Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Eras Geológicas ,A Estrutura Geológica da Superfície Terrestre e A Estrutura Geológica do Brasil.

1- Introdução:
A Terra surgiu a aproximadamente 4,5 bilhões de anos, resultando da agregação de poeira cósmica e do bombeamento de material rochoso atraído pela força gravitacional, trata-se da tese mais atual sobre a formação do universo, conhecida como Teoria da Agregação. Ao observarmos as paisagens, percebemos que são constituídas por uma diversidade de elementos naturais e humanizados. Um dos aspectos que podemos notar numa paisagem são as diferentes formas da superfície terrestre, ou seja, o relevo. Sabemos que o processo formador do relevo são variados e que estes ocorrem ao longo de milhões de anos, logo iremos identificar, compreender e analisar e reconhecer as características geológicas, as formas da superfície terrestre e como a sociedade se relaciona com isso.
1.1- Eras Geológicas
O nosso planeta passou por diversas transformações, em termos geológicos e biológicos, essas transformações são estudadas a partir da disposição das camadas rochosas e dos fósseis nela encontrada. Essas camadas representam registros dos acontecimentos passados e permitem compreender a evolução do nosso planeta. Enquanto a vida se transformou e se desenvolveu, a crosta terrestre também se modificou. O primeiro grande bloco continental formado foi a PANGEIA, envolvido por um único e extenso oceano, o PANTALASSA. A PANGEIA se dividiu em LAURÁSIA e GONDWANA, que posteriormente também se fragmentou e deu origem aos atuais continentes (América, Europa, Ásia, África e Oceania.)
A Geologia é a ciência responsável pelo estudo da origem, formação e transformações da Terra, a partir disso a geologia divide a história da Terra em ERAS GEOLÓGICAS, que correspondem a grandes intervalos de tempo divididos em períodos, que são subdivididos em épocas e idades. Essas subdivisões marcam as alterações ocorridas na evolução do planeta.
Essa divisão segmenta a história de nosso planeta em quatro fases: Pré-Cambriana, Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. Cada uma dessas fases é dividida em vários períodos, que, por sua vez, são divididos em épocas, formando, assim, a escala geológica do tempo. A alternância das eras geológicas foi estabelecida através de alterações significativas na crosta terrestre, sendo, portanto, classificadas em cinco eras geológicas distintas: Arqueozoica, Proterozoica, Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.
As Eras Geológicas estão dispostas em uma tabela onde as eras mais recentes encontram-se na parte superior e as eras mais antigas na sua parte inferior.
Estrutura Geológica do Tempo. Para entendê-la, é preciso ler de baixo para cima
Dessa forma, as Eras se subdividem em:
Pré-cambriana → com apenas um período: Pré-cambriano;
Paleozoica → com 6 períodos: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano; Mesozoica → com 3 períodos: Triássico, Jurássico e o Cretáceo;
Cenozoica → com 2 períodos: Terciário (épocas – Paleoceno, Eoceno, Oligoceno, Mioceno e Plioceno) e
Quaternário (época – Pleistoceno e Recente).
Arqueozoica
A era geológica Arqueozoica é caracterizada pela formação da crosta terrestre, em que surgiram os escudos cristalinos e as rochas magmáticas, nos quais encontramos as mais antigas formações de relevo. Esse período teve início a, aproximadamente, 4,5 bilhões de anos atrás.
Proterozoica
Estima-se que essa era geológica teve início a cerca de 2,5 bilhões de anos atrás e findou-se há 550 milhões de anos. Durante esse período ocorreu intensa atividade vulcânica, fato que promoveu o deslocamento do magma do interior da Terra para a superfície, originando os grandes depósitos de minerais metálicos, como, por exemplo, ferro, manganês, ouro, etc. Na era geológica do Proterozoico ocorreu grande acúmulo de oxigênio na atmosfera. Também ficou caracterizada pelo surgimento das primeiras formas de vida unicelulares avançadas.
Paleozoica
A era Paleozoica prevaleceu de 550 a 250 milhões de anos atrás. Nesse período a superfície terrestre passou por grandes transformações, entre eles estão o surgimento de conjuntos montanhosos como os Alpes Escandinavos (Europa). Essa era geológica também se caracterizam pela ocorrência de rochas sedimentares e metamórficas, formação de grandes florestas, glaciações, surgimento dos primeiros insetos e répteis.
Mesozoica
A era Mesozoica iniciou-se a cerca de 250 milhões de anos atrás, ela ficou marcada pelo intenso vulcanismo e consequente derrame de lavas em várias partes do globo. Também ficou caracterizada pelo processo de sedimentação dos fundos marinhos, que originou grande parte das jazidas petrolíferas hoje conhecidas. Outras características dessa era geológica são: divisão do grande continente da Pangeia, surgimento de grandes répteis, como, por exemplo, o dinossauro, surgimento de animais mamíferos, desenvolvimento de flores nas plantas.
Cenozoica
Essa era geológica está dividida em dois períodos: Terciário (aproximadamente 60 milhões de anos atrás) e Quaternário (1 milhão de anos atrás).
- Terciário: Caracterizado pelo intenso movimento da crosta terrestre, fato que originou os dobramentos modernos, com as mais altas cadeias montanhosas da Terra, como os Andes (América do Sul), os Alpes (Europa) e o Himalaia (Ásia). Nessa era geológica surgiram aves, várias espécies de mamíferos, além de primatas.
- Quaternário: Era geológica que teve início há cerca de 1 milhão de anos e perdura até os dias atuais. As principais ocorrências nesse período foram: grandes glaciações; atual formação dos continentes e oceanos; surgimento do homem.
Portanto, a história da Terra divide-se em várias etapas, que correspondem às principais fases de seu desenvolvimento. Na passagem da Era Pré-Cambriana para a Paleozoica ocorreu uma súbita expansão e diversificação dos animais.
O marco divisor entre a Paleozoica e a Mesozoica representa a extinção de muitos grupos de animais e vegetais, e a formação do supercontinente Pangeia. E a transição da Mesozoica para a Cenozoica caracteriza-se pelo desaparecimento de grandes répteis e de vários animais marinhos.
Se observarmos bem a sequência de acontecimentos e a duração de cada uma das eras geológicas, poderemos concluir que a era Pré-Cambriana foi a maior de todas, com quatro bilhões de anos de duração, sobrando “apenas” cerca de 561 milhões de anos para as demais eras. É possível notar também o quanto o surgimento da espécie humana é recente e que nós jamais convivemos com dinossauros ao longo da história, mesmo os primatas que deram origem à raça humana.
Em virtude da grande diferença de tempo entre os acontecimentos da Terra e os acontecimentos da humanidade, realiza-se a distinção entre tempo geológico (milhões e bilhões de anos) e tempo histórico (centenas e milhares de anos).
A elaboração das eras geológicas seguiu o critério da datação química dos fósseis e rochas antigas encontradas, um resultado de muitos anos de estudos e pesquisas.
1.2- ESTRUTURAS GEOLÓGICAS DA TERRA
A litosfera – camada rochosa do planeta Terra – apresenta inúmeras dinâmicas e variações. A sua composição estrutural, contudo, é classificada em três diferentes tipos de estruturas geológicas que se dividem em todo o mundo: os crátons (ou escudos antigos), as bacias sedimentares e os dobramentos modernos (ou cadeias orogênicas). Os crátons, também conhecidos como escudos cristalinos ou maciços antigos (na verdade, esses nomes representam um de seus subtipos), são formações geológicas consideradas antigas, formadas nas primeiras eras geológicas do planeta, durante a sua formação. São compostos por rochas ígneas, ou magmáticas, e metamórficas, apresentando uma elevada quantidade de grandezas minerais (como o ouro, o ferro, o alumínio e muitos outros). São áreas geologicamente estáveis, ou seja, com poucos terremotos e vulcanismos, costumando dar origens a regiões de planaltos. As bacias sedimentares são composições rochosas formadas a partir de extensas e inúmeras camadas de rochas sedimentares, que surgiram a partir da deposição de sedimentos ao longo das eras. São as mais extensas das estruturas geológicas, recobrindo cerca de 70% do relevo terrestre. São importantes por apresentarem, dependendo das condições locais, uma grande quantidade de fósseis e até petróleo. Por fim, os dobramentos modernos, também chamados de cadeias orogênicas (orogenia é o conjunto de processos que levam à formação ou rejuvenescimento de montanhas ou cadeias de montanhas produzido principalmente pelo diastrofismo (dobramentos, falhas ou a combinação dos dois), são formações geológicas consideradas recentes, cujo início ocorreu na era Cenozoica, no período Terciário (há cerca de 250 milhões de anos). São resultantes das ações do tectonismo, geralmente do choque ou conflito entre duas placas tectônicas. Essas formações são originárias das grandes cadeias de montanhas da Terra, como a Cordilheiras dos Andes (América do Sul) e a Cordilheira do Himalaia (Ásia), onde se encontra a montanha mais elevada do planeta, o Everest.
A elaboração das eras geológicas seguiu o critério da datação química dos fósseis e rochas antigas encontradas, um resultado de muitos anos de estudos e pesquisas.
1.2- ESTRUTURAS GEOLÓGICAS DA TERRA
A litosfera – camada rochosa do planeta Terra – apresenta inúmeras dinâmicas e variações. A sua composição estrutural, contudo, é classificada em três diferentes tipos de estruturas geológicas que se dividem em todo o mundo: os crátons (ou escudos antigos), as bacias sedimentares e os dobramentos modernos (ou cadeias orogênicas). Os crátons, também conhecidos como escudos cristalinos ou maciços antigos (na verdade, esses nomes representam um de seus subtipos), são formações geológicas consideradas antigas, formadas nas primeiras eras geológicas do planeta, durante a sua formação. São compostos por rochas ígneas, ou magmáticas, e metamórficas, apresentando uma elevada quantidade de grandezas minerais (como o ouro, o ferro, o alumínio e muitos outros). São áreas geologicamente estáveis, ou seja, com poucos terremotos e vulcanismos, costumando dar origens a regiões de planaltos. As bacias sedimentares são composições rochosas formadas a partir de extensas e inúmeras camadas de rochas sedimentares, que surgiram a partir da deposição de sedimentos ao longo das eras. São as mais extensas das estruturas geológicas, recobrindo cerca de 70% do relevo terrestre. São importantes por apresentarem, dependendo das condições locais, uma grande quantidade de fósseis e até petróleo. Por fim, os dobramentos modernos, também chamados de cadeias orogênicas (orogenia é o conjunto de processos que levam à formação ou rejuvenescimento de montanhas ou cadeias de montanhas produzido principalmente pelo diastrofismo (dobramentos, falhas ou a combinação dos dois), são formações geológicas consideradas recentes, cujo início ocorreu na era Cenozoica, no período Terciário (há cerca de 250 milhões de anos). São resultantes das ações do tectonismo, geralmente do choque ou conflito entre duas placas tectônicas. Essas formações são originárias das grandes cadeias de montanhas da Terra, como a Cordilheiras dos Andes (América do Sul) e a Cordilheira do Himalaia (Ásia), onde se encontra a montanha mais elevada do planeta, o Everest.
1.3- Estrutura Geológica Brasileira
O território brasileiro fica sobre a placa tectônica sul-americana e tem estrutura rochosa antiga e estável, livre de tremores intensos. Embora apresente estrutura geológica diversificada, não conta com dobramentos modernos em suas terras.
A superfície brasileira é constituída basicamente por três estruturas geológicas: escudos cristalinos, bacias sedimentares e terrenos vulcânicos.
• Escudos cristalinos: são áreas cuja superfície se constituiu no Pré-Cambriano, essa estrutura geológica abrange aproximadamente 34% do território brasileiro. Nas regiões que se formaram no éon Arqueano (o qual ocupa cerca de 34% do país) existem diversos tipos de rochas, com destaque para o granito. Em terrenos formados no éon Proterozoico são encontradas rochas metamórficas, onde se formam minerais como ferro e manganês. Os maciços antigos (ou escudos cristalinos) são os terrenos mais antigos da crosta terrestre, sendo constituídos por rochas magmáticas e metamórficas. Nos maciços apareceram as jazidas minerais metálicos (ferro, ouro, manganês, prata, cobre, alumínio e estanho). No Brasil, representam 34% da superfície territorial.
• Bacias sedimentares: estrutura geológica de formação mais recente, que abrange pelo menos 58% do país. Em regiões onde o terreno se formou na era Paleozoica existem jazidas carboníferas. Em terrenos formados na era Mesozoica existem jazidas petrolíferas. Em áreas da era Cenozoica ocorre um intenso processo de sedimentação que corresponde às planícies. As bacias sedimentares resultam do acúmulo de sedimentos provenientes do desgaste das rochas, de organismos vegetais, animais ou de camadas de lava vulcânica solidificada. Podem conter grande quantidade de material fossilizado em suas camadas. Nessas estruturas se formam importantes recursos minerais energéticos como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral. A estrutura geológica brasileira é constituída predominantemente por bacias sedimentares, que recobrem 58% do território.
• Terrenos vulcânicos: esse tipo de estrutura ocupa somente 8% do território nacional, isso acontece por ser uma formação mais rara. Tais terrenos foram submetidos a derrames vulcânicos, as lavas deram origem a rochas, como o basalto e o diabásio, o primeiro é responsável pela formação dos solos mais férteis do Brasil, a “terra roxa”.
1.4- Processos Geológicos
Denomina-se processo geológico o conjunto de ações que promovem modificações da crosta terrestre, seja em sua forma, estrutura ou composição. Os processos geológicos que ocorrem dentro do planeta (endógenos) e sobre o planeta (exógenos) podem ser reunidos num ciclo de processos que agem continuamente sobre o material rochoso.
São processos geológicos endógenos: vulcanismo, tectonismo( orogênese, epirogênese), etc.
Tectonismo ou diastrofismo é um termo geral relativo a todos os movimentos da crosta terrestre com origem em processos tectônicos. Incluem-se a formação de bacias oceânicas, continentes, planaltos e cordilheiras. As subdivisões principais são duas:
Orogênese ou orogenia: são movimentos HORIZONTAIS, que pode ser entendida como o conjunto de processos que levam à formação ou rejuvenescimento de montanhas ou cadeias de montanhas produzido principalmente pelo diastrofismo (dobramentos, falhas ou a combinação dos dois), ou seja, pela deformação compressiva da litosfera continental;
Epirogênese ou epirogenia: são os movimentos VERTICAIS da crosta terrestre cujo sentido é ascendente ou descendente, atingindo vastas áreas continentais, porém de forma lenta, inclusive ocasionando regressões e transgressões marinhas.

Vulcanismo: é um fenômeno geológico que ocorre do interior da Terra para a superfície, quando há o extravasamento do magma em forma de lava, além de gases e fumaça. O termo vulcanismo é utilizado para designar uma série de fenômenos e elementos vulcânicos. A ciência que tem como objetivo estudar o fenômeno e também o comportamento dos vulcões é a vulcanologia, sendo que o profissional que a executa é chamado de vulcanólogo.
O processo de vulcanismo é resultado das características de pressão e temperatura contidas no subsolo. Além disso, os vulcões se estabelecem, em geral, em regiões que limitam placas tectônicas, salvo o vulcanismo ligado ao ponto quente, neste caso esse processo pode ocorrer no interior de uma placa.


Processos geológicos exógenos ou dinâmica externa: São processos impulsionados pela energia proveniente do exterior da Terra, consistindo basicamente da energia solar que atua direta ou indiretamente sobre a superfície da Terra. São processos geológicos exógenos, o intemperismo e a ação de águas superficiais e subterrâneas, do vento, do gelo e dos organismos. Os processos de desagregação e decomposição de rochas por ação da água, vento, gelo e organismos constituem o intemperismo.



FONTE: Lucci, Elian Alabi. Território e sociedade no mundo globalizado: geografia: ensino médio, volume 1 / Elian Alabi Lucci, Anselmo Lázaro Branco, Cláudio Mendonça. – 2ª. ed. - São Paulo: Saraiva, 2013.

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