Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pré-sal.(Descoberta - Desafios - Royalties)


Pré-sal é o nome dado às reservas de hidrocarbonetos em rochas calcárias que se localizam abaixo de camadas de sal. É o óleo (petróleo) descoberto em camadas de 5 a 7 mil metros de profundidade abaixo do nível do mar. É uma camada de aproximadamente 800 quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura, que vai do litoral de Santa Catarina ao do Espírito Santo. 

A discussão sobre a existência de uma reserva petrolífera na camada pré-sal ocorre desde a década de 1970, quando geólogos da Petrobras acreditavam nesse fato, porém, não possuíam tecnologia suficiente para a realização de pesquisas mais avançadas.

Localização da camada Pré-sal
Para extrair o óleo e o gás da camada pré-sal, será necessário ultrapassar uma lâmina d’água de mais de 2.000m, uma camada de 1.000m de sedimentos e outra de aproximadamente 2.000m de sal. É um processo complexo e que demanda tempo e dinheiro. 

O petróleo encontrado nesta área engloba três bacias sedimentares (Santos, Campos e Espírito Santo), a capacidade estimulada da reserva pode proporcionar ao Brasil a condição de exportador de petróleo. Confirmada a hipótese, o governo brasileiro analisará a possibilidade de solicitar a adesão do país à OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). 

Vários campos e poços de petróleo e gás natural já foram descobertos na camada pré-sal, entre eles estão o Tupi, Guará, Bem te vi, Carioca, Júpiter e Iara. Tupi é o principal campo de petróleo descoberto, tem uma reserva estimada pela Petrobras entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos. 

De acordo com a atual Lei do Petróleo, as áreas de exploração serão leiloadas entre diversas empresas nacionais e estrangeiras. As que derem o maior lance poderão procurar óleo por tempo determinado. 

Conforme Haroldo Borges Rodrigues Lima, diretor geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), as descobertas do pré-sal irão triplicar as reservas de petróleo e gás natural do Brasil, a estimativa é que a produção alcance a marca de 50 bilhões de barris. 

Segundo a Petrobras, a produção teste será iniciada em 2009, no campo de Tupi. O início da produção em larga escala está previsto para 2013 ou 2014.

Localização da camada pré-sal
As reservas petrolíferas descobertas na camada pré-sal, localizada em uma área de 200 quilômetros de largura e 800 quilômetros de extensão, que vai do Espírito Santo a Santa Catariana, estão a 7 mil metros abaixo do nível do mar. A exploração desse petróleo poderá triplicar a produção nacional, no entanto, existem muitas dúvidas sobre como e quais as consequências desse processo. 

A existência e a boa qualidade desse petróleo já foram confirmadas pela Petrobras, que já realizou a perfuração de aproximadamente 30 poços (de acesso mais fácil). Porém, não se sabe, ao certo, o volume do produto nas profundezas do mar. Outro fator a ser superado se refere à forma de ultrapassar uma lâmina d’água de mais de 2 quilômetros, uma camada de mais de 1 quilômetro de sedimentos e outra superior a 2 quilômetros de sal para que se possa retirar o petróleo com segurança sem que haja acidentes ambientais. 

Os gastos com investimentos em tecnologia são altíssimos e devem apresentar resultados eficazes. Nesse sentido, foi criado o Programa Tecnológico para o Desenvolvimento da Produção dos Reservatórios Pré-sal (Prosal), que desenvolve pesquisas com o apoio de universidades. As condições encontradas para a exploração do petróleo na camada pré-sal apresenta situações como pressão da coluna de água, a acidez e as baixas temperaturas que podem danificar componentes, prejudicando e encarecendo a extração. 

Outro fator complicador é a distância entre a costa e os poços de perfuração da camada pré-sal (300 quilômetros), necessitando, portanto, de alternativas que realizem o transporte rápido e eficiente de pessoas, materiais e equipamentos. 

Mas um dos maiores desafios é o ambiental. Os depósitos do pré-sal contêm uma grande concentração de dióxido de carbono, bem superior à de reservas em águas mais rasas. Portanto, sua exploração, de forma inadequada, pode contribuir para o aquecimento global, visto que o dióxido de carbono é um dos grandes vilões desse processo. 

A Petrobras garante que a exploração da camada pré-sal é extremamente viável. Estima-se que serão gastos cerca de 600 bilhões de dólares em investimentos e desenvolvimento de tecnologia para a extração do produto de forma segura, e que os retornos financeiros deverão ocorrer a partir de 2020. Caso se confirme as expectativas da Petrobras, o Brasil será o oitavo maior produtor de petróleo do planeta, aumentando suas reservas em 50 bilhões de barris.

Passeata contra a “Emenda Ibsen”, no Rio de Janeiro
A descoberta de petróleo na camada pré-sal, localizada a 7 mil metros abaixo do nível do mar em uma área de 200 quilômetros de largura e 800 quilômetros de extensão, abrangendo desde o Espírito Santo até Santa Catarina, pode colocar o Brasil entre os maiores produtores mundiais de petróleo.
Antes mesmo de se estabelecer a quantidade exata de petróleo na camada pré-sal, os impactos ambientais, além das regras para a exploração desse petróleo, a distribuição dos royalties vem sendo um dos assuntos mais discutidos sobre o pré-sal.
O termo “royalties” originou-se na Inglaterra, no século XV. Ele foi criado como uma forma de compensação (pagamento) à realeza em virtude de disponibilizar suas terras à exploração de minério. Atualmente, esse termo é utilizado para definir o pagamento ao dono de uma patente.
No Brasil, o valor arrecadado pelos royalties do petróleo é dividido ente a União, estados e municípios produtores ou com instalações de refino e de auxílio à produção. As empresas petrolíferas pagam 10% do valor de cada barril extraído pelo direito de explorar o produto. Hoje em dia, esses 10% dos royalties do petróleo são divididos da seguinte forma:
- Estados produtores: 22,5%
- Municípios produtores: 30%
- União: 47,5%
No entanto, alegando que o petróleo é uma riqueza nacional, uma Proposta de Lei do Deputado Federal Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) determina uma nova divisão dos royalties do petróleo. A distribuição ficaria assim determinada:
- Todos os estados: 30%
- Todos os municípios: 30% 
- União: 40%
Essa nova divisão dos royalties tem por objetivo, além da camada pré-sal (cuja produção em larga escala está prevista para 2020), as jazidas e campos já licitados e explorados, como, por exemplo, a Bacia de Campos.
A “Emenda Ibsen”, de autoria dos deputados, Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG), foi aprovada na Câmara dos Deputados com 329 votos a favor e 72 contra. No entanto, para que essa emenda passe a vigorar, ela tem que ser aprovada pelo Senado e pelo Presidente da República.
Caso aprovada, o Rio de Janeiro, maior produtor nacional de petróleo (83% da produção nacional), deixaria de receber aproximadamente 7,3 bilhões de reais por ano em royalties. O Espírito Santo seria outro estado bastante prejudicado. Porém, a “Emenda Ibsen” propõe que a União pague o montante que os estados e municípios deixarem de receber, em decorrência da nova lei de divisão dos royalties.

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