Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Conurbação: Limites entre cidades vizinhas desaparecem


Damos o nome de conurbação a uma extensa área urbana composta por cidades e vilarejos que foram surgindo e se desenvolvendo um ao lado do outro, formando um conjunto. O termo foi introduzido na geografia em 1915, popularizando-se depois de ter sido usado em recenseamentos realizados na Inglaterra.

Com o aumento da urbanização, a área das cidades se amplia, fazendo com que os limites entre municípios vizinhos - ou entre um município e seus subúrbios - se confundam.

Assim, onde antes existiam várias cidades, passa a haver uma única e grande mancha urbana, ou seja, um conjunto de espaços urbanizados que engloba mais de uma cidade.

Isso ocorre principalmente nas regiões mais desenvolvidas, onde geralmente há uma grande rodovia, um porto ou sistemas de comunicação aperfeiçoados que contribuem para a expansão continuada da área física das cidades.

Problemas de infra-estrutura
As cidades que sofreram um processo de conurbação, e que antes tinham vida política e administrativa autônoma, acabam se comportando como parte integrante da metrópole.

O resultado desse crescimento desordenado, contudo, é o surgimento de diversos problemas de infra-estrutura: serviços de energia, transporte, coleta de esgoto, abastecimento de água, saúde e educação tornam-se insuficientes para atender a maioria da população.

Nessas cidades é comum também a ocorrência das chamadas migrações pendulares, um intenso fluxo de pessoas, que acontece por diversos motivos.

Depois que os problemas gerados pela conurbação foram percebidos, os governos criaram conselhos deliberativos (nomeados pelos governos estaduais) e consultivos (formados por representantes dos municípios que fazem parte da metrópole) para administrar de maneira conjunta as dificuldades.
Entretanto, como o crescimento urbano não pára, também surgiram as megalópoles, que correspondem a conurbações gigantescas, envolvendo áreas metropolitanas já conurbadas e cidades vizinhas.

Conurbações no Brasil
No Brasil, as conurbações surgem com as primeiras regiões metropolitanas, que começam a aparecer entre as décadas de 1950 e 1970, com o avanço do processo de industrialização.

Segundo o Censo de 2000, de cada dez habitantes do Brasil, oito moram em cidades. Estudos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006 (Pnad 2006) apontaram que 83,3% dos brasileiros vivem em zonas urbanas.

Exemplos de conurbação no Brasil: Juazeiro e Petrolina, no rio São Francisco; a Grande São Paulo (que envolve mais de 30 municípios); o Grande Rio de Janeiro (com cerca de 20 municípios).

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