A guerra
entre a Rússia e a Geórgia, em agosto de 2008, ocorreu em função do projeto
separatista da Ossétia do Sul e da Abkházia, mas está relacionada a problemas
que datam da dissolução da União Soviética.
Antes
do colapso do regime socialista, a região da Ossétia do Sul havia declarado
autonomia em relação à República Socialista Soviética da Geórgia,
aproximando-se da Rússia, que dominava a União Soviética. Com a dissolução da
URSS, em 1991, a Geórgia tornou-se uma república independente. A Ossétia do Sul
procurou seguir pelo mesmo caminho, proclamando sua independência em relação à
Geórgia.
Disso
resultou uma guerra entre a Geórgia e a Ossétia do Sul que se estendeu até
1992. A Rússia intermediou a paz entre as duas. A atuação russa, porém, estava
condicionada por seus próprios interesses: transformar em área de influência
russa tanto a Ossétia do Sul quanto a própria Geórgia.
A
Geórgia, contudo, caminhava no sentido contrário às ambições russas,
particularmente a partir de 2004, com a eleição do presidente Mikhail
Saakashvili, que tentou levar o país à Otan (Organização do Tratado do
Atlântico Norte), além de se aproximar dos Estados Unidos, de modo a escapar ao
poderio russo.
Em
2008, a Ossétia do Sul retomou suas pretensões separatistas. Ao mesmo tempo, a
tentativa georgiana de entrar para a Otan fez com que a Rússia apoiasse a
independência da Ossétia do Sul.
A
reação da Geórgia foi atacar a Ossétia com artilharia e foguetes. A Rússia,
então, entrou na guerra. O conflito entre os países durou alguns dias, até que
os russos aceitaram o cessar-fogo negociado pelo presidente da França, Nicolas
Sarkozy. O clima de tensão, contudo, permanece.
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