Os
problemas ambientais são consequência direta da intervenção humana nos
diferentes ecossistemas da Terra, causando desequilíbrios no meio ambiente e
comprometendo a qualidade de vida. A seguir, veremos os principais problemas
que ocorrem na atualidade:
Chuva
ácida
A chuva
ácida é provocada pela produção de gases lançados na atmosfera. Há
agentes naturais que fazem isso, como, por exemplo, os vulcões. A atividade
humana, contudo, é a principal causadora do fenômeno. Indústrias, usinas
termoelétricas e veículos de transporte (que utilizam combustíveis fósseis)
produzem subprodutos que se agregam ao oxigênio da atmosfera e que, ao serem
dissolvidos na chuva, caem no solo sob a forma de chuva ácida.
Devemos
lembrar, contudo, que os poluentes, carregados pelos ventos, podem viajar
milhares de quilômetros, provocando chuvas ácidas em locais muito distantes das
fontes poluidoras.
A
chuva ácida, ao atingir o solo, empobrece a vegetação natural e as plantações.
Também afeta a fauna e a flora de rios e lagoas, prejudicando a pesca.
Algumas
medidas podem atenuar a formação de chuva ácida: economia de energia, uso de
transporte coletivo, criação e uso de fontes de energia menos poluentes,
utilização de combustíveis com baixo teor de enxofre, etc.
Desmatamento
O desmatamento é
uma das intervenções humanas que mais prejudicam o planeta. Pode causar sérios
danos ao clima, à biodiversidade e às pessoas. Desmatar prejudica os
ecossistemas e leva à extinção de centenas de espécies.
Árvores
são grandes absorvedoras de dióxido de carbono, um dos gases causadores do
efeito estufa (ver abaixo). Portanto, quando o homem derruba florestas, também
intensifica o problema do aquecimento global (ver abaixo).
Dentre
outras consequências, o desmatamento provoca degradação do solo, aumento da
desertificação e erosões, muitas vezes comprometendo os sistemas hidrográficos.
As políticas de reflorestamento, muito comentadas nos dias atuais, são apenas
soluções parciais, pois, ainda que ajudem a conter o aquecimento global,
dificilmente conseguirão recuperar a biodiversidade das regiões afetadas.
Efeito estufa
O efeito
estufa é um mecanismo atmosférico natural que mantém o planeta
aquecido nos limites de temperatura necessários à preservação da vida. Se não
houvesse a proteção do efeito estufa, os raios solares que aquecem o planeta
seriam refletidos para o espaço e a Terra apresentaria temperaturas médias
abaixo de -10oC.
O
efeito estufa ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela
superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera,
entre os quais o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2), o metano
(CH4) e o óxido nitroso (N2O).
Ocorre
que, com a queima de florestas e a exagerada utilização de combustíveis
fósseis, grandes quantidades de CO2 têm sido lançadas na
atmosfera. A emissão desenfreada desse e de outros gases acentua o efeito
estufa, a ponto de não permitir que a radiação solar, depois de refletida na
Terra, volte para o espaço. Isso bloqueia o calor, aumentando a temperatura do
planeta e provocando o aquecimento global (ver abaixo).
Para
se discutir o problema e encontrar soluções, várias reuniões internacionais têm
sido realizadas. O principal documento aprovado até agora é o Protocolo
de Kyoto, assinado em 1997, que estabelece metas de redução dos gases para
diferentes países.
Aquecimento global
Trata-se do aumento da temperatura média da superfície terrestre. Alguns cientistas acreditam que, em breve, as temperaturas médias poderão estar entre 1,4oC e 5,8oC mais altas, quando comparadas às temperaturas de 1990.
Segundo alguns pesquisadores, o aquecimento global ocorre em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente os derivados da queima de combustíveis fósseis. Esses gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes de difícil dispersão, provocando o efeito estufa.
Entre as principais consequências do aquecimento global, os cientistas apontam:
a) aumento do nível dos oceanos, provocado pelo derretimento das calotas polares, o que pode provocar, no futuro, a submersão de cidades litorâneas;
b) desertificação: o aumento da temperatura somado ao desmatamento provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando os ecossistemas e, muitas vezes, criando desertos;
c) ampliação do número de furacões, tufões e ciclones (a maior evaporação das águas dos oceanos potencializa esses fenômenos); e
d) surgimento de violentas ondas de calor, o que pode provocar a morte de idosos, crianças e várias espécies de animais. |
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Buraco
na camada de ozônio
O gás
ozônio envolve a Terra na forma de uma frágil camada que protege a vida da ação
dos raios ultravioleta (emitidos pelo Sol). Os raios
ultravioleta causam mutações nos seres vivos, modificando as moléculas de DNA.
Em seres humanos, o excesso de ultravioleta pode causar câncer de pele e afetar
o sistema imunológico.
Nos
últimos anos, contudo, cientistas detectaram um "buraco" na camada de
ozônio, exatamente sobre a Antártida, o que deixa sem proteção uma
área de cerca de 30 milhões de km2.
Pesquisadores
acreditam que o gás clorofluorcarbono (CFC) é o principal responsável pela
destruição da camada de ozônio. Esse gás é utilizado em aparelhos de
refrigeração, sprays e na produção de materiais como, por exemplo, o isopor. Ao
chegar à atmosfera, o CFC entra em contato com grande quantidade de raios
ultravioleta, que quebram as moléculas de CFC e liberam cloro. Este, por sua
vez, rompe as moléculas de ozônio (O3), formando monóxido de cloro
(ClO) e oxigênio (O2). Ocorre que esses dois gases não são
eficientes para proteger a Terra dos raios ultravioleta.
Em
1985, vários países assinaram a Convenção de Viena - e, dois anos depois, o
Protocolo de Montreal -, se comprometendo a diminuir a produção de CFC.
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