O atual processo de
globalização nada mais é do que a mais recente fase da expansão capitalista.
Pode afirmar que a globalização ora em curso está para o atual período
científico-tecnológico do capitalismo orno o colonialismo esteve para a sua
etapa comercial u o imperialismo para o final da fase industrial e início da
financeira. Ou seja, trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e,
portanto, os lucros, que é o que de fato move os capitais, produtivos ou
especulativos, na arena do mercado. Só que agora essa expansão - e esse é o
dado novo - pode dispensar a invasão de tropas, a ocupação territorial, pode
abrir mão, enfim, da guerra. Tanto é que praticamente todas as guerras atuais
têm um fundo mais nacionalista do que econômico. Agora a invasão é muito mais
silenciosa, sutil e eficaz. Trata-se de uma invasão high- de mercadorias,
capitais e serviços, informações e pessoas. A farda agora é o terno e a
gravata, pelo menos para os novos "executivos generais". As novas
armas são a agilidade e a eficiência das comunicações e do controle de dados e
informações, obtidos através de satélites de comunicação; da informática (PCs,
laptops, supercomputadores); dos telefones fixos e móveis; dos aparelhos de
fac-símile - os fax - ou dos boeings e airbus; dos supernavios e petroleiros e
graneleiros e dos trens de alta velocidade.
O que é Globalização -
Definição
Podemos
dizer que é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre
os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os
governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e
comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.
Fluxos de capitais
especulativos.
Conhecido também como fluxo
financeiro, é o que talvez melhor represente a globalização, em razão da sua
velocidade e de quantidade de circulação. Hoje é muito fácil transferir grandes
quantidades de dinheiro, pois o dinheiro tornou-se eletrônico, virtual, nada
mais que informação que circula em tempo real, não se sabe ao certo quanto o
volume de capital que circula no mundo, estima-se em 1,5 trilhão de dólares por
dia. E as possibilidades de se investir de forma especulativa são em ações, em
moedas, em títulos da dívida pública, etc.
Os capitais especulativos quase não geram empregos e tendem a tornar vulnerável
a economia dos países, especialmente os emergentes. Na maioria das vezes, os
operadores das empresas financeiras retiram o dinheiro dos países no memento em
que eles mais precisam de capital.
Fluxos de capitais produtivos.
Também conhecido como investimento estrangeiro, pois estamos tratando do fluxo
entre países, pois obviamente existem fluxos entre cidades, estados e regiões.
Esses investimento estrangeiros, ou externos vem crescendo principalmente desde
o fim da II Grande Guerra, concomitante ao surgimento das grandes
empresas/indústrias multinacionais.
Esses investimentos externos,
segundo o nosso livro didático, é a face mais visível da globalização, pois se
materializam em instalações industriais, redes de lojas, supermercados,
lanchonetes, hidrelétricas e etc. (Lembrem-se, esta é a parte mais visível da
globalização).
E por que existe tanto empenho em investir em capitais produtivos?Simples,
porque esse fluxo gera riquezas e estimula o crescimento econômico, criação de
empregos, aumento da arrecadação de impostos, etc. E ainda pode aumentar o
volume de divisas, reservas em moeda forte, principalmente o Dólar e o Euro,
caso a produção esteja voltada para a exportação, ou pelo menos parte dela.
Logo, os principais agentes do fluxo de capital produtivo são as multinacionais
e as transnacionais, contudo, tais empresas investem de forma diferenciada fora
do seu país-sede, vimos em sala que elas podem investir em mão-de-obra barata e
em grande quantidade, que não requer alta especialização, visando o incremento
do lucro, e também os incentivos fiscais que os paises em desenvolvimento
costumam ceder, bem como as facilidades para a exportação. E também vimos que
elas instalam-se em países desenvolvidos por causa do seu amplo mercado
consumidor.
Fluxos de informações
Diz respeito
tanto à quantidade quanto à qualidade da informação veiculada entre os países,
particularmente entre os grupos de países desenvolvidos (ricos) e
subdesenvolvidos (pobres). No pós-guerra, diversas entidades de pesquisa em
comunicação fizeram medições quantitativas e análises de conteúdo e chegaram à
conclusão de que as informações, principalmente no jornalismo e na mídia
informativa, fluem muito mais intensamente dos países ricos para os pobres e
entre os próprios ricos do que dos pobres. Para usar uma simplificação metafórica,
diz-se que a informação global corre muito mais nos sentidos Norte-Sul e
Norte-Norte do que nos sentidos Sul-Norte e Sul-Sul.
Fluxos de pessoas.
Consiste no
deslocamento de pessoas de um continente para o outro, ou de um país para o
outro, é o denominado processo de imigração, que atualmente ocorre
principalmente dos países pobres (do sul) em direção aos países ricos (do
norte).
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