Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A DIVISÃO OU REGIONALIZAÇÃO DO MUNDO


          A Regionalização do mundo ocorre a partir de características comuns entre os países.
          Algumas maneiras de regionalizar o mundo:
          Países de Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo;
          Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos;
Após a Segunda Guerra Mundial o mundo, foi dividido em três conjuntos de países:
          Primeiro Mundo – agrupa países capitalistas desenvolvidos;
          Segundo Mundo – formado pelos países socialistas;
          Terceiro Mundo – países capitalistas subdesenvolvidos.
DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO
          Outra forma de regionalização que levava em conta o nível de desenvolvimento econômico, sugeria a existência de atraso econômico de alguns países em relação a outros.
          Na década de 50, muitos dos países subdesenvolvidos passavam por um processo de industrialização, sendo chamados de países em desenvolvimento. 
          Um segundo grupo industrializou-se na década de 70, denominados países de industrialização recente. Na década de 80, estes países eram classificados como países endividados.
          Teoria do Desenvolvimento (elaborada na década de 60);
          O atraso econômico em sua expansão criou a Divisão Internacional do Trabalho (DIT).
          Uma das características de quase todos os países subdesenvolvidos é a forte herança colonial;
          Por outro lado, os atuais países desenvolvidos que já foram colônias, não sofreram esse processo de exploração, pois se constituíram em colônias de povoamento.
          Desenvolvidos são aqueles países que além de ter um grande crescimento econômico e industrial, oferece para seu cidadão uma boa qualidade de vida, como saúde, preocupação com os idosos, acesso ao conhecimento, a cultura, segurança, boa renda pra maioria da população etc., em contrapartida, os países subdesenvolvidos possuem características inversas, como não oferece boa condição de vida à sua população, economia dependente, grande concentração de renda, educação deficiente assim como a saúde.
         
Em suma, pode-se constatar que não basta mudar as denominações, pois as diferenças são sempre as mesmas, a classificação não transforma suas características somente pela mudança de nomes: desenvolvidos, ricos, centrais, subdesenvolvidos, pobres e periféricos, pois as suas particularidades permanecem.

PAÍSES DO NORTE E PAÍSES DO SUL
          Também para regionalizar o espaço com base no nível de desenvolvimento econômico, adotou-se a expressão: países do norte (países desenvolvidos) e países do sul (países subdesenvolvidos);
          Essa regionalização não leva em conta a posição geográfica, embora muitos países do sul encontram-se ao norte da linha do Equador, e muitos do norte são ex-repúblicas socialistas.
          Mas recentemente, na era da globalização, com a expansão e internacionalização dos mercados, os países foram divididos em países centrais, mercados emergentes e países periféricos;
          Um critério muito utilizado para medir o nível de desenvolvimento de um país é o Produto Interno Bruto, o PIB per capita;
PIB, PNB E RENDA PER CAPITA
          PIB, PNB e renda per capita são expressões da ciência econômica utilizada para medir ou indicar a riqueza de um país.
          PIB – corresponde à soma do valor de toda a produção econômica gerada dentro de um país em determinado período.
          PNB – refere-se à soma do valor de toda a produção econômica gerada dentro de um país em determinado período, excluindo os rendimentos enviados para o exterior.
          A renda per capita (por cabeça) corresponde ao resultado da divisão da renda total pela população do país.
          Segundo os dados da UNESCO, a soma do PIB dos países subdesenvolvidos mais pobres é inferior à soma da fortuna das três pessoas mais ricas do mundo
O DESENVOLVIMENTO HUMANO NO MUNDO
          A palavra desenvolvimento significa avanço potencial ou gradual para melhor desempenho econômico e humano.
          Embora, muitas vezes designe crescimento econômico sem levar em conta quem se beneficia dele.
          Embora o PNB e PIB per capita permitam comparar o grau de riqueza dos países, por se tratar de uma média, a renda per capita não exprime a realidade socioeconômica interna dos países, ou seja, ela não informa a respeito da desigualdade distribuição interna da renda nem tampouco sobre as condições socioeconômicas e bem-estar humano.
          Assim o PNUD, criou o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que leva em consideração: expectativa de vida, escolaridade e PIB per capita.
          Dessa forma os países que apresentam melhoria nesses índices figurarão entre aqueles que de fato então em desenvolvimento.
OS GRANDES CONJUNTOS DE PAÍSES
          Países centrais ou desenvolvidos – são os países mais ricos e industrializados, além do que apresentam características como:
          Produção industrial, tecnologia, consumo, comércio mundial, urbanização entre outros fatores.
O DESTINO DOS PAÍSES SOCIALISTAS
          China - desde o final da década de 70, vem apresentando um surto de crescimento econômico, decorrente de uma série de reformas.
          Cuba – tenta sobreviver ao embargo comercial imposto pelos EUA.
          Vietnã e Coréia do Norte – embora permaneçam ainda socialistas tem procurado avançar na transição para economia de mercado.
          O Vietnã vem adotando medidas neoliberais desde a década de 90, tendo fechado um acordo com os EUA.
          Na década de 90 a Coréia do Norte passou por graves crises econômicas e catástrofes naturais que provocaram fome e a morte de milhares de pessoas.
          Nos primeiros anos do séc. XXI e governo tem promovido mudanças e modernização econômica.
ECONOMIAS DE TRANSIÇÃO
          Chamam-se de "Economias de Transição" os antigos países socialistas que adotavam a economia planificada e hoje estão implementando a "Economia de Mercado". Essa transição tem sido problemática e cheia de crises: aumento do desemprego, da inflação, multiplicação de máfias ou grupos criminosos organizados, surgimento de movimentos políticos exageradamente nacionalistas, alguns até racistas, como na Iugoslávia, por exemplo.
          O grave problema do desemprego surgiu devido ao "pleno emprego" da economia planificada ter sido posto a pique pelo mercado que, com um parque fabril obsoleto não pôde suprir a demanda de emprego. A ordem geral nesses países, até os anos 80, era empregar todo mundo, mesmo sem vagas nas empresas ou repartições públicas. Na economia privatizada, o lucro e a rentabilidade é o que conta, ocasionando evidentemente um grande desemprego nesses países de "Economia de Transição".
Países emergentes
          Outra nomenclatura utilizada é país emergente, denominação dada aos países, outrora considerados no Terceiro Mundo, que se industrializaram e continuam a se desenvolver, como a África do Sul, a Argentina, o Chile, o México, a Turquia e o grupo conhecido como BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
          Em 2003 foi criado o G20 que uniu os 20 maiores países emergentes do mundo, a fim de fortalecer a economia dos mesmos e fazer frente ao G8, o grupo dos oito países mais desenvolvidos do mundo.
          Países emergentes economicamente
  São países com uma economia muito forte ou forte, muitas vezes comparável com a economia de países do Primeiro Mundo, como é o caso do Brasil que é um país em desenvolvimento e que tem a nona economia do globo, com um parque industrial complexo, e que tanto exporta maquinaria de ponta, quanto matéria-prima.
Países emergentes socialmente
São países com uma sociedade comparável com a dos países do Primeiro Mundo, por vezes até melhor, que não têm ainda um impacto econômico forte como os países emergentes economicamente, mas que têm uma educação, saúde, saneamento, etc. desenvolvidas.
Equiparados aos países do Primeiro Mundo, estão mais perto deste que os países emergentes economicamente, que ainda têm sérios problemas sociais.
TIGRES ASIÁTICOS
A expressão Tigres Asiáticos é usada para se referir ao bloco econômico formado por Hong Kong, Cingapura, Coréia do Sul e Taiwan (Formosa). A denominação de “tigre” é dada em referência à agressividade destas economias, que na década de 60 eram relativamente pobres e possuíam certos indicadores sociais semelhantes aos de países africanos. A partir da década de 80, o perfil econômico dos Tigres Asiáticos começou a mudar significativamente; desta forma, passaram a apresentar grandes taxas de crescimento e uma rápida industrialização.
DESIGUALDADES MUNDIAIS
As desigualdades mundiais têm crescido constantemente durante quase dois séculos. Uma análise das tendências de longo prazo na distribuição mundial do rendimento (entre países) mostra que a distância entre os países mais ricos e os mais pobres
Para gerar crescimento favorável aos pobres, reduzir desigualdades e aumentar as capacidades humanas, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, em seu “Relatório do Desenvolvimento Humano”.
Como principal componente de política econômica é necessário:
  •  Garantir uma gestão macroeconômica saudável;
  • Estabilidade;
  • Impulsionar a procura interna através de um ajustamento adequado das taxas de juros reais;
  • Adotar uma disciplina fiscal;
  • Acelerar a produção industrial;
  • Reformar as instituições do setor financeiro e promover uma boa governabilidade.
Mas o crescimento econômico só por si não é suficiente. Deve ser um crescimento a favor dos pobres expandindo as suas capacidades, oportunidades e escolhas de vida.
A globalização, tema central do Relatório do Desenvolvimento Humano, estimulou e criou oportunidades para o homem, segundo a ONU, mas os avanços não foram igualmente distribuídos entre os povos, porque o fenômeno esteve mais voltado para a expansão de mercado e o aumento dos lucros do que para o bem-estar das pessoas.

2 comentários:

  1. muito legal esse resumo...
    vc está de parabens de verdade amei
    obrigada

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  2. É necessario mais iniciativas como esta com o objetivo de auxiliar o estudante e pesquisadores em assuntos de tema de interresse geral.

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