Multiplica-se o resultado, em geral, por mil (1.000) para facilitar a leitura e admitir a comparação internacional. Exemplo, um determinado espaço que apresente uma taxa de natalidade equivalente a 25%o (por mil) significa que em um ano, para um grupo de mil habitantes, nasceram vinte e cinco crianças vivas.
TAXA DE MORTALIDADE:→ Corresponde à relação entre o número de óbitos ocorridos em
01 (um) ano e a população absoluta, tendo o resultado expresso por mil.

Taxa de mortalidade = número de óbitos x 1000    
                                           população absoluta


TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL:→ Trata-se da relação do número de crianças, de até 1 (um) ano de idade, que morrem para cada grupo de mil nascidas vivas.
Sendo assim, para efeito do crescimento da população, devemos levar em consideração duas 
variáveis: o crescimento natural ou vegetativo da população (diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade)
Crescimento Vegetativo = natalidade – mortalidade 

 Crescimento demográfico ou total é o resultado do crescimento vegetativo, acrescido do saldo migratório (a diferença entre imigrantes e emigrantes).

Crescimento Demográfico = Crescimento Vegetativo + Saldo Migratório

MIGRAÇÕES, REFUGIADOS E MINORIAS ÉTNICAS.

As migrações ocorrem devido a problemas socioeconômicos e contextos regionais, embora elas sejam diversas, por fatores econômicos, políticos, religiosos, naturais.

Migrações

O deslocamento de pessoas entre países, regiões, cidades é um fenômeno antigo, amplo e complexo, pois envolve as mais variadas classes sociais, culturas e religiões. Os motivos que os levam a ocorrer são diversos e apresentam consequências positivas e negativas, dependendo das condições  dos diferentes contextos socioeconômicos, culturais e ambientais.
É bom lembrar que qualquer movimento populacional traz consequências demográficas e culturais.

Tipos de movimentos populares
Espontâneos ou voluntários: quando o movimento é livre, voluntário.
Forçados: quando são obrigados, como nos casos de escravidão e de perseguições religiosa, étnica ou política.
Tutelados ou controlados: quando o Estado controla numérica ou ideologicamente a entrada e/ou saída de migrantes.

Quanto ao tempo de duração:
Elas podem ser definitivas ou temporárias.
Definitivas: Quando o migrante  se estabelece permanentemente no local de destino.
Temporárias: Quando o migrante não se estabelece no local de destino, podendo ser diária como os bóias-frias, por certo período como as peregrinações, o turismo.

Quanto ao espaço de deslocamento:
Internas ou Nacionais: são os movimentos que ocorrem dentro  do mesmo país ou de uma mesma região.
     Inter-regional: se realiza entre regiões.
     Intrarregionais: se realiza dentro da mesma região.

Externas ou Internacionais: são os movimentos que ocorrem  entre  Países do mesmo continente ou continentes diferentes.
Intracontinentais: Dentro de um mesmo continente.
Intercontinentais: Entre diferentes continentes.

Migrações Internas:
Nomadismo: é o sistema de vida de certos povos pela falta de habitação fixa, pelo deslocamento permanente ou periódico da população.
Migração Sazonal: Movimento característico das regiões montanhosas da Europa, Ásia e África, é um tipo de migração periódica.
Transumância:migração que ocorre em determinada estação do ano, em geral por razões financeiras,  devido às épocas de safras de determinado produto.
Migrações pendulares:São aquelas que são realizadas diariamente, da periferia para os centros urbanos, das cidades satélites para as metrópoles.
Migração Urbano-urbano: é a migração  onde as pessoas se transferem de uma cidade para outra.
Êxodo Rural: é o deslocamento das áreas rurais para as áreas urbanas.
Êxodo Urbano: é o deslocamento das áreas urbanas para as áreas rurais.

Migrações Externas:
Correspondem aos fluxos migratórios ocorridos entre países e podem ser Intracontinentais e intercontinentais.
Intracontinentais: Dentro de um mesmo continente.
Intercontinentais: Entre diferentes continentes.


Causas de deslocamentos populacionais
¨  Econômicas: causadas pelo desemprego, baixos salários, subemprego;
¨  Político-ideológicas: causadas por desavenças políticas, perseguições;
¨  Desastres naturais: causados pela natureza, como terremotos, maremotos, tsunamis, etc.;
¨  Conflitos Militares: causados pelas guerras;
¨  Religiosas:causadas pela divergência religiosa.

Migrações e transformações no mundo atual.
¨  Com as migrações vemos muitas mudanças, tanto  no aspecto cultural, social quanto no econômico.
¨  Os imigrantes saem em busca  de melhores condições de vida para si e seus familiares, em muitos casos o que eles conseguem receber fora do país eles enviam grande parte para os que aqui ficaram, melhorando assim as condições de vida deles e também melhorando a economia de suas cidades de origem.



Refugiados:
¨  No caso dos refugiados, devido serem obrigados a deixarem seus países de origem, eles acabam vivendo de forma precária nos países de destino e na maioria das vezes perdem suas referências culturais e vínculos afetivos.
¨  Quando o imigrante entra de forma ilegal  seu maior desafio é conseguir sua legalidade, o que na maioria dos casos não é tão fácil e quando eles entram espontaneamente e a eles são permitida a legalidade, eles  acabam rompendo aos poucos seus laços culturais e adquirindo integração tanto cultural quanto política, econômica e social.

Minorias Étnicas e Diáspora:
¨  As minorias étnicas são grupos pequenos de uma mesma origem que vivem  em diversos países. Essas minorias são consequências de diásporas, ou seja, grupos que são expulsos de seus locais de origem por perseguições políticas, religiosas e étnicas.
¨  Contudo, eles conservam sua identidade original e mantêm laços com seu país de origem e sua história.

Consequências das migrações:
¨  Contribuição e influência no processo de distribuição, ocupação e do próprio desenvolvimento econômico.
¨  Contribuição no processo de miscigenação étnica e difusão da cultura entre os povos.
¨  Perda da mão-de-obra qualificada em busca de melhores perspectivas de emprego e salários.
¨  Mudanças de costumes, problemas raciais, político ideológicos.
¨  Vantagens econômicas para os países pobres.
¨  Desigualdades, intolerância, incompreensão e xenofobia ( aversão ao que é estrangeiro, tanto pessoas quanto cultura) e consequentemente  gerando grande violência aos imigrantes.