Baixos
níveis de radioatividade foram detectados na água da chuva no norte da
Califórnia, duas semanas depois do acidente nuclear no Japão, em março, mas estes
índices logo voltaram ao normal, revelou um estudo divulgado esta quarta-feira.
Os
níveis detectados de isótopos radioativos césio, iodo e telúrio foram muito
pequenos e não representaram risco à população, segundo as descobertas de uma
pesquisa financiada pelos Departamentos de Energia e Segurança Interna dos
Estados Unidos.
A água
da chuva foi coletada nas cidades de Berkeley, Oakland, and Albany, na área da
Baía de San Francisco, de 16 a 26 de março, segundo o relatório, publicado na
edição online do jornal PloS (Public Library of Science) ONE.
"A
primeira amostra que demonstrou radioatividade aumentada foi coletada em 18 de
março e os níveis subiram em 24 de março, antes de voltarem ao normal",
explicou o chefe das pesquisas, professor Eric Norman, do departamento de
engenharia nuclear da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
O
estudo também destacou que "medições similares de contagem de raios gama
foram feitas em amostras de vegetação coletada em Oakland e em hortaliças e
leite comercializados na região de San Francisco".
Alguns
dos mesmos produtos físseis detectados na água da chuva foram encontrados no
leite e em amostras dos vegetais, também em um nível que não representou riscos
para o público, acrescentou.
Em 11
de março, um terremoto violento de 9 graus, seguido de um tsunami devastador,
matou 20 mil pessoas ao longo da costa do Japão, atingindo os reatores da usina
de Fukushima-Daichi.
Os
reatores da central se fundiram depois que seus sistemas de resfriamento foram
varridos pelas ondas gigantes, liberando radiação no ar, no mar e na cadeia
alimentar no pior desastre atômico desde Chernobyl, em 1986.
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