Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

ETNIA E CONFLITOS VESTIBULARES 2011


(PUC-RIO)

CONTRA O VÉU ISLÂMICO — FRANÇA PROÍBE USO DA BURCA (14/10/2009)


CIGANOS EXPULSOS DA FRANÇA SERÃO 950 DENTRO DE UMA SEMANA (25/08/2010)


Fontes: Google.imagens.com.br e Vera Monteiro/Agências

A partir das imagens das reportagens selecionadas, responda o que se pede:

a) Explique o que é XENOFOBIA e como ela afeta a pluralidade cultural no espaço europeu.

b) Indique UMA CAUSA CULTURAL da proibição do uso do véu islâmico e UMA CAUSA ECONÔMICA da expulsão dosciganos pelo atual governo francês.

Resposta:

a) Entende-se por Fundamentalismo Islâmico a interpretação particular e literal da sharia(a lei do Corão), aplicada com fins políticos. Em oposição às ideias laicas, modernas e ocidentais, essa interpretação afirma que, a fim de formar um Estado islâmico puro, os valores da tradição e religião islâmica devem desempenhar um papel central na vida econômica, social e política dos povos. Vários movimentos fundamentalistas procuraram e ainda procuram lutar para obter e manter o controle do
Estado nos países com maioria da população de religião islâmica e ali aplicar seus princípios. A xenofobia no espaço europeu, que é laico em sua constituição social e política, é contraproducente já que não corresponde aos ideais de pluralidade e convivência aos quais as sociedades européias, notadamente as ocidentais, se basearam desde meados do século XX.

b) Dentre os interesses políticos do Estado francês contra o uso da burca naquele país, pode-se interpretar.

1) aumentar o controle do Estado francês sobre o terrorismo internacionaljá que terroristas podem se valer da ocultação da identidade de quem usa a burca para ampliar a sua rede de atentados;
2) ampliar a margem de aceitação do atual governo frente aos grupos ideológicos mais conservadores da sociedade francesa;
3) redimensionar a vida política e participação social das mulheres islâmicas na sociedade francesa, para que elas lutem por igualdade de direitos de gênero junto aos homens de sua comunidade próxima;
4) revalorizar os costumes ocidentais na população migrante com o objetivo de reforçar a condição de sociedade laica e liberal do franceses, sobre a qual o país construiu a sua identidade no mundo, desde
o século XVIII;
5) retirar a atenção da sociedade francesa dos principais problemas sociais e econômicos que afetam atualmente aquele país, redirecionando-o para problemas secundários.

Dentre os interesses econômicos do mesmo governo para expulsar os ciganos do país, pode-se argumentar:

1) reduzir os gastos sociais com migrantes ilegais em um Estado fortemente endividado, notadamente após a crise econômica iniciada em 2008;
2) diminuir o número de casos de violência no país (principalmente a ação dos narcotraficantes e grupos mafiosos do leste europeu), que vêm crescendo, assustadoramente, e que já afetam os investimentos econômicos na França e o turismo;
3) ampliar o acesso ao trabalho menos qualificado do francês de baixa renda afetado pela redução do emprego desde a crise de 2008 e que compete agora com os imigrantes pelo acesso aos postos de trabalho menos remunerados da economia francesa.

(FATEC) “Palavras de ordem, símbolos, propaganda, atos públicos, vandalismo e violência são, atualmente, manifestações de hostilidade frequentes contra estrangeiros na Europa. Os países onde mais intensamente têm ocorrido conflitos são Alemanha, França, Inglaterra, Bélgica e Suíça.”

(MOREIRA, Igor e AURICCHIO, Elizabeth. Construindo o espaço mundial. 3.ª ed. São Paulo: Ática, 2007, p. 37. Adaptado.)

Sobre o fenômeno social enfocado pelo texto, é válido afirmar que se trata de conflitos

a) civis e militares, relacionados às formas históricas de exploração dos países do chamado Terceiro Mundo.
b) ligados ao nacionalismo, ao racismo e à xenofobia, no contexto globalizado das grandes migrações internacionais.
c) entre imigrantes das diversas nacionalidades que invadem a Europa, atualmente, na disputa por empregos e por melhores condições de vida.
d) culturais, principalmente causados pelo conflito armado entre países católicos e protestantes, mas também, sobretudo, conflitos contra países islâmicos.
e) étnicos e sociais decorrentes das dificuldades de desenvolvimento de países europeus em continuar a sua industrialização nos setores tecnológicos de ponta.

(UNIR) No ano de 2010, a África do Sul organizou a Copa do Mundo de Futebol, oportunidade para o país demonstrar ao mundo que o processo de superação doApartheid encontra-se bastante avançado. Sobre o regime de segregação racial que marcou a sociedade sul-africana entre os anos de 1948 e 1994, assinale a afirmativa correta.

a) A população branca sul-africana, majoritariamente de origem alemã, procurou com oApartheid fazer renascer o movimento nacional-socialista.
b) Apesar das severas críticas da comunidade internacional e das organizações não governamentais, o governo sul-africano não sofreu qualquer sanção por parte da Organização das Nações Unidas.
c) Apartheid tinha por base os costumes e as práticas da sociedade sul-africana ainda que nenhuma lei instituísse a segregação.
d) A população negra teve sua cidadania negada tornando-se legalmente vinculada às pátrias tribais autônomas denominadas bantustões.
e) A Comissão Verdade e Reconciliação, criada por Nelson Mandela e presidida pelo bispo Desmond Tutu, não conseguiu concluir seus trabalhos devido aos protestos tanto da população negra quanto dos bôeres.

(UENP) Leia atentamente o fragmento de texto a seguir. Trata-se de uma entrevista com o sociólogo Zigmunt Bauman.

            Poderia falar mais amplamente sobre os riscos da modernidade?
            Uma das características do que chamo de "modernidade sólida" era que as maiores ameaças para a existência humana eram muito mais óbvias. Os perigos eram reais, palpáveis, e não havia muito mistério sobre o que fazer para neutralizá-los ou, ao menos, aliviá-los. Era óbvio, por exemplo, que alimento, e só alimento, era o remédio para a fome.
            Os riscos de hoje são de outra ordem, não se pode sentir ou tocar muitos deles, apesar de estarmos todos expostos, em algum grau, a suas consequências. Não podemos, por exemplo, cheirar, ouvir, ver ou tocar as condições climáticas que gradativamente, mas sem trégua, estão se deteriorando. O mesmo acontece com os níveis de radiação e de poluição, a diminuição das matérias-primas e das fontes de energia não renováveis, e os processos de globalização sem controle político ou ético, que solapam as bases de nossa existência e sobrecarregam a vida dos indivíduos com um grau de incerteza e ansiedade sem precedentes.
            Diferentemente dos perigos antigos, os riscos que envolvem a condição humana no mundo das dependências globais podem não só deixar de ser notados, mas também deixar de ser minimizados mesmo quando notados. As ações necessárias para exterminar ou limitar os riscos podem ser desviadas das verdadeiras fontes do perigo e canalizadas para alvos errados. Quando a complexidade da situação é descartada, fica fácil apontar para aquilo que está mais à mão como causa das incertezas e das ansiedades modernas. Veja, por exemplo, o caso das manifestações contra imigrantes que ocorrem na Europa. Vistos como "o inimigo" próximo, eles são apontados como os culpados pelas frustrações da sociedade, como aqueles que põem obstáculos aos projetos de vida dos demais cidadãos. A noção de "solicitante de asilo" adquire, assim, uma conotação negativa, ao mesmo tempo em que as leis que regem a imigração e a naturalização se tornam mais restritivas, e a promessa de construção de "centros de detenção" para estrangeiros confere vantagens eleitorais a plataformas políticas.
            Para confrontar sua condição existencial e enfrentar seus desafios, a humanidade precisa se colocar acima dos dados da experiência a que tem acesso como indivíduo. Ou seja, a percepção individual, para ser ampliada, necessita da assistência de intérpretes munidos com dados não amplamente disponíveis à experiência individual. E a Sociologia, como parte integrante desse processo interpretativo — um processo que, cumpre lembrar, está em andamento e é permanentemente inconclusivo —, constitui um empenho constante para ampliar os horizontes cognitivos dos indivíduos e uma voz potencialmente poderosa nesse diálogo sem fim com a condição humana.

PALLARES-BURKE, Maria Lúcia Garcia. Entrevista com Zigmunt Bauman. Tempo soc. [online]. 2004

Sobre a questão dos imigrantes na Europa, julgue a veracidade das proposições abaixo.

I. A França começou a ser lentamente islamizada, em consequência de ondas sucessivas de novas migrações, nomeadamente das suas antigas colônias africanas, na sua maioria islamizadas. O número de muçulmanos não parou de aumentar (cerca de 10% da população francesa). Os grandes valores republicanos, com que a França integrava facilmente os imigrantes europeus, começaram a não surtirem efeito. A França começou então a depurar as suas referências culturais para se ajustar a esta nova realidade.
II. A Inglaterra e a Holanda adotaram um modelo próprio de integração: o multiculturalismo, isto é, cada imigrantes pode ter os valores que quiser, viver como entender, praticar a sua religião, mas não pode é interferir na ordem instituída. Tudo isto em nome da tolerância e dos direitos do indivíduo. A verdade é que essas sociedades acabaram por entrar numa lógica segregacionista: naturais para um lado, estrangeiros para outro.
III. A Alemanha e a Suíça levaram até às últimas consequências o modelo segregacionista, impondo uma clara separação entre "naturais" e "imigrantes. Estes últimos são mantidos, desde a sua chegada, a distância, sendo-lhes dito que não passam de mão-de-obra descartável, sempre que a situação o exija. Apesar do elevado número de imigrantes turcos existentes na Alemanha, a verdade é que apenas um pequeno número conseguiu naturalizar-se alemão.

Pode-se afirmar que é(são) verdadeira(s):

a) todas
b) apenas II e III
c) apenas I e II
d) apenas I e III
e) nenhuma

(UENP) Analise os gráficos a seguir e assinale a alternativa correta:

Gráficos retirados de: Richard T. Schaefer, Sociologia, 6ª edição, McGraw-Hill, São Paulo, 2006, pág. 189

a) A análise dos gráficos indica que o sistema carcerário norte-americano reflete, de forma adequada, a composição étnica da sociedade americana.
b) Não existe qualquer relação entre a etnia dos promotores que atuam em casos de pena de morte com a etnia dos condenados no corredor da morte.
c) O sistema penal é etnicamente seletivo, embora os brancos não-hispânicos sejam maioria na população norte-americana, eles são minoria no sistema carcerário.
d) É possível inferir que os brancos não-hispânicos cometem mais crimes.
e) Os brancos não-hispânicos têm menores oportunidades de acesso a cargos públicos.

(UENP) Analise as assertivas abaixo referentes à Caxemira.

I. A Caxemira é uma região disputada tanto pela Índia quanto pelo Paquistão, em virtude de localizaremse, nessa área, as nascentes dos rios Indo e Ganges, além de outras razões.
II. Índia e Paquistão travaram três guerras desde a independência da Inglaterra, em 1947. Duas delas foram por disputas da Caxemira.
III. A Índia controla 40% da Caxemira; o Paquistão, um terço; a China, o resto.
IV. Os muçulmanos são maioria na região e há 12 anos eles começaram a lutar pelo separatismo, num conflito que já matou mais de 33 mil pessoas. O Paquistão propõe um plebiscito para definir o futuro da
área. A Índia prefere a mediação internacional.

Estão corretas:

a) todas as assertivas
b) apenas I e II
c) apenas II e III
d) apenas III e IV
e) apenas I e IV

(UDESC) Leia a notícia abaixo.

“França proíbe o uso do véu islâmico em locais públicos – Projeto de lei veta traje que cobre todo o corpo e/ou deixa só olhos à mostra. A França está prestes a entrar para o grupo de países europeus que decidiu proibir o uso do véu islâmico em locais públicos. A Câmara Baixa francesa aprovou, com 335 votos a favor e um contra, o projeto de lei que proíbe o uso da burca (cobre todo o corpo e rosto) ou o niqab (deixa apenas os olhos à mostra). O texto foi aprovado na última segunda-feira pelos deputados da maioria conservadora da União por Movimento Popular (UMP), sem a presença dos socialistas, que já haviam alertado que não participariam da votação. O projeto segue para o voto no Senado em setembro, onde se espera que passe facilmente. A medida conta com o apoio da população francesa, segundo pesquisas divulgadas nas últimas semanas, mas atrai críticas do mundo muçulmano.”


Com base na notícia, analise as proposições abaixo.

I. Fica clara a influência da religião islâmica no Estado Francês, que se mostra preocupado em manter as especificidades da cultura religiosa islâmica.
II. A medida de proibição que conta com apoio da população francesa está relacionada à democracia e ao ideal republicanos que os franceses alimentam, construídos desde a Revolução Francesa, e que separou o Estado de quaisquer manifestações de religiosidade.
III. Os franceses são antiterroristas e, por isso, querem impedir o crescimento do islamismo naquele país, pois para os franceses um religioso islâmico é sempre um terrorista.
IV. Os franceses são contra o uso do véu em lugares públicos porque ele seria um símbolo da subserviência feminina.

Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

(UFAC) “O grupo palestino Hamas disse que lutará até que Israel atenda suas exigências para um cessarfogo.”

BOWEN, Jeremy. Cessar-fogo não deve pôr fim à guerra na Faixa de Gaza. BBCBrasil.com. Disponível em:http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/09 0118_gazatregua_analise_fp.shtml.

O texto do site da BBCBrasil.com trata dos conflitos armados entre palestinos e o Estado de Israel, que teve seu início quando:

a) Na Declaração de Balfour, em que foi concedido apoio britânico para a criação de uma pátria judaica na Palestina.
b) A ONU, no ano de 1947, fez a divisão entre os territórios da Palestina e Israel. Ação que desencadeou um ataque da Liga Árabe ao Estado de Israel.
c) No movimento sionista, criado no séc. XIX, por Theodor Herzl, que tinha como propósito a formação de um estado judaico com reconhecimento internacional da Palestina.
d) Na assinatura dos Acordos de Camp David, pelos quais se estabelecia a concordância na negociação para a devolução do Sinai ao Egito e a autonomia restrita aos palestinos que habitavam Gaza.
e) Na Intifada e no Haganah.

(UFAC) O terrorismo é uma forma violenta de protesto conhecida desde a Antigüdade, sendo uma tentativa de desestabilização de algum regime.


A imagem acima se refere ao atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 em Nova York. Este
tipo de atentado trata-se:

a) Da primeira “onda terrorista”, iniciada no final do século XIX e início do XX. Nessa época, ninguém se sentia seguro e a salvo do terrorismo. No ano de 1894, por exemplo, um anarquista italiano assassinou o presidente francês Sai Carnot.
b) De uma forma de terrorismo, bem semelhante à guerra. Sua principal finalidade é controlar algum território sem semear pânico. c) De um atentado que aborda o “velho terrorismo”, especialmente aquele do fim do século XIX e início do XX, formado por organizações anarquistas ou nacionalistas com propostas políticas bem definidas.
d) Do terrorismo atual, também chamado de pósmoderno ou de global. O atentado que destruiu as duas torres do World Trade Center, em Nova York representa bem o “novo terrorismo”.
e) Do terrorismo que procura eliminar figuras estratégicas do regime que combate, evitando atingir pessoas inocentes. A destruição das torres gêmeas em Nova York é um exemplo clássico.

(MACK)

Esse é o slogan de uma campanha realizada pela Organização Anistia Internacional. O mapa faz referência a conflitos mundiais do passado e do presente nas respectivas localidades.

Tomando como ponto de reflexão o mapa, considere as afirmações I, II, III e IV.

I. Nesse país, além dos conflitos raciais entre hutus e tutsis, há uma sangrenta disputa pelas riquezas minerais da região.
II. Área de disputas entre Índia e Paquistão, cuja rivalidade já provocou conflitos armados importantes, lembrando, o problema maior, de os dois países possuírem armas atômicas.
III. No nordeste da Espanha e sudoeste da França, encontramos um território ocupado por um povo, que, há mais de 40 anos, luta por sua autonomia política. No final da década de 1950, surgiu um grupo centrado nas táticas de guerrilha (ETA), visando à libertação da região por meio da luta armada.
IV. País de difícil topografia e adversidades de um clima desértico, fez com que as tropas soviéticas voltassem para casa depois de 10 anos de ocupação. Em 1995 a milícia islâmica fundamentalista Talibã conseguiu avançar, ocupando cerca de 70% do território em 1996 e 90% em 1998. Somente em 2002 os Talibãs foram destituídos por um governo de coalizão multiétnico.

Assinale a alternativa que identifica de forma correta os conflitos descritos.

a) I — Sudão, II — Sri Lanka, III — Bascos, IV — Irã
b) I — República Democrática do Congo, II — Caxemira, III — Bascos, IV — Afeganistão
c) I — Somália, II — Indonésia, III — Ulster, IV — Paquistão
d) I — Sudão, II — Laos, III — Bascos, IV — Iraque
e) I — República Democrática do Congo, II — Caxemira, III — Ulster, IV — Afeganistão

(UFT) O número de refugiados em todo o mundo aos cuidados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR/ONU) está em cerca de 10,4 milhões de pessoas, como apontam os últimos dados divulgados pelo ACNUR, em 2010. Abaixo estão listados os 10 (dez) principais países de refúgio e de origem dos refugiados, segundo o ACNUR:


Pelos dados apresentados no quadro acima, é CORRETO afirmar que

a) o continente americano teve o maior numero de países de refúgio entre os 10 (dez) principais apontados pelos dados do ACNUR em 2010, dada a estabilidade econômica e a existência de uma democracia consolidada.
b) o continente europeu, dada a estabilidade financeira e política, é a porção do globo que mais recebe refugiados, o que explica que países europeus estejam entre a maioria apontada entre os 10 (dez) principais países de refúgio do ACNUR.
c) a ausência de países da Oceania na lista dos 10 (dez) principais países de refúgio e de origem de refugiados implica em afirmar que este continente é uma área do globo ausente de conflitos e envolvimentos políticos com a população de refugiados.
d) os continentes asiático e africano são áreas do globo onde os conflitos étnicos, culturais, econômicos e políticos ocorrem com grande intensidade, o que faz com que concentrem o maior número de países de origem de refugiados.
e) os conflitos étnicos, políticos, religiosos e econômicos reorganizam a todo instante as fronteiras políticas entre os Estados-Nações tendo a distribuição da população de refugiados em todo o mundo influenciado diretamente nesse processo.

(UFT)

No mundo atual presenciamos conflitos étnicos, religiosos e povos sem um Estado-Nação definido, como no caso o povo curdo. A população curda chega a 26,3 milhões nos principais países onde esta população vive (TAMDJIAN,2005).

Com base na informação, é CORRETO afirmar que os curdos vivem principalmente:

a) Na faixa de gaza entre a Palestina e Israel em que os conflitos são frequentes mediante a disputa de territórios, o povo curdo sofre a violência e é excluso de direitos.
b) Na antiga Alemanha Oriental, com o fim da guerra fria os curdos ficaram sem pátria.
c) Nas Repúblicas Independentes da antiga União das Repúblicas Soviéticas como Lituânia, Estônia, Letônia, em que as disputas pelo território têm ocorrido com um grande número de genocídio.
d) Em países do Oriente Médio como Turquia, Síria, Irã, Iraque e Armênia em que os curdos não têm direitos políticos e são discriminados pelos governos.
e) Em países do Oriente Médio como Arábia Saudita, Iraque, Iêmen, Israel, Líbano e Jordânia em que o petróleo tem sido um dos fatores pela disputa do território em que os curdos ficaram exclusos e sem pátria.

(UFLA) Observe as informações abaixo:

Civilização Ocidental: herdeira das culturas grega e romana. Dominante em vários continentes e grandes regiões. Convive com outras culturas.

Civilização Islâmica: cultura muçulmana. Abrange a região que vai da Turquia ao Paquistão e Bangladesh. Elemento unificador: religião maometana.

Civilização Hindu: Abrange a Índia e países vizinhos. Mistura de religião e filosofia é o elemento unificador. Também é considerada um conjunto de ideias.

Indique a alternativa que define uma “civilização”:

a) A identidade cultural mais ampla de um povo.
b) A abrangência regional.
c) O tipo de religião dominante.
d) A dominação político-social imposta.

(UPE) Populações inteiras são, às vezes, expulsas de seus territórios. Esses povos sem-território ficam acuados e privados de seus direitos de cidadania e passam a viver em condições extremamente precárias. Exemplifica esse fato a guerra entre as etnias hutu e tutsi, que provocou aproximadamente meio milhão de refugiados. Essa desterritorialização aconteceu na(no, em)

a) Croácia.
b) Eritreia.
c) Azerbaijão.
d) Afeganistão.
e) Ruanda

(UEPB) Observe a área destacada pelas hachuras no mapa ao lado. Ela representa uma região de
grande importância geopolítica pela sua localização na confluência entre Europa, Ásia e África; por ser o berço do judaísmo, do cristianismo e do islamismo e por ser detentora das maiores reservas de petróleo do mundo.


Esta conflituosa região é denominada de

a) Extremo Oriente.
b) Leste Europeu.
cOriente Médio.
d) Bálcãs.
e) Cáucaso.

(UNIFESP) As últimas duas décadas foram marcadas pela ocorrência de vários conflitos de caráter étnico, religioso e separatista. O atentado ao metrô de Moscou, em março de 2010, fez ressurgir o movimento separatista da Chechênia.

Sobre essa temática, responda.

a) Qual a localização geográfica da Chechênia?

b) Cite as principais causas desse conflito.

Resposta:

a) A Chechênia localiza-se na região do Cáucaso, entre os mares Negro e Cáspio. Fazia parte da União Soviética até o seu desmembramento, em 1991; a partir daquele ano passou a fazer parte da Federação Russa. Desde então lideranças locais têm lutado pela autonomia completa, declarando a independência da República Chechena da Ichkéria, unidade política até hoje não reconhecida por nenhum pais ou organi­zação supranacional.

b) O conflito recente da Chechênia ocorreu com a declaração de independência, não aceita pela Rússia, que procura manter sua hegemonia sobre a região. Alguns especialistas apontam que entre as causas do conflito está o fato de a Chechênia ter uma população majoritariâmente islâmica e de o governo russo temer que a constituição de um Estado fundamentalista religioso na região sirva de exemplo para outros movimentos separatistas, já que há no pais uma enorme diversidade étnica. Há ainda a preocupação com o controle dos oleodutos e gasodutos que cortam o território da Chechênia.

(UNESP)

Soweto viu a Copa do Mundo. Em um Mundial questionado por seu impacto social apenas limitado e por excluir grande parte da população africana dos benefícios, os 4 milhões de moradores da cidade nas proximidades de Johannesburgo só souberam um dia antes que a seleção brasileira faria seu único treino aberto em Soweto.
(O Estado de S.Paulo, 04.06.2010. Adaptado.)

Considere as afirmações seguintes.

I. Soweto está localizado na região metropolitana de Johanesburgo e foi a maior townshipda África do Sul.
II. As townships nasceram durante o período do apartheid, devido à separação espacial entre negros e brancos.
III. Dentre os Prêmios Nobel da Paz, estão Nelson Mandela e o Arcebispo Desmond Tutu, que viveram em Soweto.
IV. Berço da luta contra o apartheid, durante o regime racista, Soweto conseguiu resolver seus problemas sociais, integrando-se totalmente ao restante da capital.

Estão corretas apenas as afirmações

a) I, III e IV.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) I e II.
e) II, III e IV.

(UNESP)

No Oriente Médio, a água é um recurso precioso e uma fonte de conflito. A escassez de recursos hídricos está aumentando as tensões políticas entre países e dentro deles, e entre as comunidades e os interesses comerciais. A Guerra dos Seis Dias, em 1967, foi, em parte, a resposta de Israel à proposta da Jordânia de desviar o rio Jordão para seu próprio uso. A terra tomada na guerra deu-lhe acesso não apenas às águas das cabeceiras do Jordão, como também o controle do aquífero que há por baixo da Cisjordânia, aumentando assim os recursos hídricos em quase 50%.
(Robin Clarke e Jannet King. O Atlas da Água, 2005. Adaptado.)

A partir da leitura do mapa e do texto, pode-se afirmar que a
água é uma questão importante nas negociações entre
a) o Iraque e os turcos.
b) os palestinos e a Síria.
c) o Líbano e a Síria.
d) os iranianos e o Iraque.
e) Israel e os palestinos.

(UFF) A seleção alemã de futebol da Copa do Mundo de 2010 apresentou cinco atletas nascidos fora da Alemanha e seis filhos de imigrantes, num total de 23 jogadores. “É a verdadeira nação arco-íris”, estampou um jornal de Johannesburgo, brincando com a expressão utilizada pelo bispo Desmond Tutu para designar a África do Sul pós-apartheid.Para o sociólogo alemão Martin Curi, a inserção de estrangeiros, principalmente de turcos, na equipe alemã ocorre até com certo atraso. Mesut Ozil e Sedar Tasci são os primeiros turcos a jogarem uma Copa do Mundo pelo país, 40 anos após ser registrado o maior fluxo migratório da Turquia para a Alemanha.

Folha de São Paulo, 03/07/2010, p. D-28. Adaptação.

Com relação à inserção de jogadores estrangeiros destacada no texto, conclui-se, adequadamente,
que ela

a) representa a flexibilização do mercado de trabalho na União Europeia.
b) mostra a inexistência da xenofobia por parte da população nativa original.
c) dificulta os fluxos migratórios para o país mais desenvolvido da Europa.
dexpressa o caráter pluriétnico da sociedade alemã contemporânea.
e) reflete a falta de programas sociais para a juventude alemã desportiva.

(UFF)

EM 5 ANOS, NOVA ORLEANS RENASCE BRANCA

“A tragédia do furacão Katrina em Nova Orleans completa cinco anos neste mês com um legado que vai muito além das casas ainda destruídas da cidade: o equilíbrio de poder foi totalmente realinhado, a clivagem racial, aprofundada. A maioria negra, que sofreu retirada forçada durante a enchente ocorrida após o furacão, viu sua dominância sobre a política das últimas décadas ir se esvaindo até que praticamente todos os órgãos eletivos locais “embranqueceram”. (...) Moradores e estudiosos afirmam que a virada é resultado de um esforço deliberado. O primeiro plano de reconstrução da cidade previa fazer parques nos bairros negros devastados. Pra onde os antigos moradores voltariam? De referência, para lugar nenhum.”
Folha de São Paulo, 08/08/2010, p. A24.

Para além dos efeitos imediatos do furacão Katrina, a reportagem focaliza a dinâmica de “embranquecimento” de Nova Orleans, diretamente associada a processos de

a) nomadismo urbano.
b) densificação urbana.
csegregação espacial.
d) exploração demográfica.
e) migração sazonal.

(ESPM) O diálogo a seguir circunscreve-se à realidade política do mapa abaixo, cujo país deixou de existir:

“Foram os sérvios que fizeram isso, pai?” pergunta o garoto de 7 anos. A tensão aumenta, e é prontamente repreendido. “Não fale essa palavra aqui, em voz alta,” aconselha Milomir, visivelmente perturbado.

(Carta Capital, 11 de agosto de 2010.)



(Adaptado de Jayme Brener, 1993.)

A tensão retratada no texto refere-se à:

a) herança deixada pela hegemonia política croata, à época da existência da Iugoslávia e que hoje prossegue na Eslovênia.
b) convivência entre sérvios muçulmanos e bósnios cristãos na atual Bósnia-Herzegovina.
c) convivência entre bósnios-croatas e bósnios-muçulmanos no novo país erigido após a dissolução iugoslava e hoje formado por duas entidades na Bósnia Herzegovina.
d) realidade na atual Sérvia-Montenegro, formada por dois povos rivais, os cristãos ortodoxos e os bósnios muçulmanos.
e) nova realidade vivida no Kossovo, o mais jovem país do mundo, onde convivem duas nações distintas e inimigas, os croatas cristãos e os albaneses muçulmanos.


(UFF)

ESTADOS DOS BÁLCÃS EM 1949 E EM 2008

DURAND, M.F. et aliiAtlas da mundialização. São Paulo:Saraiva, p.75.

Dois fatores fundamentais responsáveis pelas mudanças territoriais, registradas nos mapas, encontram-se em:
aemergência de nacionalismos e fortalecimento de diferenças culturais
b) controle externo de arsenais nucleares e diversidade étnico-linguística
c) perseguições religiosas e interesses do capital especulativo
d) radicalismos político-ideológicos e desagregação da União Europeia
e) controle da produção de gás e reação à presença militar estrangeira


(UERJ)


Os dados presentes no gráfico acima podem ser interpretados considerando-se o contexto geopolítico mundial.
Nesse contexto, aponte o fator que explica a variação dos gastos norte-americanos com armas durante a primeira metade da década de 1990 e identifique o principal traço da política externa desse país a partir de 2001.

Resposta:

Mudança na geopolítica mundial resultante do término da bipolaridade militar característica do período da Guerra Fria.

Doutrina Bush de guerra ao terror

(UFRJ) Nas últimas décadas, a Turquia vem pleiteando, sem sucesso, sua entrada na União Europeia.

Apresente uma razão que tem dificultado a entrada da Turquia na União Europeia.

Resposta

Dentre as razões que vêm dificultando o ingresso da Turquia na União Europeia encontram-se: o receio da entrada de um Estado-Nação de maioria muçulmana na União Europeia; o temor da competição por emprego por parte dos trabalhadores europeus; os riscos associados à proximidade da zona de conflitos no Oriente Médio; e a insegurança associada aos conflitos internos existentes na Turquia.

(FUVEST)

África vive (...) prisioneira de um passado inventado por outros.
Mia Couto, Um retrato sem moldura, in Leila Hernandez, A África na sala de aula. São Paulo: Selo Negro, p.11, 2005.

A frase acima se justifica porque
a) os movimentos de independência na África foram patrocinados pelos países imperialistas, com o objetivo de garantir a exploração econômica do continente.
b) os distintos povos da África preferem negar suas origens étnicas e culturais, pois não há espaço, no mundo de hoje, para a defesa da identidade cultural africana.
c) a colonização britânica do litoral atlântico da África provocou a definitiva associação do continente à escravidão e sua submissão aos projetos de hegemonia europeia no Ocidente.
d) os atuais conflitos dentro do continente são comandados por potências estrangeiras, interessadas em dividir a África para explorar mais facilmente suas riquezas.
e) a maioria das divisões políticas da África definidas pelos colonizadores se manteve, em linhas gerais, mesmo após os movimentos de independência.

(ESPM)

Se a origem da população cigana é alvo de debates acadêmicos, a realidade é que o grupo representa entre 10 milhões e 12 milhões de pessoas na União Europeia.
Para a ONU, a comunidade cigana é atualmente o maior desafio enfrentado pela União Europeia em termos de garantia de direitos humanos entre seus próprios cidadãos. A ONU chama a atenção para as medidas de “cunho racista”, alertando que a decisão pode provocar um surto de xenofobia.

(O Estado de São Paulo – 19/08/2010)

O texto se refere à decisão de um governo europeu de expulsar de seu território 700 ciganos, em apenas 10 dias. Assinale a alternativa que aponte corretamente o país e o governo responsável por tal decisão, bem como a justificativa apresentada:

a) A França, do presidente Nicolas Sarkozy, que alega que os ciganos vivem de forma irregular e constituem ameaça à segurança;
b) A Itália, do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que apoiado por partidos políticos de origem fascista, pratica uma política xenófoba;
c) A Inglaterra, do primeiro-ministro conservador David Cameron, em nome da política de segurança e combate ao terrorismo;
d) A Espanha, do primeiro-ministro Zapatero, em nome do combate à imigração ilegal;
e) A Alemanha, do governo de Angela Merkel, sob a alegação de proteger o mercado de trabalho para os alemães.

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