Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A GLOBALIZAÇÃO

A globalização é um dos aspectos mais discutidos e polêmicos da nova ordem internacional. O que vem a ser, então, essa tal globalização?
O atual processo de globalização nada mais é do que a mais recente fase da expansão capitalista. Pode e afirmar que a globalização ora em curso está para o atual período científico-tecnológico do capitalismo orno o colonialismo esteve para a sua etapa comercial u o imperialismo para o final da fase industrial e início da financeira. Ou seja, trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, os lucros, que é o que de fato move os capitais, produtivos ou especulativos, na arena do mercado. Só que agora essa expansão - e esse é o dado novo - pode dispensar a invasão de tropas, a ocupação territorial, pode abrir mão, enfim, da guerra. Tanto é que praticamente todas as guerras atuais têm um fundo mais nacionalista do que econômico. Agora a invasão é muito mais silenciosa, sutil e eficaz. Trata-se de uma invasão high- de mercadorias, capitais e serviços, informações e pessoas. A farda agora é o terno e a gravata, pelo menos para os novos "executivos generais". As novas armas são a agilidade e a eficiência das comunicações e do controle de dados e informações, obtidos através de satélites de comunicação; da informática (PCs, laptops, supercomputadores); dos telefones fixos e móveis; dos aparelhos de fac-símile - os fax - ou dos boeings e airbus; dos supernavios e petroleiros e graneleiros e dos trens de alta velocidade.
Mas o que atrai essas empresas para fora dos limites de seus países de origem? Por que a GM, a Exxon, a GE, a IBM e a Dupont atuam fora dos Estados Unidos? Ou a Volkswagen, a Daimler-Benz, a Bayer e a Siemens fora da Alemanha? Ou ainda a Philips (Países Baixos), a Volvo (Suécia), a Nestlé (Suíça), a Renault (França), a British Petroleum (Reino Unido) e, mais recentemente, as japonesas Mitsubishi, Sony, Matsushita e Hitachi, só para ficar em alguns exemplos, expandem-se para fora do território de seu país de origem? A resposta é uma só: a busca de melhores negócios, de maior rentabilidade para o capital, de maior lucratividade, enfim. E isso, fundamentalmente, que explica o fato de alguns países subdesenvolvidos terem se industrializado nesse período.
Essas marcas são vistas em qualquer grande metrópole do mundo e também em muitas cidades médias e pequenas. São as marcas da mundialização do capital.
E o que permite altos lucros em muitos desses países? Basicamente, os seguintes fatores: mão-de-obra abundante, politicamente desmobilizada e, portanto, barata: disponibilidade de fontes de energia e matérias-primas a baixo custo: mercado interno em crescimento: facilidades de exportação e de remessa de lucros para as sedes dessas empresas no exterior, incentivos fiscais e subsídios governamentais, mais recentemente, ausência de legislação de proteção ao meio ambiente ou, na sua existência; possibilidades de burlá-la.
No imediato pós-guerra, esses fatores, com destaque para a mão-de-obra barata, constituíam vantagens comparativas importantíssimas para a alocação dos investimentos no exterior. Essas vantagens, evidentemente, não eram encontradas em todos os países, nem mesmo todas juntas num único.

OS PAÍSES DESENVOLVIDOS E SUBDESENVOLVIDOS

OS PAÍSES DESENVOLVIDOS
As principais características dos países chamados desenvolvidos são:
• Agricultura intensiva, isto é, moderna e racional, com o emprego de máquinas, técnica eficiente de produção e mão-de-obra qualificada. Como conseqüência, uma pequena parcela da população empregada na agricultura consegue elevada produtividade, geralmente capaz de sustentar a população de todo o país. 
• Nível científico e tecnológico elevado, responsável por um constante aperfeiçoamento das atividades humanas. 
• Meios de transporte e comunicação modernos e eficientes. 
• Predomínio da população urbana sobre a população rural. 
• Baixo crescimento natural da população. 
• Elevado nível de vida da população, característica expressa através de:
- baixas taxas de mortalidade infantil;
- alta expectativa de vida, ou seja, elevada duração média de vida;
- reduzido número de analfabetos;
- boas condições de alimentação e habitação.
Mas há significativas diferenças entre os países desenvolvidos. Alguns atingiram um elevado nível de desenvolvimento tecnológico e comandam as principais empresas mundiais. É o caso dos Estados Unidos, da Alemanha, do Japão e da França. Outros, como Espanha, Portugal, Grécia e Austrália, apresentam ainda parte significativa de sua economia assentada no setor agropecuário, possuem menor grau de desenvolvimento tecnológico e, portanto, exercem menos influência sobre a economia internacional.

OS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS
Os países subdesenvolvidos apresentam duas características essenciais: Grandes desigualdades sociais, que se expressam pela existência de uma minoria - rica ou muito rica, enquanto a maioria da população é pobre ou muito pobre.
Dependência econômica em relação a países desenvolvidos, característica que se manifesta, sobretudo através de:
- Considerável dívida externa para com os governos e principalmente bancos estrangeiros;
- forte influência de empresas estrangeiras, chamadas multinacionais ou transnacionais, que controlam grande parte das atividades econômicas dos países subdesenvolvidos.
Os países subdesenvolvidos possuem ainda outras características, quase sempre ligadas às duas principais. São elas:
Grande população trabalhando na agricultura, mas com baixa produtividade, devido à falta de técnicas e meios modernos de produção (agricultura extensiva).
Baixo nível de conhecimento científico e tecnológico. Sistemas de transporte insuficientes. Elevado crescimento natural da população. Cidades com crescimento muito rápido e cercadas por bairros pobres e miseráveis.
Grandes diferenças entre uma região e outra, como, por exemplo, entre o Sudeste e o Nordeste do Brasil.
Baixo nível de vida da maior parte da população, característica expressa por:
- alta taxa de mortalidade infantil; más condições alimentares, que trazem como conseqüência baixa capacidade para o trabalho e grande facilidade em contrair doenças;
- baixa expectativa de vida da população;
- elevado proporção de analfabetos. Existem diferenças entre os países subdesenvolvidos. Alguns chegam a ter certas características dos países desenvolvidos, como agricultura intensiva e predomínio da população urbana sobre a rural. É o caso, por exemplo, do Brasil, da Argentina e do México. Mas todos apresentam algumas semelhanças fundamentais, como a dependência em relação a países desenvolvidos e a grande concentração de renda. Esta é responsável pela situação de pobreza e miséria em que vive grande parte da população.

NOVA ORDEM OU NOVA DESORDEM?

Muitos têm alardeado que a nova ordem mundial é a vitória do capitalismo e da democracia. Em 1989, Francis Fukuyama, filósofo e ideólogo do Departamento de Estado dos Estados Unidos, escreveu um ensaio, transformado no livro O fim da história e o último homem, decretando o fim da história. Argumentava que a vitória do modelo político e econômico norte-americano tornaria tal modelo dominante, não havendo, portanto, mais conflitos. Que houve uma vitória dos Estados Unidos sobre a União Soviética, numa disputa de Estados rivais com sistemas político-econômicos diferentes parece não restar dúvidas. Mas mesmo os vencedores apresentam atualmente uma série de problemas econômicos (elevado déficit público, crônico déficit comercial e elevado endividamento interno e externo), que em parte se devem à corrida armamentista.
Assim, os aspectos sócio-econômicos são uma das formas utilizadas atualmente para a regionalização do planeta, embora seja uma maneira bastante genérica e muitas vezes simplificadora. Por ela, divide-se o mundo em países desenvolvidos, designados como países do Norte, e subdesenvolvidos, ou do Sul. A fronteira entre esses dois mundos, obviamente, não é o Equador, pois essa designação não tem caráter estritamente geográfico. Na América, a linha divisória é a fronteira Estados Unidos-México; a Europa é separada da África pelo Mediterrâneo; na Ásia, o Japão é o país mais desenvolvido, porém os Tigres Asiáticos são economias emergentes; e, na Oceania, a Austrália e a Nova Zelândia se incluem no clube dos ricos.
A oposição Norte rico ou desenvolvido e Sul pobre ou subdesenvolvido são bastante esquemáticos. E os países do Leste Europeu, como classificá-los? Mantêm-se no Norte " ou estão caminhando para o "Sul"? Além disso, cada vez mais o "Sul" aparece dentro do próprio "Norte", em conseqüência do aprofundamento das desigualdades sociais e do aumento da imigração estrangeira.

COLAPSO DO SOCIALISMO

A URSS, ao manter um conjunto de países à sua órbita e juntá-los num bloco comum, estabeleceu as bases de defesa do mundo socialista (por meio do Pacto de Varsóvia) e definiu os princípios das relações econômicas. Conseguiu prolongar o ciclo de crescimento econômico que já se mostrava vigoroso desde a década de 30. Em 1949 foi criado, sob a liderança soviética, o Comecom (Conselho de Assistência Econômica Mútua), que definiu as regras do comércio internacional no conjunto dos países socialistas. Boa parte das decisões no interior desse organismo, como preço e cotas das mercadorias comercializadas, privilegiou a URSS.
A influência que os soviéticos conquistaram no Leste europeu ampliou suas possibilidades de crescimento. A garantia de defesa, fornecida aos governos que se alinharam em torno de URSS, teve o seu custo monetário, cujos valores eram destinados à manutenção das tropas soviéticas e ao desenvolvimento da indústria de armamentos, vital no tempo da Guerra Fria. Nesse contexto, a indústria de base fundamental à produção de armas, manteve-se norteadora do modelo industrial, como sempre o fora, desde o primeiro plano implantado em 1928.
No entanto, no final da década de 60, os automóveis, os eletroeletrônicos, os computadores e outros bens de consumo duráveis, além de máquinas e equipamentos industriais tecnologicamente avançados, passaram a serem os setores mais importantes na produção industrial e no comércio internacional.
O modelo unilateral do industrialismo soviético, apoiado pelo tripé: indústrias de base, de armas e aeroespacial, não acompanhou o mesmo ritmo de desenvolvimento tecnológico de outros setores nos países de economia capitalista avançada. É evidente que o avanço tecnológico das indústrias aeroespacial e bélica foi significativo-, porém não colocava produtos nas prateleiras para a população. A URSS vivia um paradoxo de lançar no espaço o primeiro satélite artificial (Sputinik), fabricar satélites espiões, fabricar mísseis de alta precisão, ao mesmo tempo em que não desenvolvia uma indústria automobilística com tecnologia própria, não fabricava uma
televisão com uma boa sintonia de canais e até mesmo uma simples enceradeira que funcionasse perfeitamente.
O modelo de economia estatal e planificada apresentava limitações na sua própria essência. O socialismo, ao transferir todos os meios de produção para a gerência do Estado, não estimulou o desenvolvimento técnico dos setores que considerava secundários. O Estado definia no plano o que seria produzido pelas empresas, quais comprariam o produto e em que quantidade, e estabelecia o preço. Obrigadas a cumprir as metas de produção e de produtividade traçadas pelos planejadores estatais, as empresas compravam de um único fornecedor as mercadorias ou matérias-primas, independente de sua qualidade. Na agricultura, tratores e máquinas agrícolas que não raramente saiam das fábricas com problemas de funcionamento tinham de ser desmontados e consertados pelos próprios agricultores.
O planejamento estatal não promoveu a melhoria de qualidade dos produtos que não considerava estratégicos e muitos dos produtos, cuja produção era por ele determinada, não atendiam às necessidades da população. O plano, ao se autodesignar ciência. viu-se totalmente deslocado dos problemas e das ansiedades da sociedade real. Calculava-se tudo, da quantidade de carros funerários e sepulturas ao número de romances que poderiam ser produzidos.
Em alguns momentos, os próprios planejadores descobriram que a "racionalidade" resultava em total desperdício. Descobriu-se, por exemplo, que cargas inteiras de trem viajavam milhares de quilômetros inutilmente, apenas porque o plano estabelecia, às ferrovias, as quantidades de mercadorias que deveriam ser transportadas e a quilometragem do deslocamento.
A ilusão da cientificidade do plano gerou uma economia confusa. O planejamento que deveria ser colocado em prática, em beneficio do plano.
MUDANÇAS NO LESTE EUROPEU
A partir de 1985, o governo Gorbatchev promoveu uma alteração radical na estrutura da sociedade soviética. Implantou a perestroika, uma reformulação da economia que tinha como princípio a reorganização de todo o sistema de produção e de propriedade, além da introdução de mecanismos de mercado. Para vencer a resistência da cúpula do Partido Comunista, as reformas dependiam de um amplo apoio popular que as legitimasse. Para tanto, foi imprescindível a implantação da glasnost, conjunto de reformas democráticas que permitiram a liberdade de expressão e de manifestação contida por mais de um século pelo regime socialista e pela ditadura czarista que o antecedeu. A política de austeridade e de redução dos gastos públicos fez com que Gorbatchev promovesse junto ao governo dos Estados Unidos, uma série de acordos de desarmamento, com o objetivo de frear a corrida armamentista.
Os efeitos das transformações na URSS, no final da década de 80, atingiram todo o Leste europeu, provocando a queda dos governos socialista, a democratização das instituições e o estabelecimento de eleições livres e diretas. Envolvido com os problemas internos da sociedade soviética, com a necessidade implantação de uma política dirigida a transformações radicais, e lutando com a oposição da ala mais conservadora do Partido Comunista, Gorbatchev sinalizou que a URSS não mais interferiria na política do Leste europeu e entregou à região a resolução de seu próprio destino.
O desmoronamento da economia socialista teve efeitos profundos no mapa da Europa. Em 1989 a Hungria retirou a cerca de arame farpado que havia em sua fronteira com a Áustria. Os húngaros deram os passos iniciais, no Leste europeu, em direção à privatização e à economia de mercado.
AS NOVAS FRONTEIRAS
O ano de 1991 marcou o fim da URSS. As 15 repúblicas socialistas que a constituíam transformaram-se em 15 nações independentes. Doze delas associaram-se a uma entidade supranacional mais ampla, a CEI (Comunidade dos Estados Independentes) cujo limite de atuação e de integração entre os países, até hoje, não ficou bem definido. Letônia, Estônia e Lituânia reconquistaram sua independência e não aderiram à CEI. Com o desmembramento da Tcheco-eslováquia, surgiram a República Tcheca e a Eslováquia.
A Iugoslávia foi totalmente esfacelada e a situação dos novos países ainda está indefinida. Formada por várias nacionalidades e culturas distintas, a região da península Balcânica sempre foi objeto de disputas. A sua ocupação pelo Império Turco-otomano no foral do século XV foi contestada pela Áustria e por Veneza. No final do século XIX, a maior parte do território iugoslavo caiu sob o Império Austro-húngaro ,Bósnia-Herzegovina, Voivodina, Eslovênia e Croácia), enquanto a Sérvia e Montenegro conquistaram autonomia com a expulsão dos turcos da península Balcânica. No início do século XX, a Sérvia incorporou ao seu território duas outras províncias balcânicas Kosovo e Macedônia.
A NOVA ORDEM MUNDIAL
Desde a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989, um dos assuntos mais discutidos, na imprensa e nos círculos acadêmicos, é a emergência 3e uma nova ordem mundial. O que acontece nessa tão Falada nova ordem? Quando ela se definiu e o que traz realmente de novo?
A nova ordem internacional apresenta basicamente duas facetas, uma geopolítica e outra econômica. Na geopolítica e outra econômica. Na geopolítica, a grande mudança foi o fim da Guerra Fria e, conseqüentemente, da bipolarização de poder entre is duas superpotências, Estados Unidos e União Soviética e dos blocos militares rivais por elas comandados. Com isso, abriu-se espaço para um mundo multipolar onde as potências se impõem mais por seu poder econômico do que bélico. Na economia, grande fato ovo é o aprofundamento do processo de globalização e a formação de blocos econômicos supranacionais.
A NOVA ORDEM MULTIPOLAR
Durante a Guerra Fria, num mundo bipolar, o poder estava assentado na capacidade militar das duas superpotências. Hoje, no mundo multipolar pós-Guerra Fria, o poder é medido pela capacidade econômica: disponibilidade de capitais, avanço tecnológico, qualificação da mão-de-obra, nível de produtividade e Índices de competitividade. Esses são os novos padrões de poder e influência no mundo, que explicam à emergência do Japão e da Alemanha (principalmente após a reunificação) a posição de grandes potências e, to mesmo tempo a decadência da Rússia. Embora seja i herdeira principal do poderoso arsenal nuclear soviético, o parque industrial russo é, em geral, obsoleto e pouco produtivo, e o país encontra-se mergulhado em profunda crise social, política e econômica.
A China tem luz própria: possui a maior população do planeta e, portanto, um gigantesco mercado consumidor potencial, além de numerosa mão-de-obra, muito barata, oferece facilidades para atração de capitais estrangeiros. Por isso é a economia que mais cresce no mundo atualmente, mas também enfrenta sérios problemas internos particularmente no plano político.
Assim, de longe, os países mais poderosos do mundo hoje são os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha - a Tríade -, em torno dos quais vários outros países ainda devem orbitar por muito tempo.
Outro importante aspecto da nova ordem mundial é o aprofundamento da tendência de globalização em suas várias facetas tanto em âmbito mundial quanto regional, com o fortalecimento dos blocos econômicos supranacionais.

GUERRA FRIA

INÍCIO DA GUERRA FRIA
Até então, porém, o confronto direto entre os aliados não havia se estabelecido. Isso aconteceria em 1947, com o surgimento da Doutrina Truman e do Plano Marshall, que colocariam em foco, no cenário mundial, apenas os atores americano e soviético.
É bom lembrar que a França tinha ficado profundamente abalada como a ocupação que sofrera por parte dos nazistas durante a guerra. Já o governo inglês estava muito mais preocupado em realizar reformas internas de caráter social e reconstruir a economia arrasada com a guerra do que controlar os rumos da política mundial.
A doutrina formulada pelo presidente norte americano Harry Truman traduziu-se pela política de contenção. Segundo essa orientação, a União Soviética era um grande inimigo que deveria ser combatido pela vigilância e pela força, se fosse necessário. Os soviéticos representavam a ditadura e a opressão, ao contrário dos americanos, que personificavam a democracia. Assim, caberia a Washington a defesa da liberdade mundial, pelo menos mundo ocidental.
O resultado direto e mais imediato da contenção foi a elaboração do Plano Marshall, destinado a dar apoio financeiro à reconstrução da Europa. Afinal, falidos, os Estados europeus não poderiam ser nenhum modelo de capitalismo. Além disso, a ajuda econômica consolidaria, de forma definitiva, a influência americana em território europeu.
Em princípio, o plano abrangia todo o continente, incluindo a própria União Soviética, mas o governo soviético, prevendo as conseqüências econômicas e geopolíticas da "ajuda" americana, retirou-se da programação.
AS FASES DA GUERRA FRIA
Desde o início da guerra fria houve várias fases de confronto entre as duas superpotências. Em geral, porém, podemos resumi-las em dois períodos: de 1948 a 1953 e de 1953 a 1989.
1498-1953 Constituiu a fase de maior tensão, marcada basicamente pelos seguintes episódios:
• Divisão da Alemanha (1949) em República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), pró União Soviética, e República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental), pró-Estados Unidos. • Revolução Chinesa (1949), comandada por Mao Tse-tung, e adesão da China ao bloco soviético. • Divisão da Coréia entre as duas superpotências, em 1945 (o Norte pró-União Soviética e o Sul pró-Estados Unidos), que acabou levando a uma guerra nesse país entre 1950 e 1953. Diante da intenção das tropas do Norte de unificar a Coréia sob um regime socialista, os Estados Unidos participaram diretamente do conflito armado, ao lado das tropas do Sul em defesa do sistema capitalista.
1953-1989. Fase de coexistência pacífica que teve início com o acordo entre as duas superpotências para, com a intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU), colocar fim à Guerra da Coréia. O confronto militar não teve vencedor, e a disputa política terminou empatada, pois o país foi dividido entre o Norte, socialista, e o Sul, capitalista. A partir de então, as duas superpotências passaram a adotar uma política de entendimento na solução dos conflitos que vez por outra ocorreram. O afrouxamento da tensão, simbolizado pelo empate na Coréia, ficou conhecido como tente (distensão). Esse período foi marcado por algumas características que servem para definir a guerra fria:
Toda a política mundial ficou regida pela bipolaridade, o que não abria espaço, de nenhum dos lados, para o aparecimento de um terceiro centro de poder.
A manutenção feroz da bipolaridade criou uma espécie de cumplicidade entre as duas superpotências, que praticamente "congelaram" as disputas internacionais pelo medo de uma intervenção militar e de uma guerra nuclear mundial.
Como resultado dessa política, a corrida armamentista foi o principal aspecto do período, que subordinou a economia dos dois países ao militarismo.
Ao longo dessa fase os episódios de maior destaque foram: Formação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança político-militar que uniu os países europeus e os Estados Unidos (1949).
Formação do Pacto de Varsóvia, a organização militar do Leste europeu e da União Soviética (1955). Construção do muro de Berlim (1961), que dividiu a cidade em dois lados: o capitalista, a oeste, e o socialista, a leste.
Guerra do Vietnã (1960-1973), durante a qual as tropas americanas combateram os guerrilheiros do Vietnã do Sul e o exército do Vietnã do Norte, empenhados em unificar o país sob o controle do governo socialista de Ho Chi Minh. Os Estados Unidos foram derrotados, e o Vietnã foi unificado sob-regime socialista.
Intervenção militar soviética no Afeganistão (1979-1989), sob a alegação de impedir o acirramento da crise política do país. O objetivo era permitir a existência de um governo pró-soviético, mas o governo não conseguiu, mesmo com a ajuda da União Soviética, vencer a resistência dos guerrilheiros.
FIM DE-UMA ERA
Pela análise dos principais conflitos que opuseram as duas superpotências, pode-se perceber que a política de contenção era praticada por ambos os lados. Essa estratégia, no entanto, começou a apresentar sinais de desgaste.
A IDEOLOGIA DA GUERRA FRIA
O mundo bipolar possuía também uma ideologia, que consistia na supervalorização da oposição entre capitalismo e socialismo ou comunismo. É como se não houvesse outras opções ou vias, mas somente duas - uma simbolizada pelos Estados Unidos e a outra pela União Soviética. Como se o século XX pudesse ser interpretado como um momento de luta ou oposição entre esses dois sistemas sócio-econômicos ou "modos de produção ".
Essa ideologia, felizmente, já se encontra superada. Podemos até encontrá-la ainda, sob diversas roupagens, em inúmeras obras ou setores dogmáticos: mas, ao que tudo indica, essa interpretação simplificadora não faz mais adeptos, pois não tem base de sustentação na realidade empírica.
Do lado dos que defendiam o modo de vida norte-americano ou o capitalismo já não há mais o "inimigo", o "outro lado" a ser combatido. O que surgiu com clareza nos anos 90 é o fato de que a noção de "capitalismo" não explica tudo que esse sistema socioeconômico existe tanto na Suécia como na índia, tanto no Japão como no Brasil, realidades extremamente diferenciadas. Percebe-se que capitalismo não se identifica com o modo de vida norte-americano, que constituiu somente uma via possível dentro desse sistema contraditório e complexo, que muda constantemente.
Se assim a importância das lutas sociais, das culturas ou civilizações, das especificidades nacionais e até regionais. O importante passa a ser o entendimento do processo específico pelo qual o capitalismo se desenvolve numa dada realidade - seja no Japão, seja no Brasil, com todas as suas diferenças - e não somente uma generalização baseada na ideia de "capitalismo".
E do lado dos que defendiam o "modelo soviético"(mesmo que tivessem em Cuba ou na Albânia o seu grande exemplo), já não há mais um "paraíso idílico" a ser apontado como ideal a ser seguido. A economia planificada e o partido político de inspiração leninista (o partido que se pretende único, guardião dos dogmas marxista-leninistas, extremamente centralizado e burocratizado, mas que afirma representar os trabalhadores) fracassaram em todas as partes onde vigoraram. Já não adianta mais dizer que foram "desvio" ou "traições" devidas a um líder - seja Stalin, ou seja, outro qualquer - , pois não se tratou de um fracasso único e localizado e sim geral, repetido em todas as sociedades - e foram inúmeras - em que os ideais do leninismo foram implementados. Tanto na ex-URSS como na China, tanto em Cuba como na Albânia ou na
ex-Iugoslávia, o resultado do socialismo real sempre foi o monopólio do poder por um partido que se burocratiza progressivamente, o asfixiamento da sociedade por um Estado policial que tudo quer controlar e prever.
Nessas condições, há uma redescoberta da complexidade do mundo. A questão das diferentes civilizações e seus modos de organização distintos
Vide a importância do islamismo no Oriente Médio e em particular no mundo árabe, por exemplo, ou o peso do hinduísmo na índia e do confucionismo na China passa a ser novamente valorizada. Os projetos políticos, que muitas vezes redefinem as condições econômicas - como no caso da unificação européia, por exemplo - , também são revalorizados. Enfim, se a pluralidade de caminhos ou opções que existem ou podem ser criados.
O dogmatismo do "caminho único" (seja o socialismo ou o capitalismo) está em baixa e a riqueza cultural da pluralidade e da diversidade ganha espaço nas teorias e explicações do mundo. No lugar da forma de pensar bipolar e maniqueísta (o bem contra o mal), temos agora uma crescente mentalidade pluralista e que admite múltiplos caminhos ou possibilidades. Até é um erro tentar entender a nova ordem a partir da ideia de que "o capitalismo venceu e o socialismo foi derrotado", assim como é ridículo ficar insistindo que "o socialismo vai renascer". Essas duas .formas de pensar são na verdade duas faces de uma única moda, aquela do dogmatismo e da visão bipolar. O que temos que perceber é que a realidade ultrapassou essa opção bipolar e simplificadora, na qual só se concebem duas alternativas para o futuro. O futuro ficou mais rico e mais aberto, indefinido em vários aspectos, com múltiplas possibilidades. a nova ordem mundial implica também uma nova forma de entender a realidade, de pensar a humanidade e seu futuro.

SISTEMA SOCIALISTA

A concepção de uma sociedade socialista, na qual os interesses sociais prevalecessem sobre os interesses individuais e houvesse igualdade entre as pessoas, começou a se desenvolver no século XVII e definiu-se melhor no século XIX. Concretamente, só no início do século XX foram instalados governos socialistas, primeiramente na União Soviética e mais tarde em outros países, em especial no leste da Europa.
O principal objetivo do socialismo é construir uma sociedade com o mínimo de desigualdades. Para conseguir isso, o socialismo tem como princípio básico a propriedade coletiva dos meios de produção, pelo menos dos mais importantes, como as terras, as fábricas, os bancos. Além disso, o sistema não admite que uns se apropriem dos frutos do trabalho de outros para fins de enriquecimento. A riqueza, portanto, incluindo suas fontes, deve pertencer a toda a sociedade.
Como a prática nem sempre corresponde à teoria, o socialismo real, instituído na União soviética e no Leste europeu, desviou-se do seu objetivo maior: a construção coletiva de uma sociedade de homens livres e iguais.
O governo, intitulando-se representante da sociedade, assumiu o controle de tudo. Não apenas as terras, as fábricas e os bancos, mas até as pequenas lojas, as oficinas mecânicas, as quitandas, as padarias, as farmácias, tudo era propriedade do Estado. Havendo um único e grande patrão, os trabalhadores passaram a ser empregados do governo, recebendo salário por seu trabalho.
Como senhor absoluto das decisões nacionais, o governo planejava e dirigia a economia, tendo em vista os interesses e objetivos que ele próprio estabelecia como sendo de toda a sociedade. Agindo assim, esta negando o direito de as pessoas expressarem o que realmente desejavam para si e para seu país.
Para executar suas numerosas funções, o Estado foi aos poucos criando um imenso quadro de funcionários, nem sempre necessário ao bom desempenho das atividades governamentais. Surgiu assim uma enorme burocracia, responsável pelo consumo de boa parte dos recursos nacionais. Esses recursos seriam mais bem aproveitados se fossem destinados a obras e serviços em beneficio da população.
Além disso, os dirigentes dos órgãos do governo obtiveram vantagens que a maioria da população não possuía, coo altos salários, residências confortáveis, automóveis, c Desse modo, constituíram um segmento social que se assemelhava à classe alta dos países capitalista.
Apesar dos desvios sofridos pelo socialismo, a União Soviética e os países do leste da Europa passaram a apresentar indicadores econômicos típicos dos países desenvolvidos. E isso graças sobretudo à planificação econômica introduzida pelo novo sistema. O plano regulava o que, onde, como e quanto produzir, bem como a forma de distribuir a produção. O governo aplicava os lucros da produção em obras para desenvolver a economia, corrigir as diferenças regionais e prestar serviços, como assistência médica e educação, que eram gratuitas,
foi assim que tais países tiveram um grande crescimento econômico, um considerável avanço de ciência e da tecnologia, uma melhoria substancial dos transportes e das comunicações.
TEMPO DE REFORMAS
No caso da União Soviética, a falta de liberdade e o exagerado poder do governo criaram problemas muito sérios, que foram se agravando com o tempo. A situação econômica dos países socialistas tornou-se muito difícil. Faltavam produtos, obrigando as pessoas a enfrentar horas de fila para comprar coisas simples, como papel higiênico ou pão. Além de escassos, os produtos eram de má qualidade, antiquados, e os equipamentos funcionavam mal. Havia muita corrupção e muitos privilégios entre altos funcionários.
Além da redefinição das fronteiras da União Soviética, decidiu-se que as tropas do país seriam substituídas por governos socialistas em todo o Leste europeu: Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária, Iugoslávia e Albânia. Surgiu, então, a primeira e mais importante área de controle geopolítico soviético de todo o período da guerra fria.

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO

O capitalismo, como sistema econômico e social, passou a ser dominante no mundo ocidental a partir do século XVI. A transição do feudalismo para o capitalismo, porém, ocorreu de forma bastante desigual no tempo e no espaço: foi mais rápida na porção ocidental da Europa e muito mais lenta na porção central e na oriental. O Reino Unido foi, por várias razões o país no qual a transição foi mais acelerada.
O capitalismo evoluiu gradativamente e foi se transformando à medida que novas dificuldades surgiam. O sistema capitalista sempre apresentou ao longo de sua história, grande dinamismo. Isso se explica devido ao seu profundo enraizamento histórico e cultural, pois sua origem é muito antiga (final da Idade Média) e sua evolução histórica foi muito lenta, particularmente na Europa Ocidental e na América Anglo-saxônica. Gradativamente, ele foi se sobrepondo a outras formas de produção.
Didaticamente, considerando seu processo de desenvolvimento costuma-se dividir o capitalismo em três fases.
CARACTERÍSTICAS DO CAPITALISMO
Apesar dês profundas diferenças existentes entre os países capitalistas, algumas características básicas são comuns a todos eles, pois fazem parte do molde do sistema capitalista:
• Estrutura de propriedade - predomina a propriedade privada, pois a maioria dos meios necessários para a produção, tais como fábricas, terras, máquinas, usinas, portos, ferrovias, minas, c pertence a agentes econômicos privados. No entanto, em muitos países, o Estado também é dono de muitos meios de produção. Atua como capitalista através- de empresas estatais, principalmente em setores básicos e de infraestrutura.
Objetivo - os agentes econômicos, privados ou estatais, buscam incessantemente a reprodução do capital, ou seja, a constante obtenção de lucros. A diferença fundamental é que uma empresa privada que opera no vermelho pode ir à falência, ao passo que uma estatal normalmente recebe subsídios governamentais ( ou seja, recursos dos contribuintes) para manter-se.
Mecanismo de funcionamento da economia - os agentes econômicos (indivíduos ou empresas, instituições públicas ou privadas) fazem seus investimentos guiando-se pela lógica do mercado, ou seja, com base na lei da oferta e da procura*. Investem sempre com o objetivo de obter a maior rentabilidade possível, daí a concorrência se estabelecer em todos os setores. No entanto, há também muitas outras áreas monopolizadas, oligopolizadas, caracterizadas, nas quais, na prática, não há concorrência. O Estado, muitas vezes, intervém numa economia oligopolizada como agente planejador ou simplesmente como agente econômico. Esse processo, generalizado entre os países capitalista, varia apenas quanto ao grau da intervenção.
Relação de trabalho - predomina o trabalho assalariado. No entanto, ao lado dessa relação tipicamente capitalista convivem relações não capitalistas de trabalho, principalmente em regiões subdesenvolvidas e rurais: parcerias, arrendamentos e, em regiões mais remotas, até relações ilegais, como a escravidão e o trabalho forçado por dívida.
Meios de troca e instrumentos de crédito - o dinheiro (moeda metálica ou papel-moeda) é o principal meio de troca; surgiu no século VII a.C., como resultado da descoberta de técnicas de fundo em dinheiro depositado num banco. Com os avanços na eletrônica e nas telecomunicações, surgiu o cartão bancário, um "dinheiro virtual" que permite fazer pagamentos sem a intermediação de cheques ou dinheiro real. Mais recentemente, tornou-se possível movimentar fundo através de redes de computadores. Há ainda instrumentos de crédito que facilitam as trocas, como os cartões de crédito e as duplicatas.
Relação social - há uma divisão de classes no interior da sociedade capitalista, com uma concentração de renda nos setores ou classes detentores do capital. Portanto, o capitalismo é marcado por desigualdades sociais, mais acentuadas nos países subdesenvolvidos. Ultimamente, porém, a distância entre ricos e pobres tem aumentado também nos países desenvolvidos.
CAPITALISMO COMERCIAL
Essa etapa do capitalismo estendeu-se desde fins do século XV até o século XVIII. foi marcada pela expansão marítima das potências da Europa Ocidental na época (Portugal e Espanha), em busca de uma nova rota para as Índias, objetivando romper a hegemonia italiana no comércio com o Oriente via Mediterrâneo. foi o período das Grandes Navegações e descobrimentos, das conquistas territoriais, e também da escravização e genocídio de milhões de nativos da América e da África. Veja, no mapa, as principais expedições marítimas realizadas nessa época.
CAPITALISMO INDUSTRIAL
O capitalismo industrial foi marcado por grandes transformações econômicas, sociais, políticas e culturais. As maiores mudanças resultaram do que se convencionou chamar Revolução Industrial ( estamos nos referindo aqui à Primeira Revolução Industrial, ocorrida no Reino Unido na segunda metade do século XVIII). Um de seus aspectos mais importantes foi a enorme potencializarão da capacidade de transformação da natureza, por meio da utilização cada vez mais disseminada de máquinas movidas a vapor, produzido pela queima de carvão, tornando acessível aos consumidores uma quantidade cada vez maior de produtos, o que multiplicava os lucros dos produtores.
CAPITALISMO FINANCEIRO
Uma das conseqüências mais importantes do crescimento acelerado da economia capitalista foi o brutal processo de concentração e centralização de capitais. Várias empresas surgiram e cresceram rapidamente: indústrias, bancos, corretoras de valores, casas comerciais, c A acirrada concorrência favoreceu as grandes empresas, levando a fusões e incorporações que resultaram, a partir de fins do século XIX, na monopolização ou oligopolização de muitos setores da economia.
O capitalismo entrava, desse modo, em sua fase financeira e monopolista. É consenso marcar como 0 início dessa nova etapa da evolução capitalista a virada do século XIX para o século XX, coincidindo com o período da expansão imperialista (1875-1914). No entanto, a consolidação só ocorreu efetivamente após a Primeira Guerra Mundial, quando as empresas tornaram-se muito mais poderosas e influentes, acentuando a internacionalização dos capitais.

A ORDEM MUNDIAL BIPOLAR

A ordem internacional bipolar durou cerca de 45 anos, desde o final da Segunda Guerra Mundial até por volta de 1989-91. (Podemos tomar o ano de 1989 como marcos se enfatizar as mudanças no Leste europeu e particularmente a queda do Muro de Berlim, uma espécie de símbolo da "cortina de ferro" que separava as duas Europas e os dois "blocos", o capitalista e o socialista. E podemos tomar 1991 como marcos se considerarmos que no final desse ano houve a dissolução da URSS, a grande potência que dava coesão, além de servir de exemplo ou modelo, para os demais países do mundo socialista.) Essa ordem bipolar tinha como traço marcante e essencial a forte oposição entre o Leste e o Oeste, isto - é, entre o "socialismo real" e o capitalismo, considerados dois modelos societários alternativos e até antagônicos. Duas superpotências, com enorme poderio econômico e principalmente político-militar, comandavam cada um desses campos ou "blocos": os Estados Unidos, no mundo ocidental ou capitalista, e a União Soviética, no mundo dito socialista ou comunista.
O chamado mundo socialista iniciou-se em 1917, com a Revolução Russa, quando pela primeira vez desde que o capitalismo tornou-se dominante no planeta surgiu uma nova forma de organização social alternativa a ele. Depois que a Rússia, em 1922, anexou novos territórios e passou a se denominar União Soviética, durante quase oito décadas, isto é, grande parte do nosso século - exatamente aquele período que alguns historiadores chamam de "o século XX curto (de 1914-17 até 1989-91)" -, seguiu-se uma expansão do socialismo real por diversos países do mundo e uma correspondente retração do espaço capitalista. E o capitalismo, como veremos, reagiu a isso, procurando de várias maneiras combaterem a chamada "ameaça comunista".
A Segunda guerra Mundial, encerrada em 1945, trouxe importantes alterações no equilíbrio entre as grandes potências. As potências européias, especialmente a Inglaterra, que dominavam o globo desde os séculos anteriores até os primórdios da XX, estavam arrasadas com o final da guerra. Havia ainda os seus impérios coloniais, mas estes logo se desmancharam, principalmente nos anos 50. Os Estados Unidos emergiram então como a nova potência capitalista hegemônica, com investimentos e interesses comerciais em todos os continentes.
As empresas multinacionais norte-americanas logo se espalharam por todo o imenso mundo capitalista ou de economias de mercado, inclusive para as áreas periféricas (que, em grande parte, em especial na África e na Ásia, deixavam então de ser colônias para se tornarem economias subdesenvolvidas; no caso da América Latina, cujas independências remontam ao século XIX, já havia antes da guerra uma crescente influência dos EUA, que rivalizava com a presença britânica). O "modelo de vida norte-americano", com seus filmes à Hollywood, com a Coca-Cola e o fast - com os jeans, com o automóvel como grande símbolo de individualismo e de status social, etc., acabou se tornando a realidade, ou pelo menos a aspiração, de todos os povos do chamado mundo ocidental ou capitalista.

População Mundial

1- População Mundial
As ciências relacionadas à saúde, á educação, à higiene e ao saneamento básico evoluíram muito, ao longo das últimas décadas, trazendo efeitos positivos e transformadores para a vida humana.
A dinâmica de crescimento populacional no mundo foi extremamente alterada, e os principais impactos resultantes das evoluções na medicina e no aceso à educação são a queda das fertilidades femininas, a redução da mortalidade infantil e o aumento da longevidade humana. É evidente que tais ocorrências apresentam variações de continente para continente, de país para país e de região para região.
Os últimos maiores efeitos desses fatores são a desaceleração do crescimento populacional e o aumento da expectativa de vida.
A ONU apresenta dados que mostram que o planeta alcançou 7,1 bilhões de habitantes no primeiro semestre de 2013.
O ritmo de crescimento cai significativamente e deve, na metade do século XXI, chegar a 0,3%, taxa bem inferior a atual de 1,1% ao ano.
A Terra terá mais de 9 bilhões de habitantes, por volta do ano de 2050.
A queda maior da natalidade é verificada na Europa, onde a população já representou no passado, 22% do total de habitantes do globo e, nos dias atuais, corresponde a apenas 10%.
A Ásia, com 4,2 bilhões de habitantes é o continente mais populoso. Os dois países China e Índia, possuem as impressionantes populações, respectivamente, de 1,4 bilhões e 1,25 bilhões de habitantes.
Os controles de natalidade, impostos por governos, como na China, espontâneos a partir de decisões de casais ou pessoais, contribuem para a positiva redução do crescimento populacional acelerado.
A Índia terá a maior população mundial nas duas próximas décadas ao ultrapassar o país dos chineses.
Os EUA, em razão da forte imigração, apresenta crescimento populacional ainda elevado, em torno de 0,9% ao ano, apesar da baixa natalidade.
As populações dos países mais ricos crescem a taxas anuais de 0,3%, enquanto nos países pobres e miseráveis oscilam as taxas de crescimento populacional, entre 1,5% a 2,5%, o que determina um grande aumento de populações com maiores necessidades e carências sociais, principalmente, na África pobre e marcada pela fome. Países  como Niger, Malawi, Uganda, todos da África, têm os mais elevados crescimentos demográficos e preocupam o mundo todo, em razão dos  efeitos negativos de tais índices, com alta mortalidade infantil, falta de escolas, hospitais, atendimento médico precário, doenças, subnutrição e desemprego.

2- Qualidade de Vida – IDH
O PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento criou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), para apurar e medir as variações no padrão de qualidade de vida das diferentes populações da Terra.
A educação, expectativa ou esperança de vida e renda são indicadores básicos para as conclusões a serem firmadas sobre a vida humana, como se desenvolvem em todo o planeta.
A educação e seus desdobramentos são considerados num somatório de dados, como a média de anos de escolaridade e as faixas etárias correspondentes. A longevidade considera estimativa de esperança de vida ao nascer da pessoa, resumindo as condições de moradia, acesso à saúde e salubridade ambiental.
A ONU, com base nos dados do IDH, classifica os países em quatro grupos: muito alto desenvolvimento, alto desenvolvimento, médio desenvolvimento e baixo desenvolvimento humano.
Os países africanos: Guiné-Bissau, Congo, Serra Leoa, República Centro-africana e Chade possuem as menores expectativas de vida, em torno de 50 anos, enquanto Mônaco, pequeno principado na área litorâneo do Mar Mediterrâneo francês, alcança esperança de vida de 88 anos para homens e 94 anos para as mulheres.
Embora tenha havido redução da pobreza, o abismo entre os muito ricos e a massa pobre aumentou, nos últimos anos.
A parcela populacional mundial, 1% mais rica tem renda superior equivalente a 58% à dos mais pobres. O Japão é o país menos desigual, onde os 10% mais ricos recebem renda 4,5 vezes superior à dos 10% mais pobres, enquanto nos EUA essa diferença é de 16 vezes.
No próprio continente africano encontramos muitas desigualdades,
Encontramos Países desenvolvidos/ricos como a Líbia, Maurícia e Seicheles, com qualidades de vida superiores a de muitos países da Europa. Países africanos com qualidades de vida e índices de desenvolvimento razoáveis como a África do Sul, Marrocos, Argélia, Tunísia, Cabo Verde e São Tomé e Países pobres como Ruanda (0.431) Guiné (0.425) Benin (0.421) Tanzânia (0.407) Costa do Marfim (0.399) Zâmbia (0.389) Malawi (0.388) Angola (0.381) Chade (0.379) República do Congo (0.365) África Central (0.361) Etiópia (0.359) Moçambique (0.354) Guiné Bissau (0.350) Burundi (0.339) Mali (0.326) Burkina Faso (0.302) Níger (0.292) Serra Leoa (0.273), na África o IDH na sua maior parte é médio: 0,650–0,699.

3- Os 20 Maiores Países do Mundo em Termos Populacionais.
Os 20 maiores países do mundo, em termos demográficos, tem apresentado variações ao longo do tempo. Em 1950, a China era o país mais populoso e possuía mais de 20% da população mundial. Em segundo lugar vinha à Índia, seguida pelos Estados Unidos (EUA), pela Rússia e o Japão em quinto lugar. O Brasil aparecia em oitavo lugar. Antes do maior país da América Latina havia a Alemanha e adiante vinham outros três países da Europa Ocidental: Inglaterra, Itália e França.
Em 2010 o quadro tinha mudado bastante. A China continuou em primeiro lugar, mas com pouco menos de 20% da população mundial. A Índia chegou junto e se aproximou do tamanho da população chinesa. Os EUA continuaram em terceiro lugar. A Indonésia passou para o quarto lugar e o Brasil para o quinto. A Alemanha caiu de sétimo para décimo quinto, enquanto os outros países europeus – Inglaterra, França, Itália, Ucrânia e Polônia – saíram da lista. A Rússia caiu do quarto para o nono lugar, enquanto o Japão caiu do quinto para o décimo. Ganharam destaque: Paquistão, Nigéria e Bangladesh.

As projeções para 2050 apontam que a Índia assumirá o primeiro lugar e a China – com cerca de 14% da população mundial – ficará em segundo lugar. O EUA deve manter o terceiro lugar, mas Indonésia deve cair para o quinto, o Brasil para o sétimo e o Japão para o décimo sexto. A Alemanha – único país da Europa Ocidental na lista de 2010 – deve sair desta lista do G-20. Os países que devem apresentar os maiores ganhos de população são Nigéria (do 13º em 1950 para 4º em 2050), Paquistão (de 14º para 6º), Bangladesh (de 12º para 8º), além de Filipinas, Congo e Etiópia que não estavam no G-20 em 1950 e devem assumir a 9ª, 10ª e 11ª posições em 2050.

Para 2100, a Índia deve manter o primeiro lugar com quase 16% da população mundial e a China deve manter o segundo lugar, mas com menos de 10% da população mundial. Os EUA devem cair para o quarto lugar, enquanto a Indonésia deve passar para o sétimo lugar, o Brasil para décimo lugar, Rússia para 17º e Japão para 18º. Os grandes ganhos populacionais ocorrerão nos países: Nigéria (3º lugar), Tanzânia (5º) e República Democrática do Congo (8º).

O que chama atenção na lista dos 20 países mais populosos é que desde o ano 2010 somente dois países – EUA e Japão – possuem alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Embora Rússia já tenha diminuição da população e China e Brasil deva apresentar decrescimento nas próximas décadas, os maiores crescimentos demográficos vão ocorrer ao longo do século XXI nos países mais pobres e com menor nível de IDH. Isto pode jogar vários países na “armadilha da pobreza”, além de agravar os problemas ambientais.

                                

PIB – Maiores Crescimentos

1- PIB (Produto Interno Bruto)
O produto interno bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc.). O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de mensurar a atividade econômica de uma região.
Na contagem do PIB, consideram-se apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de consumo de intermediário. Isso é feito com o intuito de evitar o problema da dupla contagem, quando valores gerados na cadeia de produção aparecem contados duas vezes na soma do PIB.
O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor de toda a riqueza gerada no país.

Cálculo do PIB
O cálculo do PIB, no entanto, não é tão simples. Imagine que o IBGE queira calcular a riqueza gerada por um artesão. Ele cobra, por uma escultura, de madeira, R$ 30. No entanto, não é esta a contribuição dele para o PIB.
Para fazer a escultura, ele usou madeira e tinta. Não é o artesão, no entanto, que produz esses produtos --ele teve que adquiri-los da indústria. O preço de R$ 30 traz embutido os custos para adquirir as matérias-primas para seu trabalho.
Assim, se a madeira e a tinta custaram R$ 20, a contribuição do artesão para o PIB foi de R$ 10, não de R$ 30. Os R$ 10 foram à riqueza gerada por ele ao transformar um pedaço de madeira e um pouco de tinta em uma escultura.
O IBGE precisa fazer esses cálculos para toda a cadeia produtiva brasileira. Ou seja, ele precisa excluir da produção total de cada setor as matérias-primas que ele adquiriu de outros setores.
Depois de fazer esses cálculos, o instituto soma a riqueza gerada por cada setor, chegando à contribuição de cada um para a geração de riqueza e, portanto, para o crescimento econômico.
A fórmula para o cálculo é a seguinte:
PIB = consumo privado + investimentos totais feitos na região + gastos do governo + exportações importações


São medidas a produção na indústria, na agropecuária, no setor de serviços, o consumo das famílias, o gasto do governo, o investimento das empresas e a balança comercial. Entra no cálculo o desempenho de 56 atividades econômicas e a produção de 110 mercadorias e serviços.

Desde quando é feita a medição do PIB?

A medição foi aplicada no mundo e, consequentemente, no Brasil em 1948, ficando em seguida sob responsabilidade do Fundo Monetário Internacional (FMI) que tratou de espalhar seus conceitos às nações. No Brasil, a responsabilidade pelo cálculo já esteve a cargo da Faculdade Getúlio Vargas até 1990. Em seguida, o IBGE passou a fazer a medição.

O QUE PREJUDICA O CRESCIMENTO.





'PIB ALTO', O QUE SIGNIFICA.

Maiores Crescimentos
Embora a economia chinesa não venha mostrando a mesma força nos últimos três anos, é inegável que continua sendo um dos motores do crescimento mundial.
A China possui atualmente uma das economias que mais crescem no mundo. A média de crescimento econômico deste país, nos últimos anos é de quase 9%. Uma taxa superior a das maiores economias mundiais, inclusive a do Brasil. O Produto Interno Bruto (PIB) da China atingiu US$ 8,28 trilhões ou 51,93 trilhões de iuanes em 2012 (com crescimento de 7,8%), fazendo deste país a segunda maior economia do mundo (fica apenas atrás dos Estados Unidos). Estas cifras apontam que a economia chinesa representa atualmente cerca de 15% da economia mundial.
O país que mais vai crescer neste ano será o Sudão do Sul, com variação de 24,7% em relação ao ano passado. O Brasil é só o 115º da lista, bem atrás de China (no 11º lugar, com crescimento de 7,6%) e Índia (76º, com 3,8%).
Na outra ponta, 16 economias vão encolher. Dessas, 11 são países europeus, entre eles Espanha, Portugal, Grécia e Itália.
Para a economia brasileira, a projeção de crescimento de 2,5% do ano de 2013 foi mantida. Já para 2014, o órgão reduziu a previsão de crescimento do PIB nacional em 0,7 pontos percentual, para 2,5%. O corte põe o Brasil como o país com a menor taxa de crescimento entre os principais mercados emergentes.
Veja a seguir o desempenho esperado pelo FMI para o PIB de cada país:
Posição
Países
Projeção de crescimento 2013 (%)
Projeção de crescimento 2014 (%)
1
Sudão do Sul
24,7
43
2
Serra Leoa
13,3
14
3
Turcomenistão
12,2
10,4
4
Paraguai
12
4,6
5
Mongólia
11,8
11,7
6
Laos
8,3
7,8
7
Timor Leste
8,1
8
8
Libéria
8,1
6,8
9
Costa do Marfim
8
8
10
Gana
7,9
6,1
76
Índia
3,8
5,1
11
China
7,6
7,3
115
Brasil
2,5
2,5
120
Japão
2,0
1,2
124
 África do Sul
 2
 2,9
132
Estados Unidos
1,6
2,6
139
 Rússia
 1,5
 3
Fonte: World Economic outlook -FMI

Entre os países dos BRICS, apenas a Rússia crescerá menos que o Brasil em 2014. Entre 2000 e 2008, o bloco cresceu em média 8% ao ano. Desde então, a taxa caiu para 5,6%.
A taxa brasileira para 2014 e 2015 está dentro da média mundial. Mas ficou muito abaixo da média dos emergentes. Entre as economias em desenvolvimento, a média de expansão será de 5,1% em 2014 e 5,3% em 2015. Em 2014, a média de crescimento da América do Sul também ficará acima da taxa prevista para o Brasil.

2- Produção Global e Especialização Nacional.
A produção tornou-se global nos últimos anos de século XX. As empresas terceirizavam os componentes necessários para fabricar seus produtos, deixando esses insumos a cargos das indústrias de vários países diferentes.
No fim do século, o comércio mundial era duas ou três vezes mais importante para os países desenvolvidos do que havia sido na década de 1960, e isso facilitou a distribuição, pelas empresas, de produtos e serviços em várias localidades. As firmas podiam estabelecer atividades como pesquisa e desenvolvimento, marketing, produção e montagem a milhares de quilômetros de distância uma das outras, por motivos econômicos, políticos ou regulatórios; e, então, podiam embargar o produto final para consumidores do mundo todo. A boneca Barbie se tornou exemplo maior e mais perfeito do fenômeno a dominar e caracterizar a base do produto global. Sua produção começou com os moldes que a empresa Mattel, dos EUA, colocou a disposição de fábricas no sudoeste da Ásia, Japão e Taiwan que forneciam plásticos e o cabelo. Empresas chinesas supriam o tecido de algodão para os vestidos. As bonecas eram moldadas na Indonésia, Malásia e Vietnã.
Através de Hong Kong eram despachadas para os compradores dos EUA, da Europa e de vários outros países. A maioria das empresas mais importantes era global: 60% das vendas da IBM eram realizadas fora dos EUA e 80% dos negócios da Volkswagen eram feitas fora da Alemanha.
Outra situação fenomenal foi a do Vietnã. A guinada do país vietnamita foi chocante, dado ao longo período de guerras contra o imperialismo francês e norte-americano, mais a penúria levou o país na direção das reformas de mercado e planetização. O Vietnã se tornou um grande exportador de alimentos; peixes, camarões, arroz e se industrializou, dentro do modelo do socialismo de mercado.

(RANKING DAS MAIORES ECONOMIAS MUNDIAIS
 PIB NOMINAL)
Posição
2012
2013
2016
Projeção
2018
Projeção
Estados Unidos
Estados Unidos
Estados Unidos
Estados Unidos
China
China
China
China
Japão
Japão
Japão
Japão
Alemanha
Alemanha
Alemanha
Alemanha
França
França
Brasil
Brasil
Reino Unido
Brasil
França
Rússia
Brasil
Reino Unido
Rússia
França
Fonte: World Economic Outlook – FMI
A China o país mais populoso do mundo se transformou, com o governo, a partir dos anos 1980, devolvendo as propriedades agrícolas aos fazendeiros particulares, estabeleceu áreas especiais de produção para exportação, acolheu as corporações internacionais e afastou a burocracia governamental da maioria das atividades econômicas. A China ultrapassou o Reino Unido, a França, a Alemanha e o Japão e se tornou a segunda maior economia mundial.
Depois de passar o Reino Unido e se tornar a sexta maior economia do mundo em 2011, o Brasil voltou à sétima posição no ano passado. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ficou em US$ 2,396 trilhões em 2012 – US$ 44,5 bilhões abaixo dos US$ 2,44 trilhões do Reino Unido.
Apesar do crescimento de apenas 0,9% do PIB brasileiro em 2012, é o câmbio que explica a perda de posição. Isso porque o PIB do Reino Unido cresceu ainda menos: 0,2%. Ou seja, a diferença veio na conversão das moedas dos países para o dólar, que se valorizou mais de 9% frente ao real no ano passado. Mas depois da queda, o FMI prevê recuperação. Este ano, o Brasil deve voltar à 6ª posição entre as maiores economias globais, superando, novamente, o Reino Unido, ainda que por pouco: a projeção é que o PIB brasileiro fique em US$ 2,456 trilhões – US$ 34 bilhões a mais que o do Reino Unido, com US$ 2,423 trilhões.

E até 2018, último ano das projeções do fundo, o Brasil não deve voltar a perder posição entre as maiores economias. Ao contrário, deve ganhar. A previsão é que, em 2016, o Brasil chegue à 5ª posição no ranking dos maiores PIBs, ultrapassando a França. À distância até a Alemanha, a quarta maior economia mundial, também deve diminuir, chegando a US$ 568 bilhões em 2018. Mas as duas primeiras posições ainda estarão longe: o PIB chinês deve equivaler, em 2018, a mais de quatro vezes o brasileiro, enquanto o dos Estados Unidos deve ser 6,6 vezes o do Brasil.