Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Desenvolvimento e Subdesenvolvimento

1- ONU- Organização das Nações Unidas

A Segunda Grande Guerra foi um divisor de águas na humanidade, reconfigurando toda a Geopolítica do planeta. Um dos desdobramentos mais importantes desse conflito foi a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), que foi fundada em 24 de Outubro de 1945, na Conferência de São Francisco, Califórnia, por 51 países, em substituição à Liga das Nações ( 1919 – 1946 ). A Liga das Nações, possuía sede em Genebra, na Suíça, e estava enfraquecida devido à ausência de importantes países como Estados Unidos, União Soviética e Alemanha. - As línguas oficiais da ONU são inglês, francês, russo, mandarim, espanhol e árabe. Atualmente a ONU é presidida pelo secretário geral sul-coreano Ban-Ki-Moon.  A ONU é mantida através de contribuições financeiras feitas pelos países membros. Os países que mais contribuem são: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.
A estrutura da Organização das Naçoes Unidas foi implantada logo após a Segunda Guerra Mundial. Em função disso, a escolha dos membros permanentes do Conselho de Segurança favoreceu as nações que foram as principais vencedoras do conflito mundial e que participaram das negociações internacionais que tiveram lugar em diversas conferências naquele período, como as de Yalta, Potsdam, dentre outras. Naquele contexto histórico, a geopolítica mundial era marcada pelo início da bipolaridade entre as duas superpotências que seriam os principais antagonistas da Guerra Fria: Estados Unidos e União Soviética. Além deles, as duas outras potências vencedoras da guerra contra o Eixo na Europa, Reino Unido e França, também se destacavam entre os atores da geopolítica do imediato pós-guerra. Por fim, a China foi incluída, por ter sido um país importante para a derrota japonesa no Pacífico. As mudanças na ordem de poder mundial nas últimas décadas vêm estimulando diversas nações e analistas internacionais a defenderem alterações na composição do Conselho quanto ao número tanto de membros permanentes quanto de membros rotativos.
Fundação
Quando foi fundada, logo após a Segunda Guerra Mundial, contava com a participação de 51 nações. Ainda no clima do pós-guerra, a ONU procurou desenvolver mecanismos multilaterais para evitar um novo conflito armado mundial. Atualmente, conta com 193 países membros, com a adesão do Sudão do Sul, mais jovem país do mundo, sendo que cinco deles (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) fazem parte do Conselho de Segurança. Este pequeno grupo tem o poder de veto sobre qualquer resolução da ONU.
Chamam-se Membros-Fundadores das Nações Unidas os países que assinaram a Declaração das Nações Unidas, em 1945, tendo assinado e ratificado a Carta. O Brasil é um dos Membros-Fundadores da ONU.
Os únicos países do mundo que não são Estados-Membro da ONU são o Vaticano, Taiwan e o Estado da Palestina, eles são Membros Observadores.

Localização e divisão administrativa
A sede principal da ONU fica na cidade de Nova Iorque e seus representantes definem, através de reuniões constantes, leis e projetos sobre temas políticos, administrativos e diplomáticos internacionais. A ONU está dividida em vários organismos administrativos como, por exemplo, Corte Internacional de Justiça, Conselho Econômico e Social, Assembleia Geral entre outros.

A Carta das Nações Unidas define como objetivos principais da ONU:
• Manter a paz internacional.
• Garantir os Direitos Humanos.
• Promover o desenvolvimento socioeconômico das nações.
• Incentivar a autonomia das etnias dependentes.
• Tornar mas fortes os laços entre os países soberanos.
Há dois níveis básicos de decisões dentro da ONU: a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança. A primeira conta com a participação de todos os membros, uma decisão é tomada com o aval da maioria, em pelo menos dois terços. O segundo é constituído por quinze membros, desses, cinco possuem atuação interrupta e dez com participação rotativa. Os membros permanentes detêm o poder de veto, são eles: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China.
Com a fundação da ONU, foram criados, conjuntamente, organismos internacionais especializados, dentre os principais estão: FMI (Fundo Monetário Internacional), BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento), GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), OIT (Organização Internacional do Trabalho), FAO (Organização de Alimentação e Agricultura) e UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).OMC (Organização Mundial do Comércio) criada em 1995 e em Em 7 de maio de 2013, o diplomata brasileiro Roberto Azevêdo foi escolhido o próximo diretor-geral da organização a partir de setembro de 2013, segundo o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty). É a segunda vez que o Brasil tenta emplacar no comando do órgão. O diplomata concorreu ao cargo com um mexicano. Atualmente a OMC é composta por 159 países-membros.
Em 2000, a ONU – Organização das Nações Unidas, ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo – que devem ser atingidos por todos os países até 2015.
A ONU promoveu, no ano 2000, a Cúpula do Milênio, obtendo a participação dos líderes de praticamente todos os países do mundo, nesse evento foi instituída uma declaração, onde estão estipulados alvos com previsão de serem cumpridos até 2015. Entre as metas está a de promover melhorias na qualidade de vida de pelo menos 1,2 bilhão de pessoas que sobrevivem com uma renda inferior a um dólar por dia.
Os 8 Objetivos para o Milênio



2- Teoria dos Mundos
Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos

O economista Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) foi um dos precursores desta proposta de regionalização. Ele propôs o conceito de desenvolvimento econômico condicionado às idéias de inovação tecnológica e da ruptura do “fluxo circular”. Schumpeter privilegiou a atuação do empreendedor, do inovador na superação da condição de pobreza, da precariedade. Assim estabeleceu a divisão do mundo entre aqueles que se desenvolveram e os que supostamente poderiam se desenvolver.

Ao longo da história do Século XX, várias foram as formas de regionalizar os países. Uma das mais expressivas surgiu na França em 1952, através das ideias de Alfred Sauvy, que usou pela primeira vez a expressão Terceiro Mundo, para designar o conjunto de países que se encontravam fora do centro de decisões políticas mundiais. O termo era uma alusão á divisão da sociedade do seu país no período que antecedeu a Revolução Francesa. Naquele período, o Estado Francês se encontrava assim organizado: o Primeiro Estado (igreja), o Segundo Estado (nobreza) e o Terceiro Estado (o povo). Nessa hierarquia de poder, as decisões eram tomadas pelo Primeiro e Segundo Estados, cabendo ao Terceiro Estado apenas a produção de riquezas e o pagamento de impostos para sustentar economicamente a nação.
A Configuração política desse período pode ser assim sintetizada:
Primeiro Mundo: formado por países capitalistas desenvolvidos e dominantes. Os países de Primeiro Mundo são os que pertencem à Europa ocidental, à América Anglo-Saxônica (na América do Norte), além de Grécia, Turquia, Japão, Coreia do Sul, República da China (Taiwan), Austrália e Nova Zelândia.
Segundo Mundo: países socialistas desenvolvidos. são as nações do antigo bloco socialista constituiriam o Segundo Mundo, por exemplo, a antiga União Soviética, Polônia, Hungria, Alemanha Oriental, Romênia, etc.
O termo está hoje em desuso. Vários autores ainda consideram uma nova definição para "Segundo Mundo", que seria composto pelos países de economia emergente, tais como do grupo BRICS (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), Argentina e México, por apresentarem ora características do primeiro mundo, ora do terceiro.
Terceiro Mundo: formado por países subdesenvolvidos capitalistas ou socialistas, como Argentina, Brasil, México, Angola, Cuba, etc. O conceito mais amplo do termo pode definir os países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, ou seja, os que possuem uma economia e/ou uma sociedade pouco ou insuficientemente avançada(s).
Após o fim da União Soviética, o termo vem caindo em gradual desuso, preferindo-se usar os termos sinônimos "países em desenvolvimento" e "países emergentes" ou mesmo "países subdesenvolvidos", evidenciando o caráter econômico e social do povo.

3- A Divisão Norte Sul
Diferente das demais propostas de regionalização, esta não apresenta um autor precursor, mas cabe destacar o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, como um dos responsáveis pela popularização dessa representação. Após décadas de Guerra Fria, o enfrentamento ideológico entre Socialismo e Capitalismo (Leste x Oeste) perdeu espaço para a disputa econômica entre Ricos e Pobres (Norte x Sul). A ideia ganhou força no início da década de 1990, a partir da dissolução da União Soviética, principal representante do “Segundo Mundo”.
A divisão entre Norte e Sul também é uma representação simbólica, que desrespeita a Linha do Equador. A desigualdade entre Norte e Sul já existia, mas não se evidenciou após a Segunda Guerra Mundial devido ao predomínio da Guerra Fria.

A regionalização norte-sul foi elaborada para designar a atual conjuntura socioeconômica internacional, em substituição à antiga divisão do mundo em países de 1º, 2º e 3º mundo.
Com o fim do segundo mundo e os sucessivos processos de independência da África, que culminaram no aparecimento de novas nações extremamente pobres, a divisão entre os três mundos tornou-se obsoleta.
Considerando que a maior parte dos países subdesenvolvidos se encontra no sul e os desenvolvidos, no norte, criou-se a divisão norte-sul. Entretanto, conforme pudemos observar no mapa acima, essa divisão não representa a divisão do mundo conforme o ordenamento cartográfico dos hemisférios norte e sul.
Os países do Norte são caracterizados pelo elevado Produto Interno Bruto (PIB) e pelas condições históricas de poder e acúmulo de riquezas. São representados, em geral, pelos Estados Unidos, União Europeia e Japão. Apesar das boas condições econômicas, nesses países também existem desigualdades sociais e pessoas em condições de acentuada pobreza.
Os países do sul apresentam as maiores taxas de pobreza, violência e problemas sociais do planeta. Sua situação de dependência econômica se deve aos processos de colonização, imperialismo e neocolonização impostos pelas nações consideradas desenvolvidas. Entre os países do sul, existem aqueles países chamados “emergentes” ou em desenvolvimento, são os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), os Tigres Asiáticos e o México.

4- Países Desenvolvidos e Países Subdesenvolvidos

CARACTERÍSTICAS DOS PAÍSES DESENVOLVIDOS
·       Dominação econômica;
·       Apresentam estrutura industrial completa, produzem todos os tipos de bens;
·       Agropecuária moderna e intensiva, emprego de máquinas e mão-de-obra especializada.
·       Desenvolvimento científico e tecnológico elevado;
·       Modernos e eficientes meios de transporte e comunicação;
·       População urbana é maior que a população rural, são urbanizados. Exemplo: Inglaterra, EUA, Alemanha, etc.
·       População Ativa empregada, em principalmente, nos setores secundário e terciário. Exemplo: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha;
·       Pequeno número de analfabetos;
·       Elevado nível de vida da população;
·       Boas condições de alimentação, habitação e saneamento básico;
·       Reduzido crescimento populacional;
·       Baixa taxa de natalidade e mortalidade infantil;
·       Elevada expectativa de vida.
CARACTERÍSTICAS DOS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS
·       Passaram por um grande processo de exploração durante o período colonial. Colônia de Exploração;
·       Baixo nível de industrialização, com exceção de alguns países como: Brasil, México, os Dragões de Exploração;
·       Dependência econômica, política e cultural em relação às nações desenvolvidas;
·       Deficiência tecnológica e baixo nível de conhecimento científico;
·       Rede de transporte e meios de comunicação deficientes;
·       Baixa produtividade na agricultura que geralmente emprega numerosa mão-de-obra;
·       População Ativa empregada principalmente nos setores primários ou no setor terciário em atividades marginais (camelôs, trabalhadores sem carteira assinada etc). Exemplo: Brasil, Etiópia, Uruguai;
·       Cidades com crescimento muito rápido e cercada por bairros pobres e miseráveis;
·       Baixo nível de vida da maioria da população;
·       Crescimento populacional elevado;
·       Elevada taxa de natalidade e mortalidade infantil;
·       Expectativa de vida baixa.
Existem países subdesenvolvidos que são fortemente industrializados como é o caso do Brasil, México, Argentina, Dragões Asiáticos, etc. A industrialização existente nesses países na verdade é sustentada por países desenvolvidos, que os utilizam para expandir seus parques industriais e garantir lucros vultuosos. Um exemplo nítido de expansão industrial é, o caso dos Dragões Asiáticos que evoluíram enormemente nas últimas décadas, principalmente no setor industrial através do capital e tecnologia japonesa.
Alguns fatores atraem esses investimentos estrangeiros para os países subdesenvolvidos, como:
·                       Mão-de-obra barata e numerosa;
·                     Muitas vezes são isentos de pagamento de impostos;
·                     Doação de terrenos por parte do governo;
·                     Remessa de lucro das transnacionais para a sede dessas empresas;
·                     Legislação flexível.

5- Países Centrais, Periféricos e Semiperiféricos
Após a derrocada da URSS considerou-se a guerra ideológica ganha pelo capitalismo, enfim, o capitalismo triunfara. Isto não significa que a partir deste momento não encontraremos mais países de economia puramente socialista. Coréia do Norte e Cuba, por exemplo, ainda seguem este sistema. Outros países como a China, manteve o título de república socialista, no entanto, realizou mudanças gradativas em sua economia, e hoje realiza um sistema conhecido como “socialista de mercado”, a grosso modo isso quer dizer que o país possui uma postura capitalista nas relações internacionais e uma postura socialista nas comunidades nacionais. O socialismo não representa mais uma ameaça, não há mais sentido a rivalidade dos sistemas e expressões como 1º, 2º e 3º mundo deixam de possuir sentido. As divisões do mundo deixam de ser sociais e passam a ser econômicas.
A divisão mais comum passa a ser:
Países Centrais – São aqueles países com altos indicativos de qualidade de vida, que apresentam altos índices de crescimento econômico e possuem tradição na segurança para investimentos. Em outras palavras, são praticamente os mesmos países do antigo 1º mundo.
Países Periféricos – São os países que apresentam baixos índices sociais e econômicos e que também não apresentam mudanças anuais significativas.
Países Semiperiféricos – São países que não se enquadram na caracterização dos Países Centrais apesar de apresentaram melhoras econômicas graduais. Eles são subdivididos em outros dois grupos.
• Países Emergentes – São os países semiperiféricos que vêm apresentando crescimento em seus índices econômicos e sociais e que visam disputar, no futuro, posições entre os países centrais. O Brasil e a Rússia podem ser enquadrados como países emergentes.
• Países em Desenvolvimento – São os países semiperiféricos que apresentam crescimentos econômicos apenas, como os novos tigres asiáticos. Estes países apesar demonstrar altos índices de crescimento econômico, de se tornarem grandes exportadores, apresentam este crescimento através de frouxas normas trabalhistas e baixa qualidade de vida de seus habitantes.
6- IDH Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano" e para ajudar a classificar os países como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto), em desenvolvimento (desenvolvimento humano médio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo). A estatística é composta a partir de dados de expectativa de vida ao nascer, educação e PIB (PPC) per capita (como um indicador do padrão de vida) recolhidos a nível nacional. Cada ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas. O IDH também é usado por organizações locais ou empresas para medir o desenvolvimento de entidades subnacionais como estados, cidades, aldeias, etc.
Critério de Avaliação
A partir do relatório de 2010, o IDH combina três dimensões:
  • Uma vida longa e saudável: Expectativa de vida ao nascer
  • O acesso ao conhecimento: Anos Médios de Estudo e Anos Esperados de Escolaridade
  • Um padrão de vida decente: PIB (PPC) per capita
Até 2009, o IDH usava os três índices seguintes como critério de avaliação:
Índice de educação: Para avaliar a dimensão da educação o cálculo do IDH considera dois indicadores. O primeiro, com peso dois, é a taxa de alfabetização de pessoas com quinze anos ou mais de idade — na maioria dos países, uma criança já concluiu o primeiro ciclo de estudos (no Brasil, o Ensino Fundamental) antes dessa idade. Por isso a medição do analfabetismo se dá, tradicionalmente a partir dos 15 anos. O segundo indicador é a taxa de escolarização: somatório das pessoas, independentemente da idade, matriculadas em algum curso, seja ele fundamental, médio ou superior, dividido pelo total de pessoas entre 7 e 22 anos da localidade. Também entram na contagem os alunos supletivo, de classes de aceleração e de pós-graduação universitária, nesta área também está incluído o sistema de equivalências Rvcc ou Crvcc, apenas classes especiais de alfabetização são descartadas para efeito do cálculo.
Longevidade: O item longevidade é avaliado considerando a expectativa de vida ao nascer. Esse indicador mostra a quantidade de anos que uma pessoa nascida em uma localidade, em um ano de referência, deve viver. Reflete as condições de saúde e de salubridade no local, já que o cálculo da expectativa de vida é fortemente influenciado pelo número de mortes precoces.
Renda: A renda é calculada tendo como base o PIB per capita (por pessoa) do país. Como existem diferenças entre o custo de vida de um país para o outro, a renda medida pelo IDH é em dólar PPC (Paridade do Poder de Compra), que elimina essas diferenças.

Ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2013
O IDH médio mundial foi de 0,694. A posição do Brasil continua inalterada (85º) pelo índice oficial de 0,730. A posição poderia subir para (69º) com a revisão informal feita pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que resultou um IDH de 0,754.
Esta é uma lista de países ordenada por Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) como incluída no Relatório de Desenvolvimento Humano de 2013 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Organização das Nações Unidas (ONU), compilado com base em dados de 2012 e publicada no dia 14 de março de 2013, na Cidade do México. Cobre 185 Estados-membros das Nações Unidas (dentre os 193), além de Hong Kong (que é região administrativa especial da República Popular da China) e da Autoridade Nacional Palestiniana (que é um Estado observador da organização). Alguns países-membros da Organização das Nações Unidas não são incluídos devido à falta de dados. Os índices médios dos continentes, regiões e grupos de países são incluídos igualmente para comparação.
Desde 1990, os relatórios divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) nos permitem realizar comparações entre a qualidade de vida da população de diferentes países. Para isso, é utilizado o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Esse índice reflete as condições de três variáveis básicas que definem uma boa qualidade de vida: a expectativa de vida ao nascer, a escolaridade e o Produto Interno Bruto per capita. per capita.

O que significam essas variáveis:

Expectativa de vida ao nascer - se a população de um país apresenta uma expectativa de vida elevada, isso indica que as condições de saneamento básico, alimentação, assistência médico-hospitalar e moradia são boas, além de haver acesso a um meio ambiente saudável.
Escolaridade - quanto maior o índice de escolarização da população, melhor o nível de desenvolvimento, exercício da cidadania, produtividade do trabalho, etc.
Produto Interno Bruto per capita - o Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de tudo que é produzido pela economia de um país no período de um ano. O PIB de um país dividido por sua população corresponde à renda per capita, que é o valor que caberia, em média, a cada pessoa. No cálculo do IDH, o PIB é ajustado ao poder de compra da moeda nacional, pois os gastos com alimentação, saúde e moradia variam muito de um país para outro.
Essas três variáveis são expressas em uma escala que varia de 0,0 a 1,0: quanto mais baixo o índice, piores são as condições de vida da população em geral; quanto mais próximo de 1,0, mais elevada é a qualidade de vida da população como um todo.

Os países são divididos em três categorias:

- baixo desenvolvimento humano: IDH menor que 0,500

- médio desenvolvimento humano: IDH entre 0,500 e 0,799

- alto desenvolvimento humano: IDH de 0,800 ou mais.

IDH 2011 – Brasil ocupa 84ª posição entre 187 países, em 2012 sua posição foi a 85ª.

Índice de Desenvolvimento Humano - 2012
Alto Desenvolvimento Humano
1.       Noruega 0,955
2.       Austrália 0,938
3.       Estados Unidos - 0,937
4.       Holanda - 0,921
5.       Alemanha - 0,920
6.       Nova Zelândia - 0,919
7.       Irlanda - 0,916
8.       Suécia - 0,916
9.       Suíça - 0,913
10.     Japão - 0,912
85.     Brasil – 0,730
Fonte: Relatório do Desenvolvimento Humano, 2012, http://hdr.undp.org

Em 2011, o Brasil teve o 20º melhor IDH da América Latina. Nesse ano, os dez países da América Latina que tiveram o melhor IDH foram: Chile (0,805), Argentina (0,797), Barbados (0,793), Uruguai (0,783), Cuba (0,776), Bahamas (0,771), México (0,770), Panamá (0,768), Antígua e Barbuda (0,764) e Trinidade e Tobago (0,760).

É importante ressaltar que a metodologia usada para definir o IDH passou por mudanças desde o relatório divulgado em novembro de 2010. Nesse ano, o Brasil aparecia classificado como o 73º melhor IDH de 169 países, mas, segundo o PNUD, o país estaria na 85ª posição em 2010 se a nova metodologia tivesse sido usada. Portanto, em 2011, o Brasil ganhou uma posição no índice em relação ao ano anterior. Contribuíram para isso uma maior expectativa de vida e uma maior renda nacional bruta.

Em 2011, o Brasil apareceu entre os países considerados de “Desenvolvimento Humano Elevado” – a segunda melhor categoria do ranking. De acordo com os dados usados no relatório, o rendimento anual dos brasileiros é de 10.162 dólares norte-americanos e a expectativa de vida é de 73,5 anos. A escolaridade é de 7,2 anos de estudo e a expectativa de vida escolar é de 13,8 anos.

De acordo com os dados divulgados pelo PNUD, desde 1980, a renda no Brasil aumentou 40%, a expectativa de vida aumentou em 11 anos e a média de anos de escolaridade aumentou em 4,6 anos.



IDH-M dos Estados Brasileiros Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M 2010)
1- DF – 0,824
2- SP – 0,783
3- SC – 0,774
4- RJ – 0,761
5- PR – 0,749
6- RS – 0,746
7- ES – 0,740
8- GO – 0,735
9- MG – 0,731
10-MS- 0,729
17–CE– 0,682
27-AL-  0,631

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano 2013.

7- Algumas Organizações Supranacionais

G-8: A sigla G-8 corresponde ao grupo dos 8 países mais ricos e influentes do mundo, fazem parte os Estados Unidos, Japão, Alemanha, Canadá, França, Itália, Reino Unido e Rússia. Antes chamada de G-7, a sigla alterou-se com a inserção da Rússia, que ingressou no grupo em 1998.
Explicitamente, a função do G-8 é a de decidir qual ou quais caminhos o mundo deve seguir, pois esses países possuem economias consolidadas e suas forças políticas exercem grande influência nas instituições e organizações mundiais, como ONU, FMI, OMC. A discussão gira em torno do processo de globalização, abertura de mercados, problemas ambientais, ajudas financeiras para economias em crise, entre outros.  

G-20: (Grupo dos 20) é um grupo constituído por ministros da economia e presidentes de bancos centrais dos 19 países de economias mais desenvolvidas do mundo, mais a União Europeia. Criado em 1999, na esteira de várias crises econômicas da década de 1990, o G20 é uma espécie de fórum de cooperação e consulta sobre assuntos financeiros internacionais. África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina,  Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul,  Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália,  Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, Países membros da União Europeia.

Posição
País
 IDH
Expectativa de vida
Média de anos de estudo
Renda nacional bruta per capita ($ PPC)
1
Noruega
0.955
81.3
12.6
48688
2
Austrália
0.938
82
12
34340
3
Estados Unidos
0.937
78.7
13.3
43480
4
Países Baixos
0.921
80.8
11.6
37282
5
Alemanha
0.920
80.6
12.2
35431
6
Nova Zelândia
0.919
80.8
12.5
24358
7
Irlanda
0.916
80.7
11.6
28671
7
Suécia
0.916
81.6
11.7
36143
9
Suíça
0.913
82.5
11
40527
10
Japão
0.912
83.6
11.6
32545
11
Canadá
0.911
81.1
12.3
35369
12
Coreia
0.909
80.7
11.6
28231
13
Islândia
0.906
83
10
45598
13
Hong Kong
0.906
81.9
10.4
29176
15
Dinamarca
0.901
79
11.4
33518
16
Israel
0.900
81.9
11.9
26224
17
Bélgica
0.897
80
10.9
33429
18
Áustria
0.895
81
10.8
36438
18
Cingapura
0.895
81.2
10.1
52613
20
França
0.893
81.7
10.6
30277
G-5: O G5, ou grupo dos cinco, consiste da união de cinco países em desenvolvimento que representam todos os outros de mesma categoria. É composto por: Brasil, México, Índia, África do Sul e China.

G-15: Estabelecido em setembro de 1989, logo após a conclusão da IX Cúpula dos Países Não-Alinhados, em Belgrado, o Grupo dos Quinze (G-15), procurou reunir número pequeno e representativo de países que pudessem vir a apresentar posição única sobre temas da agenda econômica internacional, da perspectiva do mundo em desenvolvimento. Ademais de sua contribuição aos debates sobre economia internacional, o G-15 também se plasmou em um foro para promover a Cooperação Sul-Sul.
Atualmente, são 17 os membros do G-15: Argentina, Argélia, Brasil, Chile, Egito, Índia, Indonésia, Irã, Jamaica, Malásia, México, Nigéria, Senegal, Sri Lanka, Venezuela, Zimbábue e Quênia.

G-30: O Grupo dos Trinta, muitas vezes abreviado para G30, é um organismo internacional de líderes financeiros e acadêmicos, que visa aprofundar a compreensão das questões econômicas e financeiras e examinar consequências de decisões tomadas nos setores públicos e privados relacionados com estas questões. O grupo é composto por trinta membros e inclui os chefes de grandes bancos privados e bancos centrais, bem como os membros da academia e instituições internacionais. Possui duas reuniões plenárias por ano e também organiza seminários, simpósios e grupos de estudo. Baseia-se em Washington, DC
O Grupo dos Trinta foi fundada em 1978 por Geoffrey de Bell , por iniciativa da Fundação Rockefeller , que também forneceu o financiamento inicial para o corpo. Seu primeiro presidente foi Johannes Witteveen , o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional . Atual presidente do G30 é Jean-Claude Trichet .

G-24: O Grupo dos 24 ( G24 ), um capítulo do G-77 , foi criada em 1971 para coordenar as posições dos países em desenvolvimento sobre questões de financiamento monetário e de desenvolvimento internacionais e para assegurar que os seus interesses foram adequadamente representados nas negociações sobre questões monetárias internacionais.
Os países-membros por região
Região I (África): Argélia, Costa do Marfim, Egito, Etiópia, Gabão, Gana, Nigéria, África do Sul e da República Democrática do Congo.
Região II (América Latina e Caribe): Argentina, Brasil, Colômbia, Guatemala, México, Peru, Trinidad e Tobago e Venezuela.
Região III (Ásia): Índia, Irã, Líbano, Paquistão, Filipinas, Sri Lanka e Síria.

G-77: O Grupo dos 77 na Organização das Nações Unidas é uma coalizão de nações em desenvolvimento, destinada a promover coletivas de seus membros econômicos interesses e criar uma capacidade de negociação conjunta reforçada nas Nações Unidas. Havia 77 membros fundadores da organização, mas em novembro de 2013, a organização tinha desde então, expandiu para 133 países membros.

BRICS- (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)
O BRICS é um bloco que reúne os maiores mercados emergentes do mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 
A ideia dos BRICS foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O'Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS.

O BRICS tem um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades. Em última análise, o que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. Ainda assim, o BRICS tem um grau de institucionalização que se vai definindo, à medida que os cinco países intensificam sua interação. Ao contrário do que muitos possam pensar, o BRICS não é um bloco econômico, esses cinco países apenas compartilham de uma situação econômica com índices de desenvolvimento e situações econômicas parecidas.

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