Em meio ao alarde em torno do
Aquecimento Global graças à emissão dos gases-estufa na atmosfera, nunca se
ouviu tanto falar em sustentabilidade e em energia limpa, uma vez que deveria
ser obrigação de todos o compromisso em manter um planeta em equilíbrio. O
Brasil, país agraciado por uma rica biodiversidade, enorme potencial hidráulico
e de dimensões continentais, levanta a bandeira da sustentabilidade, mostrando
ao mundo alternativas mais "limpas" de produção de energia, mas
seriam mais "limpas" mesmo?
O termo Sustentabilidade
preconiza a ideia de um desenvolvimento capaz de garantir as necessidades da
geração atual sem esgotar os recursos para uma geração futura. Ao invés de
utilizar recursos oriundos de combustíveis fósseis, os grandes vilões do
Aquecimento Global, o Brasil é reconhecido pelo cultivo do Etanol (alternativa
à gasolina) e pela utilização de usinas hidrelétricas (que não lançam poluentes
na atmosfera). Mas está tudo resolvido? Somos, então, uma nação sustentável e
de energia limpa? Se pensarmos que a construção de usinas alaga grandes áreas
de vegetação nativa, é responsável pela perda de uma grande diversidade de
fauna, desabriga populações ribeirinhas ou, então, que o cultivo do etanol
esgota os solos, desmata grandes regiões para manter seu cultivo, além de
prejudicar a produção de alimentos, será que podemos afirmar que somos um país
de economia sustentável? Há ainda uma longa caminhada.
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