Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Energia eólica no Ceará



Parque Eólico
A produção de energia elétrica é de fundamental importância para a realização das atividades humanas e, principalmente, industriais. Atualmente, as fontes energéticas mais utilizadas são as de origem fóssil: carvão mineral, petróleo e gás natural. O agravante é que além de intensificarem os problemas ambientais, essas fontes de energia irão se exaurir da natureza.

Visando minimizar os transtornos ambientais, vários países têm investido em energias alternativas, como por exemplo, a solar, eólica, energia das ondas e a geotérmica (calor interno da Terra). Essas fontes não poluem a natureza e são renováveis, ou seja, jamais se esgotarão.
A energia eólica é considerada a fonte energética mais limpa do planeta, sendo obtida através do movimento de massas de ar (vento) que é captado por hélices ligadas a geradores. No Brasil, o estado do Ceará se destaca por ser o maior produtor nacional desse tipo de energia.
No Ceará, houve um investimento de cerca de 1,5 bilhão de reais na construção de 250 torres para a produção de energia eólica, que estão distribuídas em 14 Parques. A produção elétrica é de 500 MW, suficiente para suprir as necessidades de uma cidade habitada por 2,5 milhões de pessoas.
Em agosto de 2008, a Petrobras inaugurou o Parque Eólico de Parajuru, compreendendo uma área de 325 hectares e operando com 19 aerogeradores. Posteriormente, o estado, devido ao seu grande potencial para produção desse tipo de energia, continuou investindo na construção de novos parques.
O Parque Eólico Bons Ventos, localizado no litoral, é o principal responsável pela produção de energia eólica no Ceará. Para a sua estruturação – instalação de 75 aerogeradores – foi realizado um investimento de 800 milhões de reais, e, nos próximos anos, outras torres devem ser instaladas no local, que possui grande potencial energético.
Além da energia eólica, o Ceará também desenvolve projetos para a produção elétrica através do aproveitamento das ondas do mar (energia das ondas) e do sol (energia solar). Estima-se que em 2011 o estado tenha a segunda maior usina do mundo de energia solar, ocupando uma área de 220 hectares, cuja produção será suficiente para abastecer 5 mil residências.

O Brasil é campeão mundial em reciclagem de latas



Latas prensadas prontas para serem transformadas em matéria-prima.
Basicamente, reciclagem é o reaproveitamento de materiais que foram descartados, transformando-os em outros produtos. Quanto à reciclagem de latas de alumínio, o Brasil é o campeão mundial em reaproveitamento desse tipo de lixo, conquista que aconteceu pelo sétimo ano consecutivo. A publicação desse dado foi emitida pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). 

Na realização da pesquisa, foi constatado que aproximadamente 96,5% das latinhas que foram disponibilizadas no mercado tiveram como fim a reciclagem. Em 2007, cerca de 11,9 bilhões de latinhas foram recicladas. 

Apesar deste gigantesco número, o Brasil depende de latas oriundas de outros países. Isso se dá pelo fato de que o que é reciclado é usado em siderúrgicas, e não nas fábricas de refrigerantes e outras bebidas. 

O elevado índice de reciclagem que o país apresenta não é proveniente da aplicação de medidas de políticas de desenvolvimento sustentável ou porque é politicamente correto, o que ocorre é um fator social. Como há uma enorme desigualdade social no país, muitas famílias encontram nas latinhas uma fonte de complemento de renda, isso de acordo com as declarações do presidente da ABAL, Henio de Nicola. 

No Brasil, os números ligados à reciclagem geram um volume de dinheiro bastante alto. Somente no ano de 2007, a atividade movimentou aproximadamente 1,8 bilhão de reais. Desse total, cerca de 523 milhões são provenientes da coleta das latas, atividade de geração de renda para aproximadamente 180 mil brasileiros.

Aspectos da População do Ceará


O Ceará é uma das unidades federativas que integram a Região Nordeste do Brasil, limita-se com os estados do Piauí (a oeste), Rio Grande do Norte (a leste), Paraíba (a sudeste) e Pernambuco (ao sul), além de ser banhado pelo oceano Atlântico (ao norte). Sua extensão territorial é de 148.920,538 quilômetros quadrados, correspondendo a 9,57% do território nordestino e 1,74% da área total do Brasil. O estado possui 184 municípios, e, conforme contagem populacional realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o contingente populacional cearense é de 8.452.381 habitantes, sendo o terceiro estado mais populoso do Nordeste (atrás apenas de Pernambuco e Bahia) e o oitavo do Brasil.

Dos 8.452.381 habitantes cearenses, 75% deles residem em áreas urbanas, sendo o restante (25%) moradores da zona rural. Aproximadamente 99% da população urbana possui acesso à energia elétrica em suas residências.

Fortaleza, capital do Ceará, apresenta extensão territorial de 315 quilômetros quadrados e população de 2.452.185 habitantes, é a segunda capital mais populosa da Região Nordeste, apenas Salvador, capital da Bahia, possui maior concentração populacional. Outras cidades cearenses que apresentam grande contingente populacional (acima de 100 mil habitantes) são: Caucaia (325.441), Juazeiro do Norte (249.939), Maracanaú (209.057), Sobral (188.233), Crato (121.428), Itapipoca (116.065), Maranguape (113.561).

Fortaleza, a segunda capital mais populosa do Nordeste
Um dos principais problemas enfrentados pela população do Ceará é a irregularidade das chuvas. Historicamente o estado enfrenta problemas com a escassez de água. Castigada pela seca e também pela desigualdade social, parte da população sofre com a desnutrição e a desigualdade social. A taxa de mortalidade infantil é de 27,6 a cada mil crianças nascidas vivas. O Ceará ocupa a 22° posição no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) com média de 0,723.

Dados da população cearense:

População – 8.452.381 habitantes.
Densidade Demográfica (2010): 56,7 hab/km².
Crescimento demográfico: 1,3% ao ano.
Analfabetismo – 18,6%.
Analfabetismo funcional – 29,5%.
Acesso a água tratada – 81,8%.
Acesso a água tratada em áreas rurais – 17%.
Tratamento de esgotos em áreas urbanas – 33,6%.
Tratamento de esgotos em áreas rurais – 0,20%.
Acesso a energia elétrica nas áreas urbanas: 99%.

Aspecto da população baiana



Baianas
Localizado na região Nordeste, o estado da Bahia tem população de 14.016.906, conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sua extensão territorial é de 564.830,859 km2, dividida em 417 municípios.

A densidade demográfica é de 24,8 hab/km², e o crescimento demográfico é de 0,7% ao ano. É a maior população do Nordeste e a quarta maior do país. A população masculina corresponde a 49% e a feminina a 51%. A expectativa de vida dos baianos tem aumentado a cada ano, atualmente é superior a 70 anos de vida.

O povo baiano é conhecido pela sua alegria, receptividade, musicalidade e diversidade cultural. A população é bem miscigenada, composta pelo índio, europeu e africano. O estado reside o maior número relativo de negros e mulatos do Brasil, e a cultura africana tem grande influência na música, na culinária e na religião, celebrada nas festas de Nosso Senhor do Bonfim e de Iemanjá.

A capital, Salvador, possui 2.675.656 habitantes, é a terceira capital mais populosa do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Outras cidades com grande concentração populacional da Bahia são: Feira de Santana (556.642), Vitória da Conquista (306.866), Camaçari (242.970), Itabuna (204.667), Juazeiro (197.965), Ilhéus (184.236).

Em todo o estado, 53% dos domicílios não têm rede de esgoto. O índice de mortalidade infantil é de aproximadamente 31,4 mortes por mil crianças nascidas vivas. A taxa de analfabetismo é de aproximadamente 16,7% entre os habitantes com 15 anos ou mais. Um quarto da população vive com até um salário mínimo, enquanto menos de 1% dos baianos recebe mais de 20 salários mínimos.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado é de 0,742, ocupando o 19° lugar no ranking dos estados brasileiros, e o primeiro entre os estados da Região Nordeste.

Xenofobia social



A xenofobia é uma forma moderna de preconceito.
Xenofobia corresponde à fobia ou medo, um indivíduo que tem aversão a tudo aquilo que é novo (objeto ou pessoa). No sentido social, a xenofobia tem seu uso difundido para designar formas de preconceitos (racial, grupal, minorias nacionais ou culturais). A utilização desse termo traz controvérsias.

Atualmente, a xenofobia ocorre principalmente em países desenvolvidos, uma vez que os nativos não querem disputar uma vaga de trabalho com um imigrante. É comum a xenofobia ser relacionada com o preconceito de pessoas oriundas de outros países (especialmente os subdesenvolvidos), raças, culturas, costumes e etc. A xenofobia pode se manifestar também de outra maneira, quando um indivíduo evita o contato com pessoas de características diferentes, como as apresentadas.

A xenofobia pode surgir a partir de informações imprecisas e generalizadas sobre um determinado grupo social ou racial. Nesse sentido, a aversão não ocorre por motivo de medo, mas por falta de informação. Casos evidentes desse tipo de preconceito ocorrem quando, por exemplo, dizem que o asiático é sujo, todo mulçumano é terrorista, as pessoas negras não pensam, e assim por diante. Além de preconceitos oriundos de tipos de religiões, contra os homossexuais, ideais políticos, que são puramente intolerâncias sem nenhuma causa justa.

Na Europa há vários casos de xenófobos que agridem imigrantes e até colocam fogo em suas casas. A maioria dos países desenvolvidos teme que a chegada maciça de imigrantes possa provocar o surgimento de problemas sociais (desemprego, criminalidade, queda na qualidade de vida etc.), em razão disso, já existem até partidos xenófobos que lutam contra a entrada de imigrantes. Em suma, o xenofobismo aqui destacado tem como objetivo demonstrar o preconceito de origem, ou seja, pessoas de países ricos que possuem aversão a pessoas oriundas de países pobres ou em desenvolvimento.

As várias formas de monopólio




O consumidor é o maior prejudicado com o monopólio.
Praticar monopólio é ilegal, diversos países têm se voltado contra esse tipo de procedimento, embora sem alcançar grandes resultados, pois grandes corporações empresariais encontram maneiras de “driblar” as leis dos países nos quais estão instaladas.

Um dos princípios do capitalismo é a livre concorrência, no entanto, um elevado percentual de grandes empresas pratica algum tipo de monopólio com o objetivo de atingir maiores margens de lucro.

O monopólio pode ser executado de diversas maneiras, essa variação desencadeia o surgimento de nomes diferentes. Hoje existe uma forma mais atual de monopólio, denominada de oligopólio. A distinção entre o monopólio e o oligopólio está basicamente no número de empresas envolvidas, o primeiro é praticado por uma única empresa e o segundo por várias. Desse modo, as principais práticas monopolistas são:

Truste: é uma forma de oligopólio desenvolvida a partir da junção de um grupo de empresas que se anulam quanto às suas respectivas autonomias para compor uma única corporação de maneira que possa se fortalecer, além de obter uma hegemonia em determinado mercado, controlando a disponibilidade de mercadorias e preços. Existem dois tipos de trustes, o vertical (atua em vários ramos) e horizontal (atua no mesmo ramo).

Cartel: corresponde a uma prática ilegal que fere o direito do consumidor, ocorre a partir do encontro de empresas autônomas e independentes de um mesmo setor de atividade que discutem e depois estabelecem acordos para fixar preços praticados a fim de não haver variação dos mesmos, dessa forma exerce também domínio na oferta de um determinado produto.

Holding: palavra inglesa que traduzida para português significa sociedade gestora de participações sociais. Essa prática é considerada como a forma mais evoluída de acumulação de capital. Holding é uma espécie de empresa criada com a finalidade de dirigir outras empresas de atividade produtiva. Holding corresponde à formação de uma sociedade, no qual se adquire ações de forma majoritária de um grupo de empresas. O fato de possuir a maioria das ações condiciona a obtenção maior do poder, então passa a gerir todas as suas subordinadas. A intervenção apresentada visa ampliar a composição do capital das empresas parceiras. Há duas formas de aplicação do holding, a pura (participa apenas no capital de empresas) e a mista (participa financeiramente e também produtivamente).

Urbanização no mundo


As primeiras cidades surgiram na Mesopotâmia (atual Iraque), depois vieram às cidades do Vale Nilo, do Indo, da região mediterrânea e Europa e, finalmente, as cidades da China e do Novo Mundo. 
Embora as primeiras cidades tenham aparecido há mais de 3.500 anos a.C., o processo de urbanização moderno teve início no século XVIII, em conseqüência da Revolução Industrial, desencadeada primeiro na Europa e, a seguir, nas demais áreas de desenvolvimento do mundo atual.
No caso do Terceiro Mundo, a urbanização é um fato bem recente. Hoje, quase metade da população mundial vive em cidades, e a tendência é aumentar cada vez mais. 
A cidade subordinou o campo e estabeleceu uma divisão de trabalho segundo a qual cabe a ele fornecer alimentos e matérias-primas a ela, recebendo em troca produtos industrializados, tecnologia etc. Mas o fato de o campo ser subordinado à cidade não quer dizer que ele perdeu sua importância, pois não podemos deixar de levar em conta que: 
• Por não ser auto-suficiente, a sobrevivência da cidade depende do campo; 
• Quanto maior a urbanização maior a dependência da cidade em relação ao campo no tocante à necessidade de alimentos e matérias-primas agrícolas. 


Conceito 
A urbanização resulta fundamentalmente da transferência de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). Assim, a idéia de urbanização está intimamente associada à concentração de muitas pessoas em um espaço restrito (a cidade) e na substituição das atividades primárias (agropecuária) por atividades secundárias (indústrias) e terciárias (serviços). Entretanto, por se tratar de um processo, costuma-se conceituar urbanização como sendo "o aumento da população urbana em relação à população rural", e nesse sentido só ocorre urbanização quando o percentual de aumento da população urbana é superior a da população rural.
A Inglaterra foi o primeiro país do mundo a se urbanizar (em 1850 já possuía mais de 50% da população urbana), no entanto a urbanização a celerada da maior parte dos países desenvolvidos industrializados só ocorreu a partir da segunda metade do século XIX.
Além disso, esses países demoram mais tempo para se tornar urbanizados que a maioria dos atuais países subdesenvolvidos industrializados. Vemos, então, que, em geral, quanto mais tarde um país se torna industrializado tanto mais rápida é sua urbanização. Observe esses dados:
• Em 1900 existiam no mundo dezesseis cidades com população superior a 1 milhão de habitantes. Dessa, somente duas (Pequim e Calcutá) pertenciam ao Terceiro Mundo.
 • Em 1950 havia vinte cidades no mundo com população superior a 2,5 milhões de habitantes. Dessas, apenas seis (Xangai, Buenos Aires, Calcutá, Bombaim, Cidade do México e Rio de Janeiro) estavam situadas no Terceiro Mundo. Observação: a cidade de São Paulo nem constava dessa lista.
• Para o ano 2000, as estimativas mostram que, das 26 aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes, nada menos que vinte delas estarão no Terceiro Mundo. A maior aglomeração urbana mais populosa do mundo será a Cidade do México, com 32 milhões de habitantes, o equivalente à população da Argentina em 1990. São Paulo aparece como a segunda aglomeração urbana, com 26 milhões de habitantes. 


Urbanização nos diferentes grupos de países
 Considerando-se os vários agrupamentos de países, a situação urbana pode ser simplificada como mostramos a seguir. 
Países capitalistas desenvolvidos. A maior parte desses países já atingiu índices bastante elevados e, praticamente, máximos de urbanização. A tendência, portanto, é de estabilização em torno de índices entre 80 e 90%, embora alguns já tenham ultrapassado os 90%. Países capitalistas subdesenvolvidos. Nesse grupo, bastante heterogêneo, destacamos:
• Subdesenvolvidos industrializados. A recente e rápida industrialização gerou acentuado desequilíbrio das condições e da expectativa de vida entre a cidade e o campo, resultando num rapidíssimo processo de urbanização, porém com conseqüências muito drásticas (subemprego, mendicância, favelas, criminalidade etc.). Isso porque o desenvolvimento dos setores secundário e terciário não acompanhou o ritmo da urbanização, além da total carência de uma firme política de planejamento urbano. Alguns desses países apresentam taxas de urbanização iguais e até superiores às de países desenvolvidos, embora, com raras exceções, a urbanização dos países subdesenvolvidos se apresente em condições extremamente precárias (favelas, cortiços etc.).
• Subdesenvolvidos não-industrializados. Em virtude do predomínio das atividades primárias, a maior parte desses países apresenta baixos índices de urbanização. 
Países socialistas. Os países socialistas são relativamente pouco urbanizados. A razão fundamental está na planificação estatal da economia, que tem permitido ao estado controlar e direcionar os recursos (investimentos), podendo assim exercer maior influência na distribuição geográfica da população. Os índices de população urbana dos países socialistas desenvolvidos são semelhantes aos do subdesenvolvidos industrializados.

Bairro formado a partir da urbanização desordenada.
Nem sempre o homem habitou em cidades, os primeiros habitantes eram nômades, portanto não tinham residência fixa e viviam da caça, pesca e coleta, posteriormente deixaram essa condição para se tornarem produtores.

A partir de então o homem foi se aglomerando em centros urbanos e desenvolvendo atividades econômicas. Sendo assim, o processo de urbanização tem duas fases marcantes, a primeira ocorreu com a Revolução Industrial no fim do século XVIII, esse acontecimento provocou uma enorme migração, pessoas que habitavam áreas rurais saíram rumo às cidades, mas isso aconteceu somente nos países envolvidos na revolução e não em escala planetária. A segunda aconteceu após a II Guerra Mundial, mas essa não foi motivada pela industrialização, houve um êxodo rural em massa desencadeado pelo fascínio urbano, melhores condições de vida, oportunidades de estudo e trabalho.

O processo de urbanização ocorreu essencialmente pelo deslocamento de pessoas oriundas das zonas rurais em direção às cidades, que são caracterizadas pela aglomeração de pessoas em uma área delimitada e pela atividade produtiva, que deixa de ser agrícola para se tornar industrial, comercial; e também pela realização de prestação de serviços.

Esse processo não sucedeu simultaneamente no mundo, haja vista que os países industrializados já haviam atravessado esse período, no caso dos países em desenvolvimento e de industrialização tardia, o crescimento urbano acontece atualmente de forma acelerada e desordenada. A falta de planejamento urbano tem favorecido a proliferação de graves problemas, tais como a favelização, falta de infraestrutura, violência, poluição de todas as modalidades, desemprego e muitos outros.

Os índices de pessoas que vivem em cidades oscilam de acordo com o continente, país e áreas internas, uma vez que a África possui 38% de seus habitantes vivendo em cidades, na Ásia são 39,8%, na América Latina 77,4%, na América do Norte 80,7%, na Europa 72,2% e na Oceania 70,8%. Em outra abordagem, tomando como princípio os países ricos e pobres, existe uma enorme disparidade quanto ao percentual de população urbana e rural. Na Bélgica, por exemplo, 97% das pessoas vivem em centros urbanos enquanto que em Ruanda esse índice cai para 17%.

O fenômeno da urbanização produziu cidades cujo número de habitantes supera os 10 milhões, essas recebem o nome de megacidades ou megalópoles como, por exemplo, Tóquio (Japão) com 35,2 milhões de habitantes, Cidade do México (México) com 19,4 milhões, Nova Iorque (Estados Unidos) com 18,7 milhões e mais tantas outras cidades espalhadas pelo mundo.

Superpopulação e consumo



O consumismo pode levar o mundo ao esgotamento de recursos.
A densidade demográfica mundial tem sido foco de diversas discussões que derivam diversas vertentes por parte da classe científica envolvida nesse contexto.

Existem duas polaridades dentro da questão na qual uma parte da classe científica coloca-se a favor da implantação efetiva, em nível global, de um controle de natalidade, esses sofrem grande influência da teoria malthusiana, que prevê um elevado crescimento da população e o resultado desse fato seria a escassez de recursos, especialmente de alimentos.

A outra vertente científica garante que o crescimento da população não compromete as reservas de recursos naturais no mundo, além disso, que o planeta consegue suprir as necessidades de uma superpopulação.

Superpopulação significa a existência de um número de pessoas muito maior do que a capacidade de suprimentos contidos na natureza, desse modo, os recursos indispensáveis para a sobrevivência humana não seria suficiente.

Quanto à perspectiva da ocorrência de uma superpopulação, os países subdesenvolvidos que, em âmbito mundial, apresentam as maiores taxas de crescimento demográfico do planeta tornam-se protagonistas do processo.

Para outro grupo de estudiosos sobre população, a questão de esgotamento e incapacidade de recursos não se enquadra no contexto das nações subdesenvolvidas, ou seja, esses são isentos de culpa, na verdade os culpados são as sociedades de consumo presentes em países desenvolvidos.

Diante da melhoria na qualidade de vida e dos ganhos mais elevados, a população consome muito e interfere diretamente na extração de recursos. Nos dados de nível de consumo entre países ricos e pobres, fica clara a disparidade existente na qual o primeiro supera enormemente o segundo. Sem contar que os países ricos incentivam a extração de recursos nos países subdesenvolvidos para suprir suas necessidades, uma vez que seus recursos já se encontram esgotados há muito tempo.

De acordo com as linhas de pensamento apresentadas, chega-se à conclusão de que essa questão está ligada muito mais ao modelo de consumo do que propriamente à densidade demográfica. O que se deve verificar é o modelo de desenvolvimento e de produtos no mercado que apresenta pouco tempo de vida útil, embalagens individuais, obtenção de produtos que não são indispensáveis e muitos outros.

Setores de Atividade


A coleta de frutos figura como uma atividade primária.
Todo país possui uma população economicamente ativa (PEA) e uma população economicamente inativa (PEI). A PEA corresponde às pessoas que trabalham e possuem vínculo empregatício ou que estão procurando trabalho. Já a PEI são pessoas que se encontram inseridas no mercado informal, os desempregados a mais de um ano, aposentados, donas de casa e os jovens (crianças e adolescentes com idades impróprias para o trabalho). 

Em relação à população economicamente ativa, existe uma divisão segundo os setores de atividades, ou seja, cada trabalhador atua em um determinado setor da economia. Desse modo, essa população está distribuída nos três setores de atividade econômica, são eles: setor primário, setor secundário e setor terciário

setor primário abrange todas as atividades produtivas envolvidas com a agricultura, a pecuária e o extrativismo (mineral, animal e vegetal), que estão relacionados à exploração dos recursos naturais e à produção de matéria-prima que será absorvida por outro setor da economia (secundário). 

A agricultura faz parte do setor primário.
setor secundário integra atividades voltadas para a indústria, produção de bens de consumo, construção civil e geração de energia. A indústria, por exemplo, é responsável pela transformação dos recursos naturais e da matéria-prima (proveniente do setor primário) em bens de consumo e produtos industrializados que serão comercializados em outro setor da economia (terciário). 


A geração de energia é uma atividade que integra o setor secundário.
setor terciário representa as atividades ligadas à prestação de serviços e ao comércio. Dentre elas podemos citar: comércio (compra e venda de diversos tipos de mercadorias) e prestação de serviços (serviços públicos, empresas de prestação de serviços, distribuição de mercadorias, financeiras, profissionais liberais, como advogados, professores, engenheiros dentre outros). Esse setor de atividade é o que mais cresceu nos últimos anos, especialmente em países desenvolvidos, onde a população rural é cada vez mais reduzida, diante desse fato a população economicamente ativa se concentra no setor secundário e terciário.

O trabalho de mecânico faz parte do setor terciário por se tratar de prestação de serviços.

Setores da Economia




A informática impulsiona o setor terciário da economia.
O conjunto de pessoas que praticam alguma atividade produtiva ou população economicamente ativa estão distribuídos nos três setores da economia, esses são: setor primário, setor secundário e setor terciário.

Extrativismo vegetal compõe o setor primário da economia.
• Setor primário: esse ramo de atividade produtiva está vinculado ao desenvolvimento da agricultura, pecuária e ao extrativismo (vegetal, animal e mineral). Esse setor produz matéria-prima para o abastecimento das indústrias.

Indústria automobilística integra o setor secundário da economia.
• Setor secundário: atua no sistema industrial, enquadrando a produção de máquinas e equipamentos, produção de bens de consumo, construção civil e geração de energia. Nesse caso o setor em questão atua no processamento da produção do setor primário, além de promover a distribuição dos produtos em forma de atacado.
 

Lojas varejistas fazem parte do setor terciário da economia.
• Setor terciário: está diretamente ligado à prestação de serviços (nesses estão professores, advogados e profissionais liberais em geral) e comércio em geral. O setor terciário está diretamente ligado ao comércio varejista.

Atualmente, a distribuição da população economicamente ativa nos setores da economia sofreu uma significativa mudança com o aumento do setor terciário.

Em países centrais, pesquisas revelaram que está ocorrendo uma profunda diminuição de pessoas que habitam as zonas rurais, esse processo tende a conduzir a população a tornar-se praticamente urbana, a partir daí ingressar nos setores secundários e terciários.

O mundo está atravessando a terceira revolução técnico-cientifico-informacional, que consiste em uma supervalorização da informação, dessa forma, as atuações econômicas contemporâneas estão aliadas às relações comercias e de informações, e esses têm crescido de forma intensa.

A partir das evoluções promovidas por tal revolução tecnológica, os serviços estão gradativamente sofisticados, especializados e eficientes, além disso, outras atividades aumentaram suas atuações no mercado, como a do turismo, telecomunicação e informática que cada vez mais absorvem pessoas para atuar nesses segmentos.

O percentual elevado de uma população economicamente ativa inserida em um determinado setor da economia eleva o desenvolvimento econômico e o índice de urbanização de um país.

Quanto mais elevado o nível do terciário, mais a população recebe uma variedade de serviços. Em nações de economias fragilizadas e países emergentes está ocorrendo um crescimento exacerbado no setor terciário.

Questão Ambiental da Nova Ordem Mundial


Durante a ordem mundial bipolar a questão ambiental era considerada secundária. Somente os movimentos ecológicos e alguns cientistas alertavam a humanidade sobre os riscos de catástrofes ambientais. Mas a grande preocupação dos governos - e em especial da grandes potências mundiais - era com a guerra fria, com a oposição entre o capitalismo e o socialismo. O único grande risco que parecia existir era o da Terceira Guerra Mundial, uma guerra atômica entre as superpotências de então. Mas o final da bipolaridade e da guerra fria veio alterar esse quadro. Nos anos 90 a questão do meio ambiente torna-se essencial nas discussões internacionais, nas preocupações dos Estados - e principalmente dos grandes centros mundiais de poder - quanto ao futuro.
Já antes do final dos anos 80 percebia-se que os problemas ecológicos começavam a preocupar as autoridades soviéticas, norte-americanas e outras, mas sem ganharem muito destaque, Houve em 1972, na Suécia, a Primeira Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, promovida pela ONU e com a participação de dezenas de Estados. Naquele momento, a questão ambiental começava a se tornar um problema oficial e internacional. Mas foi a Segunda Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, a ECO-92 ou RIO-92, realizada no Brasil vinte anos depois da primeira, que contou com maior número de participantes (quase cem Estados-nações) e os governos enviaram não mais técnicos sem poder de decisão, como anteriormente, e sim políticos e cientistas de alta expressão em seus países.
Isso porque essa segunda conferência foi realizada depois do final da guerra fria e o desaparecimento da “ameaça comunista” veio colocar a questão ambiental como um dos mais importantes riscos à estabilidade mundial na nova ordem. Além disso, os governos perceberam que as ameaças de catástrofes ecológicas são sérias e precisam ser enfrentadas, e que preservar um meio ambiente sadio é condição indispensável para garantir um futuro tranqüilo para as novas gerações. 
Mas a problemática ambiental suscita várias controvérsias e oposições. Os países ricos voltam suas atenções para queimadas e os desmatamentos nas florestas tropicais, particularmente na floresta Amazônica, a maior de todas. Já os países pobres, e em particular os que têm grandes reservas florestais, acham natural gastar seus recursos com o objetivo de se desenvolverem.
“Se os países desenvolvidos depredaram suas matas no século passado, por que nós não podemos fazer o mesmo agora?”, argumentam. Alguns chegam até afirmar que essa preocupação com a destruição das florestas tropicais ou com outras formas de poluição nos países subdesenvolvidos ( dos rios, dos grandes centros urbanos, perda de solos agrícolas por uso inadequado, avanço da desertificação, etc.) nada mais seria que uma tentativa do Norte de impedir o desenvolvimento do Sul; a poluição e a destruição das florestas, nessa interpretação, seriam fatos absolutamente naturais e até necessários para se combater a pobreza. Outros ainda - inclusive países ricos, como o Japão, a Suécia ou a Noruega - argumentam que é uma incoerência os Estados Unidos pretenderem liderar a cruzada mundial contra a poluição quando são justamente eles, os norte-americanos, que mais utilizam os recursos naturais do planeta.
Todos esses pontos de vista têm uma certeza razão, e todos eles são igualmente limitados ou parciais. Os atuais países desenvolvidos, de fato, em sua maioria depredaram suas paisagens naturais no século passado ou na primeira metade deste, e isso foi essencial para o tipo de desenvolvimento que adotaram: o da Primeira ou da Segunda Revolução Industrial, das indústrias automobilísticas e petroquímicas. Parece lógico então acusar de farsante um país rico preocupado com a poluição atual nos países subdesenvolvidos. Mas existe um complicador aí: é que até há pouco tempo, até por volta dos anos 70, à humanidade não sabia que a biosfera podia ser irremediavelmente afetada pelas ações humanas e existiam muito mais florestas ou paisagens nativas no século passado do que hoje.
Nas últimas décadas parece que o mundo ficou menor e a população mundial cresceu de forma vertiginosa, advindo daí um maior desgaste nos recursos naturais e, ao mesmo tempo, uma consciência de que a natureza não é infinita ou ilimitada. Assim, o grande problema que se coloca nos dias atuais é o de se pensar num novo tipo de desenvolvimento, diferente daquela que ocorreu até os anos 80, que foi baseado numa intensa utilização - e até desperdício - de recursos naturais não renováveis.
E esse problema não é meramente nacional ou local e sim mundial ou planetário. A humanidade vai percebendo que é uma só e que mais cedo ou mais tarde terá que estabelecer regras civilizadas de convivência - pois o que prevaleceu até agora foi a “lei da selva” ou a do mais forte - , inclusive com uma espécie de “Constituição” ou carta de gestão do planeta , o nosso espaço de vivência em comum. É apenas uma questão de tempo para se chegar a isso, o que provavelmente ocorrerá no século XXI.

Países menos populosos do mundo



O Vaticano é o país menos populoso do planeta
O contingente populacional mundial está em constante crescimento, porém esse processo se desenvolve em diferentes escalas, visto que na América Latina, África e principalmente na Ásia o crescimento demográfico está bem acima dos demais continentes.
Conforme dados divulgados em 2009 pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o planeta Terra possui 6,829 bilhões de habitantes. Essas pessoas estão distribuídas de forma desigual pelo planeta, sendo que alguns Estados-Nações possuem menos habitantes que várias cidades brasileiras. O Vaticano, por exemplo, é habitado por apenas 990 pessoas.
Tanto a Oceania quanto a América Central possuem 9 dos 30 países com menor contingente populacional do mundo. A Europa, por sua vez, é representada na lista por 8 nações. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os 30 países menos populosos são:
1° Vaticano (Europa): 990 habitantes.
2° Nauru (Oceania): 9.771 habitantes.
3° Tuvalu (Oceania): 11.093 habitantes.
4° Palau (Oceania): 20.397 habitantes.
5° San Marino (Europa): 31.359 habitantes.
6° Mônaco (Europa): 32.020 habitantes.
7° Liechtenstein (Europa): 35.010 habitantes.
8° São Cristóvão e Névis (América Central): 46.111 habitantes.
9° Ilhas Marshall (Oceania): 54.065 habitantes.
10° Dominica (América Central): 70.382 habitantes.
11° Andorra (Europa): 82.180 habitantes.
12° Antígua e Barbuda (América Central): 82.786 habitantes.
13° Seychelles (África): 84.600 habitantes.
14° Kiribati (Oceania): 98.989 habitantes.
15° Granada (América Central): 103.930 habitantes.
16° Tonga (Oceania): 103.967 habitantes.
17° São Vicente e Granadinas (América Central): 109.209 habitantes.
18° Micronésia (Oceania): 110.728 habitantes.
19° São Tomé e Príncipe (África): 162.755 habitantes.
20° Santa Lúcia (América Central): 172.189 habitantes.
21° Samoa (Oceania): 178.846 habitantes.
22° Vanuatu (Oceania): 239.788 habitantes.
23° Barbados (América Central): 255.872 habitantes.
24° Belize (América Central): 306.777 habitantes.
25° Maldivas (Ásia): 309.430 habitantes.
26° Islândia (Europa): 322.691 habitantes.
27° Bahamas (América Central): 341.713 habitantes.
28° Brunei (Ásia): 399.687 habitantes.
29° Malta (Europa): 408.712 habitantes.
30° Luxemburgo (Europa): 486.184 habitantes.

Países mais populosos do mundo



Indianos, o segundo maior contingente populacional do planeta
De acordo com dados divulgados em 2009, pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o planeta Terra possui 6,8 bilhões de habitantes. Essa população está distribuída de forma muito desigual, visto que 4,1 bilhões de pessoas residem no continente asiático, correspondendo a 60,3% da população mundial.
Portanto, ao analisarmos o contingente populacional dos países, notaremos que as nações asiáticas são maioria entre as mais habitadas do planeta. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os 30 países mais populosos do mundo na atualidade (2010) são:
1° China: 1.345.750.973 habitantes.
2° Índia: 1.198.003.272 habitantes.
3° Estados Unidos: 314.658.780 habitantes.
4° Indonésia: 229.964.723 habitantes.
5° Brasil: 190.755.799 habitantes.
6° Paquistão: 180.808.096 habitantes.
7° Bangladesh: 162.220.762 habitantes.
8° Nigéria: 154.728.892 habitantes.
9° Rússia: 140.873.647 habitantes.
10° Japão: 127.156.225 habitantes.
11° México: 109.610.036 habitantes.
12° Filipinas: 91.983.102 habitantes.
13° Vietnã: 88.068.900 habitantes.
14° Egito: 82.999.393 habitantes.
15° Etiópia: 82.824.732 habitantes.
16° Alemanha: 82.166.671 habitantes.
17° Turquia: 74.815.703 habitantes.
18° Irã: 74.195.741 habitantes.
19° Tailândia: 67.764.033 habitantes.
20° República Democrática do Congo: 66.020.365 habitantes.
21° França: 62.342.668 habitantes.
22° Reino Unido: 61.565.422 habitantes.
23° Itália: 59.870.123 habitantes.
24° África do Sul: 50.109.820 habitantes.
25° Mianmar: 50.019.775 habitantes.
26° Coreia do Sul: 48.332.820 habitantes.
27° Ucrânia: 45.708.081 habitantes.
28° Colômbia: 45.659.709 habitantes.
29° Espanha: 44.903.659 habitantes.
30° Sudão: 42.272.435 habitantes.

A Prostituição de crianças no mundo



Em todo o mundo, cerca de um milhão de crianças se prostituem por ano.
Segundo pesquisas realizadas pela revista Índia Today, atualmente cerca de 500 mil crianças ganham a vida prostituindo, a maioria dessas vivem dentro de bordéis. 

No México foi constatado, a partir de coleta de dados, que em seis diferentes municípios (Acapulco, Cancun, Ciudad Juarez, Guadalajara, Tapachula e Tijuana) aproximadamente 4,6 mil crianças são exploradas sexualmente, embora o número seja bem maior em nível nacional, cerca de 16 mil crianças. 

Lituânia, ex-república da União Soviética presente na Europa Oriental, é um país subdesenvolvido que enfrenta também problemas com a exploração infantil, estimativas revelam que de 20% a 50% do total de prostitutas que atuam no país são crianças, em ações feitas pela polícia local em prostíbulos e bordéis foram encontradas crianças entre 11 e 12 anos, além disso, em alguns orfanatos as crianças participam da elaboração de filmes pornográficos. 

Uma pesquisa realizada através de entrevistas pela ONG Human Rights Vigilance com 6.110 prostitutas no Camboja, apresentou dados que afirmam que 31% delas possuíam idade entre 12 e 17 anos. 

Em vários países asiáticos como, por exemplo, Índia, Myanmar, Nepal e Paquistão, ocorrem frequentemente a prática de escravidão como meio de pagamento de dívidas, é uma das maneiras da inserção de jovens e crianças na prostituição, nesse caso a menina não para de atuar como prostituta até o momento do pagamento das dívidas adquiridas pelos pais, no entanto, o saldo devedor dificilmente é quitado, pois os credores contabilizam todas as despesas da criança, como habitação, transporte e alimentação que são adicionadas no total da dívida.

La Niña


Imagem extraída durante o fenômeno La Niña.
La Niña é o nome dado para designar um fenômeno climático que ocorre em decorrência do resfriamento (em média 2°C ou 3°C) anormal das águas superficiais do oceano Pacífico, especialmente na parte centro-oriental. Esse fenômeno gera profundas mudanças na dinâmica da atmosfera, fator que interfere diretamente nas características climáticas do mundo. 

No Brasil, a La Niña é percebida principalmente por causar: passagens rápidas de frentes frias sobre a região Sul, diminuição da temperatura na região Sudeste, chegada de frentes frias ao nordeste durante o inverno, aumento nos índices pluviométricos no leste e norte da Amazônia, entre outras interferências climáticas menos representativas. 

A La Niña acontece em intervalos que oscilam entre 2 e 7 anos, com uma duração de aproximadamente um ano. A ocorrência do fenômeno em questão foi registrada nos anos 1950/1951, 1954/1955/1956, 1964/1965, 1970/1971, 1973/1974/1975/1976, 1983/1984, 1984/1985, 1988/1989, 1995/1996 e 1998/1999. 

No ano de 1998, foi identificada pelos cientistas uma queda de 1,9°C na temperatura das águas superficiais do oceano Pacífico, decretando o final do fenômeno El Niño e ativamento da La Niña. 

O último fenômeno La Nina (1999) provocou nos Estados Unidos um inverno extremante rigoroso, com temperaturas há muito não registradas. Tempestades de neve, avalanches foram algumas das consequências da La Niña na Europa, além de precipitação de neve em regiões que quase não ocorrem, como em Paris (França). 

Recentemente, diversos estudos ligados a esse fenômeno climático constataram que não há uniformidade nas consequências provocadas pela La Niña, isto é, não se sabe se o regime das chuvas vai aumentar ou diminuir, por exemplo.

El Niño



O El Niño provoca grandes transformações no clima mundial.
El Niño é o nome dado a um fenômeno climático que acontece em decorrência da elevação anormal da temperatura das águas do oceano Pacífico, que provoca significativas mudanças no clima mundial. Quando ocorre, inicia-se nos meses de setembro ou outubro, por volta do mês de dezembro a costa do Peru recebe as águas aquecidas. A nomeação de El Niño se dá pelo fato de seu início coincidir com o Natal, estabelecendo uma relação com o Menino Jesus. 

O El Niño traz problemas para os pescadores peruanos, tendo em vista que o aquecimento das águas do Pacífico reflete na diminuição da piscosidade oriunda da corrente de Humboldt, que influencia diretamente a costa do Peru e do Chile. 

Esse acontecimento climático resulta em alterações no clima, como, por exemplo, no regime das chuvas em diversos pontos do planeta. Apesar de se conhecer suas consequências, ainda sabe-se muito pouco acerca de sua origem e causas. Atualmente, há muitas teorias que tentam explicar o surgimento do fenômeno, mas sem nenhuma comprovação contundente. 

No ano de 1982, esse fenômeno foi intensamente anunciado nos meios de comunicação. Um ano depois, a temperatura das águas do oceano Pacífico atingiu 5,1°C, aquecimento atípico. Apesar dessa atuação do El Niño ser considerada a mais forte já registrada, estudos contemporâneos indicam que as manifestações nos anos de 1972/73 foram mais ativas do que as ocorridas na década de 80. 

Houve uma manifestação do El Niño em 1997, com o aquecimento das águas no mês de outubro. No ano seguinte, 1998, as águas do Pacífico atingiram 4°C de aquecimento anormal, o que consolidou o fenômeno, que apresentou uma força comparada a da década de 70. 

Sua atuação promoveu mudanças efetivas no regime das chuvas, por essa razão houve períodos rigorosos de seca nos Estados Unidos, sudeste do continente africano, Indonésia, Austrália e América Central. Em contrapartida, houve precipitação além do normal nos países europeus mediterrâneos, no oeste da Índia e sul do Brasil. 

No território brasileiro os reflexos do El Niño foram percebidos em diversos pontos do país, com destaque para a rigorosa estiagem que castigou a região Nordeste e as enchentes na região Sul, incluindo ainda a diminuição nos índices pluviométricos da região Norte, provocando secas e incêndios, como aconteceu no Estado de Roraima em 1998, quando o fogo devastou pelo menos 15% de seu território.