Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A GLOBALIZAÇÃO

A globalização é um dos aspectos mais discutidos e polêmicos da nova ordem internacional. O que vem a ser, então, essa tal globalização?
O atual processo de globalização nada mais é do que a mais recente fase da expansão capitalista. Pode e afirmar que a globalização ora em curso está para o atual período científico-tecnológico do capitalismo orno o colonialismo esteve para a sua etapa comercial u o imperialismo para o final da fase industrial e início da financeira. Ou seja, trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, os lucros, que é o que de fato move os capitais, produtivos ou especulativos, na arena do mercado. Só que agora essa expansão - e esse é o dado novo - pode dispensar a invasão de tropas, a ocupação territorial, pode abrir mão, enfim, da guerra. Tanto é que praticamente todas as guerras atuais têm um fundo mais nacionalista do que econômico. Agora a invasão é muito mais silenciosa, sutil e eficaz. Trata-se de uma invasão high- de mercadorias, capitais e serviços, informações e pessoas. A farda agora é o terno e a gravata, pelo menos para os novos "executivos generais". As novas armas são a agilidade e a eficiência das comunicações e do controle de dados e informações, obtidos através de satélites de comunicação; da informática (PCs, laptops, supercomputadores); dos telefones fixos e móveis; dos aparelhos de fac-símile - os fax - ou dos boeings e airbus; dos supernavios e petroleiros e graneleiros e dos trens de alta velocidade.
Mas o que atrai essas empresas para fora dos limites de seus países de origem? Por que a GM, a Exxon, a GE, a IBM e a Dupont atuam fora dos Estados Unidos? Ou a Volkswagen, a Daimler-Benz, a Bayer e a Siemens fora da Alemanha? Ou ainda a Philips (Países Baixos), a Volvo (Suécia), a Nestlé (Suíça), a Renault (França), a British Petroleum (Reino Unido) e, mais recentemente, as japonesas Mitsubishi, Sony, Matsushita e Hitachi, só para ficar em alguns exemplos, expandem-se para fora do território de seu país de origem? A resposta é uma só: a busca de melhores negócios, de maior rentabilidade para o capital, de maior lucratividade, enfim. E isso, fundamentalmente, que explica o fato de alguns países subdesenvolvidos terem se industrializado nesse período.
Essas marcas são vistas em qualquer grande metrópole do mundo e também em muitas cidades médias e pequenas. São as marcas da mundialização do capital.
E o que permite altos lucros em muitos desses países? Basicamente, os seguintes fatores: mão-de-obra abundante, politicamente desmobilizada e, portanto, barata: disponibilidade de fontes de energia e matérias-primas a baixo custo: mercado interno em crescimento: facilidades de exportação e de remessa de lucros para as sedes dessas empresas no exterior, incentivos fiscais e subsídios governamentais, mais recentemente, ausência de legislação de proteção ao meio ambiente ou, na sua existência; possibilidades de burlá-la.
No imediato pós-guerra, esses fatores, com destaque para a mão-de-obra barata, constituíam vantagens comparativas importantíssimas para a alocação dos investimentos no exterior. Essas vantagens, evidentemente, não eram encontradas em todos os países, nem mesmo todas juntas num único.

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