Um
estudo elaborado pela consultoria americana KPMG comparou as políticas de
incentivo para produção de energia renovável em 15 países no mundo. O objetivo
foi levantar detalhes sobre os tipos de incentivos implantados em cada um dos
países pesquisados.
A
seguir, você confere as opções de estímulo adotadas nos 5 maiores produtores de
energia renovável, que ao contribuírem para uma matriz energética mais limpa,
ajudam a reduzir as emissões de gases efeito estufa. São eles: China, Estados
Unidos, Alemanha, Espanha e Brasil.
Foram
avaliados mecanismos de estímulo à produção de energia limpa, como o Feed-in
tariff, subsídios de capital e descontos, redução de impostos ou taxas sobre a
comercialização de energia; investimento público, empréstimos e financiamentos,
entre outras medidas.
CHINA
Líder
número um nos setores do mercado de energias renováveis, a China produziu, em
2009, 40% dos equipamentos de energia solar fotovoltaica do mundo (PV) de
abastecimento, 30 % das turbinas de vento e 77% dos coletores de energia solar
para aquecimento de água. Naquele mesmo ano, o gigante asiático adicionou 37 GW
de capacidade de energia renovável, mais que qualquer outro país no mundo, para
chegar a 226 GW de capacidade renovável total.
O apoio
do governo chinês para as energias renováveis inclui redução do imposto de
renda corporativo, reduções significativas nos impostos incidentes sobre valor
agregado, outros incentivos fiscais, tarifas feed-in (tarifas subsidiadas para
renováveis) e os subsídios aos operadores de projetos de energia renovável para
compensar os seus custos.
ESTADOS
UNIDOS
Os EUA são
o segundo maior produtor de energia gerada a partir de fontes renováveis,
incluindo o etanol de milho, biomassa e geotérmica. Em 2009, o país perdia
apenas para a China em capacidade de geração eólica, Para adições de energia
eólica, os Estados Unidos estavam perdendo apenas para China em 2009, com 10 GW
instalados naquele ano.
O apoio
do governo para as energias renováveis inclui programas de subvenção, créditos
fiscais para produção e investimentos. Além disso, o país introduziu um
programa especial, o Renewable Portfolio Standards (RPS), que obriga empresas
de geração e fornecimento elétrico a ter uma fração específica de sua energia
vinda de fontes renováveis. Embora não haja uma legislação federal em vigor
sobre o assunto, atualmente 29 estados americanos já adotam o programa de RPS.
ALEMANHA
Em
2009, a Alemanha foi o líder em investimento em capacidade nova de geração
solar fotovoltaica, com a introdução de 3,8 GW - mais de metade do investimento
do mercado global de eólica naquele ano. O país também liderou o processo de
conexão dos sistemas solares fotovoltaicos às rede elétrica.
Além
disso, tem implementado uma série de políticas de incentivo, como a Lei
Aquecimento Renovável, que exige que pelo menos 20% da energia para sistemas de
aquecimento de novos edifícios residenciais devem vir de fontes renováveis.
Tarifas
feed-in estão disponíveis para energia eólica, solar, biomassa, geotérmica e
para geração hidrelétrica. Os investimentos em energia limpa garante não só a
redução das emissões de gases nocivos ao planeta como a geração de novos postos
de trabalho. Na última década, cerca de 300 mil vagas foram criadas no agitado
mercado de energias renováveis do país.
ESPANHA
Em
2009, a Espanha foi líder de novas instalações de sistemas de energia eólica no
mercado europeu e, ao longo dos últimos anos, tem conduzido boa parte do
crescimento nesta área. De março de 2009 a março de 2010, o país acrescentou
220 MW de novas centrais eólicas à uma matriz em operação de 231 MW.
Uma
série de incentivos fiscais estão disponíveis para promover a sustentabilidade.
Os bônus para renováveis incluem isenção de impostos e subsídios fiscais para
exploração e projetos que empregam energia eólica e solar. De acordo com o
Instituto para Diversificação da Energia (IDEA), em 2020, cerca de 42,3% do
total da geração de eletricidade espanhola virá de fontes renováveis.
BRASIL
Brasil
é considerado o quinto maior produtor em renováveis (incluindo hidrelétrica) e
o sexto maior investidor do mundo. Segundo o relatório da KPMG, o país tem a
vantagem de ser líder na geração de etanol de cana. Tem também mais de 4,8 GW
de usinas de biomassa para cogeração de energia no processo de produção do
açúcar. O estudo da KPMG identificou os seguintes estímulos ao setor de
renováveis no país: subsídio de capital e concessão de descontos; investimentos
públicos, empréstimos e financiamentos; e licitações públicas.
Além de
possuir uma matriz energética fortemente baseada em geração hidroelétrica, o
país adota diversos programas de utilização de combustíveis renováveis que vêm
sendo desenvolvidos e se intensificando nos últimos três anos, destaca o
relatório. Outro ponto alto é a aprovação recente pela Comissão de Serviços de
Infraestrutura (CI) de um projeto de lei federal (o PLS 311/09) que estabelece
um regime especial de tributação para incentivar o desenvolvimento e produção
de energia elétrica a partir de fontes alternativas (Reinfa). A lei, em
tramitação no Senado Federal, prevê diversos benefícios fiscais como a isenção
do PIS e do COFINS, e de impostos de importação e IPI para empresas que operam sob
o regime.
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