Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

População Mundial

1- População Mundial
As ciências relacionadas à saúde, á educação, à higiene e ao saneamento básico evoluíram muito, ao longo das últimas décadas, trazendo efeitos positivos e transformadores para a vida humana.
A dinâmica de crescimento populacional no mundo foi extremamente alterada, e os principais impactos resultantes das evoluções na medicina e no aceso à educação são a queda das fertilidades femininas, a redução da mortalidade infantil e o aumento da longevidade humana. É evidente que tais ocorrências apresentam variações de continente para continente, de país para país e de região para região.
Os últimos maiores efeitos desses fatores são a desaceleração do crescimento populacional e o aumento da expectativa de vida.
A ONU apresenta dados que mostram que o planeta alcançou 7,1 bilhões de habitantes no primeiro semestre de 2013.
O ritmo de crescimento cai significativamente e deve, na metade do século XXI, chegar a 0,3%, taxa bem inferior a atual de 1,1% ao ano.
A Terra terá mais de 9 bilhões de habitantes, por volta do ano de 2050.
A queda maior da natalidade é verificada na Europa, onde a população já representou no passado, 22% do total de habitantes do globo e, nos dias atuais, corresponde a apenas 10%.
A Ásia, com 4,2 bilhões de habitantes é o continente mais populoso. Os dois países China e Índia, possuem as impressionantes populações, respectivamente, de 1,4 bilhões e 1,25 bilhões de habitantes.
Os controles de natalidade, impostos por governos, como na China, espontâneos a partir de decisões de casais ou pessoais, contribuem para a positiva redução do crescimento populacional acelerado.
A Índia terá a maior população mundial nas duas próximas décadas ao ultrapassar o país dos chineses.
Os EUA, em razão da forte imigração, apresenta crescimento populacional ainda elevado, em torno de 0,9% ao ano, apesar da baixa natalidade.
As populações dos países mais ricos crescem a taxas anuais de 0,3%, enquanto nos países pobres e miseráveis oscilam as taxas de crescimento populacional, entre 1,5% a 2,5%, o que determina um grande aumento de populações com maiores necessidades e carências sociais, principalmente, na África pobre e marcada pela fome. Países  como Niger, Malawi, Uganda, todos da África, têm os mais elevados crescimentos demográficos e preocupam o mundo todo, em razão dos  efeitos negativos de tais índices, com alta mortalidade infantil, falta de escolas, hospitais, atendimento médico precário, doenças, subnutrição e desemprego.

2- Qualidade de Vida – IDH
O PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento criou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), para apurar e medir as variações no padrão de qualidade de vida das diferentes populações da Terra.
A educação, expectativa ou esperança de vida e renda são indicadores básicos para as conclusões a serem firmadas sobre a vida humana, como se desenvolvem em todo o planeta.
A educação e seus desdobramentos são considerados num somatório de dados, como a média de anos de escolaridade e as faixas etárias correspondentes. A longevidade considera estimativa de esperança de vida ao nascer da pessoa, resumindo as condições de moradia, acesso à saúde e salubridade ambiental.
A ONU, com base nos dados do IDH, classifica os países em quatro grupos: muito alto desenvolvimento, alto desenvolvimento, médio desenvolvimento e baixo desenvolvimento humano.
Os países africanos: Guiné-Bissau, Congo, Serra Leoa, República Centro-africana e Chade possuem as menores expectativas de vida, em torno de 50 anos, enquanto Mônaco, pequeno principado na área litorâneo do Mar Mediterrâneo francês, alcança esperança de vida de 88 anos para homens e 94 anos para as mulheres.
Embora tenha havido redução da pobreza, o abismo entre os muito ricos e a massa pobre aumentou, nos últimos anos.
A parcela populacional mundial, 1% mais rica tem renda superior equivalente a 58% à dos mais pobres. O Japão é o país menos desigual, onde os 10% mais ricos recebem renda 4,5 vezes superior à dos 10% mais pobres, enquanto nos EUA essa diferença é de 16 vezes.
No próprio continente africano encontramos muitas desigualdades,
Encontramos Países desenvolvidos/ricos como a Líbia, Maurícia e Seicheles, com qualidades de vida superiores a de muitos países da Europa. Países africanos com qualidades de vida e índices de desenvolvimento razoáveis como a África do Sul, Marrocos, Argélia, Tunísia, Cabo Verde e São Tomé e Países pobres como Ruanda (0.431) Guiné (0.425) Benin (0.421) Tanzânia (0.407) Costa do Marfim (0.399) Zâmbia (0.389) Malawi (0.388) Angola (0.381) Chade (0.379) República do Congo (0.365) África Central (0.361) Etiópia (0.359) Moçambique (0.354) Guiné Bissau (0.350) Burundi (0.339) Mali (0.326) Burkina Faso (0.302) Níger (0.292) Serra Leoa (0.273), na África o IDH na sua maior parte é médio: 0,650–0,699.

3- Os 20 Maiores Países do Mundo em Termos Populacionais.
Os 20 maiores países do mundo, em termos demográficos, tem apresentado variações ao longo do tempo. Em 1950, a China era o país mais populoso e possuía mais de 20% da população mundial. Em segundo lugar vinha à Índia, seguida pelos Estados Unidos (EUA), pela Rússia e o Japão em quinto lugar. O Brasil aparecia em oitavo lugar. Antes do maior país da América Latina havia a Alemanha e adiante vinham outros três países da Europa Ocidental: Inglaterra, Itália e França.
Em 2010 o quadro tinha mudado bastante. A China continuou em primeiro lugar, mas com pouco menos de 20% da população mundial. A Índia chegou junto e se aproximou do tamanho da população chinesa. Os EUA continuaram em terceiro lugar. A Indonésia passou para o quarto lugar e o Brasil para o quinto. A Alemanha caiu de sétimo para décimo quinto, enquanto os outros países europeus – Inglaterra, França, Itália, Ucrânia e Polônia – saíram da lista. A Rússia caiu do quarto para o nono lugar, enquanto o Japão caiu do quinto para o décimo. Ganharam destaque: Paquistão, Nigéria e Bangladesh.

As projeções para 2050 apontam que a Índia assumirá o primeiro lugar e a China – com cerca de 14% da população mundial – ficará em segundo lugar. O EUA deve manter o terceiro lugar, mas Indonésia deve cair para o quinto, o Brasil para o sétimo e o Japão para o décimo sexto. A Alemanha – único país da Europa Ocidental na lista de 2010 – deve sair desta lista do G-20. Os países que devem apresentar os maiores ganhos de população são Nigéria (do 13º em 1950 para 4º em 2050), Paquistão (de 14º para 6º), Bangladesh (de 12º para 8º), além de Filipinas, Congo e Etiópia que não estavam no G-20 em 1950 e devem assumir a 9ª, 10ª e 11ª posições em 2050.

Para 2100, a Índia deve manter o primeiro lugar com quase 16% da população mundial e a China deve manter o segundo lugar, mas com menos de 10% da população mundial. Os EUA devem cair para o quarto lugar, enquanto a Indonésia deve passar para o sétimo lugar, o Brasil para décimo lugar, Rússia para 17º e Japão para 18º. Os grandes ganhos populacionais ocorrerão nos países: Nigéria (3º lugar), Tanzânia (5º) e República Democrática do Congo (8º).

O que chama atenção na lista dos 20 países mais populosos é que desde o ano 2010 somente dois países – EUA e Japão – possuem alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Embora Rússia já tenha diminuição da população e China e Brasil deva apresentar decrescimento nas próximas décadas, os maiores crescimentos demográficos vão ocorrer ao longo do século XXI nos países mais pobres e com menor nível de IDH. Isto pode jogar vários países na “armadilha da pobreza”, além de agravar os problemas ambientais.

                                

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