O atentado duplo na Noruega matou ao menos 77 pessoas no dia 22 de julho
Foto: Reuters
Os
atentados na Noruega levantaram debates sobre extremismo, imigração e religião
que devem aparecer nos próximos vestibulares. A violência promovida por Anders
Behring Breivik, autor confesso de matar ao menos 77 pessoas em um duplo ataque
no dia 22 de julho, será gancho para questões sobre geopolítica, conhecimentos
gerais e até de geografia física.
"O
terrorismo sempre é abordado nos vestibulares, principalmente a partir do 11 de
setembro de 2011". A definição dos ataques é um dos temas que podem ser
explorados. Foi terrorismo ou um ato isolado de violência? A explosão na zona
de edifícios governamentais da capital norueguesa, Oslo, e o tiroteio ocorrido
poucas horas depois na ilha de Utoya foram ações terroristas, mesmo que não
tenham sido realizados por militantes normalmente associados a atos de
violência em nome de uma causa, como extremistas islâmicos e grupos que buscam
independência do seu país de origem.
Outro
tema esperado nas provas é o crescimento da xenofobia e do racismo na Europa.
"O neonazismo e a extrema direita estão se instalando principalmente na
Europa Ocidental". Associações com o neonazismo podem ser feitas
especialmente em relação às situações de discriminação do estrangeiro: "os
alunos devem estudar as questões que dizem respeito à imigração para a Europa,
em especial dos países da África”.
Os
vestibulandos devem estar preparados também para responder a perguntas sobre o
clima, posição territorial e vegetação da Noruega. A economia e perfil social do
país é outro tema aguardado . A Noruega, por exemplo, é líder do Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), ranking social e econômico elaborado anualmente
pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Um
alerta: cuidado com a imagem de país neutro que a Noruega passa ao resto do
mundo, principalmente por ser a responsável pela escolha do ganhador do Nobel
da Paz, o único dos prêmios Nobel que não é entregue em Estocolmo, na Suécia.
"É uma aparente contradição, mas na realidade, nenhum país é neutro, pois
possui interesses que vão de encontro aos de outros". É preciso ter em
mente que os territórios são atores do cenário internacional e mesmo possuem conflitos internos e que, por isso, viram alvo de atentados.
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