1- População Mundial
As ciências relacionadas à saúde, á
educação, à higiene e ao saneamento básico evoluíram muito, ao longo das
últimas décadas, trazendo efeitos positivos e transformadores para a vida
humana.
A dinâmica de crescimento populacional
no mundo foi extremamente alterada, e os principais impactos resultantes das
evoluções na medicina e no aceso à educação são a queda das fertilidades
femininas, a redução da mortalidade infantil e o aumento da longevidade humana.
É evidente que tais ocorrências apresentam variações de continente para
continente, de país para país e de região para região.
Os últimos maiores efeitos desses
fatores são a desaceleração do crescimento populacional e o aumento da
expectativa de vida.
A ONU apresenta dados que mostram que o
planeta alcançou 7,1 bilhões de habitantes no primeiro semestre de 2013.
O ritmo de crescimento cai
significativamente e deve, na metade do século XXI, chegar a 0,3%, taxa bem
inferior a atual de 1,1% ao ano.
A Terra terá mais de 9 bilhões de
habitantes, por volta do ano de 2050.
A queda maior da natalidade é
verificada na Europa, onde a população já representou no passado, 22% do total
de habitantes do globo e, nos dias atuais, corresponde a apenas 10%.
A Ásia, com 4,2 bilhões de habitantes é
o continente mais populoso. Os dois países China e Índia, possuem as
impressionantes populações, respectivamente, de 1,4 bilhões e 1,25 bilhões de
habitantes.
Os controles de natalidade, impostos
por governos, como na China, espontâneos a partir de decisões de casais ou
pessoais, contribuem para a positiva redução do crescimento populacional
acelerado.
A Índia terá a maior população mundial
nas duas próximas décadas ao ultrapassar o país dos chineses.
Os EUA, em razão da forte imigração,
apresenta crescimento populacional ainda elevado, em torno de 0,9% ao ano,
apesar da baixa natalidade.
As populações dos países mais ricos
crescem a taxas anuais de 0,3%, enquanto nos países pobres e miseráveis oscilam
as taxas de crescimento populacional, entre 1,5% a 2,5%, o que determina um
grande aumento de populações com maiores necessidades e carências sociais,
principalmente, na África pobre e marcada pela fome. Países como Niger, Malawi, Uganda, todos da África,
têm os mais elevados crescimentos demográficos e preocupam o mundo todo, em
razão dos efeitos negativos de tais
índices, com alta mortalidade infantil, falta de escolas, hospitais,
atendimento médico precário, doenças, subnutrição e desemprego.
2- Qualidade de Vida – IDH
O PNUD – Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento criou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), para
apurar e medir as variações no padrão de qualidade de vida das diferentes
populações da Terra.
A educação, expectativa ou esperança de
vida e renda são indicadores básicos para as conclusões a serem firmadas sobre
a vida humana, como se desenvolvem em todo o planeta.
A educação e seus desdobramentos são
considerados num somatório de dados, como a média de anos de escolaridade e as
faixas etárias correspondentes. A longevidade considera estimativa de esperança
de vida ao nascer da pessoa, resumindo as condições de moradia, acesso à saúde
e salubridade ambiental.
A ONU, com base nos dados do IDH,
classifica os países em quatro grupos: muito alto desenvolvimento, alto
desenvolvimento, médio desenvolvimento e baixo desenvolvimento humano.
Os países africanos: Guiné-Bissau,
Congo, Serra Leoa, República Centro-africana e Chade possuem as menores
expectativas de vida, em torno de 50 anos, enquanto Mônaco, pequeno principado
na área litorâneo do Mar Mediterrâneo francês, alcança esperança de vida de 88
anos para homens e 94 anos para as mulheres.
Embora tenha havido redução da pobreza,
o abismo entre os muito ricos e a massa pobre aumentou, nos últimos anos.
A parcela populacional mundial, 1% mais
rica tem renda superior equivalente a 58% à dos mais pobres. O Japão é o país
menos desigual, onde os 10% mais ricos recebem renda 4,5 vezes superior à dos
10% mais pobres, enquanto nos EUA essa diferença é de 16 vezes.
No próprio continente africano encontramos
muitas desigualdades,
Encontramos Países desenvolvidos/ricos
como a Líbia, Maurícia e Seicheles, com qualidades de vida superiores a de
muitos países da Europa. Países africanos com qualidades de vida e índices de
desenvolvimento razoáveis como a África do Sul, Marrocos, Argélia, Tunísia,
Cabo Verde e São Tomé e Países pobres como Ruanda (0.431) Guiné (0.425) Benin
(0.421) Tanzânia (0.407) Costa do Marfim (0.399) Zâmbia (0.389) Malawi (0.388)
Angola (0.381) Chade (0.379) República do Congo (0.365) África Central (0.361)
Etiópia (0.359) Moçambique (0.354) Guiné Bissau (0.350) Burundi (0.339) Mali
(0.326) Burkina Faso (0.302) Níger (0.292) Serra Leoa (0.273), na África o IDH
na sua maior parte é médio: 0,650–0,699.
3- Os 20 Maiores Países do Mundo em Termos
Populacionais.
Os 20 maiores países do mundo, em
termos demográficos, tem apresentado variações ao longo do tempo. Em 1950, a
China era o país mais populoso e possuía mais de 20% da população mundial. Em
segundo lugar vinha à Índia, seguida pelos Estados Unidos (EUA), pela Rússia e
o Japão em quinto lugar. O Brasil aparecia em oitavo lugar. Antes do maior país
da América Latina havia a Alemanha e adiante vinham outros três países da
Europa Ocidental: Inglaterra, Itália e França.
Em 2010 o quadro tinha mudado bastante.
A China continuou em primeiro lugar, mas com pouco menos de 20% da população
mundial. A Índia chegou junto e se aproximou do tamanho da população chinesa.
Os EUA continuaram em terceiro lugar. A Indonésia passou para o quarto lugar e
o Brasil para o quinto. A Alemanha caiu de sétimo para décimo quinto, enquanto
os outros países europeus – Inglaterra, França, Itália, Ucrânia e Polônia –
saíram da lista. A Rússia caiu do quarto para o nono lugar, enquanto o Japão
caiu do quinto para o décimo. Ganharam destaque: Paquistão, Nigéria e
Bangladesh.
As projeções para 2050 apontam que a
Índia assumirá o primeiro lugar e a China – com cerca de 14% da população
mundial – ficará em segundo lugar. O EUA deve manter o terceiro lugar, mas
Indonésia deve cair para o quinto, o Brasil para o sétimo e o Japão para o
décimo sexto. A Alemanha – único país da Europa Ocidental na lista de 2010 –
deve sair desta lista do G-20. Os países que devem apresentar os maiores ganhos
de população são Nigéria (do 13º em 1950 para 4º em 2050), Paquistão (de 14º
para 6º), Bangladesh (de 12º para 8º), além de Filipinas, Congo e Etiópia que
não estavam no G-20 em 1950 e devem assumir a 9ª, 10ª e 11ª posições em 2050.
Para 2100, a Índia deve manter o
primeiro lugar com quase 16% da população mundial e a China deve manter o
segundo lugar, mas com menos de 10% da população mundial. Os EUA devem cair
para o quarto lugar, enquanto a Indonésia deve passar para o sétimo lugar, o
Brasil para décimo lugar, Rússia para 17º e Japão para 18º. Os grandes ganhos
populacionais ocorrerão nos países: Nigéria (3º lugar), Tanzânia (5º) e
República Democrática do Congo (8º).
O que chama atenção na lista dos 20
países mais populosos é que desde o ano 2010 somente dois países – EUA e Japão
– possuem alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Embora Rússia já tenha
diminuição da população e China e Brasil deva apresentar decrescimento nas
próximas décadas, os maiores crescimentos demográficos vão ocorrer ao longo do
século XXI nos países mais pobres e com menor nível de IDH. Isto pode jogar
vários países na “armadilha da pobreza”, além de agravar os problemas
ambientais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário