Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Eras geológicas


A Via Láctea é a galáxia onde está localizado o Sistema Solar da Terra. É uma estrutura constituída por cerca de 200 bilhões de estrelas e tem uma massa de cerca de 750 bilhões e um trilhão de massas solares.
A Terra foi formada há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, quando o Universo já beirava os 10,7 bilhões de anos e a Via Láctea, já existia há pelo menos 5,7 bilhões de anos.
Ao longo desse tempo, ela sofreu uma série de transformações que deixaram marcas bem definidas nas rochas o que permite dividir a sua história numa Escala Geológica de Tempo.
A forma da Terra é aproximadamente a de um elipsoide de revolução, com diâmetro maior, ao longo do equador, de 12.712km e um diâmetro menor, ao longo dos seus polos, de 12.555km.

Estudos demonstraram que toda essa massa é formada de camadas concêntricas cuja constituição química e física difere entre si .O Núcleo, composto de ferro e níquel, tem uma espessura aproximada de 3.470 km, enquanto a Camada Intermediária, composta de sulfetos e óxidos, tem uma espessura média de 1.700 km. O Manto, por seu turno, é composto por silicatos e ferro e tem uma espessura aproximada de 1.100km. Apenas a Crosta, também chamada de Litosfera, é acessível à observação direta, sendo dividida em Crosta Superior, composta de sedimentos e granitos, com uma espessura variando de 15 a 25 km, e uma Crosta Inferior, composta de rochas basálticas, cuja espessura chega a atingir 75km.
 Cerca de 98% do peso da Crosta é composta de apenas oito elementos básicos, distribuídos conforme a seguinte tabela:
Elemento
Símbolo
%
Oxigênio
O
49,2
Silício
Si
25,7
Alumínio
Al
8,1
Ferro
Fe
5,0
Cálcio
Ca
3,4
Sódio
Na
2,6
Potássio
K
2,6
Magnésio
Mg
2,1
Os demais elementos ocorrem em quantidades mínimas, só podendo ser explorados quando são eventualmente concentrados por diferentes processos geológicos.
A origem, a formação e as contínuas transformações da Terra, assim como dos materiais orgânicos que as constituem, são estudadas pela Geologia, e que, como já visto, divide a história do planeta em eras geológicas. Essas eras correspondem a grandes intervalos de tempo divididos em períodos.
Esses períodos se subdividem em épocas e idades. Cada uma dessas subdivisões corresponde a algumas importantes alterações ocorridas na evolução da Terra, como pode ver na tabela a seguir:
ERA
PERÍODO / INÍCIO
ÉPOCA
PRINCIPAIS EVENTOS
CENOZÓICA
Quaternário 1,8 milhões de anos
Holoceno (recente)
- "Era do Homem". O homem torna-se a forma de vida dominante sobre a Terra. 
- Estabilização do clima.
Pleistoceno
- Glaciações mais recentes. 
- Domínio dos mamíferos de grande porte. 
- Evolução do homo sapiens
Terciário 65 milhões de anos
Plioceno
- Avanço das geleiras. 
- A vegetação é dominada pelos campos e savanas. 
- Aparecimento de mamíferos ruminantes.
Mioceno
- Formação de grandes campos. 
- Mudanças climáticas levam a formação da calota polar Antártica.
Oligoceno
- Aparecimento de elefantes e cavalos. 
- Aparecimento de vários tipos de gramíneas.
Eoceno
- Surgimentos da maior parte das ordens de mamíferos.
Paleoceno
- Domínio dos mamíferos de porte pequeno a médio.
MESOZÓICA
Cretáceo
146 milhões de anos
- Primeiras plantas com flores, grupos modernos de insetos, pássaros e mamíferos.
Jurássico 208 milhões de anos
- Pterossauros e primeiros pássaros. 
- Dinossauros vagueiam pela Terra.
Triássico
245 milhões de anos
- Primeira aparição dos dinossauros.
PALEOZÓICA
Permiano
286 milhões de anos
- Primeiro grande evento de extinção em massa. 
- Formação do supercontinente Pangeia.
Carbonífero
360 milhões de anos
- Formação das enormes florestas de pteridófitas (samambaias) e o registro das primeiras gimnospermas (espécies com ementes).
Devoniano
410 milhões de anos
- Aparecimento dos primeiros vertebrados terrestres, primeiros artrópodes terrestres, incluindo os insetos e as aranhas; 
- Expansão dos diversos tipos de corais; 
- Diversificação dos peixes.
Siluriano
440 milhões de anos
- Estabilização do clima.
- Derretimento do gelo glacial, elevação dos níveis dos oceanos.
- Evolução dos peixes. Aparecimento dos peixes com mandíbulas; 
- Primeiras evidências de vida no meio terrestre, incluindo alguns parentes das aranhas e das centopéias, além das primeiras plantas vasculares.
Ordoviciano
505 milhões de anos
- É conhecido pela ocorrência de invertebrados marinhos diversos.
Cambriano
544 milhões de anos
- Segundo registros fósseis, este período marca o aparecimento da maioria dos grupos principais de animais.
PROTEROZÓICA
2,5 bilhões de anos
- A formação das terras continentais se estabiliza; 
- Registro dos primeiros fósseis de organismos unicelulares; 
- Primeira evidência de oxigênio na atmosfera.
ARQUEANA
3,8 bilhões de anos
- Formação de 70% das massas dos continentes; 
- Aparecimento dos primeiros organismos vivos anaeróbicos, isto é, utilizam metano ou hidrogênio no metabolismo, em vez de oxigênio.
HADEANA
Não é um período geológico. Não existem rochas na Terra, tão antigas.
4,5 bilhões de anos
- Formação do Sistema Solar.
- Solidificação da crosta terrestre.
No quadro acima está representada a passagem do tempo no sentido de baixo para cima, ficando na parte de baixo o representante mais velho. Esta, aliás, é a forma como as rochas normalmente se apresentam na natureza: a mais nova acima da mais velha.
Desta forma, a Era Arqueana é mais velha que a Proterozóica e é mais nova que a Hadeana.
A Era Hadeana (de hades = inferno)  certamente, a mais monótonas de todas. Foi iniciou-se a formação da Terra a partir da poeira e gás que orbitavam o Sol há aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Ao consolidar-se, a superfície do planeta transformou-se em um oceano de rochas em ebulição e enxofre líquido. Enormes crateras, resultantes do intenso bombardeio de asteroides e das explosões vulcânicas, completavam a paisagem.
Com o tempo, formou-se uma atmosfera quente, densa e carregada de poeira e cinzas, sendo composta principalmente de nitrogênio, amônia, hidrogênio, monóxido de carbono, metano e vapor de água, oriundos dos vulcões.
Qualquer rocha que conseguisse resfriar e tomar forma, era imediatamente soterrada por novo fluxo de lava ou explodia em pedaços atingida por outro asteroide.
É provável que a Terra tenha sido atingida por um asteroide do tamanho do planeta Marte, ainda no início da Era Hadeana, arrancando um grande pedaço que acabou ficando em órbita do planeta, como seu satélite natural (a Lua).
Jamais foram encontradas rochas dessa Era. Apenas meteoritos e rochas lunares são tão velhas. A Era Hadeana durou aproximadamente 700 milhões de anos, ou, numa escala de 24 horas, 3:44 horas.
Gradativamente o planeta perdeu calor, permitindo que o vapor de água exalado dos vulcões e oriundos dos cometas formasse as primeiras chuvas, de modo que por volta das 4h já se podia ver um imenso oceano cobrindo toda a Terra, ainda bastante quente (Era Arqueana).
A Era Arqueana iniciou-se 700 milhões de anos após a formação da Terra. A maior parte das rochas superficiais havia esfriado e a maior parte do vapor de água condensou-se, formando um oceano global. Até mesmo a maior parte do dióxido de carbono havia sido mudado quimicamente e foi depositado no fundo do oceano como calcário. A atmosfera era então composta principalmente de nitrogênio e vapor de água, e o céu está repleto de nuvens. O interior da Terra ainda estava bastante quente e ativo e erupções vulcânicas eram comuns, formando um grande número de pequenas ilhas alinhadas em cadeias. Essas ilhas eram empurradas de sua posição original, como resultado dos movimentos que ocorriam em profundidade e, ocasionalmente, colidiam entre si formando ilhas cada vez maiores. Apesar dessas ilhas serem ainda estéreis, olhando bastante de perto seria possível enxergar, no imenso oceano original, inúmeras de bactérias e algas primitivas, que gradativamente assimilaram o dióxido de carbono da atmosfera, liberando oxigênio livre. Os mais antigos fósseis da Terra foram encontrado em rochas do Arqueano, com cerca de 3,5 bilhões de anos. O Arqueano durou aproximadamente 1,3 bilhões de anos ou 6h56min, até as 10h40min da manhã.
A Era Proterozóica foi a mais longa de todas, durando quase 2 bilhões de anos, até por volta das 21hmin hs na escala de 24 hs.
Agora já havia bastante terra firme para ser vista. Dois supercontinentes acabaram por ser formados ao longo do equador, em lados opostos do planeta, resultado das colisões entre as pequenas ilhas iniciadas no Arqueano e que prosseguiram durante todo o Proterozóico. Uma vez que a Terra esfriou mais um pouco, existia uma menor quantidade de vulcões ativos e os núcleos dos dois continentes eram agora mais largos e bem mais estáveis. A vida não mudou muito ao longo desses 2 bilhões de anos, sendo encontrada ainda exclusivamente no oceano, porém as criaturas unicelulares, aparentemente tinham um núcleo verdadeiro e, faltando apenas 30 milhões de anos para o fim do Proterozóico (às 20h51min) surgiram as primeiras criaturas multicelulares.
Tais criaturas ainda não possuíam partes duras, como conchas ou dentes, daí a dificuldades de serem encontrados seus fósseis.
Apesar da aparente calma, um grande desastre estava em andamento. Durante os últimos 2 bilhões de anos, as algas e bactérias que dominaram o oceano das 11h até às 21h, consumiram bastante dióxido de carbono, liberando no processo um terrível poluente: o oxigênio livre. Boa parte desse oxigênio foi combinado com ferro e outros elementos, formando grandes depósitos minerais, não sem antes provocar um dos maiores desastres ecológicos que se tem notícia. A maioria das bactérias que dominaram o planeta até então eram anaeróbicas e, por não conseguir sobreviver nesse ambiente rico em oxigênio, foram dizimadas. A Terra, no final do Proterozóico, estava muito fria e coberta por uma imensa camada de gelo, visível mesmo ao longo das regiões equatoriais. A Era Proterozóica formou, junto com a Arquena e a Hadeana o chamado período Pré-Cambriano, que durou aproximadamente 4 bilhões de anos, quase 90% da História Geológica da Terra.
A partir das 21h06min tudo começou a acontecer de forma muito rápida. Entrou-se na Era Paleozoica (paleo = antigo + zoico = vida), que se estendeu até as 22h28min e que, por ter sido tão rica em eventos, teve que ser dividida em 6 períodos bem distintos.
A atividade vulcânica, no Paleozoico, era bem mais amena, alternando-se períodos de calmaria com grandes explosões em todo o planeta. Os primeiros peixes, esponjas, corais e moluscos surgiram ainda no período Cambriano, mas teve-se que esperar pelo menos 12 minutos (até o período Ordoviciano) para ver as primeiras plantas terrestres. O clima mudava com tanta frequência que provocava sucessivas extinções em massa de espécies recém surgidas. Como agora as espécies passaram a apresentar partes duras (conchas, dentes etc.), algumas delas podiam ser preservadas como fósseis, possibilitando a sua descoberta e estudo. Finalmente os continentes foram invadidos por insetos. Milhões e milhões de diferentes espécies de insetos, alguns dos quais sobreviveram até hoje.
No período Devoniano, por volta das 21h50min, ocorreu uma grande catástrofe ecológica que dizimou quase 97% de todas as espécies existentes. Passados mais 10 minutos, no período Carbonífero, grandes florestas e pântanos foram formados e destruídos sucessivamente, formando os depósitos de carvão explorados até hoje.
Às 22h41min entrou a Era Mesozoica (a era dos répteis) que durou pouco menos que uma hora (180 milhões de anos).  No início do Mesozoico assistiu-se à formação de um supercontinente, chamado hoje de Pangea, que foi depois dividido em dois grandes continentes que passaram a ser conhecidos como Laurásia, ao norte, e Gondwana, ao sul.

Viu-se, também, o surgimento de uma imensa variedade de dinossauros, herbívoros em sua maioria, que reinaram no planeta durante mais de 160 milhões de anos.
Por volta das 23h39min, porém, um meteoro de pelo menos 15km de diâmetro atingiu a atual península de Yukatan (México) jogando bilhões de toneladas de poeira na atmosfera. Uma grande noite se abateu sobre o planeta, impedindo a fotossíntese das plantas, que não puderam alimentar os herbívoros, que por sua vez não puderam servir de alimento aos carnívoros.
Pelo menos a metade das espécies existentes foi extinta nessa grande catástrofe, inclusive todos os grandes dinossauros, abrindo espaço para que os mamíferos iniciassem o seu reinado, que perdura até os dias atuais.
Faltando pouco mais que 20 minutos para o fim da viagem entrou-se na Era Cenozóica, e assistiu-se à fragmentação dos grandes continentes até a conformação atual. A América do Sul separou-se da África, surgindo o Oceano Atlântico Sul; a Austrália separou-se da Antártica e a América do Norte separou-se da Europa. Grandes cadeias de montanhas foram formadas nessa deriva continental e novos ecossistemas foram formados e isolados dos demais, permitindo a especialização de algumas espécies. Por volta das 23h59min57s (150.000 anos atrás), faltando apenas 3 segundos para o término desta viagem, viu-se os primeiros grupos de Homo sapiens caçando no continente africano. Essa nova espécie sobreviveu à última glaciação e migrou apressadamente para os demais continentes. Dominou todas as outras espécies e começou a usar a escrita e, portanto, a fazer História, no último décimo do último segundo.
Quando é que surgiu o primeiro ser vivo?
Apesar dos fenômenos que levaram à formação da Terra terem o seu início há 4,6 milhões de anos, como já visto, a prova de vida mais antiga encontrada na natureza são fósseis de seres vivos semelhantes a organismos do reino protista, com cerca de 3,5 milhões de anos na África do Sul e Austrália. Apesar de, durante estes milhões de anos o nosso planeta ter sido um planeta morto, foram-se criando as condições para o aparecimento da vida.

Mas onde é que surgiu a vida?
Pensa-se que esse fenômeno terá tido origem no mar, sob condições completamente diferentes das que existem na atualidade. Experiências laboratoriais  têm tentado reconstituir o que terá se passado nos mares naquela altura. A atmosfera da Terra primitiva seria principalmente formada por hidrogênio, azoto e vapor de água. Estes gases, sujeitos à ação de várias fontes de energia, nomeadamente as elevadas temperaturas que se faziam sentir, teriam sido "cozidos", reagindo entre si, formando os primeiros compostos orgânicos, que eram moléculas muito simples. Os compostos formados na atmosfera primitiva transferiram-se depois para os oceanos, que ficaram carregados de substâncias minerais e orgânicas, transformando-se numa "sopa primitiva", muito nutritiva. Estas substâncias continuaram a reagir entre si, conduzindo à formação de substâncias mais complexas, incluindo aminoácidos, que são fundamentais à formação da vida. Estas moléculas constituíram, depois, unidades individualizadas do meio e com as condições ambientais apropriadas surgiram as primeiras células, ou seja, a Vida. Elas eram muito simples, semelhantes a bactérias. É claro que das substâncias orgânicas até ao aparecimento do primeiro organismo vivo, muitas reações químicas tiveram de ocorrer, mas elas ainda não estão completamente compreendidas.
Passados dois mil milhões de anos, a vida continuava a restringir-se aos oceanos e a organismos unicelulares, muito simples. A atmosfera que até então tinha a mesma constituição, começa agora a ter oxigênio.

Como é que o oxigênio se formou?
O oxigênio formou-se por atividade dos organismos vivos, mais precisamente através da fotossíntese realizada por algas microscópicas que flutuavam nos oceanos. No entanto, no início, o oxigênio era venenoso para os primeiros organismos e só muito mais tarde é que as formas de vida adquiriram as características dos organismos atuais.

Como é que eram os primeiros seres vivos?
Os primeiros seres vivos eram heterotróficos muito simples, que se alimentavam da matéria orgânica que existia nas águas. Depois disso apareceram os primeiros autotróficos, pois nos primeiros heterotróficos teria surgido a síntese da clorofila, substância que permitiu a esses seres utilizarem a energia luminosa e convertê-la em energia química, para manterem as suas atividades celulares. Estes seres, ao utilizarem a água para a fotossíntese, libertavam o oxigênio resultante para a atmosfera. Estava assim "inventada" a fotossíntese. Este processo evitava que os compostos orgânicos das águas se esgotassem, permitindo a evolução da vida para outros seres mais complexos.
Certos seres autotróficos e heterotróficos passaram, então, a utilizar o oxigênio nas suas reações vitais, como a respiração. À medida que o oxigênio foi se acumulando na atmosfera, ao reagir com as radiações solares, formou-se a camada de ozônio, que começou a reter os raios ultravioleta, permitindo que os organismos conquistassem o meio terrestre.
As grandes extinções
O mais conhecido dos cataclismos que causaram extinções em massa na Terra ocorreu há 65 milhões de anos e fez desaparecer os dinossauros. Mas a maior extinção terá sido a “Grande Extinção do Permiano”, que ocorreu há 250 milhões de anos, matando 90 por cento de todas as espécies marinhas e 70 por cento dos vertebrados terrestres. O desencadear desta situação, segundo revelou uma equipe de cientistas norte americanos, deve-se ao impacto de um asteroide ou de um cometa na Terra, com um diâmetro entre 6 e 12 quilômetros, que foi seguido da maior atividade vulcânica que o planeta jamais conhecera, libertando-se grandes quantidades de energia. Além disso, verificaram-se alterações no teor de oxigênio dos oceanos, no nível destes e no clima em geral.
Para documentar estas conclusões, os investigadores basearam-se na análise de gases encontrados dentro de moléculas na camada geológica que marca a passagem do Cretáceo para a o Terciário, na China, no Japão e na Hungria.
Estas complexas moléculas de carbono, chamadas futebolenos, foram deixadas na Terra em grande número pelo impacto, e têm a particularidade de encarcerar na sua estrutura circular, gases nobres, como o hélio e o argônio.
Os cientistas encontraram nas moléculas isótopos desses gases, que são raríssimos na Terra, e apenas se formam em ambientes de temperaturas e pressões extremamente altas, em estrelas de carbono, atribuindo-lhes, assim, uma origem espacial.
A cratera do impacto ainda não foi encontrada, o que deverá ser complicado, vendo-se que foram necessários 12 anos para detectar a cratera de Chicxulub, no Golfo do México, que possivelmente foi produzida na época da extinção dos dinossauros.
A Pré-história do Brasil e os Sambaquis.
São enormes montanhas erguidas em baías, praias ou na foz de grandes rios por povos que habitaram o litoral do Brasil na Pré-História. Eles são formados principalmente por cascas de moluscos - a própria origem tupi da palavra sambaqui significa "amontoado de conchas". Mas essas elevações também contêm ossos de mamíferos, equipamentos primitivos de pesca e até objetos de arte, num verdadeiro arquivo pré-histórico. Os arqueólogos calculam que existam milhares de sambaquis espalhados pela costa do país. Os mais antigos nasceram há cerca de 6 500 anos. Não se sabe ao certo o que levou nossos ancestrais a construírem essas curiosas montanhas. Durante muito tempo, pensou-se que elas eram formadas apenas por restos de alimentos, uma espécie de lata de lixo da pré-história. Mas uma investigação mais detalhada revelou que, além de vestígios de comida, havia muitos esqueletos nos sambaquis, levando especialistas a acreditarem que boa parte deles era também cemitério.
O tamanho das elevações mostra ainda que os sambaquis serviam como monumentos para identificar o grupo que habitava uma determinada região. Estudando essas construções, os pesquisadores conseguem montar um retrato dos homens pré-históricos do litoral brasileiro. "Os restos de peixes e moluscos indicam que eles eram pescadores e coletores. 

Conflitos no Mundo Contemporâneo

ISRAEL  X PALESTINA
Durante muitos séculos, os judeus tentaram voltar à “Terra Prometida”, Israel, de onde haviam sido expulsos há mais de 18 séculos.
Após a 2ª Guerra Mundial (1948), sob a proteção da ONU, foi fundado o atual Estado de Israel, em terras que até então pertenciam à Palestina.
Desde então, os conflitos e guerras têm acontecido, tornando essa região uma das mais instáveis do mundo.

As Guerras
Após a declaração de independência de Israel, Egito, Síria Iraque e Jordânia enviam tropas para reprimir os judeus.
Os judeus vencem a guerra e ficam com 75% do território da Palestina, 1/3 a mais do que havia sido determinado pela ONU.
O restante do território é incorporado pela Jordânia. A faixa de Gaza fica com o Egito. A Palestina deixa de existir.
1956 - Aliado à França e à Grã-Bretanha, Israel ataca o Egito, que queria nacionalizar o Canal de Suez. EUA e a ex-URSS fazem pressão e Israel se retira do Sinai.
1967 - Israel ataca o Egito, a Síria e a Jordânia. Conquista o Sinai, a Faixa de Gaza, as colinas de Golã e a parte oriental de Jerusalém.
1973 - No Feriado do Yom Kippur, o Dia do Perdão judaico, Egito e Síria avançam sobre o Sinai e Golã. São repelidos pelos judeus.
1982 - Israel decide invadir o Líbano, justificando que guerrilheiros da OLP - Organização pela Libertação da Palestina - estavam atacando Israel a partir do Líbano. Centenas de palestinos são massacrados por cristãos apoiados por Israel, que somente em 1985 se retira do Líbano.
1996 - Israel ataca o sul do Líbano, onde estão sediados guerrilheiros do Hizbollah. Ataca sede da ONU, matando centenas de civis, especialmente crianças, que haviam buscado proteção contra os ataques israelenses.
Os Grupos Árabes Palestinos
OLP - Organização pela Libertação da Palestina - criada em 1964, por iniciativa da Liga Árabe. É o principal representante dos palestinos. Reconhecida pelo Acordo de Paz de 1993, ainda pede, em seus estatutos, a destruição do Estado de Israel.
Hizbollah - Partido de Deus - Grupo formado por muçulmanos xiitas patrocinados pelo Irã, que também é contrário ao Estado de Israel na região.
Hamas - Movimento de Resistência Islâmico - Criado a partir da Intifada - Revolta das Pedras -, em 1987, contra a ocupação israelense. Exige a existência de um Estado Palestino. O grupo rejeita o Acordo de Paz de 1993. O grupo promove ataques suicidas contra judeus em Israel.
Jihad Islâmica - Guerra Santa - Também é contrário à paz com os judeus. É sediado na Síria. Promove ataques a bomba com terroristas suicidas.

Os Caminhos da Paz
1978 - O Egito assina acordos com Israel, em Camp David, com mediação dos EUA. O acordo determina a devolução da península do Sinai e o compromisso, por parte de Israel, da devolução dos territórios palestinos ocupados. O Sinai só é devolvido em 1982.
1993 - O líder da OLP, Yasser Arafat, e o primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, assinam, nos EUA, Acordo de Paz para o Oriente Médio (foi entregue à OLP a faixa de Gaza e a cidade de Jericó).
A Palestina ainda não pode ser considerada um Estado Nacional, com lugar nas Nações Unidas. Conseguiram apenas uma autonomia relativa na Faixa de Gaza. O território da Cisjordânia deverá ser incorporado, pelo acordo de Paz, até 1998. A Palestina será, então, um Estado dividido, tendo territórios israelenses entre suas duas regiões.
1995 - o primeiro-ministro israelense Yitzahk Rabin é assassinado por um radical israelense, comprometendo o Acordo de Paz.
1996 - A eleição em Israel leva ao poder o partido do Likud, e as tensões se acirram cada vez mais. O novo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, coloca em xeque os acordos entre a OLP e Israel; os extremistas fundamentalistas fazem diversos ataques suicidas.
1997 - o governo israelense autoriza a criação de colônias em áreas palestinas e retoma a construção da Via Dolorosa, para chegar até o Muro das Lamentações. Gera nova crise entre palestinos e israelenses, pois o túnel passa sob a Mesquita Al. A’qsa, desagradando à população palestina.
1999 - O primeiro-ministro israelense eleito Ehud Barak promete cumprir os acordos de Wye Plantation e desocupar o sul do Líbano.
2000 - Israel desocupa o sul do Líbano, que é retomado pelo grupo guerrilheiro Hizbollah (grupo palestino) e posteriormente é devolvido ao governo libanês, dando um sabor de vitória a esse grupo guerrilheiro.
O impasse para o acordo árabe-israelense continua, apesar do esforço norte-americano em levar a paz ao Oriente Médio, mas o problema esbarra na Questão de Jerusalém.
A proposta de formalização do Estado Palestino, em setembro de 2000, por Yasser Arafat transforma-se em mais um ponto conflitante.
Recusa aos acordos: O Hamas, movimento islâmico fundamentalista, qualifica os acordos de traição à causa nacional e promete prosseguir com a Intifada.
Os acordos e Jerusalém: A insistência em ter sua capital no setor oriental de Jerusalém levou os palestinos a não aceitar o acordo proposto por Israel, que considera sua capital indivisível.

Importância de Jerusalém no conflito árabe-israelense
1947 - proposta de Partilha da Palestina; a área de Jerusalém seria internacionalizada.
Declarada em 1948, pela ONU, como cidade internacional por ser a sede das três mais importantes religiões monoteístas (islamismo, judaísmo e catolicismo).
Símbolo nacional palestino, tem sua porção leste reivindicada para ser a capital da Futura Palestina.
Capital eterna, una e indivisível. Israel anexou o setor oriental de Jerusalém na Guerra 1967, e consolidou esta anexação promovendo a presença de moradores judeus que se apropriaram de terras palestinas.

Curdistão:
Região que se espalha por Turquia, Iraque, Irã, Síria, Armênia e Azerbaijdão, o Curdistão luta pela criação de um Estado próprio.
Apenas uma vez na história houve um passo importante nesse sentido. Em 1920, o Tratado de Sèvres propõe a criação de um Estado curdo, algo que nunca saiu do papel.
A grande dificuldade é que os curdos são povos organizados em clãs independentes, islâmicos, mas desunidos. O movimento pela independência é mais forte na Turquia, onde vive praticamente metade dos 26 milhões de curdos. É também ali que a repressão é mais intensa.
Em 1978 é criado o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e, quatro anos depois, teve início a luta armada. Seu líder, Abdullah Öcalan é condenado à morte e o movimento perde força. No entanto, com a possibilidade de a Turquia entrar para a União Européia, existe uma pressão para que seja solucionado o conflito com os curdos, garantindo, inclusive, os direitos humanos desse povo.
Do lado iraquiano, a permanência dos curdos não foi menos conturbada. Logo após a Guerra Irã-Iraque (1980-1987), Saddam ordenou um ataque com armas químicas à região curda, matando 5 mil curdos.
Durante a Guerra do Golfo (1991), Saddam promoveu outro massacre contra a população curda.

Federação Russa: Os separatistas da Chechênia
Estratégica para a Federação Russa, a ex-república soviética é uma pedra no sapato dos russos. Com a queda do regime comunista, em 1991, os chechenos aproveitaram para declarar a independência.
O exército russo invade a região, situada entre as montanhas do Cáucaso, mas não consegue dominar os guerrilheiros. Depois de uma trégua e a assinatura de um acordo que estendia a definição do status do lugar até 2001, os chechenos invadem o Daguestão, tentando aumentar seu domínio.
Os russos invadem a Chechênia novamente, tomando 80% do território. De lá para cá continuam as escaramuças e a resistência dos guerrilheiros. Historicamente não há nenhuma compatibilidade do povo russo e checheno. Os chechenos são muçulmanos sunitas e viveram desde 1989 sob o domínio da cultura russa, tanto que falam – obrigados – o russo. A região é importante porque serve de rotas importantes de oleodutos em operação na região.

IRLANDA DO NORTE
As rivalidades entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte remontam ao século 17.
É uma história de confrontos que opõe, de um lado, a maioria dos irlandeses - protestantes, unionistas, identificados com os interesses do domínio britânico - e, de outro, a minoria - católicos, nacionalistas, que atrelam sua identidade nacional à resistência religiosa, lutando pelo fim da dominação inglesa sobre o Ulster e a posterior unificação com a vizinha República da Irlanda.
No século 19, a Irlanda foi integrada ao Reino Unido da Grã-Bretanha por meio da assinatura do Union Act. No início do século 20, surge o movimento nacionalista que luta pelo fim do domínio britânico sobre a ilha.
Esse movimento de resistência levará ao surgimento do Estado Livre da Irlanda ou Eire, em 1922. Mas a Irlanda do Norte ou Ulster continuará fazendo parte do Reino Unido.
Foi a partir do final dos anos 60 que as hostilidades se agravaram.
Em 1969, o governo britânico ocupou militarmente o Ulster e, em seguida, dissolveu o Parlamento de Belfast, assumindo as funções políticas e administrativas.
Em 1972, mais de uma dezena de jovens irlandeses católicos foram mortos no Domingo Sangrento. Em 30 anos de conflito, cerca de 3.600 pessoas morreram na Irlanda.
A seguir, uma sucessão de atentados terroristas praticados pelo IRA indicavam a radicalização do conflito.
Protestantes da Força Voluntária do Ulster, grupo paramilitar unionista, responderam com a mesma violência ao radicalismo católico.
Só em 1991, por iniciativa de ingleses e norte-americanos, iniciou-se uma rodada de negociações com a participação dos partidos do Ulster e do governo de Londres.Como o Sinn Fein - braço político do IRA - foi excluído das conversações, o diálogo fracassou.
Finalmente, em 1998, Tony Blair (premiê inglês), Gerry Adams (Sinn Fein) e David Trimble (unionista), com a participação do ex-presidente norte-americano Bill Clinton, assinaram o Acordo do Ulster, que concedia mais autonomia ao país.

QUESTÃO BASCA
Existem aproximadamente 2,2 milhões bascos, que vivem numa região de fronteira entre o norte da Espanha e o sudoeste da França.
Muitos deles reivindicam a formação de um Estado independente, que abrangeria territórios franceses e espanhóis.
Durante o governo do general Franco (1939-1979), proibiu-se o ensino da língua basca, sua adoção pelos meios de comunicação e o uso das cores regionais verde, branco e vermelho.
Como resposta à intolerância franquista, em 1959, surgiu o ETA (Euskadi Ta Askatasuna – Pátria, Basca e Liberdade), um grupo que inicialmente se preocupou em preservar a língua, os costumes e as tradições bascas.
Todavia, em 1966 o ETA partiu para a luta armada, visando conquistar um Estado independente.
Na década de 1970, a organização dividiu-se em dois grupos: ETA-M (militar), que luta pela autonomia basca pelas armas e pelo terrorismo, e a ETA política, que rejeita a via armada.
Quando o rei Juan Carlos assumiu o trono espanhol, após a morte de Franco, iniciou-se a democratização da Espanha. As províncias conquistaram autonomia, o que permitiu à região basca ter um governo próprio. Entretanto, isso não foi suficiente para a ETA-M, que intensificou as campanhas terroristas.
No final dos anos 90, o ETA foi obrigado a aceitar um cessar-fogo, pressionado por manifestações populares antiterrorismo.
Atualmente, a organização alega que as autoridades francesas e espanholas intensificaram a repressão aos seus dirigentes e que por isso está retomando suas ações terroristas.

Argélia
Na década de 70, o país conquista um crescimento econômico espantoso graças à extração do petróleo e do gás natural.
Entretanto, nos anos 80, os preços despencaram e, com eles, também caíram a renda per capita e a saúde financeira do país.
Em 1989, o governo é obrigado a promover a abertura política. Nessa época surgem os problemas.
A democratização traz à tona sentimentos fundamentalistas islâmicos que acabam se refletindo nas urnas. Com a vitória da Frente Islâmica de Salvação (FIS), ocorre um golpe que anula as eleições.
A FIS vai para a ilegalidade. Em resposta, braços armados da FIS declaram guerra ao regime militar. A GIA (Grupo Islâmico Armado) é a facção mais violenta das que lutam por instalar um Estado islâmico na região.

Caxemira:
Situada na fronteira da Índia com o Paquistão, a Caxemira é habitada majoritariamente por muçulmanos.
O conflito remonta ao período em que os ingleses se retiraram da região, durante o período de colonização.
Antes mantinham ali o desejo de criar um estado único, agrupando povos de religiões hindu, islâmica e outros grupos menores.
Mas, com o fim da colonização, surge, em 1947, o Paquistão (islâmico) e a Índia (multiureligiosa, de maioria hindu).
A descolonização deixa ainda um barril de pólvora: a Caxemira. Na ocasião, a região era um principado de maioria muçulmana, mas governado por um príncipe hindu. Na hora de decidir para que lado iria ficar (hindu ou muçulmano), o príncipe decidiu aliar-se à Índia.
Depois disso, várias guerras eclodiram. A mais importante ocorreu entre 1947-1948, quando um terço da Caxemira fica para o Paquistão e dois terços para a Índia (uma outra pequena fração fica com a China).
Na década de 80, com o recrudescimento do fundamentalismo islâmico no mundo, os confrontos se intensificam na Caxemira indiana.
O conflito alarma a comunidade internacional em 1998, quando os dois países promovem testes de armas nucleares.
A situação ainda está em impasse: a Índia não abre mão da região. O Paquistão defende a realização de um plebiscito na Caxemira indiana. Há ainda a ideia de criar um estado independente.

Angola
Há vários componentes neste conflito que já dura 25 anos. Com a independência da antiga colônia portuguesa, em 1975, grupos locais passam a disputar o poder. São eles: o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), marxista, e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), maoísta.
No início o MPLA assume o governo. Tem início então uma guerrilha armada liderada pela Unita. Este conflito liga-se á Guerra Fria da seguinte forma: soldados da MPLA recebiam apoio direto de Cuba e URSS. Nesta ocasião, a Unita deixa de ser maoísta e se aproxima dos EUA, além da ajuda da África do Sul, que envia tropas para a região.
Ao mesmo tempo, há um conflito étnico entre quimbundos (a maior parte deles está associada ao MPLA) e ovimbundos (ligados à Unita). Não por acaso, esses grupos estão interessados em manter controle sobre as ricas reservas de petróleo do país e das minas de diamante, que, ainda hoje, ajudam a financiar a guerrilha.
O processo de paz ganha força com a queda do regime comunista e à pressão internacional pela retirada das tropas sul-africanas, mas o impasse se estende até hoje.

Burundi e Ruanda
O problema é antigo. Em 1885, as potências européias dividiram o continente africano entre si em várias colônias.
O território do atual Burundi ficou com a Alemanha, algo que agravou ainda mais as rivalidades entre as etnias hutus e tutsis. Ainda em minoria, os tutsis detinham o poder da monarquia na região.
Com a chegada dos alemães, os tutsis continuaram gozando de privilégios. Depois da I Guerra Mundial, o Burundi é unificado com a vizinha Ruanda. O novo território passa para as mãos da Bélgica que domina a região até 1946. Assim que os belgas deixam a região, em 1962, é declarada a independência do país como uma monarquia tutsi.
Tem início um confronto violento entre as duas etnias e, um ano depois, um golpe de Estado põe fim à monarquia, instaurando o presidencialismo. Vários golpes seguem marcando a história desse confronto.
Em 1993, oficiais tutsis fuzilaram o primeiro presidente escolhido democraticamente, o hutu Melchior Ndadaye.
Os hutus reagem, dando início a uma guerra civil que se estende até hoje. O ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela assume o comando das negociações de paz, já que as tentativas anteriores fracassaram.
Em 2001, chegam a um consenso para a formação do governo provisório. As facções rebeldes chegam a um consenso para a formação da Assembléia Nacional: os hutus (85% da população) ficariam com 60% das cadeiras.
O restante ficaria com os tutsis. Haveria ainda um rodízio de presidentes das duas etnias revezando-se no poder. Mas ainda não há um acordo fechado.

DARFUR:
Abandonado pela atual ORDEM ECONÔMICA, que não vê no africano um elemento de mercado, o continente afunda-se cada vez mais na miséria, fome e instabilidade política.
A questão religiosa aflora em conflitos que esbarram em regimes ditatoriais, como na Argélia e no Sudão.
Terroristas agridem continuamente os turistas no Egito para desestabilizar o governo, que tem esta atividade como importante fator da economia.
Poucos são os países que vivem uma transição para a democracia. Com uma população inferior a 800 milhões, cerca de quase 200 milhões têm problemas com a fome.
Em sua grande maioria, as epidemias espalham-se pelo continente. Grande parte das doenças endêmicas tornaram-se epidêmicas. A AIDS avança a níveis alarmantes na África equatorial.
A população de Darfur vem enfrentando uma forte onda de violência e terror que resultou numa quantidade enorme de mortes e forçou mais de 1,5 milhões de pessoas a fugirem dos seus vilarejos destruídos em busca de segurança.
Em acampamentos improvisados por toda a região de Darfur, os deslocados estão vivendo sob a guarda de alguns dos mesmos homens armados que queimaram seus vilarejos e mataram seus familiares.
Deslocamentos em massa, condições precárias de vida e falta de comida têm um impacto grave na saúde da população. Além da violência, as principais causas de mortes são a diarréia, as infecções respiratórias e a malária.

Tibet
Localizado no centro-leste da Ásia, o Tibet é uma região de tradição budista. A prática religiosa aliada à submissão à autoridade do povo tibetano, que nunca aceitou a ocupação chinesa, que ocorre em 1950.
Uma rebelião liderada por monges budistas, em 1959, é esmagada pelas tropas chinesas, forçando o exílio do líder espiritual tibetano, o 14º dalai-lama, Tenzin Gyatso.À frente de cerca de 120 mil seguidores, ele se refugia em Dharmsala, no norte da Índia.
A causa da independência do Tibet ganha força perante a opinião pública ocidental após a concessão do Prêmio Nobel da Paz a Tenzin Gyatso em 1989.
Faz parte dos planos do governo chinês consolidar a migração de chineses han para a região e integrar a província à economia chinesa. O primeiro passo é a construção de uma ferrovia ligando Lhasa, a capital do Tibet, à cidade de Golmud, na China.

Colômbia
A guerra civil no país já dura mais de três décadas. O principal inimigo do governo é o grupo Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), guerrilha de esquerda que conta aproximadamente com 15 mil homens.
Existem ainda outros grupos armados de esquerda, com destaque para o Exército de Libertação Nacional (ELN). Em contrapartida, uma série de esquadrões paramilitares de extrema direita combate a guerrilha em diversas regiões do país. Essas milícias, financiadas por latifundiários, são contra qualquer tipo de concessão aos rebeldes. Usam de violência contra ativistas de direitos humanos, agricultores e simpatizantes de esquerda.
Juntas as guerrilhas de esquerda e as de extrema direita controlam mais de 40% do território colombiano. A situação está assim hoje devido à histórica irregularidade da distribuição de renda, resultado de um processo de crescimento econômico que beneficiou famílias dos colonizadores espanhóis, deixando à margem os nativos.
Empobrecida, uma parcela da população acabou pegando em armas contra o governo. Para piorar o quadro, o narcotráfico ajuda a financiar a guerrilha, que, em troca, permite o cultivo da coca.

SUDÃO DO SUL - INDEPENDÊNCIA
Sudão do Sul - Após Independência Permanece os Conflitos. Conflito tribal matou 900 em três meses no Sudão do Sul, diz ONU.
Quase 900 sul-sudaneses morreram durante uma onda de violência envolvendo tribos pecuaristas rival entre dezembro de 2011 e fevereiro de 2012, afirmou a Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira, criticando o Exército do recém-criado país por sua incapacidade de proteger civis.
O Sudão do Sul, que se separou do Sudão há um ano, vem tentando impor a sua autoridade num país subdesenvolvido do tamanho da França e inundado por armas de fogo.
Nos últimos tempos, a região sul do Sudão (país africano) era referida como Sudão do Sul, uma região autônoma que lutava pela independência política. Também conhecido como Sudão Meridional, o processo de independência foi iniciado em 2005, quando o governo sudanês concordou em conceder à autonomia à região a partir do Tratado de Naivasha.
Histórico Sudão do Norte – Sudão do Sul
O tratado foi assinado em 9 de janeiro de 2005, na cidade de Nairóbi, capital do Quênia, como forma de acabar com a Segunda Guerra Civil do Sudão. A decisão seria finalizada por meio de um referendo com os eleitores da região.
A maior cidade e capital da região é Juba. O referendo ocorreu no início de 2011, no dia 7 de fevereiro, foi publicado o resultado no qual confirmou a vontade de mais de 98 % dos votos favoráveis à independência. O resultado foi recebido com grande alegria pela população.
No Sudão do Norte a população é, predominante, mulçumana de origem árabe, enquanto que no sul, a população é de origem negra, cristã e animista.  O novo país é rico em petróleo, mas grande parte da infraestrutura está na região norte.
O Sudão do sul nasce como uma nação pobre, carente de infraestrutura e energia elétrica, apesar de ser uma região rica em petróleo. Hoje, o novo país herda mais de 2 milhões de mortes causadas por mais de 40 anos de guerra civil travada entre o exército sudanês e o Exército de Libertação do Povo Sudanês.
 O novo país tem o tamanho do estado de Minas Gerais, com cerca 8,5 milhões de habitantes. O Sudão, maior país da África, com a separação, perderá 25 % de seu território.

Apesar dos conflitos terem terminado, a situação social não melhorou, considerando a população feminina, 92 % das mulheres são analfabetas. A água potável é distribuída por uma empresa privada que disponibiliza caminhões tanque, mais da metade da população não tem água potável. O país não possui estradas e ruas pavimentas, o que prejudica o trabalho de auxílio social de ong´s e da ONU.