É
o Vaticano, sede da Igreja Católica e residência oficial do papa. Com apenas
0,44 quilômetro quadrado encravado no coração de Roma, na Itália, a menor nação
do mundo se tornou independente em 1929. Apesar de ter sua soberania
reconhecida pela maioria das nações do planeta, o Vaticano não é considerado um
país autônomo pela Organização das Nações Unidas, a ONU. "Oficialmente, o
país é uma teocracia, ou seja, governado por Deus e representado pelo papa. A
ONU não aceita a teocracia como regime", diz o escritor Luiz Gintner,
estudioso de países com menos de mil quilômetros quadrados. Além do Vaticano,
existem outras nações nanicas que conseguiram se livrar de seus países de
origem, como as Ilhas Marshall, que se tornaram independentes dos Estados
Unidos em 1986.
"Na
teoria, qualquer um pode tomar posse de um pedaço de terra que não pertence a
ninguém e proclamá-lo um país", afirma Luiz. Na prática, porém, a coisa
não é tão fácil assim. Primeiro, é preciso que o tal território esteja em águas
internacionais, onde ninguém governe. Depois, um lugar que deseje se tornar uma
nação precisa ter uma série de características para merecer a independência:
povo, território, bandeira, selo, hino, leis, sistema de defesa e, em alguns
casos, idioma e moeda próprios. Se tudo isso for cumprido, a idéia maluca pode
até fazer algum sentido. Pelo menos foi assim que pensou o major aposentado Roy
Bates. Ao lado da mulher e dos filhos, o inglês tomou posse de uma base
marítima abandonada no Mar do Norte, perto da Grã-Bretanha, criou uma
constituição, compôs um hino e declarou a independência do lugar em 1967,
batizando-o de Principado de Sealand. Apesar da insistência do folclórico
major, nenhum país do mundo reconhece a soberania de sua plataforma metálica.
Fonte: Luiz Gintner, Litteris, 1997.
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