Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

terça-feira, 12 de maio de 2015

A localização no espaço e os sistemas de informações

1- Introdução:
Localizar-se, estabelecer caminhos e orientar-se para seguir a direção certa: isso sempre acompanhou a história do homem na Terra. O que mudou, ao longo do tempo, foram os recursos (equipamentos, instrumentos), as características do espaço geográfico e, por consequência, os referenciais para localização e para orientação. 
Dependendo das características do espaço geográfico, dos aspectos culturais dos povos, da disponibilidade de equipamentos, recursos, como plantas e mapas, e dos referenciais, a maneira de orientar-se e localizar-se variam. 
Pode-se localizar tomando por base referenciais como ruas, construções, estradas, rios, etc (situação comum à maioria das pessoas), ou por meio de conhecimentos geográficos, tais como: interpretação de plantas e mapas; domínio de noções sobre coordenadas geográficas - latitude e longitude -, manuseio e leitura de equipamentos, como GPS, bússola. 

1.1- As Coordenadas Geográficas
A localização de um lugar é definida pelas coordenadas geográficas (latitude e longitude) e pela altitude. Sua posição está ligada ao conjunto de relações que foram estabelecidas entre esse lugar e os outros lugares, dentro do espaço geográfico.
Embora o conceito de espaço geográfico envolva elementos concretos e abstratos, para a localização de um lugar no espaço precisamos trabalhar com algo concreto: um local onde podemos nos mover, levando em conta as direções e a altitude.
Existem diversas formas de orientação, uma delas é a dos pontos cardeais. Pontos cardeais correspondem aos pontos básicos para determinar as direções e são concebidos a partir da posição na qual o Sol se encontra durante o dia. Os quatro pontos são: Norte (sigla N), denominado também de setentrional ou boreal; Sul (S), chamado igualmente de meridional ou austral; Oeste (O ou W), conhecido também como ocidente; e Leste (E), intitulado de oriente.
Para estabelecer uma localização mais precisa são usados os pontos que se encontram no meio dos pontos cardeais. Esses pontos intermediários são denominados de pontos colaterais: Sudeste (entre sul e leste e sigla - SE), Nordeste (entre norte e leste - NE), Noroeste (entre norte e oeste - NO) e Sudoeste (entre sul e oeste - SO).
Existem ainda maneiras mais precisas de orientação, oriundas dos pontos cardeais e colaterais. Nesse caso, refere-se aos pontos subcolaterais que se encontram no intervalo de um ponto cardeal e um colateral, que totalizam oito pontos. São eles: norte-nordeste (sigla NNE), norte-noroeste (NNO), este-nordeste (ENE), este-sudeste (ESE), sul-sudeste (SSE), sul-sudoeste (SSO), oeste-sudoeste (OSO) e oeste-noroeste (ONO).
Para inserir todos os pontos apresentados foi criada a rosa dos ventos, chamada também de rosa dos rumos e rosa-náutica.

Em geografia, a ideia de direção nos é dada pela orientação, baseada nos pontos cardeais, colaterais e Subcolaterais, representados na figura denominada rosa-dos-ventos.


Vale salientar também que existem também outras denominações para os pontos geográficos a saber:
ü  meridional ou austral significa dizer que está ao sul;
ü   setentrional ou boreal significa dizer que está ao norte;
ü   ocidente quer dizer que está ao oeste;
ü   oriente quer dizer que está ao leste;
ü   sul-oriental que dizer que está ao sudeste;
ü   sul-ocidental quer dizer que está ao sudoeste;
ü   norte-oriental quer dizer que está ao nordeste;
ü  norte-ocidental quer dizer que está ao noroeste.

1.2. Paralelos e Latitude

Paralelos são linhas imaginárias traçadas paralelamente ao Equador, círculo máximo que divide a Terra em dois hemisférios: norte e sul. Onde a Linha do Equador é considerado o principal paralelo e é definida como 0º.
Além da Linha do Equador, há quatro outros paralelos importantes:
No Hemisfério Norte, temos o Círculo Polar Ártico e Trópico de Câncer. No Hemisfério Sul, temos o Círculo Polar Antártico e Trópico de Capricórnio.




Latitude é a distância, medida em graus, de qualquer lugar da superfície terrestre a Linha do  Equador.



1.2.1- A importância da latitude
A latitude é um fator importantíssimo para explicar as diferenças térmicas, isto é, as diferenças de temperatura na superfície terrestre. Geralmente as temperaturas diminuem do Equador para os polos.
Assim, quanto menor a latitude, maior a temperatura, e vice-versa. As áreas de altas latitudes, ou seja, mais distantes do Equador, são mais frias que as de baixas latitudes.
É importante saber que essas diferenças de temperatura são aproximadas, não absolutas. Em geral as áreas temperadas são mais frias que as equatoriais e mais quentes que as polares, mas há exceções. Existem áreas muito frias situadas dentro da zona tropical e áreas quentes, dentro da zona temperada. Porque além da latitude outros fatores influenciam na temperatura, como a altitude.

OBS. A ALTITUDE  é a distância vertical medida entre um determinado ponto, e o nível médio do mar. A altitude e a temperatura do local em que ela é mensurada são grandezas inversamente proporcionais, pois quando a altitude aumenta, a temperatura ambiente diminui aproximadamente de 0,6 a 1 grau Celsius.

1.3 – Meridianos e Longitude
Meridianos são linhas imaginárias que cortam perpendicularmente os paralelos e vão de um polo a outro. O ponto de partida para a numeração dos meridianos é o de Greenwich (que recebe esse nome porque passa pelo observatório de nome Greenwich, em Londres) ou meridiano inicial. Esse meridiano divide a Terra em hemisfério ocidental ou oeste e hemisfério oriental ou leste.
O meridiano de Greenwich e a longitude têm um papel importante na definição das diferenças de horas que ocorrem entre vários lugares da Terra.
Em 1884, os Estados Unidos e o Reino Unido assinaram o Acordo de Washington, pelo qual os norte-americanos passariam a tomar Greenwich como seu meridiano referencial.
Pesaram nessa decisão a hegemonia britânica no mundo, além da necessidade da precisão horária num país como os Estados Unidos, em que uma ferrovia transcontinental atravessa, de costa a costa, cerca de 4 mil quilômetros.
Alguns países opuseram-se à definição de Greenwich como meridiano principal, entre eles a França. Foram realizadas várias negociações, até que foi encontrada uma solução: todos adotariam Greenwich, e o sistema métrico, cujo padrão é o metro, seria adotado como o sistema de medidas internacional. O Reino Unido, a partir de então, usaria esse sistema em substituição ao uso de medidas em polegadas. Assim, oficializou-se o meridiano de Greenwich como o meridiano inicial para a definição das posições dos pontos sobre a superfície terrestre no Congresso Internacional de Geografia realizado em Londres em 1895.



Longitude é a distância, medida em graus, de qualquer lugar da Terra ao meridiano de Greenwich.



1.4- As Zonas Térmicas e as estações do ano
Vocês já sabem que os meridianos e os paralelos são indicados por graus de circunferências e que algumas dessas linhas recebem nomes especiais. É o caso da linha do Equador e do meridiano de Greenwich, que são as coordenadas iniciais, isto é, 0°.
Além do Equador, há outros paralelos que recebem nomes próprios, pois são muito importantes. São eles:
ü  Trópico de Câncer – a 23° 27’ de latitude norte;
ü  Trópico de Capricórnio – a 23° 27’ de latitude sul;
ü  Círculo Polar Ártico – a 66° 33’ de latitude norte;
ü  Círculo Polar Antártico - a 66° 33’ de latitude sul.


Os trópicos e os círculos polares são importantes porque servem de limite para as zonas da Terra. Essas zonas são chamadas assim para destacar a influência da insolação ou luminosidade solar e porque há uma inclinação de aproximadamente 23°.
Essa inclinação favorece, associada ao movimento de translação da Terra, o surgimento das estações do ano caracterizado pelos solstícios e equinócios.
ü  Zona tropical: é a faixa, das baixas latitudes, localizadas entre os trópicos. Por isso, também chamada de zona intertropical. Caracteriza-se por receber mais intensamente a luz solar, pois nela os raios do Sol incidem verticalmente, ficando “a pino” ao meio-dia. Como o calor da superfície terrestre vem do Sol, é fácil concluir que esta é em média a zona mais quente do nosso planeta.

ü   Zonas temperadas: são zonas localizadas em latitudes médias, compreendidas entre o trópico e o círculo polar, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul. Nessas zonas, os raios do Sol nunca ficam realmente “a pino”, pois incidem de modo mais ou menos inclinado. Quando maior o afastamento em relação ao Equador, maior será a inclinação dos raios solares, o que reduz a quantidade de luz e calor recebidos do Sol. Assim, as zonas temperadas são menos quentes e iluminadas que a zona tropical.

ü  Zonas polares: são as zonas de altas latitudes, localizadas além dos círculos polares, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul. Essas zonas recebem os raios do Sol muito inclinados e, portanto, muito fracos. Por causa disso, são muito frias. Há períodos do ano em que o Sol nem aparece.

A maior parte do território brasileiro, por exemplo, situa-se na zona intertropical. Daí porque no Brasil, em geral, predominam temperaturas elevadas.

1.4.1- As estações do ano
O planeta Terra não apresenta uma dinâmica climática homogênea, ou seja, igual em todos os seus pontos. Boa parte dessas variações é explicada pela existência das diferentes estações do ano, que ocorrem principalmente por causa da existência do movimento de translação e também por causa da inclinação do eixo de rotação terrestre, que se encontra 23,5º inclinado em relação ao seu plano orbital.



Em virtude dessa dinâmica, o planeta possui um total de quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. Na verdade, essa divisão é hoje adotada em razão da matriz europeia sobre a qual se constituíram as ciências, pois nesse continente elas são mais facilmente percebidas dessa forma. Em regiões mais próximas à Linha do Equador, por exemplo, o mais comum é que se perceba, geralmente, apenas duas grandes estações, uma mais seca e outra mais chuvosa.
De toda forma, é importante entender que as estações do ano apresentam-se de forma inversa nos hemisférios norte e sul. Assim, quando é inverno no norte, é verão no sul; da mesma forma que quando é primavera no norte, é outono no sul, e vice-versa.
Além disso, quando estamos no período de verão/inverno nos hemisférios, estamos na época dos solstícios e, quando estamos no período de outono/primavera, estamos na época dos equinócios.

Durantes os solstícios, como podemos observar na figura acima, a Terra recebe níveis diferentes de iluminação, por isso os dias e as noites possuem durações diferentes. Já durante os equinócios, os dias e as noites possuem a mesma duração. Vamos acompanhar, a seguir, as principais características das diferentes estações do ano:

Primavera – durante a primavera, dias e noites possuem a mesma duração. Pelo menos isso é o que ocorre em seu início, pois, com o passar do tempo, os dias vão ficando gradativamente maiores. Essa estação é conhecida por ser o período de crescimento das folhas e flores das árvores, embora apresente diferentes características nos diferentes lugares.(Equinócio)
Datas aproximadas de início: 21 de março no hemisfério norte e 21 de setembro no hemisfério sul.

Verão – em tempos de verão, os dias são mais longos do que as noites. Esse maior período de exposição aos raios solares faz com que as temperaturas médias elevem-se proporcionalmente.(Solstício)
Datas aproximadas de início: 21 de junho no hemisfério norte e 21 de dezembro no hemisfério sul.

Outono – quando o outono se inicia, os dias novamente voltam a ter a mesma duração das noites, equilibrando um pouco as temperaturas. Com o passar do tempo, os dias vão ficando cada vez menores. É nessa estação que as árvores costumam trocar suas folhas.(Equinócio)
Datas aproximadas de início: 21 de setembro no hemisfério norte e 21 de março no hemisfério sul.

Inverno – na estação do inverno, os dias são menores do que as noites, acontecendo o processo inverso do verão, o que contribui para a diminuição média das temperaturas. (Solstício)
Datas aproximadas de início: 21 de dezembro no hemisfério norte e 21 de junho no hemisfério sul.

Vale lembrar que, como já dissemos, essa divisão é utilizada mais por uma herança científica europeia do que pela forma como percebemos diretamente o clima. Nas regiões do Brasil mais próximas à Linha do Equador (em que a luminosidade do sol acontece mais intensamente o ano todo), essa divisão é menos perceptível no cotidiano do que na região sul, onde as quatro estações do ano são mais bem definidas. Em outras sociedades, por exemplo, outros tipos de divisões das estações foram realizadas, tal qual o Egito antigo, cujas estações eram: cheia, plantio e colheita.
De três em três meses começa uma nova estação do ano, também chamada época. As estações começam por volta do dia 21 dos meses de março, junho, setembro e dezembro.


Hemisfério Norte
Primavera: 21 março até 20 junho
Verão: 21 junho até 20 setembro
Outono: 21 setembro até 20 dezembro
Inverno: 21 dezembro até 20 março

Hemisfério Sul
Primavera: 21 setembro até 20 dezembro
Verão: 21 dezembro até 20 março
Outono: 21 março até 20 junho
Inverno: 21 junho até 20 setembro

1.5- Os Fusos Horários
Os fusos horários, também denominados zonas horárias, foram estabelecidos através de uma reunião composta por representantes de 25 países em Washington, capital estadunidense, em 1884. Nessa ocasião foi realizada uma divisão do mundo em 24 fusos horários distintos.
A metodologia utilizada para essa divisão partiu do princípio de que são gastos, aproximadamente, 24 horas (23 horas, 56 minutos e 4 segundos) para que a Terra realize o movimento de rotação, ou seja, que gire em torno de seu próprio eixo, realizando um movimento de 360°. Portanto, em uma hora a Terra se desloca 15°. Esse dado é obtido através da divisão da circunferência terrestre (360°) pelo tempo gasto para que seja realizado o movimento de rotação (24 h).
O fuso referencial para a determinação das horas é o Greenwich, cujo centro é 0°. Esse meridiano, também denominado inicial, atravessa a Grã-Bretanha, além de cortar o extremo oeste da Europa e da África. A hora determinada pelo fuso de Greenwich recebe o nome de GMT. A partir disso, são estabelecidos os outros limites de fusos horários.

A Terra realiza seu movimento de rotação girando de oeste para leste em torno do seu próprio eixo, por esse motivo os fusos a leste de Greenwich (marco inicial) têm as horas adiantadas (+); já os fusos situados a oeste do meridiano inicial têm as horas atrasadas (-).
Alguns países de grande extensão territorial no sentido Leste-Oeste apresentam mais de um fuso horário. A Rússia, por exemplo, possui 11 fusos horários distintos, consequência de sua grande área.

A compreensão dos fusos horários é de extrema importância, principalmente para as pessoas que realizam viagens e têm contato com pessoas e relações comerciais com locais de fusos distintos dos seus, proporcionado, portanto, o conhecimento de horários em diferentes partes do globo.


1.6- A Linha Internacional de Data (LID)

A “linha internacional de data” é uma linha imaginária que, por convenção, é representada pelo meridiano de 180 graus que  é oposto ao Meridiano de Greenwich de 0 grau e que atravessa o Oceano Pacífico separando o mundo em dois: a leste é um dia a menos do que a oeste dela. Ou seja, quando nos países localizados a oeste (Japão por ex.) da linha internacional de data, for dia 4, nos países localizados a leste (Américas, por ex.) da linha internacional de data, será dia 3. O horário continuará o mesmo (respeitando-se os fusos).
Embora a Linha Internacional de Data não obedeça nenhum padrão científico para sua localidade ou traçado (a linha está situada no meio do Pacífico por ser um dos locais menos habitado do planeta, causando menos transtornos, e seu traçado passa comodamente em volta de algumas ilhas, sendo, portanto, irregular), se faz necessária essa separação de dias diferentes por causa do tamanho da terra.
Explicando, como todos sabemos o sol nasce do leste para o oeste. Desta forma, quando o dia está amanhecendo na China, por exemplo, no Mediterrâneo ainda é noite e ainda vai amanhecer. Assim, sempre haverá uma diferença de horário entre dois lugares localizados em pontos diferentes no planeta e, quanto mais afastados estes dois lugares, maior a diferença. Suponhamos dois lugares diametralmente opostos no globo, enquanto em um deles é dia, no outro já será noite, porque neste lugar onde é noite (mais a oeste da linha internacional de data) o sol “nasceu primeiro” do que no lugar onde ainda é dia.
Sua função é a de estabelecer a separação entre o início e o final do dia civil na Terra. Ela separa o extremo oeste do planeta do extremo leste que, apesar de distantes um do outro no mapa-múndi, são regiões muito próximas, pois a Terra é uma esfera, e não um plano. Observe o mapa abaixo:

A LID é a linha que está apontada pelas setas.

1.7- Fuso Horário no Brasil
Desde o ano de 2013, a população voltou a contar com quatro fusos horários no Brasil.
Como a Terra leva aproximadamente vinte e quatro horas para completar o ciclo do movimento de rotação – que resulta na existência alternada entre dias e noites –, o planeta é dividido em 24 fusos horários, em que cada fuso representa uma hora em sua área de abrangência. Essa contagem é feita a partir do Meridiano de Greenwich, uma linha imaginária estabelecida por convenção e que “corta” a cidade de Londres e toda a sua extensão em direção ao sul.
Dessa forma, todos as localidades que se encontram a leste (oriente) em relação a Greenwich tem suas horas somadas pelo número de fusos de distância, enquanto tudo o que se encontra a oeste (ocidente) tem suas horas diminuídas.
O território brasileiro, por se encontrar no hemisfério ocidental, possui o seu horário atrasado em relação ao meridiano mencionado. Além disso, em razão de o país possuir uma ampla extensão, sua localização é dividida em quatro fusos horários, cuja demarcação oficial (a hora legal) é estabelecida conforme o mapa a seguir:


As linhas verticais traçadas acima representam o horário “real” dos fusos, isto é, a hora exata em relação ao distanciamento de cada um dos fusos horários. No entanto, se essa divisão fosse adotada à risca, ficaria muito complicado para certas localidades que estariam posicionadas em dois fusos diferentes ao mesmo tempo. Por isso, estabelece-se no Brasil – e também no mundo – a hora legal, que é adotada oficialmente pelos governos, representada pelas diferenças de cores no mapa acima.
O primeiro fuso horário brasileiro encontra-se duas horas atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich e uma hora adiantado em relação ao horário de Brasília. Esse fuso abrange apenas algumas ilhas oceânicas pertencentes ao Brasil, como Fernando de Noronha e Penedos de São Pedro e São Paulo.
O segundo fuso horário do país encontra-se três horas atrasado em relação a Greenwich e abrange a maior parte do território nacional, com a totalidade das regiões Nordeste, Sudeste e Sul, além dos estados do Pará, Amapá, Tocantins, Goiás e o Distrito Federal. É o horário oficial de Brasília.
O terceiro fuso horário encontra-se quatro horas atrasado em relação a Greenwich e uma hora em relação ao horário de Brasília. No horário de verão, essa diferença aumenta para duas horas, pois os estados abrangidos (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima, Rondônia e a maior parte do Amazonas) não fazem parte desse horário especial.
O quarto fuso horário encontra-se cinco horas atrasado em relação a Greenwich e duas horas em relação ao horário de Brasília, aumentando para três horas durante o horário de verão. Abrange somente o estado do Acre e uma pequena parte oeste do Amazonas. Esse fuso foi extinto no ano de 2008, onde a área passou a integrar o fuso de -4, no entanto, em setembro de 2013, essa extinção foi revogada após aprovação em um referendo promulgado em 2010.


1.7.1- Afinal quantos fusos existem no Brasil
O Brasil, por possuir uma ampla dimensão territorial no sentido Leste-Oeste, perfazendo um total de 4.319,4 km entre a Ponta do Seixas (PB) e a Nascente do Rio Moa (AC), inscreve a sua área em quatro zonas de fusos horários. Mas, como se sabe, mesmo com os meridianos apontando exatamente o local desses fusos, é o poder público quem define a hora legal do país, estabelecendo o número de demarcações e em que local elas serão feitas.
Atualmente, então, o país é dividido em quatro fusos horários, mas não foi sempre assim. Na verdade, houve uma alteração no ano de 2008 que resumia o território nacional a apenas três diferentes horários. No entanto, em 2013, parte do estabelecimento anterior foi retomado. Acompanhe as alterações realizadas no esquema a seguir:

OBS. Em 2008, no entanto, em um projeto de lei sancionado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o fuso de -5GMT foi extinto, com a sua respectiva região integrando, a partir de então, o fuso de -4GMT. Além disso, todo o estado do Pará passou a integrar um único fuso: o de -3GMT.
Porém, em 2010, realizou-se um referendo para a população do Acre e de parte do Amazonas. Decidiu-se pelo restabelecimento do horário antigo. Com isso, o fuso -5GMT foi retomado, mas o Pará ainda continuou a fazer parte totalmente do fuso -3GMT.
Por causa dessa diferença, o estado do Acre, por exemplo, encontra-se a duas horas atrasado em relação a Brasília, diferença essa que se eleva para três horas na época do horário de verão, em que a capital brasileira, juntamente a alguns estados, adianta o seu horário em uma hora.


1.7.2- Horário de Verão
é a alteração do horário de uma região, designado apenas durante uma porção do ano, adiantando-se em geral uma hora no fuso horário oficial local. O procedimento é adotado costumeiramente durante o verão, quando os dias são mais longos, em função da posição da Terra em relação ao Sol, daí o nome em português, espanhol, francês, alemão e outras línguas. Em inglês, por exemplo, o termo "Daylight saving time" (Horário de economia com luz do dia, em tradução livre) enfatiza a função prática da operação, enquanto em italiano "Ora legale" (Hora legal), destaca o caráter artificial da medida.
A ideia de adiantar os relógios para aproveitar melhor as horas de sol foi lançada em 1784 pelo político e inventor americano Benjamin Franklin, isso quando ainda não existia luz elétrica. Mas sua ideia não sensibilizou nem o governo do seu país, nem o da França, onde foi publicado um artigo seu sobre a possível economia em cera de vela que seria gerada caso a medida fosse adotada.
O primeiro país a adotar oficialmente o horário de verão acabou sendo a Alemanha em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, como medida para economizar carvão.

1.7.4- Horário de Verão no Brasil
O horário de verão no Brasil foi adotado pela primeira vez em 1 de outubro de 1931, através do Decreto 20.466, abrangendo todo o território nacional. Houve vários períodos em que este horário não foi adotado.
Desde 1985 o horário de verão é adotado anualmente. Nesse período a abrangência, inicialmente nacional, foi reduzida sucessivas vezes até que em 2003 atingiu a atual.
Atualmente, o horário de verão é adotado nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste. Depois de oito anos sem adotá-lo, o estado da Bahia, no Nordeste, o adotou em 2011.
Em 2012, no entanto, a Bahia voltou atrás nessa decisão. Desde 2008, o início é no terceiro domingo de outubro, e o final no terceiro domingo de fevereiro, exceto quando este coincide com o Carnaval, sendo então o horário prorrogado em uma semana.


1.8- Sistemas de Informações Geográficas (SIGs)
Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) são equipamentos e meios tecnológicos para se estudar o espaço terrestre. São utilizados por pesquisadores, empresas, ONGs, governos, serviços de inteligência, entre outros.
Os SIGs resultam da combinação entre três tipos de tecnologias distintos: O sensoriamento remoto, o GPS e o geoprocessamento.

1.8.1- Sensoriamento Remoto: consiste na utilização de ferramentas, como satélites e radares, para a captação de informações e imagens acerca da superfície terrestre. Podem oferecer informações importantes, como a extensão de uma área agrícola, o tamanho de uma determinada cobertura vegetal, localizar focos de incêndios e desmatamentos, o movimento das massas de ar, entre outros.
Além do uso de satélites, o sensoriamento remoto pode funcionar através do uso de fotografias aéreas, o que também é chamado de aerofotogrametria. Tal procedimento se faz com a realização de fotografias tiradas em câmeras acopladas em aviões e helicópteros.

1.8.2- GPS (Sistema de Posicionamento Global)
é um aparelho que está se difundindo cada vez mais no cotidiano das pessoas. Apoiado com uma cobertura de dezenas de satélites, o GPS pode emitir informações de qualquer local do mundo, a partir das coordenadas geográficas. Além de informar as posições de latitude e longitude, o GPS hoje pode informar endereços, ensinar rotas mais curtas para se chegar a um determinado local e, até mesmo, gravar os caminhos percorridos e informar a velocidade de deslocamento.

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