Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A Petrobrás




A Petróleo Brasil S/A (Petrobras) foi criada no dia 3 de outubro de 1953, pelo então presidente Getúlio Vargas, tendo como principal objetivo a exploração petrolífera no Brasil em prol da União, impulsionado pela campanha popular iniciada em 1946, cujo slogan era “o petróleo é nosso”. Consiste numa empresa estatal de economia mista, ou seja, é uma empresa de capital aberto, sendo o Governo do Brasil o acionista majoritário. A Petrobras atua nos seguintes segmentos: exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e gás natural, petroquímica, distribuição de derivados, energia elétrica, bicombustíveis, além de outras fontes energéticas renováveis.

As instalações da Petrobras foram concluídas em 1954 e sua sede está localizada na cidade do Rio de Janeiro. As primeiras refinarias da empresa foram herdadas do Conselho Nacional de Petróleo, sendo a de Materipe, na Bahia, e Cubatão, no estado de São Paulo. A produção de petróleo teve início nesse mesmo ano e supria apenas 1,7% do consumo nacional.

Visando expandir sua produção, a Petrobras criou, em 1968, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes), cujo objetivo era proporcionar aparato tecnológico para a expansão da empresa no cenário petrolífero global. O Cenpes se tornou o maior centro de pesquisa da América Latina, recebendo vários prêmios do setor petrolífero mundial.

A Petrobras deu continuidade aos seus projetos expansionistas, nesse sentido, foi criada, em 1970, a Petrobras Distribuidora, sendo responsável pela comercialização de produtos derivados de petróleo. Os resultados foram satisfatórios, pois a empresa se tornou líder, em 1975, na comercialização de derivados de petróleo, mantendo essa posição até os dias atuais.

Com investimentos em qualificação profissional e aparatos tecnológicos, a Petrobras tem apresentado fortalecimento econômico a cada ano. O processo de ascensão teve início desde a sua criação com as consequentes descobertas de reservas petrolíferas. Entre as principais estão:

1974 – Localizada na costa norte do Rio de Janeiro e sul do estado do Espírito Santo, a Bacia de Campos possui cerca de 100 mil quilômetros quadrados, sendo, até então, a mais importante reserva petrolífera do Brasil. Sua produção é responsável por 80% do petróleo nacional.

1985 – Localizada na Bacia de Campos, o campo de Marlim foi descoberto em janeiro de 1985. Ele está a uma distância de aproximadamente 110 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro.

Pré-Sal
A descoberta de reservas de hidrocarbonetos em rochas calcárias que se localizam abaixo de camadas de sal (camada pré-sal) poderá triplicar as reservas de petróleo e gás natural do Brasil, a estimativa é que a produção alcance a marca de 50 bilhões de barris.

Por todo esse processo histórico de evolução, atualmente a Petrobras é a maior empresa da América Latina, a quarta maior empresa petrolífera de capital aberto do planeta e a quarta maior empresa de energia do mundo. Sua atuação expandiu para outros países, estando presente em 27 nações diferentes.

USO DE ENERGIA GEOTÉRMICA PARA AQUECIMENTO DE GÁS NATURAL
RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL 

Consciente do espaço que ocupa na vida nacional, a Petrobras trabalha pela geração de riqueza no sentido mais abrangente e preocupada com as causas sociais e ambientais do País.

A atuação da empresa nesta área é realizada com os programas Petrobras Fome Zero e Petrobras Ambiental. Em processos de seleção pública, a empresa escolhe projetos que estejam adequados às linhas de atuação dos programas.

Os projetos sociais submetidos ao processo de seleção devem apresentar propostas que criem impactos positivos na qualidade de vida das comunidades envolvidas.

A Petrobras, como agente do desenvolvimento humano sustentável, apóia mais de mil e cem projetos desenvolvidos pela sociedade civil. Muitos têm caráter eminentemente social e outros se dividem entre os campos ambiental, cultural e esportivo.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas (CMAD), conhecida como Comissão Brundtland, recomendou a criação de uma declaração universal sobre a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável. Os problemas sociais e ambientais no planeta tinham atingido um ponto perigoso. A Terra emitia sinais claros de esgotamento dos modelos econômicos então praticados.

Hoje sabemos que a idéia de desenvolvimento sustentável se baseia no tripé básico: Atividade econômica - Bem-estar social - meio ambiente.

PESQUISA E TECNOLOGIA

O sucesso de Petrobras não veio sem muitos investimentos e esforços. Hoje a tecnologia exerce uma função de extrema importância em todas as atividades da empresa. Centros de pesquisa, centros de excelência, programas tecnológicos são conquistas alcançadas que garantem a qualidade de serviços e a expansão dos negócios.

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Embora já explorasse o petróleo em terra e houvesse fortes evidências da existência de grandes reservas no mar, há menos de 50 anos a Petrobras não dispunha de tecnologia capaz de detectá-lo e muito menos extraí-lo. Os pesquisadores aceitaram o desafio. Encararam o mar como parceiro e criaram imensos laboratórios de pesquisa na Bacia de Campos. Foram desenvolvidos sistemas de produção, equipamentos e tecnologias tão inovadores que levaram a empresa a receber vários prêmios de excelência na área.

Graças à persistência e à criatividade de seus técnicos, a Petrobras produz hoje 1,8 milhão de barris diários de óleo. Uma parte desta produção é exportada na forma de óleo cru. Mas já exportamos também gasolina, óleo combustível, bunker (combustível de navegação), lubrificantes e parafinas. Nosso desafio agora é reduzir custos e tornar mais competitiva a exploração em águas profundas e ultraprofundas.

Sobre o Petróleo

ORIGEM E PERSPECTIVAS 

ORIGEM

O "óleo da pedra" (do latim petro: pedra + oleum: óleo) é um produto da ação da natureza, que vem sendo formado há milhões de anos através da decomposição do material orgânico depositado no fundo de antigos mares e lagos.

Estima-se que as jazidas petrolíferas mais novas têm menos de dois milhões de anos, enquanto as mais antigas estão em reservatórios com cerca de 500 milhões de anos.

Segundo os geólogos, com o passar do tempo, outras camadas foram se depositando sobre esses restos de animais e vegetais. A ação de bactérias, do calor e da pressão, causados por esse empilhamento de novas camadas rochosas, transformou aquela matéria orgânica em petróleo.

Ao contrário do que muita gente acredita, numa jazida, o petróleo, normalmente, não se encontra sob a forma de bolsões ou lençóis subterrâneos, mas nos poros ou fraturas das rochas, o que pode ser comparado à imagem de uma esponja encharcada de água.

A existência de uma bacia sedimentar é indispensável para o processo de formação do petróleo - o material orgânico depositado nas depressões da crosta terrestre se transformou em rochas sedimentares, no decorrer de milhões de anos.

O petróleo migra através de rochas porosas e permeáveis (arenitos) em direção a áreas com menor pressão, até encontrar uma camada impermeável que bloqueia o escapamento para a superfície (rochas selantes ou trapas).

Nesses depósitos naturais, o gás fica retido nas partes mais altas e o óleo nas partes mais baixas. As rochas-reservatórios podem estar localizados próximos a superfície ou em profundidades superiores a cinco mil metros.

Os geólogos, entretanto, acreditam que grande parte do petróleo gerado se perdeu na superfície, por falta dos obstáculos naturais. Essas exsudações, ou vazamentos, explicam a razão pela qual alguns povos antigos já conheciam e utilizavam o petróleo em sua forma natural, 4.000 anos antes de Cristo.

Nos países árabes, onde hoje se concentra a maior produção de petróleo do mundo, esse mineral foi usado na construção das pirâmides, na conservação das múmias e como combustível nos dardos incendiários nas grandes batalhas. Também os antigos habitantes da América do Sul, como os Incas, utilizavam o produto na pavimentação das estradas do seu grandioso império. Outros usos do petróleo foram: calafetar embarcações, impermeabilização, pintura e cerâmica.

Sua primeira aplicação em larga escala foi na iluminação das casas e das cidades, substituindo o óleo de baleia. Com o tempo, passou também a ser empregado nas indústrias, no lugar do carvão. Contudo, um acontecimento notável fez do petróleo o combustível que move o mundo: a invenção dos motores a gasolina, que passaram a movimentar os veículos, até então puxados por tração animal ou movidos a vapor.

E assim a vida, os hábitos e os costumes foram se transformando, conduzidos pelas inovações que o petróleo proporcionou com seus inúmeros derivados, até chegar aos dias atuais, quando se tornou um produto indispensável à vida moderna.

EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO

EXPLORAÇÃO

O ponto de partida na busca do petróleo é a exploração que realiza os estudos preliminares para a localização de uma jazida. Para identificar o petróleo nos poros das rochas e decidir a melhor forma de extraí-lo das grandes profundidades na terra e no mar, o homem utiliza os conhecimentos de duas ciências: a Geologia e a Geofísica.

A Geologia realiza estudos na superfície que permitem um exame detalhado das camadas de rochas onde possa haver acumulação de petróleo. A Geofísica, mediante o emprego de certos princípios da física, faz uma verdadeira radiografia do subsolo.

Um dos métodos mais utilizados por essa ciência é o da sísmica, que compreende verdadeiros terremotos artificiais, provocados, quase sempre, por meio de explosivos, produzindo ondas que se chocam contra a crosta terrestre e voltam a superfície, sendo captadas por instrumentos que registram determinadas informações sobre o subsolo.

Após o conhecimento adquirido por essas duas ciências, os pesquisadores montam um painel de conhecimentos sobre a espessura, profundidade e comportamento das camadas das rochas sedimentares que é o refúgio do petróleo e do gás. Esses conhecimentos levam à definição do melhor ponto para que possa haver a perfuração do solo, embora ainda não seja possível nesta fase afirmar com segurança se há petróleo no subsolo.

REFINO

O óleo cru extraído do poço não tem aplicação direta. A sua utilização ocorre por meio de seus derivados. Para que isso ocorra, o petróleo é fracionado em seus diversos componentes através do refino ou destilação fracionada.

Este processo aproveita os diferentes pontos de ebulição das substâncias que compõem o petróleo, separando-as e convertendo em produtos finais.

Os derivados mais conhecidos são: gás liquefeito (GLP) ou gás de cozinha, gasolinas, naftas, óleo diesel, querosenes de aviação e de iluminação, óleos combustíveis, asfaltos, lubrificantes, combustíveis marítimos, solventes, parafinas, coque de petróleo.

As parcelas de cada produto obtido no refino dependem de uma série de variáveis: da qualidade do petróleo que está sendo processado e da estrutura da refinaria - sua complexidade, unidades e mercado em que atua.

TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

O petróleo que é extraído dos poços, na terra ou no mar, é transportado através de oleodutos ou navios petroleiros até os terminais marítimos - um porto especial para carga e descarga.

Outra etapa do processo é levar esse petróleo dos terminais até as refinarias, onde será processado e dará origem a gasolina, diesel, gás, óleo combustível, lubrificantes, asfalto entre outros derivados.

A empresa subsidiária Petrobras Transporte S.A. (Transpetro) é a responsável pelo transporte e armazenagem do petróleo e seus derivados.

DISTRIBUIÇÃO

A atividade de distribuição engloba a aquisição, armazenamento, transporte, comercialização e o controle de qualidade dos combustíveis.

A empresa responsável por esta atividade é a subsidiária Petrobras Distribuidora, que mantém um rigoroso sistema de controle de qualidade: o Programa "De Olho no Combustível".

A empresa conta com uma rede de mais de sete mil postos e é a única a estar presente em todo o território nacional.Sobre o Gás Natural

GÁS NATURAL

Assim como o petróleo, o gás natural é resultado da transformação de fósseis de antigos seres vivos que existiram em nosso planeta na pré-história, portanto, de acordo com o tipo de subsolo em que foi formado e da matéria orgânica que o originou, a composição do gás natural pode variar bastante.

É considerado o combustível fóssil de maior excelência por proporcionar uma queima limpa, isenta de agentes poluidores. Estas características favorecem uma maior durabilidade aos equipamentos que o utilizam e reduzem os impactos ambientais.

Quimicamente é definido como uma mistura de hidrocarbonetos parafínicos leves, podendo, também apresentar baixos teores de contaminantes, tais como: nitrogênio, dióxido de carbono, compostos de enxofre e água.

O produto pode ser encontrado dissolvido ou não no petróleo e por esse motivo o gás natural é dividido em duas categorias: associado e não-associado.

GÁS ASSOCIADO: é encontrado em reservatórios petrolíferos, dissolvido no óleo sob a forma de capa de gás.

Apesar do metano ser o seu principal hidrocarboneto, apresenta, também, teores significativos de hidrocarbonetos parafínicos mais pesados.

GÁS NÃO-ASSOCIADO: é encontrado em reservatórios gaseíferos, sem estar em contato com quantidades significativas de óleo.

Seu principal hidrocarboneto, também, é o metano, porém difere do gás associado por apresentar pequeno teor dos outros hidrocarbonetos parafínicos.

O Brasil consome gás natural nacional e importado da Bolívia. O suprimento deste gás no país é feito por diversas atividades que se interligam: exploração, produção, processamento, transporte, distribuição.

EXPLORAÇÃO

Feita de forma semelhante à exploração do petróleo. Durante muito tempo, o gás natural foi visto como produto inferior, uma espécie de primo pobre do petróleo.

Contudo, na década de 70, ele passou a ser usado como combustível alternativo, substituindo derivados, numa tendência estimulada pelas crises internacionais que aumentaram muito os preços do óleo cru nos mercados mundiais.

PRODUÇÃO 

Após ser extraído dos reservatórios, o gás passa por um conjunto de processos. Inicialmente, a água, os hidrocarbonetos que estiverem em estado líquido e as partículas sólidas (produtos de corrosão, pó etc) são retirados do gás pelos vasos separadores.

No caso de haver contaminação por compostos de enxofre, o gás é enviado para Unidades de Dessulfurização, onde essas substâncias são retiradas.

Após esses tratamentos, uma parte do gás é utilizada para recuperação do petróleo nos reservatórios e o restante segue para as unidades de processamento.

PROCESSAMENTO 

Nas unidades de processamento de Gás Natural, conhecida como UPGN, os componentes do gás natural são separados em produtos especificados e prontos para utilização.

Nesta etapa, o gás é desidratado (é retirado o vapor d'água) e fracionado. Nesse fracionamento são obtidos: metano e etano; propano e butano; pentano, hexano, heptano e hidrocarbonetos superiores.

Os produtos obtidos nesse processo são:

*Gás processado ou residual, formados pelo metano e etano;*GLP (gás liquefeito do petróleo, o "gás de cozinha"), formado pelo propano e butano; e*Gasolina natural, formada pelo pentano, hexano e heptano.

TRANSPORTE 

O gás natural pode ser transportado nos estado gasoso, líquido ou comprimido.

No primeiro caso, o transporte normalmente é realizado por dutos, conhecidos como gasodutos. Já no estado líquido, como o gás natural liquefeito (GNL), o produto pode ser conduzido por navios, barcaças e caminhões criogênicos (com temperatura de 160ºC negativos).

Nesses caminhões, o volume do gás é reduzido aproximadamente 600 vezes, o que facilita seu armazenamento. Para ser utilizado, o gás transportado desse modo deve ser revaporizado em equipamentos especiais.

Em casos específicos, o produto pode ser transportado em cilindros de alta pressão, como o gás natural comprimido (GNC). Esse transporte é feito até o centro consumidor.

DISTRIBUIÇÃO

Última etapa do processo, isto é, quando o gás chega aos diferentes consumidores, atendendo especificações rigorosas.

Em alguns casos, o gás natural é odorizado para ser detectado facilmente em casos de vazamento.

A Constituição Federal e a lei 9.478 estipulam que a distribuição de gás canalizado com fins comerciais junto a usuários finais é de exploração exclusiva dos Estados, de forma direta ou por concessões.

APLICAÇÕES

Entre as diversas formas de uso do gás natural, uma que vem sendo bastante incentivada é como combustível automotivo. Frotas de ônibus urbanos, táxis e veículos particulares passam por conversão para receber o gás natural comprimido.

A escolha pelo gás natural permite a redução da emissão de gases poluentes pela metade. Outras vantagens são o custo mais barato do combustível e o aumento da vida útil do veículo.

O uso do gás em usinas termelétricas também está sendo estimulado pelo governo. Em comparação às hidrelétricas, as termelétricas oferecem muitas vantagens, desde o menor prazo de construção aos menores custos de implantação, além de poderem ser instaladas próximas aos centros de consumo, barateando a distribuição da energia produzida. As termelétricas a gás natural representam, portanto, economia sem poluição.

Entre as diversas aplicações em diferentes setores do país, o gás pode ser utilizado nos setores industrial, comercial, residencial e de transporte. Conheça alguns detalhes do produto nessas situações:

SETOR INDUSTRIAL

O gás é ideal para processos que exigem a queima em contato direto com o produto final, garantindo a qualidade de acabamento. Como, por exemplo, a indústria de cerâmica branca, a fabricação de cimento e de vidros.*Atua como redutor na fabricação de aço, na indústria siderúrgica.*Na indústria petroquímica, fornece matéria-prima principalmente para produção do álcool metanol.*Na indústria do petróleo, é utilizado na recuperação do óleo que não conseguiu ser extraído nas operações da produção primária.*Na indústria de fertilizantes fornece matéria-prima para produção de amônia e uréia.*Usado como combustível para fornecimento de calor, geração de eletricidade e de força motriz.

SETOR RESIDENCIAL E COMERCIAL

O Gás Liquefeito de Petróleo, conhecido popularmente como gás de cozinha, é obtido a partir das frações mais leves do petróleo ou das mais pesadas do gás natural.

Quando proveniente do gás natural é constituído pelos hidrocarbonetos propano e butano. No caso de ser extraído nas refinarias a partir do petróleo, o GLP é composto também de propeno e buteno (hidrocarbonetos do tipo insaturados, oleofínicos).

GLP se apresenta no estado gasoso - sob pressão atmosférica e temperatura ambiente - e no líquido, em processos de armazenamento e transporte.

Produto de fácil armazenamento e de uso seguro, o GLP se caracteriza também por possuir combustão completa, queima limpa, baixo teor de enxofre (não corrosivo) e alto poder calorífico. Sua composição química é razoavelmente uniforme,

APLICAÇÕES 

*Combustível doméstico e industrial*Cozimento de Alimentos*Aquecimento de água em aquecedores e boilers.*Corte de metais*Aerossóis

SETOR DE TRANSPORTES

*Neste setor é amplamente conhecido como "Gás Natural Veicular".*É usado como combustível em táxis, veículos de carga, frotas de ônibus urbanos e interurbanos, veículos particulares, etc.*Possui excelentes qualidades energéticas. Por ser seco, não dilui o óleo lubrificante do motor do veículo.*Sua queima não provoca depósitos de carbono nas partes internas do motor, aumentando a sua vida útil e o intervalo de troca de óleo.*Ao queimar não provoca a formação de compostos de enxofre, diminuindo, portanto, a corrosão no escapamento de gás do veículo, evitando a troca freqüente deste equipamento.

VANTAGENS DO USO DO GÁS NATURAL
*Ajuda a melhorar e preservar a qualidade do ar e da água.*Combustão limpa: queima completa sem deixar resíduos*Baixíssima presença de contaminantes*Em casos de vazamento é rapidamente disperso*Maior durabilidade dos equipamentos*Custos reduzidos*Não requer estocagem*Possibilidade de substituir qualquer fonte de energia convencional*Produto acabado, pronto para utilização. Não necessita de estoques*Melhora o rendimento dos equipamentos em relação ao óleo combustível*Sistema de dutos barateia o custo do transporte.Mundialmente, as atenções estão cada vez mais voltadas para a defesa do meio ambiente, portanto, o gás natural representa uma das alternativas energética mais adequada e disponível do século XXI.
Sobre Energias Renováveis 
ENERGIAS RENOVÁVEIS

Com objetivo de preservar os recursos naturais do planeta e diminuir os impactos ambientais, deu-se inicio à busca por fontes de energia com baixo custo ambiental, denominadas fontes alternativas.

Seguindo essa tendência, a Petrobras traçou metas para ampliar sua área de atuação e se estabelecer como uma empresa de energia. A companhia vem investindo no segmento de energias renováveis: energia eólica, energia solar, biocombustíveis e biogás, entre outros, contribuindo para diversificar a matriz energética brasileira.

PREPARANDO O FUTURO

Como será a Petrobras do futuro? Com base nos planos atuais traçados no "Plano Estratégico 2015" e sem precisar fazer vagos exercícios de futurologia, já é possível apontar em algumas direções.

A Petrobras estará posicionada como uma empresa de energia, presente nos mercados mundiais, líder da indústria do petróleo na América Latina, com grande ênfase na prestação de serviços e livre para atuar como empresa internacional.

Mais do que simplesmente guiar a Petrobras através dos caminhos do crescimento e de maiores lucros, o objetivo principal do Plano é consolidar a posição de liderança como uma companhia petrolífera integrada no Brasil.

Em paralelo, a empresa visa aumentar a presença no mercado internacional, tornando-a uma importante companhia regional, com destacado desempenho na oferta global de energia para a América Latina.

Tendo o meio ambiente como ênfase especial, o Plano Estratégico estabelece metas para que sejam atingidos, em todos os segmentos da indústria do petróleo, os mesmos níveis de excelência já alcançados nas tecnologias de prospecção, exploração e produção de petróleo, especialmente em águas profundas.

Este é, sem dúvida, um grande passo. Mas enfrentar e vencer obstáculos tem sido sempre a marca registrada da Petrobras, em 50 anos de história. De todos os desafios que já enfrentou e superou, talvez o mais estimulante seja a nova realidade do mercado brasileiro, com o fim do monopólio do petróleo.

A abertura do mercado do petróleo criou novas oportunidades de negócios, e a Petrobras saberá como obter os melhores resultados. Uma companhia internacionalmente ativa e na vanguarda do setor em toda a América Latina, assim será a Petrobras do futuro.

ÁLCOOL

A utilização do álcool como aditivo à gasolina teve início nos anos 30. A medida foi regulamentada pelo decreto 19.717, de 20 de fevereiro de 1931, que estabeleceu a aquisição obrigatória de álcool anidro de procedência nacional, na proporção de 5% da gasolina importada, e dava outras providências.

Entre essas demais providências, o decreto isentava de impostos de importação, expediente e taxas aduaneiras todo material necessário para a implementação e aprimoramento de usinas para a fabricação e redestilação do álcool anidro - concedendo igual beneficio à destilação do xisto.

A adição do álcool anidro à gasolina permanece indicada por lei, tendo sido elevada a proporção para 25%.

Apenas com a implantação do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), em 1975, o álcool combustível teve um impulso. Os primeiros veículos movidos a álcool hidratado chegaram às ruas em 1979. O mundo vivia a crise do petróleo e o Brasil lançava as raízes de uma capacidade instalada de produção anual de 16 bilhões de litros de álcool, o equivalente a 84 milhões de barris de petróleo/ano.

Hoje são três milhões de veículos, em média, movidos a álcool hidratado, consumindo 4,9 bilhões de litros/ano. Nas últimas décadas a substituição da gasolina pelo álcool registrou a economia de 1,8 bilhão de dólares por ano.

"Carro a álcool, um dia você vai ter um". O slogan do Proálcool quase se concretizou. A produção dos veículos crescia a cada ano, até ultrapassar os 70% em 1986. Nessa época, o Proálcool atingiu seu apogeu, quando um terço da frota nacional utilizava o álcool como combustível. Contudo, com o fim da crise do mercado internacional de petróleo, o programa foi revisto.

Sem as vantagens e incentivos de antes - tais como a redução do valor do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) -, a produção entrou em declínio até atingir 3,3%, em 2002.

A novidade do mercado automobilístico que tem aumentado a participação do álcool no segmento fica por conta dos carros bicombustíveis. Esses veículos permitem ao proprietário escolher com qual produto irá abastecer: álcool hidratado ou gasolina.

Muitos países têm mostrado interesse em misturar álcool à gasolina para reduzir a emissão de gases poluentes. Por isso, a Petrobras desenvolve - em cooperação com outros segmentos da sociedade - um programa de exportação de álcool para o mercado externo.

ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO COMBUSTIVEL (AEAC)

O produto adicionado por lei federal à gasolina é o álcool anidro (isento de água). Ele é obtido a partir da fermentação do caldo da cana-de-açúcar e, de acordo com a Portaria ANP 45/01, possui teor alcoólico mínimo de 99,3º INPM.

ÁLCOOL ETÍLICO HIDRATADO COMBUSTÍVEL (AEHC)

O álcool combustível é um produto renovável e limpo que contribui para redução do efeito estufa e diminui substancialmente a poluição do ar, minimizando os seus impactos na saúde pública.

No Brasil, o uso intenso do álcool restringe a emissão de poluentes da crescente frota de veículos, principalmente de monóxido de carbono, óxidos de enxofre, compostos de chumbo e compostos orgânicos tóxicos como o benzeno.

O álcool etílico hidratado combustível (AEHC), utilizado nos carros a álcool, como o próprio nome diz é hidratado, ou seja, possui água. Esse teor de água é, em média, de 7% (a Portaria ANP 45/01 fixa o teor alcoólico na faixa de 92,6º a 93,8º INPM. Este produto não é utilizado como aditivo à gasolina.

BIODIESEL

Nomenclatura utilizada genericamente para combustíveis derivados de oleaginosas como mamona, dendê, babaçu, soja, palma e gordura animal.

O biodiesel pode ser adicionado ao óleo diesel tradicional, de origem fóssil, como uma alternativa de combustível para o transporte, além de ser usado na geração de energia elétrica.

Comparativamente com o diesel convencional, o biodiesel apresenta várias vantagens ambientais, como a diminuição das emissões de gás carbônico e a ausência de enxofre. Outra contribuição do produto é a geração de empregos e renda nas áreas rurais.

Algumas das frentes em combustíveis alternativos passam pelo aprimoramento da fonte fóssil em uso, e sua gradual substituição. É o caso do biodiesel, no qual a Companhia deve investir, principalmente na produção de óleo vegetal a partir da mamona, espécie que pode ser plantada no semi-árido, em terrenos de pouco valor.

Esse produto produzido no Cenpes a partir de etanol e sementes da mamona é o destaque do programa desenvolvido pela Petrobras para atuação no biodiesel.

No Programa Brasileiro de Biodiesel, um grupo interministerial trabalha atualmente na regulamentação deste mercado, e já está prevista a adição de 2% de biodiesel ao diesel de petróleo a partir de novembro deste ano.

A companhia também está desenvolvendo plantas-piloto de diferentes tecnologias. A partir dos resultados obtidos será selecionada a melhor tecnologia para as plantas industriais a serem construídas pela Petrobrás.

BIOMASSA 
O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), do Governo Federal, prevê a geração de energia a partir de bagaço de cana, lixo e esgoto, contando com os benefícios do Protocolo de Quioto.

A utilização do biogás proveniente de lixo e dejetos sanitários como insumo para produção de energia representa grande benefício socio-ambiental. Esse tipo de projeto proporciona vantagens, principalmente para os grandes centros urbanos, devido à redução de emissões de poluentes, como o metano, gás de grande impacto no efeito estufa e que, em média, corresponde a 50% do volume do biogás.

A Petrobras negocia parcerias com empresas de limpeza urbana e saneamento em todo Brasil para aproveitar o biogás de lixo e esgoto sanitário na geração de energia elétrica.

ENERGIA EÓLICA
A transformação da força do vento em energia é uma tendência mundial. A energia eólica contribui para a preservação do meio ambiente, não requer água nem gera gases que provocam o efeito estufa.

A Petrobras investiu em três parques eólicos: o primeiro em Macau, no Rio Grande do Norte, com capacidade de produzir 1,8 MW, e dois nos estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, com capacidade entre 3 MW e 4 MW cada.

Para analisar a viabilidade das futuras unidades, a Petrobras mantém equipamentos de medição do potencial dos ventos em cerca de vinte localidades do Brasil.

ENERGIA SOLAR E FOTOVOLTAICA 

O SOL COMO FONTE DE ENERGIA


A Petrobras aproveita a energia solar em projetos de aplicação térmica (para aquecimento de água) e fotovoltaica (para a geração de energia elétrica) em suas unidades operacionais.

ENERGIA TÉRMICA: A energia solar para geração térmica é uma tecnologia limpa ainda pouco explorada no Brasil apesar de apresentar grande potencial, em função das características climáticas brasileiras e pelos resultados expressivos obtidos nos projetos que estão sendo implementados.

A Petrobras identificou várias oportunidades para aplicação de aquecimento termo-solar de água, em vestiários e restaurantes das diversas unidades da empresa.

Os sistemas desenvolvidos fazem parte de um grande programa de instalação de unidades termo-solares em várias unidades do Sistema Petrobras.

ENERGIA FOTOVOLTAICA: a transformação da luz em eletricidade (energia fotovoltaica) será cada vez mais aplicada pela Petrobras, em locais isolados como monobóias, proteção catódica de dutos por injeção de corrente elétrica, sistemas de medição e monitoramento e geração de energia em pequenas plataformas.

A energia fotovoltaica é obtida a partir de duas tecnologias principais: a de células de silício cristalino (poli e monocristalino) e a de filmes finos.

A tecnologia com células de silício cristalino apresenta menos restrições e é mais aprimorada, enquanto que a de filmes finos permite uma maior integração em sistemas arquitetônicos, apesar de ser menos eficiente.

A tecnologia de filmes finos utiliza silício amorfo, cádmio, índio, gálio e selênio como matéria-prima.

Em Mossoró, Rio Grande do Norte, módulos de filme fino já fornecem energia para uma unidade de bombeio de petróleo. Trata-se de um motor de 1 HP com 760 watts instalados em módulos fotovoltaicos. Outro sistema de bombeio com potência maior está sendo projetado.

A empresa está instalando no Cenpes (Centro de Pesquisa da Petrobras) mais 40 MW, o maior conjunto de painéis fotovoltaicos do Brasil em um único local.

ENERGIA GEOTÉRMICA

A energia geotérmica, ou o calor da terra, aumenta de acordo com a profundidade. Em condições normais, ocorre um acréscimo de 20 a 40ºC por quilômetro.

No Rio Grande do Norte, a Petrobras está utilizando poços de petróleo já secos para aquecer cerca de 500 mil metros cúbicos/dia de gás natural a ser injetado em poços produtores. Assim, diminui a queima de combustíveis, o que reduz custos e evita emissões de CO2 para a atmosfera.
Produtos

DERIVADOS DO PETRÓLEO 
Os derivados do petróleo são obtidos em processos básicos de refinação: destilação atmosférica e a vácuo. Tanto são originados produtos acabados quanto componentes que entrarão na transformação e acabamento de outros.

Os produtos derivados do petróleo podem ser reunidos nos seguintes grupos:

COMBUSTÍVEIS: Gasolinas, Gás Natural e GLP, Óleo diesel, Óleo combustível, Querosene de aviação, Bunker (combustíveis marítimos).

LUBRIFICANTES: Óleos lubrificantes minerais, Óleos lubrificantes graxos, Óleos lubrificantes sintéticos, Composição betuminosa.

INSUMOS PARA A PETROQUÍMICA: Nafta, Gasóleo.

ESPECIAIS: Solventes, Parafinas, Asfalto, Coque.

PARÂMETROS PARA COMERCIALIZAÇÃO

Os derivados do petróleo comercializados devem atender determinados parâmetros relacionados a combustão, escoamento, estabilidade química e térmica, poluição e corrosão.

COMBUSTÃO: de acordo com o processo de utilização, os produtos devem possuir facilidade de queima, sem produzir resíduos nem fuligens.

OS PARÂMETROS RELACIONADOS A CADA PRODUTO SÃO: octano (gasolina), cetano (diesel), luminômetro (querosene e aviação), ponto de fuligem (querosene de iluminação), poder calorífico (querosene de aviação e óleo combustível).

ESCOAMENTO: o produto deve possuir facilidade de transporte a baixas temperaturas. A análise leva em conta ponto de congelamento (querosene de aviação), ponto de névoa e ponto de entupimento (diesel) e ponto de fluidez (lubrificantes e óleos combustíveis).

ESTABILIDADE QUÍMICA E TÉRMICA: esta especificação verifica a facilidade que o produto tem de reagir, degradando-se e formando resíduos por oxidação ou na combustão.

OS PARÂMETROS DESSA ANÁLISE SÃO: teor de gomas (gasolina), teor de gomas e hidrocarbonetos aromáticos (querosene de aviação) e teor de compostos nitrogenados e resíduos de carbono (diesel)

POLUIÇÃO E CORROSÃO: análise das partículas poluidoras e corrosivas expelidas por quase todos os derivados. Os itens verificados são o teor de enxofre e a corrosividade. Os valores obtidos atendem a normas estabelecidas e visam preservar o meio-ambiente e a vida-útil dos equipamentos.

EVOLUÇÃO DAS QUALIFICAÇÕES DOS DERIVADOS 
Nos primórdios da comercialização dos derivados de petróleo, o controle de qualidade dos produtos era realizado a partir de poucas características sugeridas e normalizadas por órgãos controlados pelas próprias companhias.

Nessa fase, havia pequena variedade de produtos que era obtida na sua maioria por destilação atmosférica. Com o avanço tecnológico, os produtos se diversificaram e passaram a ser obtidos por processos de conversão de maior complexidade.

Nos dias atuais, o controle das qualificações passou a ser exercido pela sociedade que se organizou através de códigos de consumidores e de leis de proteção ambiental. As empresas passaram a desenvolver tecnologias que permitissem produzir derivados de petróleo que aliassem desempenho elevado, economia e mínima agressão ao meio ambiente.

Toda essa evolução contribuiu para que as companhias de petróleo se especializassem na Engenharia de Produtos, que estuda e analisa as interações dos produtos de petróleo com seu processo de produção, de utilização e com o meio ambiente.

Um derivado somente apresentará um bom desempenho sem agredir o meio ambiente, quando existir compromisso de responsabilidade entre o refinador, fabricante do equipamento e usuário.

GASOLINA

A gasolina é líquida, volátil, inflamável e constituída quimicamente por uma mistura complexa de mais de 400 hidrocarbonetos. As características e especificações dos componentes da gasolina são regulamentadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).

O octano é um dos hidrocarbonetos presentes em qualquer tipo de gasolina e sua importância está relacionada com uma das principais propriedades do combustível: o poder antidetonante.

DETONAÇÃO X OCTANAGEM 

O QUE É DETONAÇÃO?


A mistura da gasolina vaporizada com o ar, no carburador do veículo, acarreta na queima do combustível. A detonação acontece quando essa queima é rápida e irregular, produzindo uma grande explosão e um ruído facilmente ouvido.

A detonação é conhecida popularmente como "batida de pino", que causa a diminuição da potência do motor.

O QUE É OCTANAGEM? 
A octanagem é determinada pela porcentagem de octano existente na gasolina e corresponde a medida do poder antidetonante da gasolina. Quanto maior for a octanagem da gasolina maior será o seu poder antidetonante.

GASOLINAS COMERCIALIZADAS

Os tipos de gasolina comercializados no país são: comum, aditivada, Premium e Petrobras Podium (produto exclusivo dos Postos Petrobras). Em todas, as distribuidoras adicionam um percentual de álcool anidro definido, por lei, pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento.

A gasolina comum é o produto básico comercializado em todo o território nacional, também chamado de Gasolina C.

A gasolina aditivada difere da comum por receber das companhias distribuidoras um aditivo com características detergentes e dispersantes.

A função dele é manter o motor limpo, sem agregação de depósitos, o que permite um bom fluxo de combustível e conseqüentemente um melhor desempenho. Esse tipo de gasolina é indicado para todos os veículos de injeção eletrônica ou carburado.

A gasolina Premium também recebe aditivos detergentes e dispersantes das companhias distribuidoras, porém difere das demais por apresentar octanagem mais elevada e um menor teor de enxofre. Sua utilização é indicada para veículos com motores de alta taxa de compressão.

Petrobras Podium é a gasolina com mais alta octanagem comercializada no mundo. Ela proporciona um total aproveitamento da potência projetada pelo fabricante do motor.

O produto foi desenvolvido com a mesma tecnologia da gasolina utilizada pelos carros da equipe BMW WilliamsF1 e possui baixíssimos teores de benzeno e enxofre na sua composição, o que reduz a emissão de monóxido de carbono em até 42%.

GASES LIQUEFEITOS DE PETRÓLEO - GLP

Conhecido popularmente como gás de cozinha, o GLP é obtido a partir das frações mais leves do petróleo ou das mais pesadas do gás natural.

Quando proveniente do gás natural é constituído pelos hidrocarbonetos propano e butano. No caso de ser extraído nas refinarias a partir do petróleo, o GLP é composto também de propeno e buteno (hidrocarbonetos do tipo insaturados, oleofínicos).

CARACTERÍSTICAS:
*O GLP sob pressão atmosférica e temperatura ambiente apresenta-se no estado gasoso;
*Nos processos de armazenamento e transporte, apresenta-se no estado líquido.
*Queima limpa;
*Composição química razoavelmente uniforme;
*Baixo teor de enxofre (não corrosivo);
*Alto poder calorífico;
*Fácil armazenamento e segurança no uso;
*Combustão completa.

APLICAÇÕES:
*Combustível doméstico
*Combustível industrial
*Corte de metais
*Aerossóis

ÓLEO DIESEL

O diesel é constituído basicamente por hidrocarbonetos. Possui concentrações baixas de enxofre, nitrogênio e oxigênio. É um produto inflamável, medianamente tóxico, volátil, límpido, isento de material em suspensão e com odor forte e característico.

O óleo diesel é utilizado em motores de combustão interna e ignição por compressão empregados nas mais diversas aplicações.

CARACTERÍSTICAS IDEAIS:
*apresenta ótima qualidade de ignição: a combustão ou queima se inicia rapidamente após a injeção;
*proporciona queima limpa e completa, produzindo o mínimo de resíduos, depósitos e cinzas;
*não é corrosivo nem produz gases tóxicos e corrosivos em sua combustão;
*mistura-se facilmente com o ar;
*não contém água e sedimentos que ocasionariam a interrupção do seu fluxo;
*proporciona segurança e facilidade de manuseio e estocagem.

APLICAÇÕES:
*combustível industrial;
*combustível para motores a explosão de máquinas (locomotivas);
*combustível para veículos pesados (carretas, tratores, caminhões);
*combustível para automotivo (ônibus, veículos utilitários);
*combustível para embarcações marítimas;
*combustível para geração de energia elétrica.

ÓLEO COMBUSTÍVEL

O óleo combustível é originado das frações residuais da destilação do petróleo e possui uma composição química bastante complexa.

Ele possui derivados que contêm enxofre, nitrogênio, oxigênio e quantidades pequenas de alguns metais como vanádio, níquel, sódio, ferro e outros. Além disso, seus hidrocarbonetos são de elevado peso molecular.

Este produto pode receber aditivos especiais para melhorar a estabilidade do produto ou combater a ação corrosiva dos compostos de vanádio.

CARACTERÍSTICAS IDEAIS: *produz combustão mais completa possível;
*os gases provenientes da combustão não devem apresentar toxidez e nem corrosividade elevada;
*não produz depósitos inorgânicos nos queimadores;
*possui alto poder calorífico;
*escoa facilmente em baixas temperaturas;
*é de fácil manuseio e transporte seguro.

APLICAÇÃO: *equipamentos destinados à geração de energia ou calor (caldeiras, fornos, aquecedores etc).

QUEROSENE

O querosene possui diversas características específicas como uma ampla curva de destilação, conferindo a este um excelente poder de solvência e uma taxa de evaporação lenta, além de um ponto de fulgor que oferece relativa segurança ao manuseio.

Ele é um produto intermediário entre a gasolina e o óleo diesel, obtido por destilação fracionada do óleo cru. Sua aplicação vai desde líquido para limpeza até como combustível para aviação.


APLICAÇÕES:
*iluminação em lampiões e lamparinas;
*combustível para aquecimento doméstico em regiões frias;
*veículo para aplicação de inseticidas;
*solventes para produção de asfaltos diluídos para pavimentação
*desengordurante de peles e couros;
*líquido de limpeza;
*combustível para turbinas de avião a jato.

CARACTERÍSTICAS IDEAIS

QUEROSENE ILUMINANTE (QI)
*Produzir queima isenta de odor e de fumaça;
*viscosidade adequada;
*o teor de enxofre deve ser baixo;
*o ponto de fulgor deve ser no mínimo 40ºC.

VEÍCULO DE INSETICIDA E LÍQUIDO DE LIMPEZA 
Estes tipos de querosene devem ser altamente refinados para reduzir o odor e eliminar a possibilidade de incorporar manchas.

QUEROSENE DE AVIAÇÃO (QAV)

O Querosene de Aviação (QAV) deve apresentar as seguintes características ideais para proporcionar um melhor desempenho nas turbinas dos aviões a jato:
*Máxima eficiência de combustão;
*alto poder calorífico;
*mínima tendência à formação de resíduos;
*ausência de corrosividade;
*baixo ponto de congelamento;
*baixa pressão de vapor.

BUNKER - COMBUSTÍVEL NAVAL

O Bunker é um óleo combustível para navios em geral. Ele é resultado da mistura de petróleo importado com petróleo nacional, o que proporciona um baixo teor de metais (alumínio e silício) e de enxofre.

A Petrobras fornece combustível a mais de 7.000 navios por ano, sempre trabalhando em estreita parceria com os clientes. O serviço eficiente, os preços competitivos e a qualidade garantida dos produtos levaram a empresa a ser reconhecida como um dos melhores fornecedores físicos de Bunker do mundo.

Petrobras Bunkering é o departamento especializado no fornecedor de serviços e combustíveis para abastecer embarcações 'na costa atlântica da América do Sul ou na área de Cingapura.

Os cuidados com a segurança e o meio ambiente são constantes em todos os navios. As 36 barcaças da companhia possuem interruptores automáticos de corte de emergências nos distribuidores e equipamento de recuperação de óleo.

Todo o pessoal de operações recebe treinamento permanente e os dispositivos de segurança também são constantemente mantidos em perfeitas condições de uso. A preocupação em oferecer os melhores serviços levou a uma certificação de qualidade ISO 9002 para as operações de logística e marketing da Petrobras Marine.

ÓLEOS LUBRIFICANTES

O produto cria uma película de espessura muito pequena, mas de grande resistência, que cobre as superfícies que se movimentam em um equipamento. A função do óleo lubrificante é reduzir o atrito e o desgaste dessas peças.

Quanto à natureza, os lubrificantes podem ser apresentados na forma gasosa, líquida, pastosa ou semi-sólida e sólida.

Os lubrificantes líquidos podem ser de origem animal ou vegetal (óleos graxos), derivados de petróleo (óleos minerais) ou produzidos em laboratório (óleos sintéticos), podendo ainda ser constituído pela mistura de dois ou mais tipos (óleos compostos).

ÓLEOS MINERAIS

Esses óleos são quimicamente constituídos por hidrocarbonetos parafínicos e naftênicos, podendo conter quantidades menores de hidrocarbonetos aromáticos e, raramente, traços de hidrocarbonetos olefínicos.

De acordo com o tipo de hidrocarbonetos que prevalece na sua composição são denominados como: óleos lubrificantes básicos naftênicos ou óleo lubrificante básico parafínico.

Sua principal característica é a viscosidade que deve variar o mínimo possível em altas temperaturas.

APLICAÇÕES:
*setor automotivo;
*setor industrial;
*setor marítimo;
*setor ferroviário.

NAFTA - INSUMOS PARA A PETROQUÍMICA

Líquido incolor utilizado principalmente como matéria-prima na obtenção, principalmente, de propeno, eteno e correntes aromáticas.

A Petrobras é a única produtora de nafta petroquímica no Brasil, atendendo à demanda nacional com produção própria e por importações.

GASÓLEO - INSUMOS PARA A PETROQUÍMICA 
A fração leve de gasóleo produzida na unidade de coqueamento retardado pode ser incorporada ao pool de diesel, após hidrotratamento. Outra forma de obtenção do produto é através da destilação a vácuo.

SOLVENTES

Os solventes correspondem às frações especiais de hidrocarbonetos líquidos obtidos pela destilação de naftas leves e médias, que são selecionadas e refinadas.

Este produto é utilizado em processos industriais e formulações comerciais para dissolver, manter em suspensão ou servir de veículo para outros ingredientes dessas operações.

Os modernos processos de refinação produzem uma grande variedade de solventes de alta pureza, grande estabilidade e diversas amplitudes de faixas e pontos de ebulição.

Esses solventes são, em geral, de baixo custo por estarem disponíveis em grandes volumes e possuem uma composição química muito variada, que pode conter hidrocarbonetos parafínicos, aromáticos ou naftênicos.

CARACTERÍSTICAS IDEAIS: *possuir volatilidade adequada;
*ser inodora e incolor;
*possuir poder de solvência satisfatório
*apresentar boa estabilidade química;
*não apresentar acidez;
*não apresentar corrosividade;
*ser de manuseio seguro.

APLICAÇÕES:
*desidratação de álcool;
*fluído para isqueiro;
*tira-manchas;
*solventes para laboratórios;
*solventes para inseticidas e pesticidas;
*solventes para pastas de polimento e outros.

PARAFINAS

Produto obtido na destilação do alcatrão do petróleo, composto basicamente por uma mistura de hidrocarbonetos do tipo parafínicos, com predominância de alcanos normais, que são os responsáveis pelo estado cristalino das parafinas.

Em temperatura ambiente apresenta consistência sólida.

APLICAÇÕES: *fabricação de velas;
*indústria de papel e embalagens (impermeabilizante);
*indústria têxtil (impermeabilizante);
*fabricação de fósforo;
*indústria de pilhas e baterias eletroquímicas;
*indústria de laticínios e frigoríficos;
*indústria de borrachas e pneumáticos;
*indústria de cosméticos;
*indústria de explosivos;
*indústria de ceras polidoras;
*indústria farmacêutica (vaselinas - pomadas);
*fabricação de moldes para próteses dentárias;
*indústria agrícola (proteção de frutas e sementes);
*fabricação de filmes fotográficos;
*fabricação de arroz parboilizado.

ASFALTO

Originalmente, o asfalto é encontrado dissolvido no petróleo e pode ser obtido por evaporação natural de depósitos localizados à superfície terrestre (asfalto natural) ou por destilação em unidades industriais a partir do óleo combustível.

Quimicamente é formado por uma mistura de hidrocarbonetos não voláteis de elevada massa molecular e pode ser encontrado sob a forma líquida, viscosa ou semi-sólida.

O betume é o elemento ativo do asfalto e transfere a ele a propriedade impermeabilizante e aglutinante.

APLICAÇÕES
*Pavimentação de estradas;
*Impermeabilizante na construção civil;
*Fabricação de tintas especiais para proteção contra erosão;
*Fabricação de tintas de impressão;
*Confecção de baterias eletroquímicas;
*Fabricação de solados especiais para calçados.

COQUE DE PETRÓLEO

Produto resultante do processo de craqueamento de resíduos pesados (coqueamento), o coque de petróleo é constituído basicamente de carbono (90 a 95% de sua composição). Apresenta-se em estado sólido, negro e brilhante e sua queima não produz cinza como resíduo.

APLICAÇÕES: *matéria-prima para produção de gás, gasolina, gasóleo e gasóleo pesado.
*utilizado na fabricação de coque calcinado, pela indústria do alumínio e na fabricação de eletrodos;
*componente da produção de coque siderúrgico, misturado com carvão mineral
*como redutor, em metalurgia, na fabricação de carboneto de cálcio e carboneto de silício.

XISTO

O QUE É XISTO?

O xisto betuminoso, ou folhelho pirobetuminoso, é uma rocha sedimentar do tipo oleígena, normalmente argilosa, que contém betume e querogênio, um complexo orgânico que se decompõe termicamente e produz óleo e gás.

Ao ser submetido a temperaturas elevadas, o xisto libera um óleo semelhante ao petróleo, água e gás, deixando um resíduo sólido contendo carbono. O xisto é considerado, mundialmente, a maior fonte em potencial de hidrocarbonetos.

O xisto gera uma infinidade de subprodutos e rejeitos que podem ser aproveitados pelos mais diversos segmentos industriais. É utilizado na produção de vidros, cimento e cerâmicas vermelhas, além de ser ótima matéria-prima na produção de argila expandida, empregada em concretos estruturais e isolantes termoacústicos.

O refino tradicional do xisto obtém nafta, gasolina, óleo diesel, óleo combustível e gás liquefeito - correspondentes aos mesmos derivados do petróleo extraído dos poços. As características desses produtos dependem do tipo de matéria orgânica e inorgânica que possuem e do solo onde foram formados.

Os rejeitos economicamente aproveitáveis após a mineração do xisto são:

CALXISTO: rocha carbonatada, denominada marga dolomítica empregada na agricultura para corrigir a acidez do solo.

CINZAS DE XISTO: utilizadas como insumo para a produção de cimento;

TORTA OLEOSA: combustível sólido alternativo à lenha e ao carvão mineral;

FINOS DE XISTO: utilizados como combustível e em cerâmica;

ÁGUA DE RETORTAGEM: utilizada na produção de adubo e defensivos agrícolas.

As técnicas de processamento são: retortagem ou pirólise, gaseificação e combustão. A Petrobras produz óleo de xisto na Superintendência da Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, no Paraná.

FERTILIZANTES 
O fertilizante é utilizado para suprir as necessidades do solo e, com isto, objetiva aumentar a produtividade. Mas o uso não se restringe à agricultura. A uréia, por exemplo, é um fertilizante sólido aplicado também na pecuária e na indústria.

A Petrobras é a maior fabricante de matéria-prima para fertilizantes do país e atende as empresas misturadoras de compostos agrícolas.

Os principais fertilizantes produzidos pela Petrobras são amônia, uréia fertilizante, uréia pecuária, uréia industrial, ácido nítrico, hidrogênio e gás carbônico.

Os fertilizantes da Petrobras são obtidos em duas unidades das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados, localizadas em Camaçari (BA) e Laranjeiras (SE).

A unidade de Camaçari, que foi pioneira na implantação do Pólo Petroquímico, iniciou suas atividades em 1971, produzindo fertilizantes nitrogenados a partir do gás natural dos campos produtores de petróleo da Bahia e de Sergipe.

A fábrica de Laranjeiras foi inaugurada em 6 de outubro de 1982 e marcou um novo ciclo do desenvolvimento no estado, com a construção da adutora do Rio São Francisco, a ampliação da rede de energia elétrica, a revitalização da ferrovia que liga Sergipe à Bahia e ainda com a instalação do Terminal Portuário Ignácio Barbosa, em Barra dos Coqueiros, a 36 quilômetros de Aracaju.


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