1- Introdução:
Localizar-se, estabelecer caminhos e orientar-se para seguir
a direção certa: isso sempre acompanhou a história do homem na Terra. O que
mudou, ao longo do tempo, foram os recursos (equipamentos, instrumentos), as
características do espaço geográfico e, por consequência, os referenciais para
localização e para orientação.
Dependendo das características do espaço geográfico, dos
aspectos culturais dos povos, da disponibilidade de equipamentos, recursos,
como plantas e mapas, e dos referenciais, a maneira de orientar-se e
localizar-se variam.
Pode-se localizar tomando por base referenciais como ruas,
construções, estradas, rios, etc (situação comum à maioria das pessoas), ou por
meio de conhecimentos geográficos, tais como: interpretação de plantas e mapas;
domínio de noções sobre coordenadas geográficas - latitude e longitude -,
manuseio e leitura de equipamentos, como GPS, bússola.
1.1- As Coordenadas Geográficas
A localização de um lugar é
definida pelas coordenadas geográficas (latitude e longitude) e pela altitude.
Sua posição está ligada ao conjunto de relações que foram estabelecidas entre
esse lugar e os outros lugares, dentro do espaço geográfico.
Embora o conceito de espaço
geográfico envolva elementos concretos e abstratos, para a localização de um
lugar no espaço precisamos trabalhar com algo concreto: um local onde podemos nos
mover, levando em conta as direções e a altitude.
Existem diversas formas de
orientação, uma delas é a dos pontos cardeais. Pontos cardeais correspondem aos pontos básicos para determinar as
direções e são concebidos a partir da posição na qual o Sol se encontra durante
o dia. Os quatro pontos são: Norte
(sigla N), denominado também de setentrional ou boreal; Sul (S), chamado
igualmente de meridional ou austral; Oeste (O ou W), conhecido também como
ocidente; e Leste (E), intitulado de oriente.
Para estabelecer uma localização
mais precisa são usados os pontos que se
encontram no meio dos pontos cardeais. Esses pontos intermediários são
denominados de pontos colaterais: Sudeste (entre sul e leste e sigla - SE),
Nordeste (entre norte e leste - NE), Noroeste (entre norte e oeste - NO) e
Sudoeste (entre sul e oeste - SO).
Existem ainda maneiras mais
precisas de orientação, oriundas dos pontos cardeais e colaterais. Nesse caso,
refere-se aos pontos subcolaterais que
se encontram no intervalo de um ponto cardeal e um colateral, que totalizam
oito pontos. São eles: norte-nordeste (sigla NNE), norte-noroeste (NNO),
este-nordeste (ENE), este-sudeste (ESE), sul-sudeste (SSE), sul-sudoeste (SSO),
oeste-sudoeste (OSO) e oeste-noroeste (ONO).
Para inserir todos os pontos
apresentados foi criada a rosa dos ventos, chamada também de rosa dos rumos e
rosa-náutica.
Em geografia, a ideia de direção
nos é dada pela orientação, baseada nos pontos cardeais, colaterais e
Subcolaterais, representados na figura denominada rosa-dos-ventos.
Vale salientar também que existem
também outras denominações para os pontos geográficos a saber:
ü
meridional
ou austral significa dizer que está ao sul;
ü
setentrional ou boreal significa dizer que está ao norte;
ü
ocidente quer dizer que está ao oeste;
ü
oriente quer dizer que está ao leste;
ü
sul-oriental que dizer que está ao sudeste;
ü
sul-ocidental quer dizer que está ao sudoeste;
ü
norte-oriental quer dizer que está ao nordeste;
ü
norte-ocidental quer
dizer que está ao noroeste.
1.2. Paralelos e Latitude
Paralelos são linhas imaginárias traçadas paralelamente
ao Equador, círculo máximo que divide a Terra em dois hemisférios: norte e sul.
Onde a Linha do Equador é considerado o principal paralelo e é definida como
0º.
Além da Linha do Equador, há
quatro outros paralelos importantes:
No Hemisfério Norte, temos o Círculo Polar Ártico e Trópico de
Câncer. No Hemisfério Sul, temos o Círculo Polar Antártico e Trópico de
Capricórnio.
Latitude é a distância, medida em graus, de qualquer lugar da superfície
terrestre a Linha do Equador.
1.2.1- A importância da latitude
A
latitude é um fator importantíssimo para explicar as diferenças térmicas, isto
é, as diferenças de temperatura na superfície terrestre. Geralmente as temperaturas
diminuem do Equador para os polos.
Assim,
quanto menor a latitude, maior a temperatura, e vice-versa. As áreas de altas
latitudes, ou seja, mais distantes do Equador, são mais frias que as de baixas
latitudes.
É
importante saber que essas diferenças de temperatura são aproximadas, não
absolutas. Em geral as áreas temperadas são mais frias que as equatoriais e
mais quentes que as polares, mas há exceções. Existem áreas muito frias situadas
dentro da zona tropical e áreas quentes, dentro da zona temperada. Porque além
da latitude outros fatores influenciam na temperatura, como a altitude.
OBS. A ALTITUDE é a
distância vertical medida entre um determinado ponto, e o nível médio do mar. A
altitude e a temperatura do local em que ela é mensurada são grandezas
inversamente proporcionais, pois quando a altitude aumenta, a temperatura
ambiente diminui aproximadamente de 0,6 a 1 grau Celsius.
1.3 – Meridianos e Longitude
Meridianos são linhas imaginárias que cortam
perpendicularmente os paralelos e vão de um polo a outro. O ponto de partida
para a numeração dos meridianos é o de Greenwich (que recebe esse nome porque
passa pelo observatório de nome Greenwich, em Londres) ou meridiano inicial.
Esse meridiano divide a Terra em hemisfério ocidental ou oeste e hemisfério
oriental ou leste.
O
meridiano de Greenwich e a longitude têm um papel importante na definição das
diferenças de horas que ocorrem entre vários lugares da Terra.
Em
1884, os Estados Unidos e o Reino Unido assinaram o Acordo de Washington, pelo qual
os norte-americanos passariam a tomar Greenwich como seu meridiano referencial.
Pesaram
nessa decisão a hegemonia britânica no mundo, além da necessidade da precisão
horária num país como os Estados Unidos, em que uma ferrovia transcontinental
atravessa, de costa a costa, cerca de 4 mil quilômetros.
Alguns
países opuseram-se à definição de Greenwich como meridiano principal, entre
eles a França. Foram realizadas várias negociações, até que foi encontrada uma
solução: todos adotariam Greenwich, e o sistema métrico, cujo padrão é o metro,
seria adotado como o sistema de medidas internacional. O Reino Unido, a partir
de então, usaria esse sistema em substituição ao uso de medidas em polegadas.
Assim, oficializou-se o meridiano de Greenwich como o meridiano inicial para a
definição das posições dos pontos sobre a superfície terrestre no Congresso Internacional
de Geografia realizado em Londres em 1895.
Longitude é a distância, medida em graus, de qualquer lugar
da Terra ao meridiano de Greenwich.
1.4- As Zonas Térmicas e as estações do
ano
Vocês
já sabem que os meridianos e os paralelos são indicados por graus de
circunferências e que algumas dessas linhas recebem nomes especiais. É o caso
da linha do Equador e do meridiano de Greenwich, que são as coordenadas iniciais,
isto é, 0°.
Além
do Equador, há outros paralelos que recebem nomes próprios, pois são muito importantes.
São eles:
ü Trópico de
Câncer – a 23° 27’ de latitude norte;
ü Trópico de
Capricórnio – a 23° 27’ de latitude sul;
ü Círculo Polar
Ártico – a 66° 33’ de latitude norte;
ü Círculo Polar
Antártico - a 66° 33’ de latitude sul.
Os
trópicos e os círculos polares são importantes porque servem de limite para as
zonas da Terra. Essas zonas são chamadas assim para destacar a influência da
insolação ou luminosidade solar e porque há uma inclinação de aproximadamente
23°.
Essa
inclinação favorece, associada ao movimento de translação da Terra, o
surgimento das estações do ano caracterizado pelos solstícios e equinócios.
ü Zona tropical: é a faixa, das baixas latitudes, localizadas
entre os trópicos. Por isso, também chamada de zona intertropical.
Caracteriza-se por receber mais intensamente a luz solar, pois nela os raios do
Sol incidem verticalmente, ficando “a pino” ao meio-dia. Como o calor da
superfície terrestre vem do Sol, é fácil concluir que esta é em média a zona
mais quente do nosso planeta.
ü Zonas temperadas: são zonas localizadas
em latitudes médias, compreendidas entre o trópico e o círculo polar, tanto no
hemisfério norte como no hemisfério sul. Nessas zonas, os raios do Sol nunca ficam
realmente “a pino”, pois incidem de modo mais ou menos inclinado. Quando maior
o afastamento em relação ao Equador, maior será a inclinação dos raios solares,
o que reduz a quantidade de luz e calor recebidos do Sol. Assim, as zonas
temperadas são menos quentes e iluminadas que a zona tropical.
ü Zonas polares: são as zonas de altas latitudes, localizadas além
dos círculos polares, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul. Essas zonas
recebem os raios do Sol muito inclinados e, portanto, muito fracos. Por causa
disso, são muito frias. Há períodos do ano em que o Sol nem aparece.
A
maior parte do território brasileiro, por exemplo, situa-se na zona
intertropical. Daí porque no Brasil, em geral, predominam temperaturas elevadas.
1.4.1- As estações do ano
O
planeta Terra não apresenta uma dinâmica climática homogênea, ou seja, igual em
todos os seus pontos. Boa parte dessas variações é explicada pela existência
das diferentes estações do ano, que ocorrem principalmente por causa da
existência do movimento de translação e também por causa da inclinação do eixo
de rotação terrestre, que se encontra 23,5º inclinado em relação ao seu plano orbital.
Em
virtude dessa dinâmica, o planeta possui um total de quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.
Na verdade, essa divisão é hoje adotada em razão da matriz europeia sobre a
qual se constituíram as ciências, pois nesse continente elas são mais
facilmente percebidas dessa forma. Em regiões mais próximas à Linha do Equador,
por exemplo, o mais comum é que se perceba, geralmente, apenas duas grandes
estações, uma mais seca e outra mais chuvosa.
De
toda forma, é importante entender que as estações do ano apresentam-se de forma
inversa nos hemisférios norte e sul. Assim, quando é inverno no norte, é verão
no sul; da mesma forma que quando é primavera no norte, é outono no sul, e
vice-versa.
Além
disso, quando estamos no período de verão/inverno
nos hemisférios, estamos na época dos solstícios e, quando estamos no período
de outono/primavera, estamos na época dos equinócios.
Durantes
os solstícios, como podemos observar na figura acima, a Terra recebe níveis
diferentes de iluminação, por isso os dias e as noites possuem durações
diferentes. Já durante os equinócios, os dias e as noites possuem a mesma
duração. Vamos acompanhar, a seguir, as principais características das
diferentes estações do ano:
Primavera – durante a primavera, dias e noites possuem a
mesma duração. Pelo menos isso é o que ocorre em seu início, pois, com o passar
do tempo, os dias vão ficando gradativamente maiores. Essa estação é conhecida
por ser o período de crescimento das folhas e flores das árvores, embora apresente
diferentes características nos diferentes lugares.(Equinócio)
Datas aproximadas de início: 21 de
março no hemisfério norte e 21 de setembro no hemisfério sul.
Verão – em tempos de verão, os dias são mais longos do que as noites. Esse
maior período de exposição aos raios solares faz com que as temperaturas médias
elevem-se proporcionalmente.(Solstício)
Datas aproximadas de início: 21 de
junho no hemisfério norte e 21 de dezembro no hemisfério sul.
Outono – quando o outono se inicia, os dias novamente
voltam a ter a mesma duração das noites, equilibrando um pouco as temperaturas.
Com o passar do tempo, os dias vão ficando cada vez menores. É nessa estação
que as árvores costumam trocar suas folhas.(Equinócio)
Datas aproximadas de início: 21 de
setembro no hemisfério norte e 21 de março no hemisfério sul.
Inverno – na estação do inverno, os dias são menores do que
as noites, acontecendo o processo inverso do verão, o que contribui para a
diminuição média das temperaturas. (Solstício)
Datas aproximadas de início: 21 de
dezembro no hemisfério norte e 21 de junho no hemisfério sul.
Vale
lembrar que, como já dissemos, essa divisão é utilizada mais por uma herança
científica europeia do que pela forma como percebemos diretamente o clima. Nas
regiões do Brasil mais próximas à Linha do Equador (em que a luminosidade do
sol acontece mais intensamente o ano todo), essa divisão é menos perceptível no
cotidiano do que na região sul, onde as quatro estações do ano são mais bem
definidas. Em outras sociedades, por exemplo, outros tipos de divisões das
estações foram realizadas, tal qual o Egito antigo, cujas estações eram: cheia,
plantio e colheita.
De
três em três meses começa uma nova estação do ano, também chamada época.
As estações começam por volta do dia 21 dos meses
de março, junho, setembro e dezembro.
Hemisfério Norte
Primavera:
21 março até 20 junho
Verão:
21 junho até 20 setembro
Outono:
21 setembro até 20 dezembro
Inverno:
21 dezembro até 20 março
Hemisfério Sul
Primavera:
21 setembro até 20 dezembro
Verão:
21 dezembro até 20 março
Outono:
21 março até 20 junho
Inverno:
21 junho até 20 setembro
1.5- Os Fusos Horários
Os
fusos horários, também denominados zonas horárias, foram estabelecidos através
de uma reunião composta por representantes de 25 países em Washington, capital
estadunidense, em 1884. Nessa ocasião foi realizada uma divisão do mundo em 24
fusos horários distintos.
A
metodologia utilizada para essa divisão partiu do princípio de que são gastos,
aproximadamente, 24 horas (23 horas, 56 minutos e 4 segundos) para que a Terra
realize o movimento de rotação, ou seja, que gire em torno de seu próprio eixo,
realizando um movimento de 360°. Portanto, em uma hora a Terra se desloca 15°.
Esse dado é obtido através da divisão da circunferência terrestre (360°) pelo
tempo gasto para que seja realizado o movimento de rotação (24 h).
O
fuso referencial para a determinação das horas é o Greenwich, cujo centro é 0°.
Esse meridiano, também denominado inicial, atravessa a Grã-Bretanha, além de
cortar o extremo oeste da Europa e da África. A hora determinada pelo fuso de
Greenwich recebe o nome de GMT. A partir disso, são estabelecidos os outros
limites de fusos horários.
A Terra realiza seu movimento de
rotação girando de oeste para leste em torno do seu próprio eixo, por esse
motivo os fusos a leste de Greenwich (marco inicial) têm as horas adiantadas
(+); já os fusos situados a oeste do meridiano inicial têm as horas atrasadas
(-).
Alguns
países de grande extensão territorial no sentido Leste-Oeste apresentam mais de
um fuso horário. A Rússia, por exemplo, possui 11 fusos horários distintos,
consequência de sua grande área.
A
compreensão dos fusos horários é de extrema importância, principalmente para as
pessoas que realizam viagens e têm contato com pessoas e relações comerciais
com locais de fusos distintos dos seus, proporcionado, portanto, o conhecimento
de horários em diferentes partes do globo.
1.6- A Linha Internacional de Data
(LID)
A “linha internacional de data” é uma
linha imaginária que, por convenção, é representada pelo meridiano de 180 graus que é oposto ao Meridiano
de Greenwich de 0 grau e que atravessa o Oceano Pacífico separando o mundo em
dois: a leste é um dia a menos do que a oeste dela. Ou seja, quando nos países
localizados a oeste (Japão por ex.) da linha internacional de data, for dia 4,
nos países localizados a leste (Américas, por ex.) da linha internacional de
data, será dia 3. O horário continuará o mesmo (respeitando-se os fusos).
Embora
a Linha Internacional de Data não obedeça nenhum padrão científico para sua
localidade ou traçado (a linha está situada no meio do Pacífico por ser um dos
locais menos habitado do planeta, causando menos transtornos, e seu traçado
passa comodamente em volta de algumas ilhas, sendo, portanto, irregular), se
faz necessária essa separação de dias diferentes por causa do tamanho da terra.
Explicando,
como todos sabemos o sol nasce do leste para o oeste. Desta forma, quando o dia
está amanhecendo na China, por exemplo, no Mediterrâneo ainda é noite e ainda
vai amanhecer. Assim, sempre haverá uma diferença de horário entre dois lugares
localizados em pontos diferentes no planeta e, quanto mais afastados estes dois
lugares, maior a diferença. Suponhamos dois lugares diametralmente opostos no
globo, enquanto em um deles é dia, no outro já será noite, porque neste lugar
onde é noite (mais a oeste da linha internacional de data) o sol “nasceu
primeiro” do que no lugar onde ainda é dia.
Sua função é a de estabelecer a separação entre o
início e o final do dia civil na Terra. Ela separa o extremo oeste do planeta
do extremo leste que, apesar de distantes um do outro no mapa-múndi, são
regiões muito próximas, pois a Terra é uma esfera, e não um plano. Observe
o mapa abaixo:
A LID é a linha que
está apontada pelas setas.
1.7- Fuso Horário no Brasil
Desde o ano de 2013, a população voltou a contar
com quatro fusos horários no Brasil.
Como
a Terra leva aproximadamente vinte e quatro horas para completar o ciclo do
movimento de rotação – que resulta na existência alternada entre dias e noites
–, o planeta é dividido em 24 fusos horários, em que cada fuso representa uma
hora em sua área de abrangência. Essa contagem é feita a partir do Meridiano de
Greenwich, uma linha imaginária estabelecida por convenção e que “corta” a
cidade de Londres e toda a sua extensão em direção ao sul.
Dessa
forma, todos as localidades que se encontram a leste (oriente) em relação a
Greenwich tem suas horas somadas pelo número de fusos de distância, enquanto
tudo o que se encontra a oeste (ocidente) tem suas horas diminuídas.
O
território brasileiro, por se encontrar no hemisfério ocidental, possui o seu
horário atrasado em relação ao meridiano mencionado. Além disso, em razão de o
país possuir uma ampla extensão, sua localização é dividida em quatro fusos horários, cuja demarcação
oficial (a hora legal) é estabelecida conforme o mapa a seguir:
As
linhas verticais traçadas acima representam o horário “real” dos fusos, isto é,
a hora exata em relação ao distanciamento de cada um dos fusos horários. No
entanto, se essa divisão fosse adotada à risca, ficaria muito complicado para
certas localidades que estariam posicionadas em dois fusos diferentes ao mesmo
tempo. Por isso, estabelece-se no Brasil – e também no mundo – a hora legal,
que é adotada oficialmente pelos governos, representada pelas diferenças de
cores no mapa acima.
O primeiro fuso horário brasileiro encontra-se duas horas atrasado em relação ao
Meridiano de Greenwich e uma hora adiantado em relação ao horário de Brasília.
Esse fuso abrange apenas algumas ilhas oceânicas pertencentes ao Brasil, como
Fernando de Noronha e Penedos de São Pedro e São Paulo.
O segundo fuso horário do país encontra-se três horas atrasado em relação a
Greenwich e abrange a maior parte do território nacional, com a totalidade das
regiões Nordeste, Sudeste e Sul, além dos estados do Pará, Amapá, Tocantins,
Goiás e o Distrito Federal. É o horário oficial de Brasília.
O terceiro fuso horário encontra-se quatro horas atrasado em relação a
Greenwich e uma hora em relação ao horário de Brasília. No horário de verão,
essa diferença aumenta para duas horas, pois os estados abrangidos (Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima, Rondônia e a maior parte do Amazonas) não
fazem parte desse horário especial.
O quarto fuso horário encontra-se cinco horas atrasado em relação a
Greenwich e duas horas em relação ao horário de Brasília, aumentando para três
horas durante o horário de verão. Abrange somente o estado do Acre e uma
pequena parte oeste do Amazonas. Esse fuso foi extinto no ano de 2008, onde a
área passou a integrar o fuso de -4, no entanto, em setembro de 2013, essa
extinção foi revogada após aprovação em um referendo promulgado em 2010.
1.7.1- Afinal quantos fusos existem no
Brasil
O
Brasil, por possuir uma ampla dimensão territorial no sentido Leste-Oeste,
perfazendo um total de 4.319,4 km entre a Ponta do Seixas (PB) e a Nascente do
Rio Moa (AC), inscreve a sua área em quatro zonas de fusos horários. Mas, como
se sabe, mesmo com os meridianos apontando exatamente o local desses fusos, é o
poder público quem define a hora legal do país, estabelecendo o número de
demarcações e em que local elas serão feitas.
Atualmente,
então, o país é dividido em quatro fusos horários, mas não foi sempre assim. Na
verdade, houve uma alteração no ano de 2008 que resumia o território nacional a
apenas três diferentes horários. No entanto, em 2013, parte do estabelecimento
anterior foi retomado. Acompanhe as alterações realizadas no esquema a seguir:
OBS. Em 2008, no entanto, em um projeto
de lei sancionado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o fuso de
-5GMT foi extinto, com a sua respectiva região integrando, a partir de então, o
fuso de -4GMT. Além disso, todo o estado do Pará passou a integrar um único
fuso: o de -3GMT.
Porém, em 2010, realizou-se um
referendo para a população do Acre e de parte do Amazonas. Decidiu-se pelo
restabelecimento do horário antigo. Com isso, o fuso -5GMT foi retomado, mas o
Pará ainda continuou a fazer parte totalmente do fuso -3GMT.
Por causa dessa diferença, o estado do
Acre, por exemplo, encontra-se a duas horas atrasado em relação a Brasília,
diferença essa que se eleva para três horas na época do horário de verão, em
que a capital brasileira, juntamente a alguns estados, adianta o seu horário em
uma hora.
1.7.2- Horário de Verão
é a
alteração do horário de uma região, designado apenas durante uma porção do ano,
adiantando-se em geral uma hora no fuso horário oficial local. O procedimento é
adotado costumeiramente durante o verão, quando os dias são mais longos, em
função da posição da Terra em relação ao Sol, daí o nome em português,
espanhol, francês, alemão e outras línguas. Em inglês, por exemplo, o termo
"Daylight saving time" (Horário de economia com luz do dia, em
tradução livre) enfatiza a função prática da operação, enquanto em italiano
"Ora legale" (Hora legal), destaca o caráter artificial da medida.
A
ideia de adiantar os relógios para aproveitar melhor as horas de sol foi
lançada em 1784 pelo político e inventor americano Benjamin Franklin, isso
quando ainda não existia luz elétrica. Mas sua ideia não sensibilizou nem o
governo do seu país, nem o da França, onde foi publicado um artigo seu sobre a
possível economia em cera de vela que seria gerada caso a medida fosse adotada.
O
primeiro país a adotar oficialmente o horário de verão acabou sendo a Alemanha
em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, como medida para economizar carvão.
1.7.4- Horário de Verão no Brasil
O
horário de verão no Brasil foi adotado pela primeira vez em 1 de outubro de
1931, através do Decreto 20.466, abrangendo todo o território nacional. Houve
vários períodos em que este horário não foi adotado.
Desde
1985 o horário de verão é adotado anualmente. Nesse período a abrangência,
inicialmente nacional, foi reduzida sucessivas vezes até que em 2003 atingiu a
atual.
Atualmente,
o horário de verão é adotado nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste. Depois de
oito anos sem adotá-lo, o estado da Bahia, no Nordeste, o adotou em 2011.
Em
2012, no entanto, a Bahia voltou atrás nessa decisão. Desde 2008, o início é no
terceiro domingo de outubro, e o final no terceiro domingo de fevereiro, exceto
quando este coincide com o Carnaval, sendo então o horário prorrogado em uma
semana.
1.8- Sistemas de Informações
Geográficas (SIGs)
Os
Sistemas de Informações Geográficas (SIG) são equipamentos e meios tecnológicos
para se estudar o espaço terrestre. São utilizados por pesquisadores, empresas,
ONGs, governos, serviços de inteligência, entre outros.
Os
SIGs resultam da combinação entre três tipos de tecnologias distintos: O
sensoriamento remoto, o GPS e o geoprocessamento.
1.8.1- Sensoriamento Remoto: consiste na utilização de ferramentas, como
satélites e radares, para a captação de informações e imagens acerca da
superfície terrestre. Podem oferecer informações importantes, como a extensão
de uma área agrícola, o tamanho de uma determinada cobertura vegetal, localizar
focos de incêndios e desmatamentos, o movimento das massas de ar, entre outros.
Além
do uso de satélites, o sensoriamento remoto pode funcionar através do uso de
fotografias aéreas, o que também é chamado de aerofotogrametria. Tal
procedimento se faz com a realização de fotografias tiradas em câmeras
acopladas em aviões e helicópteros.
1.8.2- GPS (Sistema de Posicionamento
Global)
é um aparelho
que está se difundindo cada vez mais no cotidiano das pessoas. Apoiado com uma
cobertura de dezenas de satélites, o GPS pode emitir informações de qualquer
local do mundo, a partir das coordenadas geográficas. Além de informar as
posições de latitude e longitude, o GPS hoje pode informar endereços, ensinar
rotas mais curtas para se chegar a um determinado local e, até mesmo, gravar os
caminhos percorridos e informar a velocidade de deslocamento.