Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A Ameaça: Coreia do Norte






A península coreana é uma área de tensão permanente desde o início do século XX. De 1910 a 1945, foi ocupada pelos japoneses, que ali cometeram toda a sorte de atrocidades. Com a rendição do Japão na II Guerra, o país viu-se dividido em duas partes, no famoso paralelo 38: a do norte, sob a esfera de influência da União Soviética e China, e a do sul, protegida pelo guarda-chuva americano. Em 1950, a Coreia comunista invadiu a capitalista, detonando o início das hostilidades que se prolongariam por três anos.


Entre os anos de 1951 e 1953 a Coreia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoísta ocorrida na China, a Coreia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coreia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coreia do Sul manteve o sistema capitalista.

Em 1952, temendo um novo conflito mundial, os EUA adotam uma política defensiva, preocupada em preservar a Coreia do Sul sob sua influencia, aceitando a separação do norte; além disso, os gastos com a guerra e a elevada mortalidade foi determinante para a assinatura de um armistício em 27 de julho de 1953, suspendo o conflito, mas não as hostilidades. As Coreias estavam separadas.


O Governo da Coreia do Norte

De 1948 até 1980, a Coreia do Norte foi comandada pelo militar Kim Il-Sung, quando o general passou o controle do país a seu filho Kim Jong-Il, que continua no poder. Sob seu comando, a Coreia do Norte permanece como um país socialista dos mais fechados e repressivos do mundo.
O governo controla a mídia e impede até que seus cidadãos saiam do país. Hoje, a economia da Coreia do Norte é desastrosa. Com o fim da União Soviética e a falta de parceiros comerciais, o país entrou em uma grave recessão.

Dono do poder na Coreia do Norte desde 1994, Kim Jong Il é conhecido no mundo todo pelos gostos e hábitos exóticos. O ditador, no entanto, carrega também a fama de cruel representante de uma das mais perversas dinastias políticas do planeta. Desde que sucedeu seu pai, Kim Il Sung, o ditador pouco fez para reduzir a miséria de seu povo - e, enquanto isso, torrou bilhões em seu exército.
Na verdade, a principal marca do mandato de Kim é exatamente o contraste entre o poderio militar de seu país e o estado de pobreza em que vive a população.


Cronologia Nuclear
1953- Os Estados Unidos sugerem que poderiam usar armas nucleares para encerrar a Guerra da Coreia. Meses depois, as partes assinam um armistício.
1958- Os americanos instalam foguetes atômicos na Coréia do Sul; a União Soviética ajuda a Coreia do Norte a criar seu programa nuclear.
1984- A Coreia do Norte assina o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, mas não cumpre os termos do acordo.
1998- Os EUA exigem que os norte-coreanos parem de vender mísseis para estados radicais opostos aos americanos. A Coreia do Norte pede compensações.
2006- 08 de março - Coreia do Norte faz o lançamento de dois mísseis.
-18 de junho - Coreia do Norte pede apoio militar e governo dos Estados Unidos acusa o país de provocar uma guerra.
- 5 de julho - Coreia do Norte lança vários mísseis no mar do Japão, incluindo os modelos de longa distância Taepodong-2
2007- 14 de julho - Coreia do Norte fecha o principal reator nuclear Yongbyon e começa a desabilitá-lo.
2008- 27 de junho - Coreia do Norte destrói a torre do Yongbyon.
- 19 de setembro - Coreia do Norte promete restaurar chave de reator atômico.
Fevereiro/2009- Dia 15 - Coreia do Norte alega ter direito a desenvolver programas espaciais.
- Dia 23 - Coreia do Sul afirma ter uma gravação que comprova que Pyongyang tem mísseis voltados para o norte da Austrália.
Março- Dia 11 - Coreia do Norte afirma que lançará um satélite entre os dias 4 e 8 de abril.
Abril/2009- Dia 5 - Coreia do Norte lança míssil da base Musundan-ri na costa norte do país.
- Dia 29 - Coreia do Norte ameaça realizar um novo teste nuclear e lançar um míssil de alcance intercontinental. A ameaça é reação à condenação do Conselho de Segurança da ONU pelo lançamento de um foguete de longo alcance no dia 5.


Coreia do Norte: A nova ameaça norte-coreana.
O governo da Coreia do Norte confirmou no dia 25 de maio de 2009 ter realizado uma explosão nuclear subterrânea como parte do desenvolvimento de seu programa nuclear.


Quais as intenções da Coreia do Norte com esses testes?
Analistas do cenário internacional creditam que, uma vez comprovada a capacidade do país de produzir armamento nuclear, o ditador Kim Jong-il usará seu arsenal como estratégia de negociação com os Estados Unidos. Ele pretenderia, assim, forçar um acordo e derrubar as sanções econômicas impostas a Pyongyang pela ONU em 2006.

A Coreia do Norte tem sido um dos maiores fornecedores de armas do mundo. O sistema de mísseis iraniano é similar ao Taepodong e os dois países têm cooperado no desenvolvimento de armas.
A Coreia do Norte precisa de dinheiro e a venda de suas armas é uma das melhores maneiras de se obtê-lo. Um teste de míssil bem-sucedido de Pyongyang a ajudaria a vender seu foguete a outros países. Em segundo lugar, a Coreia do Norte sabe que os EUA estão envolvidos em duas guerras e que o mundo enfrenta uma profunda recessão.

O Conselho de Segurança da ONU decidiu, por unanimidade, condenar o teste. O órgão, no entanto, ainda não chegou a impor novas punições concretas ao país, apesar das pressões dos Estados Unidos e da França.


Posição Norte Americana
Os Estados Unidos defenderam medidas severas contra a Coreia do Norte. O presidente Barack Obama pediu uma reação da comunidade internacional, alegando que os testes são uma "grave preocupação para todas as nações".

O secretário americano de Defesa, Robert Gates, disse em Cingapura que os EUA não aceitarão uma Coreia do Norte nuclear. Gates assegurou também que os EUA responderão "rapidamente" se as ambições nucleares da Coreia do Norte representarem uma ameaça para a América ou seus aliados na Ásia.


A chance de guerra
A ameaça nuclear da Coréia do Norte tem tudo para ser levada a sério. Há sinais de que o país tem bombas prontas e é capaz de produzir outras unidades. O ditador Kim Jong Il defende o direito de seu país em possuir (e usar) o arsenal. O risco torna-se ainda maior contando-se que as supostas bombas estariam em poder de um regime misterioso, imprevisível e em pleno e irreversível declínio.

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