1- PIB (Produto Interno Bruto)
O produto interno bruto (PIB)
representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais
produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades),
durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc.). O PIB é um dos
indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de mensurar a
atividade econômica de uma região.
Na contagem do PIB, consideram-se
apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de consumo de
intermediário. Isso é feito com o intuito de evitar o problema da dupla
contagem, quando valores gerados na cadeia de produção aparecem contados duas
vezes na soma do PIB.
O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos
principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor de toda a riqueza
gerada no país.
Cálculo do PIB
O cálculo do PIB, no entanto, não é tão
simples. Imagine que o IBGE queira calcular a riqueza gerada por um artesão.
Ele cobra, por uma escultura, de madeira, R$ 30. No entanto, não é esta a contribuição
dele para o PIB.
Para fazer a escultura, ele usou
madeira e tinta. Não é o artesão, no entanto, que produz esses produtos --ele
teve que adquiri-los da indústria. O preço de R$ 30 traz embutido os custos
para adquirir as matérias-primas para seu trabalho.
Assim, se a madeira e a tinta custaram
R$ 20, a contribuição do artesão para o PIB foi de R$ 10, não de R$ 30. Os R$
10 foram à riqueza gerada por ele ao transformar um pedaço de madeira e um
pouco de tinta em uma escultura.
O IBGE precisa fazer esses cálculos
para toda a cadeia produtiva brasileira. Ou seja, ele precisa excluir da
produção total de cada setor as matérias-primas que ele adquiriu de outros
setores.
Depois de fazer esses cálculos, o
instituto soma a riqueza gerada por cada setor, chegando à contribuição de cada
um para a geração de riqueza e, portanto, para o crescimento econômico.
A fórmula para o cálculo é a seguinte:
PIB = consumo privado + investimentos totais feitos
na região + gastos do governo + exportações – importações
São medidas a produção na indústria, na
agropecuária, no setor de serviços, o consumo das famílias, o gasto do governo,
o investimento das empresas e a balança comercial. Entra no cálculo o
desempenho de 56 atividades econômicas e a produção de 110 mercadorias e
serviços.
Desde quando é feita a medição do PIB?
A medição foi aplicada no mundo e,
consequentemente, no Brasil em 1948, ficando em seguida sob responsabilidade do
Fundo Monetário Internacional (FMI) – que tratou de espalhar seus conceitos
às nações. No Brasil, a responsabilidade pelo cálculo já esteve a cargo da
Faculdade Getúlio Vargas até 1990. Em seguida, o IBGE passou a fazer a medição.
O QUE PREJUDICA O CRESCIMENTO.
'PIB ALTO',
O QUE SIGNIFICA.
Maiores Crescimentos
Embora a economia chinesa não venha
mostrando a mesma força nos últimos três anos, é inegável que continua sendo um
dos motores do crescimento mundial.
A China possui atualmente uma das
economias que mais crescem no mundo. A média de crescimento econômico deste
país, nos últimos anos é de quase 9%. Uma taxa superior a das maiores economias
mundiais, inclusive a do Brasil. O Produto Interno Bruto (PIB) da China atingiu
US$ 8,28 trilhões ou 51,93 trilhões de iuanes em 2012 (com crescimento de
7,8%), fazendo deste país a segunda maior economia do mundo (fica apenas atrás
dos Estados Unidos). Estas cifras apontam que a economia chinesa representa
atualmente cerca de 15% da economia mundial.
O país que mais vai crescer neste ano
será o Sudão do Sul, com variação de 24,7% em relação ao ano passado. O Brasil
é só o 115º da lista, bem atrás de China (no 11º lugar, com crescimento de
7,6%) e Índia (76º, com 3,8%).
Na outra ponta, 16 economias vão
encolher. Dessas, 11 são países europeus, entre eles Espanha, Portugal, Grécia
e Itália.
Para a economia brasileira, a projeção
de crescimento de 2,5% do ano de 2013 foi mantida. Já para 2014, o órgão
reduziu a previsão de crescimento do PIB nacional em 0,7 pontos percentual,
para 2,5%. O corte põe o Brasil como o país com a menor taxa de crescimento
entre os principais mercados emergentes.
Veja
a seguir o desempenho esperado pelo FMI para o PIB de cada país:
Posição
|
Países
|
Projeção
de crescimento 2013 (%)
|
Projeção
de crescimento 2014 (%)
|
1
|
Sudão do Sul
|
24,7
|
43
|
2
|
Serra Leoa
|
13,3
|
14
|
3
|
Turcomenistão
|
12,2
|
10,4
|
4
|
Paraguai
|
12
|
4,6
|
5
|
Mongólia
|
11,8
|
11,7
|
6
|
Laos
|
8,3
|
7,8
|
7
|
Timor Leste
|
8,1
|
8
|
8
|
Libéria
|
8,1
|
6,8
|
9
|
Costa do Marfim
|
8
|
8
|
10
|
Gana
|
7,9
|
6,1
|
76
|
Índia
|
3,8
|
5,1
|
11
|
China
|
7,6
|
7,3
|
115
|
Brasil
|
2,5
|
2,5
|
120
|
Japão
|
2,0
|
1,2
|
124
|
África do Sul
|
2
|
2,9
|
132
|
Estados
Unidos
|
1,6
|
2,6
|
139
|
Rússia
|
1,5
|
3
|
Fonte: World Economic outlook -FMI
Entre os países dos BRICS, apenas a
Rússia crescerá menos que o Brasil em 2014. Entre 2000 e 2008, o bloco cresceu
em média 8% ao ano. Desde então, a taxa caiu para 5,6%.
A taxa brasileira para 2014 e 2015 está
dentro da média mundial. Mas ficou muito abaixo da média dos emergentes. Entre
as economias em desenvolvimento, a média de expansão será de 5,1% em 2014 e
5,3% em 2015. Em 2014, a média de crescimento da América do Sul também ficará
acima da taxa prevista para o Brasil.
2- Produção Global e Especialização Nacional.
A produção tornou-se global nos últimos
anos de século XX. As empresas terceirizavam os componentes necessários para
fabricar seus produtos, deixando esses insumos a cargos das indústrias de
vários países diferentes.
No fim do século, o comércio mundial
era duas ou três vezes mais importante para os países desenvolvidos do que
havia sido na década de 1960, e isso facilitou a distribuição, pelas empresas,
de produtos e serviços em várias localidades. As firmas podiam estabelecer
atividades como pesquisa e desenvolvimento, marketing, produção e montagem a
milhares de quilômetros de distância uma das outras, por motivos econômicos,
políticos ou regulatórios; e, então, podiam embargar o produto final para
consumidores do mundo todo. A boneca Barbie se tornou exemplo maior e mais
perfeito do fenômeno a dominar e caracterizar a base do produto global. Sua
produção começou com os moldes que a empresa Mattel, dos EUA, colocou a
disposição de fábricas no sudoeste da Ásia, Japão e Taiwan que forneciam
plásticos e o cabelo. Empresas chinesas supriam o tecido de algodão para os
vestidos. As bonecas eram moldadas na Indonésia, Malásia e Vietnã.
Através de Hong Kong eram despachadas
para os compradores dos EUA, da Europa e de vários outros países. A maioria das
empresas mais importantes era global: 60% das vendas da IBM eram realizadas
fora dos EUA e 80% dos negócios da Volkswagen eram feitas fora da Alemanha.
Outra situação fenomenal foi a do
Vietnã. A guinada do país vietnamita foi chocante, dado ao longo período de
guerras contra o imperialismo francês e norte-americano, mais a penúria levou o
país na direção das reformas de mercado e planetização. O Vietnã se tornou um
grande exportador de alimentos; peixes, camarões, arroz e se industrializou,
dentro do modelo do socialismo de mercado.
(RANKING DAS MAIORES ECONOMIAS MUNDIAIS
PIB NOMINAL)
|
Posição
|
2012
|
2013
|
2016
Projeção
|
2018
Projeção
|
1º
|
Estados Unidos
|
Estados Unidos
|
Estados Unidos
|
Estados Unidos
|
2º
|
China
|
China
|
China
|
China
|
3º
|
Japão
|
Japão
|
Japão
|
Japão
|
4º
|
Alemanha
|
Alemanha
|
Alemanha
|
Alemanha
|
5º
|
França
|
França
|
Brasil
|
Brasil
|
6º
|
Reino Unido
|
Brasil
|
França
|
Rússia
|
7º
|
Brasil
|
Reino Unido
|
Rússia
|
França
|
Fonte: World
Economic Outlook – FMI
|
A China o país mais populoso do mundo se
transformou, com o governo, a partir dos anos 1980, devolvendo as propriedades
agrícolas aos fazendeiros particulares, estabeleceu áreas especiais de produção
para exportação, acolheu as corporações internacionais e afastou a burocracia
governamental da maioria das atividades econômicas. A China ultrapassou o Reino
Unido, a França, a Alemanha e o Japão e se tornou a segunda maior economia
mundial.
Depois de passar o Reino
Unido e se tornar a sexta maior economia do mundo em 2011, o Brasil voltou à
sétima posição no ano passado. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI),
o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ficou em US$ 2,396 trilhões em 2012 –
US$ 44,5 bilhões abaixo dos US$ 2,44 trilhões do Reino Unido.
Apesar do crescimento de
apenas 0,9% do PIB brasileiro em 2012, é o câmbio que explica a perda de
posição. Isso porque o PIB do Reino Unido cresceu ainda menos: 0,2%. Ou seja, a
diferença veio na conversão das moedas dos países para o dólar, que se
valorizou mais de 9% frente ao real no ano passado. Mas depois da queda, o FMI
prevê recuperação. Este ano, o Brasil deve voltar à 6ª posição entre as maiores
economias globais, superando, novamente, o Reino Unido, ainda que por pouco: a
projeção é que o PIB brasileiro fique em US$ 2,456 trilhões – US$ 34 bilhões a
mais que o do Reino Unido, com US$ 2,423 trilhões.
E até 2018, último ano das projeções
do fundo, o Brasil não deve voltar a perder posição entre as maiores economias.
Ao contrário, deve ganhar. A previsão é que, em 2016, o Brasil chegue à 5ª
posição no ranking dos maiores PIBs, ultrapassando a França. À distância até a
Alemanha, a quarta maior economia mundial, também deve diminuir, chegando a US$
568 bilhões em 2018. Mas as duas primeiras posições ainda estarão longe: o PIB
chinês deve equivaler, em 2018, a mais de quatro vezes o brasileiro, enquanto o
dos Estados Unidos deve ser 6,6 vezes o do Brasil.
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