O que na verdade
aconteceu foi que o Brasil passou a ter mais reservas financeiras que o
montante da dívida (como pode ser verificado abaixo com dados do Banco Central
de 2012) mas, o país segue pagando apenas os juros da dívida.
Se o país desejasse
quitar a sua dívida externa (criada para custear um crescimento acima do seu
poder de investimento), o Brasil poderia lançar mão de suas reservas mas,
estrategicamente esta medida seria arriscada pois o mundo todo passa por
momentos de turbulências financeiras, não sendo um bom momento para se abrir
mão da segurança de ter recursos para enfrentar momentos difíceis.
II – Reservas internacionais
As reservas
internacionais atingiram US$355,1 bilhões em janeiro de 2012, aumento de US$3,1
bilhões em relação ao montante do mês anterior. A receita de remuneração das
reservas totalizou US$410 milhões, enquanto as demais operações externas,
relacionadas principalmente a variações de preços e de paridades, elevaram o
estoque em US$2,7 bilhões.
III – Dívida externa
A posição estimada
da dívida externa total em janeiro de 2012 totalizou US$300,3 bilhões, elevação
de US$2,9 bilhões em relação ao montante estimado para dezembro de 2011. A
dívida de longo prazo totalizou US$261,5 bilhões, aumento de US$3,2 bilhões,
enquanto a de curto prazo atingiu US$38,8 bilhões, retração de US$221 milhões.
Os principais
fatores de variação da dívida externa de longo prazo foram as captações
líquidas (não incluída a variação por paridades) de empréstimos ao setor não
financeiro, US$976 milhões, e empréstimos a bancos, US$902 milhões. A variação
por paridades elevou o estoque em US$1,3 bilhão. A retração da dívida externa
de curto prazo decorreu de amortizações líquidas de empréstimos tomados pelo
setor não financeiro, US$210 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário