Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Perólas do ENEM

Isso faz parte das redações dos nossos grandiosos estudantes que participaram do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e tinham que dissertar sobre ecologia. O triste é que serão o futuro do nosso país.
 
'O nosso am biente ele estava muito estragado e muito poluido por causa que, os outros não zelam pelo ar puro.' (Esse deve lembrar disso sempre que está no Show do Planet Hemp)

'O serumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos  que nos unir para realizarmos parcerias.' 'Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais.'(Leia a Bíblia...)

'...agir de maneira inesperável.' (Háaa gente! Esse foi por pouco né?)

'...eles matam não somente aves mas também os desmatamentos de animais  também precisam acabar.' 'morrem queimados e asfixiciados.' (Esse é um jumento, mas tem  coração!)

'Hoje endia a natureza...' (Pelo menos ele não usou m, e sim n,  porque m só antes de p e b, não é mesmo? Muito bem!)

'No paíz enque vivemos, os problemas cerrevelam...' (Outro erro acertado, ele usou 2 erres! Muito bem!)

'...menos desmatamentos, mais florestas aborizadas.' (Concordo! De  florestas não arborizadas, basta o sertão nordestino!)

'...provocando assim a desolação de grandes expécies raras.' (Voces  não sabiam que os animais também tem depressão? Quanto ao resto, não tem como justificar!)

'O que é de interesse de todos nem sempre interessa a ningém individualmente.' (queria tanto entender o sentido dessa aqui...)

'A natureza foi descoberta pelos homens há 500 anos atrás. (chegou com Cabral, talvez?)
'A natureza brasileira só tem 500 anos e já está quase se acabando.' (Foi trazida nas caravelas, certo?)

'Eles querem que nós nos matemos por eles a única solução é alugar o  Brasil para os outros.' (este ouviu Raul Seixas e entendeu tudo errado)

'Não preserve apenas o meio ambiente e sim todo ele.' (faz sentido...)

'Nos dias atuais a educação está muito precoce.' (Que bom né?)

'O maior problema da floresta Amazonas é o desmatamento dos peixes.' (Será que a Química pode me explicar como isso ocorre?)

'O desenvolvimento trás grandes lados positivos e negativos para o meio ambiente.' (Onde está o erro?)

'Nesta terra ensi plantando tudo dá.' (Em Portugal deve se escrever  desse jeito!)

'Isso tudo é devido ao raios
ultra-violentos.
' (GENTE!!!!! essa é a minha frase favorita: merece 10 com louvor!)

'Existem dois tipos de animais: os que vivem em cativeiro e os que não vivem. Ultimamente, surgiram um terceiro tipo que corresponde aqueles os que são presos pela polícia federal. Todos os fiscais são subordinados. É a propina.' (O autor desta frase deve ser do terceiro tipo.) 'Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado.' (Qual será o fabricante? IBM, apple, unisis...)

'Ultimamente não se fala em outro assunto anonser sobre...' 'Os araras azuis ficavam sobe vuando a mata.' '...são formados pelas bacias esferográficas.'   
( NÃO!!!! Essa é a  minha favorita!!!! Imaginem as bacias da BIC...)

'Os animais acabam sem água para beber e para tomar banho.'  'O direito humano para mim tinha que ser igual para todos.' "Na época de Cristo não havia indústrias para poluir e assim mesmo havia problemas sociais entre os povos.' (Marx/Engels?)

'Os homens brasileiros, estão acabando com tudo, as árvores para  fazer taúba e outra coisa.' (Se ele fosse mais velho eu  diria que a culpa foi do Adoniran Barbosa)


'Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio.' (Concordo em gênero, número e grau: depredação de si mesmo é 'oríveu')

'A concentização é um fato esperançoso para o território mundial.'  'Espero que isso mude aqui no Paraná, que não seja como os outros países.' (Acho que esse passou férias na Argentina e voltou com mania  de grandeza...)

'Vamos deixar de sermos egoístas e pensarmos um pouco mais em nós.'  (Gente, que pérola!!!!!)

'O sero manu.' (Entendeu?)

'O Euninho...'  (Levei uns minutos para identificar o El Niño...)

'Na Amazonas está sendo a maior derrubagem e extração de madeira do  Brasil.'  'O problema ainda é maior se tratando da camada Diozoni!' (Gente, eu  não sabia que camada tinha sobrenome...)

'Por isso eu luto para atingir os meus obstáculos.' (Que luta  árdua...)

'A situação tende a piorar: pessoas da floresta Amazônica destróem a Mata Atlântica.' (e além de tudo, viajam pra caramba, hein?) 

'Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom benefício para o Brasil' (Vamos trocar o fumacê pelas moto-serras!)

'Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu, o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira.' (Ainda bem que temos aquela faixinha onde está escrito 'Ordem e Progresso'.)

'Eu concordo em gênero e número igual.' 'As vezes penso comigo mesmo e chego a mesma conclusão que chegou Renato Russo: Que país é esse?'
(Esta, realmente, é uma conclusão definitiva!)

'O seringueiro tira borracha das árvores, mas não nunca derubam as seringas.' (Estas podem ser derrubadas porque são descartáveis...)

'Já está muito de difícil de achar os pandas na Amazônia.' (Que pena... Também ursos e elefantes sumiram de lá.)

'Até a Xuxa hoje em dia se prelcupa com a situação dos animais' (Incluindo a Sacha...)

'Há muito tempo atrás, meu avô matou várias onças na fazenda dele.' (E eu com isso?)

'Enquanto os zoutros ...' 'É um problema de muita gravidez.' (Com certeza... Se seu pai usasse camisinha não leríamos isso!)
 
'O homem não está mais valorizando a sua pátria ambiental.'
(Acabei de chegar a uma conclusão, a maioria dos erros são de português, mas os que mais sofrem as conseqüências disso são os professores de Geografia...)


E eles serão o futuro do nosso país...

' tudo baixo nive...'   

Urbanização Brasileira

O maior aumento da população urbana em relação à população do campo, ou seja, é quando ritmo de crescimento da população urbana e superior ao ritmo da população rural. É um aumento no sentido demográfico, é o mais tradicional conceito de urbanização.
A instalação de equipamentos urbanos (infra-estrutura), como energia elétrica, água e esgotos, pavimentação, estradas, equipamentos transmissores de informação, transportes coletivos, escolas, hospitais, comércio e outros serviços.
O sentido mais imediato sugere o aparecimento de novas cidades.
A expansão do modo de vida urbano, e de algumas formas espaciais urbanas (valores sócio-culturais e equipamentos urbanos) além dos limites territoriais urbanos, penetrando nas zonas rurais mais distantes, onde os valores e as formas espaciais eram outras. Esse modo e ritmo de vida são ditados por uma sociedade industrial, com relações de trabalho tipicamente industrial, tais como: assalariamento; especialização e divisão do trabalho.

2 - Evolução do processo de Urbanização no Brasil:  problemas sócio – econômicos decorrentes da decadência econômica das demais regiões brasileiras.
Contexto: Séc. XVI até o início do século XX.
Ocupação portuguesa da faixa litorânea criando núcleos urbanos portuários.
As cidades estavam ligas às atividades econômicas que se desenvolviam dentro da organização espacial na forma de “arquipélago”.

B - Urbanização na Fase de industrialização e formação do Mercado Nacional:

Contexto: Início do século XX até meados dos anos 40.
Esse momento corresponde ao início do processo de industrialização e ao surgimento do embrião de um mercado de escala nacional. A modernização econômica do país ficou concentrada principalmente na região Sudeste do país, tendo as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo concentrado nos ano 30, aproximadamente 60% da produção industrial brasileira tornando essa região o principal pólo de atração demográfica das demais regiões brasileiras, inclusive pela retração das atividades econômicas das mesmas.

C - A Urbanização Brasileira no Pós – Guerra:
A partir desse marco o país aprofundou o processo de modernização. Nosso espaço econômico amplia-se e é interpenetrado por empresas multinacionais de produção de bens de consumo duráveis e de bens intermediários. As grandes cidades eram o meio técnico apto a receber inovações tecnológicas e ramos produtivos mais avançados. Dessa formaa intensa urbanização ocorrida no Brasil a partir deste momento está diretamente relacionada à intensificação da modernização econômica do país assim como ao agravamento dos problemas sócio – econômicos decorrentes da decadência econômica das demais regiões brasileiras.

3 - Fatores responsáveis pela Urbanização Brasileira:

A extrema concentração fundiária herdada do processo de colonização. As péssimas condições de vida existentes na zona rural, em função da estrutura fundiária bastante concentrada, dos baixos salários, da falta de apoio aos pequenos agricultores, do arcaísmo, das técnicas de cultivo, etc, aparecem como grandes agentes motivadores da migração campo-cidade.
O processo de industrialização, especialmente em alguns estados do Centro-Sul, que motivou a migração para as grandes cidades que passam a polarizar a economia do país.
A modernização do processo produtivo no campo, que passa a absorver cada vez menos mão-de-obra. A integração nacional pós-50, que com o surgimento das rodovias, facilitou a migração do campo para as grandes cidades, assim como a difusão dos valores urbanos através dos meios de comunicação como o rádio e televisão, que seduziam a população rural a migrar para a cidade. Os excluídos docampo criam perspectiva em
relação ao espaço urbano e acabam se inserindo no espaço urbano no Circuito Inferior da Economia (mercado informal).
As políticas públicas em regiões como a Amazônia em que o processo de ocupação se deu com base no núcleo urbano criado as margens das rodovias.

4 - Características da urbanização do Brasil:

O Processo de intensa urbanização é recente, ocorrendo, sobretudo após-segunda guerra mundial.
Urbanização terciária, ou seja, grande parte da população atraída para a cidade foi absorvida no setor terciário.

Intenso processo de metropolização, ou seja, os fluxos migratórios se direcionaram para as grandes cidades que cresceram de maneira acelerada, criando uma série de problemas urbanos. Tais problemas são resultado de um fenômeno urbano característico de muitos países subdesenvolvidos: a macrocefalia urbana. O crescimento rápido de algumas cidades, que acaba culminando no fenômeno da metropolização, é resultado da incapacidade de criação de empregos, seja na zona rural, seja em cidades pequenas e médias, o que força o deslocamento de milhões de pessoas para as cidades que polarizam a economia de cada país.

5 - Algumas características Recentes na Urbanização Brasileira:

Apesar do continuo processo de metropolização, assiste-se hoje também na região sudeste brasileira o processo de Desmetropolização ou Involução Metropolitana , que consiste na redução do ritmo de crescimento de algumas metrópoles, a exemplo de São Paulo que passa a apresentar um ritmo de crescimento mais lento em relação a algumas cidades médias do interior
Crescimento de cidades medias em função da desconcentração dos investimentos produtivos (desconcentração industrial), além da migração da população das grandes metrópoles que buscam qualidade de vida em cidades médias.
Com resultado da descontração industrial de São Paulo,ocorre uma redução do setor secundário e o crescimento do setor terciário, o que vai refletir na paisagem urbana, com a tendência da diminuição no número das chaminés no centro das metrópoles nacionais e o crescimento de prédios inteligentes,bolsas de valores, shopping Center, etc.
Redução da população rural e aumento da população agrícola.

Posição Brasileira no IDH

O IDH brasileiro subiu levemente, de 0,808 para 0,813, mas o país ficou apenas na 75ª posição no ranking de 182 países avaliados pelo IDH, com a inclusão de Andorra e Liechtenstein pela primeira vez, e a volta do Afeganistão, que havia saído do índice em 1996.
No ano passado, apesar de registrar um índice pior (0,807), o Brasil ocupava a 70ª posição no ranking do Pnud. Após uma revisão no índice, o país passou a ser o 75º (com IDH de 0,808). Agora, com os novos números, o Brasil manteve a posição e permaneceu no grupo dos países com alto desenvolvimento humano (com IDH acima de 0,800).
O IDH, que varia entre 0 e 1, avalia as conquistas de um país com base na expectativa de vida, acesso à educação e padrão de vida, medido pelo PIB (Produto Interno Bruto) per capita.
A Noruega continuou no topo da lista, seguida pela Austrália e Islândia. Serra Leoa, Afeganistão e Níger são os três últimos e apresentam os piores índices de desenvolvimento humano.
A China foi o país que registrou o maior aumento, subindo sete posições, seguida pela Colômbia e pelo Peru, que melhoraram cinco posições no ranking.

1 - Noruega 0,971
2 – Australia 0.970 
3 – Iceland 0.969
4 – Canada 0.966
5 – Ireland 0.965 
6 – Netherlands 0.964 
7 – Sweden 0.963 
8 – France 0.961 
9 – Switzerland 0.960 
10 – Japan 0.960 
11 – Luxembourg 0.960 
12 – Finland 0.959 
13 – USA 0.956 6
14 – Austria 0.955 
15 – Spain 0955 
16 – Denmark 0.955 
17 – Belgium 0.953 
18 – Italy 0.951 
19 – Liechtenstein 0.951 
20 – New Zealand 0.950
21 – United Kingdom 0.947 
22 – Germany 0.947 
44 – Chile 0.878 
49 – Argentina 0.866
50 – Uruguay 0.865
51 – Cuba 0.863 
53 – Mexico 0.854 
54 – Costa Rica 0.854 
58 – Venezuela 0.844 
60 – Panama 0.840 
75 – Brazil 0.813 
77 – Colombia 0.807 
78 – Peru 0.806 
80 – Ecuador 0.806
101 – Paraguay 0.761 
106 – El Salvador 0.747 
112 – Honduras 0.732 
113 – Bolivia 0.729 
122 – Guatemala 0.704
124 – Nicaragua 0.699 
149 – Haiti 0.532 

 

A Rodada de Doha

A Rodada de Doha ou Agenda de Doha para o Desenvolvimento, o que é?
É um ciclo de negociações globais sobre um determinado tema que envolve relações de comércio entre os países. Tem esse no me pelo fato de a primeira reunião (Quarta Conferência Ministerial da OMC) ter sido realizada em Doha, capital do Qatar (Emirados Árabes Unidos). Já existiram outras rodadas desse tipo, a primeira importante foi o Rodada Kennedy (1964-1967), a Rodada Tóquio (1973-1979), Rodada do Uruguai (1986-1994).

A Rodada de Doha - Início em 2001
A Quarta Conferência da OMC, denominada de Rodada de Doha, começou em novembro de 2001, inserida num contexto de que a expansão do comércio e das trocas internacionais ajudaria a reduzir a pobreza e os focos de conflito no mundo. A Rodada de Doha é um ciclo de reuniões que já dura sete anos, onde a Quinta Conferência da OMC foi realizada em Cancum, no México, em 2003. Em 2005, ocorreu outra Conferência Ministerial,em Hong Kong.

Criação do G-20
È importante ressaltar que na Conferência de Cancum no México, com a decisiva participação do Brasil é criado o G-20, um grupo hoje composto por 23 países que detém uma fatia substancial do comércio mundial. O G-20, liderado pelo Brasil e Índia tem ainda a participação da Argentina, Bolívia, Chile, China, Cuba, Equador, Egito, Guatemala, Indonésia, México, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Peru, Filipinas, África do Sul, Tanzânia, Tailândia, Uruguai, Venezuela e Zimbábue.

G-20 - Porta Voz dos Emergentes
A atuação do G-20 impõe uma mudança no comércio mundial, onde ainda permanecia o mesmo conceito do século 19, de que o comércio sempre ajuda, mas dentro de uma realidade em que os países mais fracos ou menos desenvolvidos levavam a pior, porque as regras eram feitas de acordo com os interesses dos países industriais, a criação do G-20 sinalizou uma mudança nessas relações, os países do grupo, agora denominados de emergentes, passaram a ser um interlocutor de peso nesses ciclos de negociações.

Rodada de Doha - Grupos de Interesse
Nesta segunda feira 21 de julho de 2008, tem mais uma seqüência da Rodada de Doha, em Genebra, na Suíça, onde estão presentes 40 países dos 152 que são membros da OMC - Organização Mundial do Comércio. As dificuldades que geram grandes impasses nessas reuniões é obter um acordo que atenda os interesses de três grupos , sendo esses grupos, a UE - União Européia, os EUA - Estados Unidos da América e o G-20, além da Rússia e países não integrados nas negociações.

O que esta em discussão
Os países em desenvolvimento, ou países emergentes querem maior abertura no setor agrícola das nações desenvolvidas, incluindo a redução ou o fim de subsídios(1), o que consideram políticas protecionistas, principalmente por parte dos Estados Unidos e da União Européia. Do outro lado o bloco dos países desenvolvidos ou países ricos industrializados e exportadores de produtos industrializados, pressiona os países emergentes por maior abertura (redução de tarifas) nos setores de indústria e serviços. Fatores que resultam em complexas negociações.

Creditos de Carbono

O Protocolo de Kyoto - 1997
Segundo o acordo firmado pelos governos dos países membros da Organização das Nações Unidas - ONU, quando assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997os países desenvolvidos e responsáveis por 80% da poluição mundial se comprometeram a reduzir a emissão de gases do efeito estufa (GEE) entre os anos de 2002 a 2012 em relação aos níveis de emissão da década de 1990.
O Protocolo de Kyoto e os Créditos de Carbono
Para alguns dos países desenvolvidos, reduzir a emissão de gases do efeito estufa pode significar alterações profundas colocando em riscos suas economias. É justamente para evitar essa possibilidade causar efeitos na economia dos países desenvolvidos que foi criado pelo Protocolo de Kyoto um sistema chamado de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL, inserido neste os créditos de carbono.
Créditos de Carbono - como funciona
De acordo com regras estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto, países desenvolvidos com metas de redução das emissões de dióxido de carbono podem investir em projetos que diminuam as emissões em qualquer outro país e contabilizarem as emissões não realizadas em sua cota. Uma empresas que não tem licenças suficientes para cobrir suas emissões de gases do efeito estufa - GEE devem fazer reduções ou então comprar créditos de carbono excedentes de outras corporações.
Exemplo Prático - Aterro Bandeirantes
Aterro Bandeirantes em São Paulo, é considerado um dos maiores depósitos de lixo do mundo, recebendo cerca de 7 mil toneladas de lixo gerado pela cidade de São Paulo, isto é a metade do que a cidade produz. Neste local os gases produzidos, originários da decomposição de matéria orgânica eram queimados em drenos verticais e lançados na atmosfera. Para evitar a queima sem controle e o lançamanto toneladas de poluentes para a atmosfera e contribuindo para a redução da emissão de gases do efeito estufa - GEE, foi desenvolvido o projeto de construção de uma Central Térmica a Gás do Aterro Sanitário municipal Bandeirantes.
O projeto
Consistiu na implantação de uma unidade de produção de energia limpa, a partir do aproveitamento adequado do gás metano gerado pelo lixo, a técnica consiste em converter o metano gerado pelo lixo, em gás carbônico - CO2, com a queima controlada do metano - CH4 e aproveitando para gerar energia. Embora haja emissão de CO2, o ganho é explicado de o metano ter um poder de poluição 21 vezes maior que o gás carbônico. Significando que a conversão de uma substância em outra gera créditos de carbono.
Os Créditos de Carbono - Entendendo
Essa redução de gases da Usina do Aterro Bandeirantes é convertido em Créditos de Carbono, onde cada crédito equivale a uma tonelada do gás, com valor de mercado atual entre 12 a 18 Euros, variando de acordo com a cotação internacional, passa a ser um certificado para venda similar ao mercado de ações.
O Primeiro Leilão
Dia 26 de setembro de 2007 foi realizado o primeiro leilão de carbono no Brasil e na América Latina, o evento aconteceu na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) , em São Paulo, o banco belgo-holandês Fortis comprou os 808.450 créditos ofertados pela Prefeitura de São Paulo, referente ao projeto da Central Térmica a Gás do Aterro Sanitário Municipal Bandeirantes pelo qual pagou 16,20 Euros por cada crédito (cada tonelada). Esses créditos de carbono podem ser usados pelo banco tanto para cumprir eventuais metas de redução de emissão de gases de efeito estufa como para vender no mercado internacional, principalmente o europeu, onde seu preço já ultrapassa os 20 euros.

Resumo Japão e China

Japão
O caráter montanhoso do país é resultado de forças orogênicas geologicamente recentes, como demonstra a freqüência de terremotos violentos, atividade vulcânica e as alterações do nível do mar ao longo do litoral.
São escassas as planícies e planaltos, ao contrário do que ocorre em regiões mais estáveis e antigas da Terra, niveladas pela erosão.
As montanhas cobrem mais de quatro quintos do Japão e se agrupam em seis pequenas cadeias, de nordeste para sudeste.
Arquipélago : vulcânico(círculo do Fogo do Pacífico), constituído por terrenos de origem recente(Período Terciário) ;
Extensão : pouco maior que o Estado de São Paulo.
Relevo : montanhoso obrigando a população a se concentrar nas pequenas superfícies planas no litoral (16% do território).
Clima: Temperado atingido pelas monções; grande influência marítima resultando em elevado índice pluviométrico.
Florestas: cobrem cerca de 65% do território.
Hidrografia: rios de pequeno porte intensamente aproveitados para irrigação e produção de energia.
Litoral: recortado e com muitos portos.
Chuvas abundantes + Clima Temperado = vegetação rica: favorecimento da Agricultura;
Importador de Madeira, apesar de suas florestas, devido à grande demanda para a construção civil.
O principal transporte do país é o HIDROVIÁRIO.
O Japão, até séc. XIX, tinha uma estrutura feudal cujos líderes eram os Xóguns.
O Imperador Mutsohito institui a era MEIJI(1868 - 1912);
Governo pró-ocidente que dá início à modernização do Japão;
Término da estrutura feudal; obrigatoriedade do ensino primário e serviço; criação de uma constituição e implantação da revolução industrial;
Agricultura: Aplicando técnicas modernas (mecanização e fertilizantes) obtém-se alto rendimento mesmo se dispondo de pequeno território (14%).
Apenas 6,5% da população se dedica ao setor primário.
Pesca: Produz 15% da pesca mundial ( a atividade é favorecida pela grande extensão do litoral e presença de correntes marítimas frias e quentes ).
Recursos Minerais: É um dos maiores importadores de matéria prima do mundo.
Energia: O petróleo é importado e representa 75% do consumo; o carvão representa 15%.
A agricultura japonesa caracteriza-se pelo elevado número de propriedades pequenas e ineficientes. Somente em Hokkaido encontram-se empreendimentos maiores.
O arroz é o principal produto agrícola do país. Outros produtos importantes são batata, rabanete, tangerina, repolho, batata-doce, cebola, pepino e maçã.
A frota pesqueira japonesa é a maior do mundo em tonelagem, ainda que a pesca seja realizada por empresas de pequeno porte.

China
Área: 9.536.499 km². Hora local: +11h.
Cidades: Xangai (aglomerado: 13.659.000 em 1996; Pequim (Beijing) (aglomerado:mais de 20 milhões de habitantes);
POPULAÇÃO – 1,300 bilhão (2007);
Densidade: 134,75 hab./km² (2001). Pop. urb.: 32% (2000).
Cresc. dem.: 0,71% ao ano; fecundidade: 1,8 filho por mulher;
Expectativa de vida M/F: 69,1/73,5 anos; mort. infantil: 36,5‰ (2000-2005).
Analfabetismo: 15% (2000).
ECONOMIA – Moeda: iuan; cotação para US$ 1: 8,27 (jul./2001). PIB: US$ 989,5 bilhões;
Renda per capita: US$ 780 (1999). Força de trabalho: 751 milhões (1999).
Relevo em degraus (baixas altitudes à beira mar);
Planícies, no baixo curso dos rios, com solo amarelo de origem eólica (loess) de boa fertilidade;
SINKIANG:Planaltos Semi-áridos; Baixa densidade populacional; Petróleo e indústria estratégica;
TIBETE: Altiplanos e montanhas (4000m); Anexada em 1950(população não-chinesa); Pastoreio e Agricultura;
MONGÓLIA INTERIOR: Baixos planaltos; Deserto de Gobi;Pastoreio nômade e Trigo(irrigação)
MANDCHÚRIA: Planícies Temperadas(coníferas); Solo LOESS (trigo e soja); Indústrias de Base(siderúrgica, mecânica, etc.)
CHINA DO SUDESTE: Planícies aluvionais(rios); Clima Tropical Monçônico; Agricultura – arroz, chá, cana de açúcar, abacaxi.
RIOS: HOANG – HO ð agricultura, trigo e barragens;
YANG – TSÉ (AZUL) ðrizicultura, navegação, ferro;
SI-KIANG: ðagricultura, grande densidade demográfica.
O crescimento econômico rápido e desordenado tem provocado sérias desigualdades sociais agravando as disparidades regionais.
Em 1997, a China começou um dos maiores processos de privatizações de suas 300 mil estatais (JIANG ZEMIN).
Província de GUANDONG vem apresentando notável crescimento industrial devido aos investimento feitos por empresas de Hong Kong e Taiwan;
Criação da bolsa de valores de Pequim e Xangai, a ampliação da produção de bens de consumo, a entrada de capital estrangeiro e outras medidas econômicas.
Uma das principais mudanças no setor agrícola é o estímulo à formação das COMUNAS POPULARES que apresenta uma administração integrada ao Estado.
a China é o único país subdesenvolvido que tem conseguido controlar a inflação, crescer economicamente e, ao mesmo tempo, atrair os capitais internacionais. Nas suas Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), a presença de investimentos estrangeiros deu um novo dinamismo à produção e circulação de bens. As exportações chinesas, em parte graças a uma mão-de-obra extremamente mal paga, têm gerado grandes superávites na balança comercial, além de facilitar o pagamento da dívida externa. Após o sétimo Plano Qüinqüenal, iniciado em 1985, a China passou a importar tecnologia, permitindo a entrada de especialistas estrangeiros. Abrindo-se para o mundo, o país já firmou mais de cem acordos internacionais de cooperação científica e técnica. Cada vez são mais íntimas as relações econômicas com o Japão, a República da Coréia, Estados Unidos da América, Cingapura e, até mesmo, com Taiwan, apesar das divergências políticas e ideológicas. Cada vez mais se difunde a idéia de que a China, um dos grandes “tigres asiáticos”, será a mais importante economia do início do terceiro milênio. Tal observação nos parece exagerada, pois o país ainda é vitimado pela ausência de uma sólida infra-estrutura econômica.
As reforma também atingiram o campo chinês, onde as comunas populares foram substituídas por fazendas coletivas mais liberais, que permitem a venda de excedentes para o mercado. Esse incentivo provocou um extraordinário aumento da produtividade agrícola: de 2% ao ano, em 1978, passou a crescer à média de 8%. A China, com apenas 7% da área cultivada do mundo, alimenta 22% da população mundial. Nas indústrias, os bens que excederem as cotas de produção fixadas pelo Estado são divididos em três partes iguais: a primeira para a elevação dos salários; a segunda para ampliar os benefícios sociais da empresa (educação e planos de saúde); finalmente, a última porção para a modernização tecnológica da própria empresa. Se levarmos em conta os padrões capitalistas, o Estado ainda é excessivamente presente na economia, mas essa intervenção vem decrescendo rapidamente. Em 1980, 80% da produção era controlada pelo Estado; hoje, menos de 50%.
Apesar dos relativos êxitos econômicos, poucas alterações ocorreram no plano político: o autoritarismo permanece. Em 1989, no famoso incidente da Praça da “Paz Celestial”, forças militares esmagaram um movimento oposicionista encabeçado por estudantes, deixando claro que o governo chinês não aceitava atrelar a liberalização econômica à democratização política. Desencantada com ações políticas e resignada à permanência do dirigismo autoritário, a juventude chinesa vem optando pelo individualismo e pelo enriquecimento pessoal. Fazer dinheiro e consumo de produtos de luxo parecem ser as únicas preocupações do chinês atualmente.

Industrialização

Em geral, os geógrafos associam os países a 3 processos distintos de industrialização:
Industrialização Clássica
É aquela que se vincula à Revolução Industrial (ou 1.a Revolução Industrial, pelo critério tecnológico), cujo país pioneiro foi a Inglaterra, no período 1750 . 1850, estendendo-se posteriormente aos demais países da Europa Ocidental (França, Bélgica, Alemanha, etc), aos EUA e ao Japão.
Nesse processo de industrialização, a máquina a vapor teve um papel essencial; o carvão mineral constituiu-se na principal fonte de energia e as zonas industriais já nasciam junto às reservas minerais, particularmente nas proximidades das bacias carboníferas. Dessa forma, até os dias de hoje, extensas concentrações industriais localizam-se próximo de matérias primas, ou fortemente dependentes de sistemas de transportes que permitem acessá-las. Vamos enumerar algumas delas:
· Vale dos rios Reno e Ruhr, na Alemanha, em cidades como Colônia, Düsseldorf, etc;
· A Bacia do Tâmisa, as Midlands, o Eixo Manchester . Liverpool, na Inglaterra;
· A região de Calais, a Bacia de Paris e região da Alsácia e Lorena na França;
· O Nordeste dos EUA .
No caso do Japão, o padrão de localização industrial obedeceu a diferentes imperativos: a carência de recursos naturais favoreceu a implantação de gigantescos pólos industriais nas zonas portuárias, articulados com esquemas de importação maciça de ferro, carvão mineral, petróleo e toda sorte de recursos minerais.
Da segunda metade do século XIX ao início do século XX, uma 2.a Revolução Industrial dominou o processo produtivo. O desenvolvimento da eletricidade e dos motores a combustão interna foram suas marcas principais; paralelamente, teve curso um extraordinário aperfeiçoamento da metalurgia e da siderurgia, o desenvolvimento do setor petroquímico e a afirmação do automóvel como o carro-chefe do setor de bens de consumo.
Esta segunda etapa intensificou ainda mais a concentração espacial das indústrias.
Industrialização Planificada
Nos países que implantaram economias socialistas, durante parte do século XX, o processo industrial estruturou-se de modo diferente. A dependência dos recursos naturais evidentemente não era superada e a planificação econômica criou sistemas combinados de extrativismo de recursos naturais e produção industrial. O Estado, porém, optava muitas vezes por uma maior dispersão espacial das indústrias.
No caso da ex-URSS, por exemplo, muitas zonas industriais foram implantadas em áreas distantes de Moscou, objetivando uma melhor ocupação dos vastos vazios demográficos, dentro das preocupações de defesa do território, na ótica geopolítica da Guerra Fria.
Eis algumas concentrações industriais do antigo bloco soviético:
· Moscou, São Petersburgo, Donbass e região dos Urais, na URSS;
· Região da Silésia, na Polônia;
· Região da Boêmia, na atual República Tcheca

Industrialização Tardia
Os países subdesenvolvidos, outrora agrupados dentro do .Terceiro Mundo., tiveram uma industrialização bem posterior ao nascimento das grandes potências industriais. Esse processo consolidou-se fundamentalmente logo após a 2.a Guerra Mundial e apoiou-se nos seguintes fatores:
· atuação do Estado na infra-estrutura e na indústria de base;
· estratégia de .substituição de importações., através de políticas protecionistas (restringindo as importações de bens industriais) e fomento à nascente indústria nacional;
· estímulo à implantação de filiais das empresas transnacionais ou multinacionais, principalmente no setor de bens de consumo duráveis (automobilísticas e eletro-eletrônicas, por exemplo);
· produção voltada essencialmente para o mercado interno.
A industrialização dos países subdesenvolvidos também gerou significativas concentrações industriais, algumas das quais estão relacionadas a seguir:
· Sudeste do Brasil;
· Grande Buenos Aires, na Argentina;
· Eixo cidade de México . Guadalajara . Monterrey;
· Cidade do Cabo e Johanesburgo, na África do Sul

A industrialização dos .Tigres Asiáticos.
Os países do Extremo Oriente e Sudeste Asiático passaram por um processo de
industrialização com características diferentes dos países latino-americanos. Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong (hoje incorporado à China) industrializaram-se sob as seguintes condições:
· direcionamento da economia para o mercado externo, constituindo verdadeiras .plataformas de exportação.;
· parceria entre o Estado e os conglomerados empresariais capazes de ocupar posições vantajosas no mercado internacional;
· emprego de mão-de-obra barata, embora beneficiada por grande investimento em educação;
· ética voltada para a disciplina, o trabalho e sentimento de coesão nacional.

O fenômeno da desconcentração geográfica da indústria
A 1.a Revolução Industrial, situada historicamente entre 1750 e 1850, foi baseada na máquina a vapor e no carvão mineral. A 2.a Revolução Industrial fundamentou-se na eletricidade, na siderurgia,no motor a combustão interna e, portanto, na dependência do petróleo.
Atualmente, vivemos uma 3ª etapa tecnológica: a era da microeletrônica, das tecnologias de informação, da robótica e da biotecnologia. As novas conformações do trabalho e da produção capitalistas, aliadas a esses novos padrões técnicos e científicos, impuseram intensas transformações às indústrias. São várias as estratégias indispensáveis à atual economia, altamente competitiva, integrada e globalizada. Entre elas, podemos citar:
· a automação do processo produtivo, com a substituição da mão-de-obra por equipamentos automatizados;
· exigência de trabalho cada vez mais qualificado;
· reestruturação da linha de montagem, com maior integração entre as tarefas ou etapas do processo produtivo (superando o antigo e rígido sistema taylorista);
· flexibilização das normas do trabalho, que possam restringir a atividade das empresas;
· o sistema .just-in-time., que consiste na redução ao mínimo dos estoques das empresas (a expansão dos transportes e das comunicações permite atualmente que se atenda aos clientes com maior rapidez, evitando-se os gastos com manutenção desses estoques).
Já não estamos no tempo em que as indústrias procuravam a proximidade das antigas concentrações, na antiga ótica de localização espacial, cujo lema era .indústria atrai indústria. A modernização dos transportes, o uso de novos materiais, a dependência da pesquisa científica e a velocidade das inovações tecnológicas libertaram as indústrias das áreas tradicionais.
No passado, a tendência era a de concentração espacial das indústrias, uma vez que era muito vantajoso, de fato, aproveitar-se a infra-estrutura já instalada nessas regiões. Obedecia-se também à lógica de complementaridade produtiva entre as indústrias.
Entretanto, as grandes concentrações industriais tornaram-se muito onerosas para as empresas, devido ao alto preço dos terrenos, aos problemas ambientais, aos custos elevados que o trânsito intenso e caótico representa e, até mesmo, ao fortalecimento dos movimentos sindicais que tendem a elevar os padrões salariais. Esse fenômeno ocorre tanto nos países centrais da economia capitalista, como naqueles considerados .emergentes.
Os Estados Unidos, por exemplo, passam atualmente por um processo de descentralização industrial; o enorme cinturão industrial localizado no nordeste do país - denominado manufacturing belt - parece ter atingido um ponto de esgotamento.Dentro do novo padrão espacial as indústrias estão se deslocando para o sul e para o leste, buscando áreas onde os custos de produção são menores ou a proximidade de universidades e centros de pesquisa, geradores de novas tecnologias. Entre as cidades que mais crescem pode-se citar Dallas, Houston, Phoenix, Atlanta, São Francisco, Los Angeles, Seattle, entre outras.
Forma-se, assim, um novo cinturão industrial - denominado Sun Belt . que se estende entre o sul e a costa oeste do país, incluindo áreas de acelerado desenvolvimento, nos setores de ponta. A Califórnia, por exemplo, tem se destacado nas áreas de informática e microeletrônica; na cidade de Houston, no Texas, os setores mais desenvolvidas são o petroquímico e o aeroespacial; Seattle é sede da mais importante indústria aeronáutica, a Boeing.

A nova divisão do trabalho e da produção no mundo
Desde a década de 1970, a concentração de capitais, o domínio das tecnologias de ponta e a grande desigualdade de desenvolvimento entre os países convergiam para a formação de novos padrões espaciais da produção industrial. Na década seguinte, o aperfeiçoamento dos transportes e das tecnologias de informação permitiram grande dispersão da produção de peças e componentes industriais. Atualmente, os três principais pólos industriais . EUA, União Européia e Japão concentram-se em determinadas funções da atividade econômica e dispersam suas empresas pelo mundo, aproveitando incentivos, facilidades e custos vantajosos de países menos desenvolvidos:
- As empresas transnacionais preferem concentrar em suas sedes, nos países desenvolvidos, atividades como pesquisa, desenvolvimento tecnológico, gerência e marketing.
- A montagem dos produtos cada vez mais é transferida para os países  emergentes, onde os custos de produção são mais baixos (terrenos mais baratos, salários menores, leis ambientais menos severas, etc).
O caso brasileiro
O que ocorre atualmente com a concentração industrial da Grande São Paulo,
particularmente o ABCD, é um exemplo muito ilustrativo. Essa área encontra-se praticamente saturada e acarreta custos muito elevados para as empresas. Atualmente, muitas indústrias estão preferindo localizações alternativas como o interior de São Paulo, o Vale do Paraíba fluminense e o sul de Minas.
Observa-se também que muitas indústrias têxteis estão se transferindo para o Nordeste, onde o custo da mão-de-obra é menor; por outro lado, empresas que lidam com tecnologias mais avançadas preferem a proximidade de universidades e centros de pesquisa, como é o caso das cidades de Campinas, São Carlos e São José dos Campos, caracterizadas como tecnopólos do estado de São Paulo.
A montadora Mercedes Benz, por exemplo, optou por uma localização alternativa às grandes concentrações industriais como o ABCD, em São Paulo, a área metropolitana do Rio de Janeiro ou a Grande Belo Horizonte. A escolha recaiu sobre a cidade de Juiz de Fora, no sul de Minas Gerais, que apresenta vantagens e baixos custos de produção, proximidade com o Quadrilátero Ferrífero, no centro do estado, além do fato de ser bem servida por rede de transportes e não estar situada muito longe dos principais centros urbanos.

É pra rir ou pra chorar?

O Brasil proclamou sua independência, mas o filho do rei é que assumiu a gerência.
O povo sem estudo não dá muito palpite, e a nossa república é só pra elite.(E quem faz greve o patrão ainda demite).
É pra rir ou pra chorar?
O Brasil aboliu a escravidão, mas o negro da senzala foi direto pra favela.Virou um homem livre e foi pra prisão.Só que a tal da liberdade não entrou lá na cela.(E a discriminação ainda é verde e amarela).
É pra rir ou pra chorar?
O Brasil foi parar na mão dos militares, que calaram o povo no tempo da ditadura.Torturaram, prenderam e mataram milhares, mas ninguém foi condenado pelos crimes de tortura.(E tem até torturador lançando candidatura).
É pra ri ou pra chorar?
O Brasil conseguiu as eleições diretas, mas a gente que vota ainda é semi-analfabeta.O Collor foi eleito e roubou até cansar.O povo deu um jeito de cassar o marajá.Mas ele não foi preso e falou que vai voltar!
É pra rir ou pra chorar?
O Brasil tem mais terra do que a China tem chinês, mas a terra tá na mão dos grandes latifundiários.A Reforma Agrária, ninguém ainda fez.Ainda bem que os sem-terra não são otários.(E tudo que eles querem é direito a ter trabalho).É pra rir ou pra chorar?O Brasil tem miséria mas tem muito dinheiro, na mão de meia dúzia, no banco suíço.O rico sobe na vida feito estrangeiro, e o pobre só sobe no elevador de serviço.(E você aí fingindo que não tem nada com isso?)
O Brasil tem um povo gigante por natureza que ainda não percebe o tamanho dessa grandeza.Sempre solidário no azar ou na sorte, um povo generoso, criativo e risonho.Poderoso, e tem um coração batendo forte que põe fé no futuro do mesmo jeito que eu ponho.E vai ter que ser independência ou morte. Um por todos, e todos por um sonho.É pra rir ou pra chorar?
É pra ir ou pra voltar?Pra seguir ou pra parar?Pra cair ou levantar?É pra rir ou pra chorar?Pra sair ou pra ficar?Pra ouvi ou pra falar?Pra dormir ou pra sonhar?É pra ver ou pra mostrar?Aplaudir ou protestar?Construir ou derrubar?Repetir ou transformar?É pra rir ou pra chorar?Pra se unir ou separar?Agredir ou agradar?Pra torcer ou pra jogar?Pra fazer ou pra comprar?Pra vender ou pra alugar?Pra jogar pra perder ou pra ganhar?Dividir ou endividar?Dividir ou individualizar?É pra rir ou pra chorar?!