Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A ORDEM MUNDIAL BIPOLAR

A ordem internacional bipolar durou cerca de 45 anos, desde o final da Segunda Guerra Mundial até por volta de 1989-91. (Podemos tomar o ano de 1989 como marcos se enfatizar as mudanças no Leste europeu e particularmente a queda do Muro de Berlim, uma espécie de símbolo da "cortina de ferro" que separava as duas Europas e os dois "blocos", o capitalista e o socialista. E podemos tomar 1991 como marcos se considerarmos que no final desse ano houve a dissolução da URSS, a grande potência que dava coesão, além de servir de exemplo ou modelo, para os demais países do mundo socialista.) Essa ordem bipolar tinha como traço marcante e essencial a forte oposição entre o Leste e o Oeste, isto - é, entre o "socialismo real" e o capitalismo, considerados dois modelos societários alternativos e até antagônicos. Duas superpotências, com enorme poderio econômico e principalmente político-militar, comandavam cada um desses campos ou "blocos": os Estados Unidos, no mundo ocidental ou capitalista, e a União Soviética, no mundo dito socialista ou comunista.
O chamado mundo socialista iniciou-se em 1917, com a Revolução Russa, quando pela primeira vez desde que o capitalismo tornou-se dominante no planeta surgiu uma nova forma de organização social alternativa a ele. Depois que a Rússia, em 1922, anexou novos territórios e passou a se denominar União Soviética, durante quase oito décadas, isto é, grande parte do nosso século - exatamente aquele período que alguns historiadores chamam de "o século XX curto (de 1914-17 até 1989-91)" -, seguiu-se uma expansão do socialismo real por diversos países do mundo e uma correspondente retração do espaço capitalista. E o capitalismo, como veremos, reagiu a isso, procurando de várias maneiras combaterem a chamada "ameaça comunista".
A Segunda guerra Mundial, encerrada em 1945, trouxe importantes alterações no equilíbrio entre as grandes potências. As potências européias, especialmente a Inglaterra, que dominavam o globo desde os séculos anteriores até os primórdios da XX, estavam arrasadas com o final da guerra. Havia ainda os seus impérios coloniais, mas estes logo se desmancharam, principalmente nos anos 50. Os Estados Unidos emergiram então como a nova potência capitalista hegemônica, com investimentos e interesses comerciais em todos os continentes.
As empresas multinacionais norte-americanas logo se espalharam por todo o imenso mundo capitalista ou de economias de mercado, inclusive para as áreas periféricas (que, em grande parte, em especial na África e na Ásia, deixavam então de ser colônias para se tornarem economias subdesenvolvidas; no caso da América Latina, cujas independências remontam ao século XIX, já havia antes da guerra uma crescente influência dos EUA, que rivalizava com a presença britânica). O "modelo de vida norte-americano", com seus filmes à Hollywood, com a Coca-Cola e o fast - com os jeans, com o automóvel como grande símbolo de individualismo e de status social, etc., acabou se tornando a realidade, ou pelo menos a aspiração, de todos os povos do chamado mundo ocidental ou capitalista.

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