2. Introdução:
Neste conteúdo
falaremos sobre a questão da energia elétrica no mundo atual, dentro deste tema
os assuntos abordados serão consumo energético e seus desafios, energia e
desenvolvimento, petróleo, gás natural, carvão mineral, energia nuclear e
hidrelétrica.
2.1- Consumo de energia e seus desafios.
O grau de desenvolvimento
econômico de um país tem relação direta com o consumo de energia. Até a
primeira metade do século XX, existia muita energia disponível, o petróleo era
uma fonte barata e não havia a consciência coletiva sobre os impactos
ambientais decorrentes da sua utilização em grande escala.
A elevação do numero de
automóveis em circulação, aspecto marcante das sociedades que se
industrializam, também levou à queima de maior volume de combustíveis fosseis.
Assim, nas ultimas décadas, a disponibilidade de energia no planeta alterou-se
consideravelmente, e a questão ambiental passou a ser um tema relevante.
Os combustíveis fósseis
representam cerca de 80% da matriz energética mundial. A substituição de fontes
de energia não renováveis, como os combustíveis fósseis, por outras renováveis
e que não emitam gases estufa é essencial ao combate dos efeitos degradantes e
nocivos do aquecimento global. A
ampliação dos recursos energéticos é um dos principais desafios das sociedades
contemporâneas
2.2-
Como classificar as fontes de energia?
Inúmeras são as
fontes de energia disponíveis no nosso planeta, sendo que essas
fontes se dividem em dois tipos, as fontes de energia renováveis e as não
renováveis.
As fontes de energia
renováveis
são aquelas em que a sua utilização e uso é renovável e pode-se manter e ser
aproveitado ao longo do tempo sem possibilidade de esgotamento dessa mesma
fonte, exemplos deste tipo de fonte é a energia
eólica e solar.
Por outro lado as
fontes de energias não renováveis têm recursos teoricamente limitados,
sendo que esse limite depende dos recursos existentes no nosso planeta, como é
o exemplo dos combustíveis fósseis.
Existem vários tipos
de energias renováveis, e cada vez mais, com o constante desenvolvimento das
tecnologias e inovações, se descobrem novas formas de produção de energia
eléctrica utilizando como fonte os fenômenos e recursos naturais,
como é exemplo da recente inovação na criação de um hidrogerador cujo princípio
é semelhante ao de um aerogerador, diferindo no fato de o movimento das pás serem
provocado pelas correntes marítimas.
Dos vários tipos de
energias renováveis existentes iremos tratar apenas de alguns.
A principal fonte de
energia existente hoje é o petróleo, mas além de não ser renovável, e ser um dos
principais responsáveis pelo efeito estufa o petróleo ainda será motivo de
muitas guerras e conflitos entre os países, principalmente aqueles países que
dependem muito dessa fonte energética como os Estados Unidos.
Diversas nações do
mundo inteiro estão investindo muito dinheiro em projetos que utilizam as
fontes de energia alternativa como a energia solar, a energia eólica, a energia
geotérmica, o biodiesel, a energia obtida através do hidrogênio, à energia das marés, o
etanol e a biomassa.
Essas fontes de
energia alternativas citadas são as mais abordadas em projeto para uma menor
contribuição para o aquecimento da Terra e também para tentar alcançar cada vez
mais uma independência com relação ao petróleo.
2.3- Petróleo
A formação do
petróleo deve-se à alteração da matéria orgânica vegetal ou animal de origem
oceânica retida no subsolo. Assim, encontra-se petróleo nos subsolos oceânicos
ou em locais que estiverem cobertos por mares. O primeiro poço petrolífero foi
perfurado em Titusville, no estado da Pensilvânia, em agosto de 1859. A partir
dessa data, o petróleo passou a ser explorado e intensamente utilizado como
fonte de energia e como matéria-prima na fabricação de uma infinidade de
produtos.
Substância oleosa e
inflamável, o petróleo é a principal fonte de energia na atualidade. O fato de
ser um recurso esgotável, aliado ao seu grande valor econômico, fez com que
esse combustível se tornasse um elemento causador de grandes mudanças
geopolíticas e socioeconômicas em todo o mundo.
Acredita-se que o
petróleo tenha se formado há milhões de anos em razão da decomposição dos seres
que compõem o plâncton, decomposição esta causada pela pouca oxigenação e pela
ação de bactérias. Assim, esses seres decompostos teriam se acumulado no fundo
dos mares e lagos.
Composto
principalmente por hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos, o
petróleo é um óleo menos denso que a água, com coloração que pode variar desde
o castanho-claro até o preto. Além de servir como base para a fabricação da
gasolina, principal combustível para automóveis, vários outros produtos, como
gás natural, GLP, nafta, querosene, lubrificantes, etc., são derivados do
petróleo.
Por ser a principal
fonte de energia do planeta, o petróleo já foi motivo de algumas guerras, como
a Primeira Guerra do Golfo, a Guerra Irã-Iraque, a luta pela independência da
Chechênia e a invasão estadunidense no Iraque, em 2003. Sem dúvida, a
existência de petróleo é um sinônimo de riqueza e poder para um país. O
combustível se tornou ainda mais valorizado após a criação da OPEP (Organização
dos Países Exportadores de Petróleo), que nasceu com o fim de controlar preços
e volumes de produção e pressionar o mercado.
Atualmente, os dez maiores produtores de petróleo do
mundo são: Rússia, Estados Unidos, Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait,
Emirados Árabes Unidos, Venezuela, México e Inglaterra.
2.3.1-Refino do Petróleo
Vivemos numa “civilização
do petróleo”. A importância desse recurso natural vai além da geração de
energia. É utilizado também na indústria química, como matéria-prima para a
produção de plásticos, borrachas, solventes, cosméticos, medicamentos,
detergentes, tintas, fibras sintéticas e fertilizantes. Em outros setores
industriais são matéria-prima de componentes para automóveis, de aparelhos
eletrodomésticos, calçados, tecidos sintéticos, entre muitos outros produtos.
O primeiro passo para
a utilização do petróleo como matéria-prima consiste em aquecê-lo, a fim de
isolar os elementos que o compõem. Esse procedimento é realizado nas refinarias
e chama-se destilação fracionada. O aquecimento ocorre em altas torres de aço, denominadas colunas
de fracionamento, cujo interior é dividido horizontalmente. Na parte inferior
da coluna, a temperatura é bastante elevada, diminuindo gradativamente até a
parte superior. Aquecido, o petróleo evapora e seus diversos componentes são
separados em frações depositadas em bandejas numa torre de fracionamento, dando
origem a seus derivados. Em cada nível, obtém-se um subproduto ou derivado.
Esse processo é denominado refino e é realizado nas refinarias.
2.3.2- Principais reservas e países produtores
As mais importantes reservas mundiais
de petróleo estão concentradas em algumas poucas regiões: Oriente médio (60%), Golfo do México, sul dos EUA, Sibéria na Rússia e
golfo de bohai (China).
Arábia Saudita, Rússia, Estados Unidos,
Irã, China, México e Canadá são os maiores produtores, responsáveis por cerca
de 90% do petróleo produzido no mundo.
O grande volume de petróleo deslocado
das áreas produtoras para as principais regiões industriais do globo é
responsável por boa parte do comercio marítimo, mas o petróleo também e transportado
por meio de oleodutos.
2.3.3- Geopolítica do Petróleo
Até 1960, sete
grandes empresas petrolíferas controlavam grande parte da exploração e
comercialização do petróleo, determinando aumento ou redução de preços. Eram
chamadas de “as sete irmãs” em virtude dos acordos que faziam para a divisão do
mercado mundial e das estratégias conjuntas que adotavam.
Os principais países
exportadores, que pouco se beneficiavam com o controle das “sete irmãs”,
resolveram mudar esse quadro. Em 1960, por meio de Acordo de Bagdá, criaram a
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), formada atualmente pro
12 países: Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Qatar,
Nigéria, Líbia, Argélia, Angola, Venezuela e Equador.
2.4- Gás Natural
Para ter como uma solução,
com curto prazo é vantagem de o déficit energético evitar novos racionamentos,
o governo proporcionou investir em termelétricas movidas a gás natural, para
adiantar o programa proprietário de termeletricidade (PPT) que teve como início
fevereiro de 2000. O programa controla a Petrobrás sobre boa parte das minas de
gás bolivianos desde até a década de 1990.
Tendo como
investimento do gasoduto deve ter uma análise a partir de interesses
geopolíticos, relaciona-se à estratégia do governo em apertar relações com os
países sul-americanos e fazem demarcação regional nessa parte do continente.
Sua utilização é como
combustível para veículos (gás natural veicular – GNV). Sua vantagem é de ser
menos poluente que a gasolina e sua desvantagem é o custo de sua instalação
para equipamentos que não saem de fabricação.
2.4.1- Maiores produtores de Gás Natural
A Rússia é o país que
detém a maior reserva nacional de gás natural do mundo. O país tem 47,578
trilhões de metros cúbicos do combustível em seu território. Isto equivale
dizer que os russos possuem 25% do total de gás natural existente no mundo.
País
|
Gás natural - consumo (metros cúbicos)
|
Ano
|
Estados Unidos
|
689,900,027,904
|
2011
|
Rússia
|
607,200,009,216
|
2013
|
Canadá
|
160,479,996,928
|
2011
|
Irã
|
151,600,006,656
|
2011
|
China
|
149,999,992,832
|
2013
|
Catar
|
146,800,006,656
|
2011
|
Japão
|
112,599,998,464
|
2011
|
Noruega
|
101,407,889,676
|
2011
|
Arábia Saudita
|
99,229,999,104
|
2011
|
Fonte: Anuário estatístico 2013.
Disponível em>www.anp.gov.br>Acesso em: Jul. 2015.
2.5- Carvão Mineral
É um combustível fóssil formado por raízes,
troncos, folhas e galhos de árvores, que têm aproximadamente 250 milhões de
anos, das regiões sedimentares. Há diferentes tipos de carvão, uns de melhor
qualidade como fonte de energia (possuem maior porcentagem de carbono) e outros
de poder calorífero inferior. A principal base para a industrialização do mundo
foi o carvão mineral, pois os países pioneiros de industrialização, como o
Reino Unido, a Alemanha, os Estados Unidos e a França, possuem boas reservas
carboníferas.
Com o desenvolvimento da indústria
automobilística no século XX, pouco a pouco o carvão foi cedendo lugar ao
petróleo como grande fonte de energia mundial.
Em 1880, cerca de 97% da energia consumida no
mundo era proveniente do carvão, mas, em 1970, somente 12% desse total provinham
desse recurso natural. Após a crise do petróleo, em 1973, a elevação dos preços
do óleo fez com que o carvão fosse novamente valorizado, ao menos em parte, e
seu consumo voltou a subir um pouco, representando aproximadamente 23% da
energia total consumida no mundo, em 2004.
Hoje o carvão mineral
é bastante usado para produzir energia elétrica em usinas termelétricas e como
matéria-prima para fabricar aço nas siderúrgicas. Os grandes produtores mundiais
desse recurso são os Estados Unidos, China, Cazaquistão, Rússia, Polônia,
Índia, Alemanha, Austrália e África do Sul. Calcula-se que essas reservas
carboníferas são suficientes para gerar energia para cerca de 100 anos de
consumo. Mas existem os pontos negativos desse recurso, a começar pela sua
extração, que causa sérios impactos ambientais, a poluição causada por sua
queima que colabora com o aquecimento global.
2.6- Energia Nuclear
A energia nuclear,
também chamada atômica, é obtida a partir da fissão do núcleo do átomo de
urânio enriquecido, liberando uma grande quantidade de energia. A energia
nuclear mantém unidas as partículas do núcleo de um átomo. A divisão desse
núcleo em duas partes provoca a liberação de grande quantidade de energia.
Os primeiros
resultados da divisão do átomo de metais pesados, como o urânio e o plutônio,
foram obtidos em 1938. A princípio, a energia liberada pela fissão nuclear foi
utilizada para objetivos militares. Posteriormente, as pesquisas avançaram e
foram desenvolvidas com o intuito de produzir energia elétrica. No entanto,
armas nucleares continuam sendo produzidas através do enriquecimento de urânio.
Atualmente os Estados
Unidos lideram a produção de energia nuclear, porém os países mais dependentes
da energia nuclear são França, Suécia, Finlândia e Bélgica. Na França, cerca de
80% de sua eletricidade é oriunda de centrais atômicas.
No fim da década de
1960, o governo brasileiro começou a desenvolver o Programa Nuclear Brasileiro,
destinado a implantar no país a produção de energia atômica. O país possui a
central nuclear Almirante Álvaro Alberto, constituída por três unidades (Angra
1, Angra 2, e Angra 3). Está instalada no município de Angra dos Reis, no
estado do Rio de Janeiro. Atualmente, apenas Angra 2 está em funcionamento.
Essa fonte energética
é responsável por muita polêmica e desconfiança: a falta de segurança, a
destinação do lixo atômico, além da possibilidade de acontecerem acidentes nas
usinas, geram a reprovação da utilização da energia nuclear por grande parte da
população. Alguns acidentes em usinas nucleares já aconteceram, entre eles
estão:
Three Miles Island – em 1979, na usina localizada na
Pensilvânia (EUA), ocorreu a fusão do núcleo do reator e a liberação de
elevados índices de radioatividade que atingiram regiões vizinhas.
Chernobyl – em 1986 ocorreram o incêndio e o vazamento
de radiação na usina ucraniana, na extinta União Soviética, com milhares de
feridos e mortos, podendo a contaminação radioativa ter causado 1 milhão de
casos de câncer nos 20 anos seguintes.
A energia nuclear
apresenta vários aspectos positivos, sendo de fundamental importância em países
que não possuem recursos naturais para a obtenção de energia. Estudos mais
aprofundados devem ser realizados sobre essa fonte energética, ainda existem
vários pontos a serem aperfeiçoados, de forma que possam garantir segurança
para a população.
2.6.1- Aspectos positivos da energia nuclear:
- As reservas de
energia nuclear são muito maiores que as reservas de combustíveis fósseis;
- Comparada às usinas
de combustíveis fósseis, a usina nuclear requer menores áreas;
- As usinas nucleares
possibilitam maior independência energética para os países importadores de
petróleo e gás;
- Não contribui para
o efeito estufa.
2.6.2- Aspectos negativos:
- Os custos de
construção e operação das usinas são muito altos;
- Possibilidade de
construção de armas nucleares;
- Destinação do lixo
atômico;
- Acidentes que
resultam em liberação de material radioativo;
- O plutônio 239 leva
24.000 anos para ter sua radioatividade reduzida à metade, e cerca de 50.000
anos para tornar-se inócuo.
2.7- Energia Hidrelétrica
O uso da força das
águas para gerar energia é bastante antigo e começou com a utilização das
chamadas “noras”, ou rodas d’água do tipo horizontal, que através da ação
direta de uma queda d’água produz energia mecânica e são usadas desde o século
I a.C.. A partir do século XVIII, com o surgimento de tecnologias como o motor,
o dínamo, a lâmpada e a turbina hidráulica, foram possíveis converter a energia
mecânica em eletricidade.
Mas o acionamento do
primeiro sistema de conversão de hidroenergia em energia elétrica do mundo
ocorreria somente em 1897 quando entrou em funcionamento a hidrelétrica de
“Niágara Falls” (EUA) idealizada por Nikola Tesla com o apoio da Westinghouse.
De lá para cá o modelo é praticamente o mesmo, com mudanças apenas nas
tecnologias que permitem maior eficiência e confiabilidade do sistema.
Cerca de 20% da
energia elétrica gerada no mundo todo é proveniente de hidrelétricas. Em
números aproximados, só no Brasil, a energia hidrelétrica é responsável por 75
milhões de KW. São 158 usinas em funcionamento, outras 9 usinas estão em
construção e existem 26 outorgadas (com permissão para serem construídas).
Uma usina
hidrelétrica, no Brasil, pode ser classificada de acordo com a sua potência de
geração de energia em dois tipos principais: as PCH’s, ou pequenas centrais
hidrelétricas que produzem de 1MW a 30 MW e possui um reservatório com área
inferior a 3 km² (Resolução ANEEL N.º 394/98), e as GCH’s, ou grandes centrais
hidroelétricas que produzem acima de 30 MW.
A segunda maior
hidrelétrica do mundo é a usina de Itaipu, pertencente ao Brasil e ao Paraguai.
Situada no rio Paraná, Itaipu tem uma capacidade de 14.000 MW, respondendo por
16% da demanda nacional e 75% da demanda paraguaia de energia elétrica. A maior
do mundo é a Hidrelétrica de Três Gargantas, construída no rio Yangtsé, na
China. Três Gargantas tem uma capacidade de produzir 22.500 MW.
Claro que os impactos
ambientais destes dois grandes empreendimentos são tão colossais quanto eles
próprios: Três Gargantas engoliu 13 cidades, 4500 aldeias e 162 sítios
arqueológicos importantíssimos para a China. Sem contar os impactos sobre a
flora, fauna, solo, alterações do microclima da região, ciclo hidrológico e as
milhares de pessoas que tiveram de ser realocadas.
De fato as usinas
hidrelétricas são uma fonte renovável de energia, mas isso não significa que
sejam ambientalmente corretas e nem que são menos nocivas que outras fontes
unanimemente nocivas. Uma tentativa de minimizar os impactos das hidrelétricas
é a substituição dos grandes empreendimentos por PCH’s, porém esse é ainda um
tema bastante controverso já que mesmo que em menor escala, as PCH’s também
causam impactos.
2.8- Fontes Alternativas
A energia elétrica é
fundamental para o desenvolvimento dos países e a qualidade de vida das
pessoas. Quanto mais os países se desenvolvem, mais se torna necessário aumentar
a produção de energia. Ao mesmo tempo, também é preciso preservar o meio
ambiente, utilizando com consciência os recursos naturais.
Por isso, além de
ampliar a capacidade de geração de energia elétrica melhorando o aproveitamento
de fontes convencionais, também é necessário desenvolver tecnologias para a
utilização de novas fontes energéticas - as chamadas fontes alternativas de
energia. A energia alternativa é uma energia sustentável que deriva do meio
ambiente natural. A energia alternativa é obtida através de fontes que são
essencialmente inesgotáveis, ao contrário dos combustíveis fósseis, dos quais
há uma provisão finita e que não pode ser reposta.
As fontes de energia
alternativa São: energia solar, vento, água, biomassa, geotérmica, e energia
termométrica além de muitas outras.
2.8.1- Energia Solar
Ainda pouco explorada
no mundo, em função do custo elevado de implantação, é uma fonte limpa, ou
seja, não gera poluição nem impactos ambientais. A radiação solar é captada e
transformada para gerar calor ou eletricidade.
Através de um
mecanismo que capta os raios solares fazendo com que as partículas se movam, assim
gerando a energia solar.
A energia solar pode
ser aproveitada em diferentes níveis em todo o mundo. Consoante à localização
geográfica, quanto mais perto do equador, mais energia solar pode ser
potencialmente captada.
2.8.1.1- Vantagens:
A energia solar não
polui durante sua produção. A poluição decorrente da fabricação dos
equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é totalmente
controlável utilizando as formas de controles existentes atualmente.
Os painéis solares
são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo em que seu custo vem decaindo. Isso
torna cada vez mais a energia solar uma solução economicamente viável.
A energia solar é
excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua instalação em
pequena escala não obriga a enormes investimentos em linhas de transmissão.
Em países tropicais,
como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o território,
e, em locais longe dos centros de produção energética, sua utilização ajuda a
diminuir a demanda energética nestes e consequentemente a perda de energia que
ocorreria na transmissão.
2.8.1.2- Desvantagens:
Um painel solar
consome uma quantidade enorme de energia para ser fabricado. A energia para a
fabricação de um painel solar pode ser maior do que a energia gerada por ele.
Os preços são muito
elevados em relação aos outros meios de energia.
Existe variação nas
quantidades produzidas de acordo com a situação atmosférica (chuvas, neve),
além de que durante a noite não existe produção alguma, o que obriga a que
existam meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais
onde os painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.
Locais em latitudes
médias e altas sofrem quedas bruscas de produção durante os meses de inverno
devido à menor disponibilidade diária de energia solar. Locais com frequente
cobertura de nuvens (Curitiba, Londres), tendem a ter variações diárias de
produção de acordo com o grau de nebulosidade.
As formas de
armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando comparadas, por
exemplo, aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), a energia
hidroelétrica (água) e a biomassa (bagaço da cana ou bagaço da laranja).
A energia solar pode
ser aproveitada para a produção de eletricidade e de calor. Coletores solares
para o aquecimento de água são um dos exemplos mais bem-sucedidos da aplicação
de energia solar em todo o mundo.
No caso do Brasil,
que recebe uma incidência muito grande de raios solares, esse tipo de
aproveitamento pode ter um papel muito importante, principalmente na
substituição de chuveiros elétricos, que estão entre os aparelhos que mais
consomem energia.
A instalação de painéis
fotovoltaicos para absorver a energia solar é uma solução para levar
eletricidade para residências, escolas e postos de saúde em regiões que ainda
não possuem serviço regular de distribuição de energia elétrica.
Uma ação desse tipo é
o projeto-piloto de Xapuri, que forneceu e instalou kits com painéis
fotovoltaicos, quadros de distribuição, pontos de luz e lâmpadas para famílias
e escolas de comunidades seringueiras da Reserva Agroextrativista Chico Mendes,
em Xapuri, no Acre. O projeto é uma iniciativa da Eletrobras e da Eletrobras
Distribuição Acre em parceria com o GIZ, órgão alemão de cooperação técnica,
dentro do Programa Luz para Todos, do governo brasileiro.
2.8.2- Biocombustíveis
É o combustível de
origem biológica não fóssil. Normalmente é produzido a partir de uma ou mais
plantas. Todo material orgânico gera energia, mas o biocombustível é fabricado
em escala comercial a partir de produtos agrícolas como a cana-de-açúcar,
mamona, soja, canola, babaçu, mandioca, milho, beterraba. sendo o primeiro um
dos principais, seu uso é bastante difundido no Brasil como combustível em
veículos automotores, utilização iniciada na década de 70.
2.8.2.1-
O álcool combustível
É um biocombustível
produzido, geralmente, a partir da cana-de-açúcar, mandioca, milho ou
beterraba.
Ele é utilizado desde o início da indústria
automotiva, servindo de combustível para motores a explosão do tipo ciclo Otto.
Porém, com a utilização de combustíveis fósseis, no começo do século XX, mais
barato e abundante, o etanol tornou-se uma opção praticamente ignorada.
O álcool corresponde a um líquido
transparente, com cheiro forte e sem cor, cuja característica principal é a
capacidade de ser queimado, ou seja, é um líquido inflamável.
Na composição do álcool encontramos
átomos dos seguintes elementos: hidrogênio, carbono e oxigênio. A queima do
álcool dá origem aos produtos água, gás carbônico e muita energia.
Vantagens
do etanol:
Chamamos octonagem o poder de
resistência à compressão da mistura ar-vapor de combustível dentro do motor.
O poder calorífico do álcool
combustível é de 6300 cal/g. Num motor de combustão interna, é o vapor de
combustível que sofre combustão, por isso, um combustível é bom quanto maior
for sua facilidade em passar para o estado gasoso.
O álcool foi uma solução brasileira como alternativa ao petróleo, é um
combustível ecologicamente correto, o álcool não afeta a camada de ozônio e é
obtido de fonte renovável.
2.8.2.2- Biogás
O biogás é um
combustível gasoso com um conteúdo energético elevado semelhante ao gás
natural, composto, principalmente, por hidrocarbonetos de cadeia curta e
linear. Pode ser utilizado para geração de energia elétrica, térmica ou
mecânica em uma propriedade rural, contribuindo para a redução dos custos de
produção. No Brasil, os biodigestores rurais vêm sendo utilizados,
principalmente, para saneamento rural, tendo como subprodutos o biogás e o
biofertilizante.
2.8.2.2.1- Vantagens:
· A substituição do GLP, um derivado de
petróleo importado;
Comodidade e segurança para o consumidor, vantagens inerentes ao
gás canalizado;
Não é necessária a sua purificação, removendo-se apenas os
líquidos condensados ao longo-das vias de captação e distribuição;
Os equipamentos adaptados mostraram um desempenho razoável;
As donas-de-casa que utilizam o gás têm se mostrado satisfeitas
com a mudança, pois, a chama é bastante limpa, não deixando resíduos de fuligem
nas panelas.
.
2.8.2.2.2.1- Desvantagens:
A quantidade de energia gerada pelo biogás
não é constante, variando ao longo do período de produção;
Em função da Diretiva Comunitária relativa a aterros, no futuro
será minimizada a deposição de resíduos biodegradáveis em aterro, pelo que as
instalações de recuperação de biogás de aterro terão um tempo limitado de
existência;
Alto período de recuperação do investimento
2.8.2.1.1- Vantagens dos Biocombustíveis:
- Possibilita o
fechamento do ciclo do carbono (CO2), contribuindo para a estabilização da
concentração desse gás na atmosfera (isso contribui para frear o aquecimento
global).
- No caso específico
do Brasil, há grande área para cultivo de plantas que podem ser usadas para a
produção de biocombustíveis.
- Geração de emprego
e renda no campo
- O biodiesel
substitui bem o óleo diesel sem necessidade de ajustes no motor
- Redução do lixo no
planeta (pode ser usado para produção de biocombustível
2.8.2.2- Desvantagens dos Biocombustíveis:
- Consome grande
quantidade de energia para a produção
- Aumento do consumo
de água
- Redução da
biodiversidade
- As culturas para
produção de biocombustíveis consomem muitos fertilizantes nitrogenados, com
liberação de óxidos de nitrogênio, que também são gases estufa.
- Devastação de áreas
florestais para plantio das culturas
envolvidas na produção dos biocombustíveis
- Contaminação de
lençóis freáticos por nitritos e nitratos, provenientes de fertilizantes. A
ingestão desses produtos causa problemas respiratórios, devido à produção de
meta-hemoglobina.
2.8.3- Energia Eólica
Gerada a partir do
vento. Grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que, os
movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte limpa e inesgotável,
porém, ainda pouco utilizada.
Na atualidade
utiliza-se a energia eólica para mover aerogeradores - grandes turbinas
colocadas em lugares com muito vento. Essas turbinas têm a forma de um cata-vento
ou um moinho. Esse movimento, através de um gerador, produz energia elétrica.
Precisam agrupar-se em parques eólicos, concentrações de aerogeradores,
necessários para que a produção de energia se torne rentável, mas podem ser
usados isoladamente, para alimentar localidades remotas e distantes da rede de
transmissão.
2.8.3.1- Vantagens:
Reduz a elevada
dependência energética do exterior, nomeadamente a dependência em combustíveis
fósseis;
Poupança devido à
menor aquisição de direitos de emissão de CO2 por cumprir o protocolo de Quioto
e diretivas comunitárias e menores penalizações por não cumprir;
Possível contribuição
de cota de GEE para outros sectores da atividade econômica;
É uma das fontes mais
baratas de energia podendo competir em termos de rentabilidade com as fontes de
energia tradicionais.
2.8.3.2- Desvantagens:
A intermitência, ou
seja, nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é necessária, tornando
difícil a integração da sua produção no programa de exploração;
Pode ser ultrapassado
com as pilhas de combustível (H2) ou com a técnica da bombagem hidroelétrica.
Provoca um impacto
visual considerável, principalmente para os moradores em redor, a instalação
dos parques eólicos gera uma grande modificação da paisagem;
Impacto sobre as aves
do local: principalmente pelo choque destas nas pás, efeitos desconhecidos
sobre a modificação de seus comportamentos habituais de migração;
Impacto sonoro: o som
do vento bate nas pás produzindo um ruído constante (43dB (A)). As habitações
mais próximas deverão estar, no mínimo a 200m de distância.
2.8.4- Energia Geotérmica
Caracteriza-se pelo calor proveniente da Terra,
é a energia calorífera gerada a menos de 64 quilômetros da superfície
terrestre, em uma camada de rochas, chamada magma, que chega a atingir até
6.000°C. Geo significa terra e térmica corresponde a calor, portanto,
geotérmica é a energia calorífica oriunda da terra.
O magma resulta das tremendas
pressões abaixo da superfície e do calor gerado pela decomposição de
substâncias radioativas, como o urânio e o tório. Encontrando fissuras na
crosta terrestre, o magma explode em erupções vulcânicas, ou os gases liberados
com o seu resfriamento aquecem águas subterrâneas que afloram na forma de
gêiseres ou minas de água quente.
A energia elétrica pode ser obtida
através da perfuração do solo em locais onde há grande quantidade de vapor e
água quente, estes devem ser drenados até a superfície terrestre por meio de
tubulações específicas. Em seguida o vapor é transportado a uma central elétrica
geotérmica, que irá girar as lâminas de uma turbina. Por fim, a energia obtida
através da movimentação das lâminas (energia mecânica) é transformada em
energia elétrica através do gerador.·.
2.8.4.1-Vantagens:
A emissão de gases poluentes (CO2 e SO2) é praticamente nula, não
intensificando o efeito de estufa, diferentemente dos combustíveis de origem
fóssil.
A área necessária para a instalação da usina é
pequena.
Pode abastecer comunidades isoladas.
2.8.4.2- Desvantagens:
É uma energia muito cara e pouco
rentável, pois necessita de altos investimentos estruturais e sua eficiência é
baixa.
Pode ocasionar o esgotamento do campo
geotérmico.
O calor perdido aumenta a temperatura do
ambiente.
Ocorre a emissão de ácido sulfídrico (H2S),
extremamente corrosivo e nocivo à saúde.
2.9- Estrutura Energética no Brasil
Em 2000, o PIB brasileiro aumentou
4,36%; já em 2001, quando aconteceu o racionamento de energia no país esse
crescimento foi apenas de 1,51%.
Mesmo não tendo sido o único responsável, l, pois é preciso considera também
outros fatores econômicos, o racionamento de energia sem duvida contribui para
a diminuição no ritmo de crescimento econômico, o que demonstra a importância
do setor energético para as atividades econômicas.
No que se refere às possibilidades de geração de energia, o Brasil apresenta
grande vantagem em relação à maioria dos países, pois as condições naturais
clima, relevo, hidrografia, solo, estrutura geológica e dimensão territorial
brasileira permitem que o país disponha de varias opções energética, muita dela
renováveis e menos poluentes que os combustíveis fósseis.
Apesar de variedades de opções
energéticas, no Brasil, assim como em todo mundo, e grande a dependência de
fontes de energia não renovava e atualmente poluidoras, especialmente no setor
de transporte. Já para a geração de eletricidade, no país a um grande
aproveitamento das forças das águas dos rios, o que é bastante favorável, pois
essa finte de energia não polui a atmosfera e é renovável, apesar de provocarem
impactos sócios ambientais.
O Brasil apresenta um grande potencial para desenvolver fontes energéticas
alternativas, sobre tudo as que são agrupadas no termo genético de biomassa,
além de energia solar e do vento (eólica). No entanto, o desenvolvimento de
fontes alternativas para a produção de combustível e a geração de eletricidade
ou de calor depende de investimento, programa de apoio ao uso dessas fontes
energéticas e maior divulgação de possibilidade que eles apresentam alteração
na matriz energética. A atual matriz energética brasileira, apoiada na
hidroeletricidade e nos combustíveis fosseis , resulta das políticas nacionais
de desenvolvimento adotadas no decorre do processo de industrialização no
brasil. Ele teve como características principais o estímulo ao transporte s
rodoviário, particularmente no transporte de cargas, e a construção de grandes
usinas hidrelétricas, sobre tudo após o primeiro choque do petróleo, em 1973.
No ano 2001, o Brasil fazia retorno de
intermeto e economia, mostrava crescimento, deu-se presente pela escassez de energia.
A estiagem naquele ano fez com que o nível de água diminuísse dos
reservatórios e o que mais afetou a produção de energia.
Destacando-se outros causadores podemos
citar nos últimos anos 1990, como referência, se a economia tivesse progredido, mas rápido. Isso porque o
Brasil não teve investimento necessário, para aumentar a oferta de energia no
país conforme a demanda.
Atividade: Interconexão pág. 172 questões 1 e 2
2.9.1- Hidrelétricas
A energia hidrelétrica é considerada
como uma fonte de energia principal no Brasil, sua responsabilidade faz com que
80% de energia seja gerada. No nosso território se fazem presentes
hidrelétricos, podemos citar como exemplo Itaipu e Tucuruí. Em que se faz
presenças de novas como base para novas sustentações.
Na Amazônia podemos destacar, as
hidrelétricas em operação e as planejadas. Embora a Eletronorte alegue que elas
podem ser vantagem para todo o Brasil, os meios de transmissão desta
energia para o Centro-Sul se torna caro, por caso das grandes
distâncias.
As usinas construídas na região, para
fornecer energia aos projetos mineradores, necessitam de 1/3 de energia
elétrica é consumida por estas indústrias de alumínio que fazem parte na
Amazônia.
2.9.2- Petróleo no Brasil
A exploração do
petróleo no Brasil teve início com a criação do petróleo brasileiro S.A , em
1953 , durante o governo de Getúlio Vargas,
a empresa em regime monopólio, fazia um controle das pesquisas relacionadas ao subsolo brasileiro.
Na década de 1970,
foi descoberta pelo Brasil a maior jazida petrolífera, a bacia de campos, no
Rio de Janeiro. O país teve a presença de autossuficiência em produção, com
efeitos positivos na economia, tendo vantagem por reduzir gastos com
importações e diminuir efeitos de crises no mercado do Petroleiro.
2.9.3- Do
Proálcool ao biocombustível
A utilização do
álcool (etanol) considerado como um combustível automotivo no Brasil teve
início no ano de 1975, na crise do petróleo. Tendo-se destaque a implantação
nacional do governo (Proálcool) que tinha concebido a inserção fiscal, como
empréstimo dívidas nos produtos do Brasil.
A primeira estava
para junção do álcool à gasolina. O primeiro automóvel movido a álcool seria
lançado em 1979. O pó-álcool teve vantagem à oferta de veículos e combustível
com custo mais barato.
2.9.4- Carvão Mineral
A originalidade de quase todo carvão, é a partir da região Sul, onde
estão as reservas. O estado do Rio Grande do Sul é considerado como maior
produtor seguido de Santa Catarina. O que garante mais lucro na comercialização
do carvão é a presença de carbono nele, na região catarinense.
O carvão mineral tem como desvantagem os teores de cinzas e enxofre, se
passar por uma lavagem diminui seu efeito calórico.
2.9.5- Carvão vegetal e lenha
A obtenção do carvão
mineral é a partir da queima de madeira, a uma temperatura maior que 400 Graus.
A utilização dele é para combustível nas residências, usinas siderúrgicas e
termelétricas.
2.9.5.1- Vantagens:
É uma fonte renovável
Não exige a utilização
de outra energia na sua produção.
2.9.5.2- Desvantagens:
É uma das fontes
poluentes da atmosfera.
Libera dióxido de
Carbono e outros poluentes.
FONTE: Lucci, Elian Alabi. Território e sociedade no
mundo globalizado: geografia: ensino médio, volume 2 / Elian Alabi Lucci,
Anselmo Lázaro Branco, Cláudio Mendonça. – 2ª. ed. - São Paulo: Saraiva, 2013.
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