A Nova Ordem Mundial é um conceito
sócio-econômico-político que faz referência ao contexto histórico do mundo
pós-Guerra Fria. A expressão foi pela primeira vez usada pelo presidente
norte-americano Ronald Reagan na década de 1980, referindo-se ao processo de
queda da União Soviética e ao rearranjo geopolítico das potências mundiais.
A Nova
Ordem Mundial foi o que o presidente Bush chamou de ordem multipolar, onde
novos pólos econômicos estavam surgindo, entre eles, Japão, China, Rússia e
União Européia. Quando deu início a nova ordem mundial, a rivalidade entre os
sistemas econômicos opostos, a classificação dos países em 1º, 2º e 3º mundo e
a ordem bipolar, EUA e URSS, deixaram de existir.
O termo Nova
Ordem Mundial tem sido aplicado de forma abrangente, dependendo do contexto
histórico, mas de um modo geral, pode ser definido como a designação que
pretende compreender uma radical alteração, e o surgimento de um novo
equilíbrio, nas relações de poder entre os estados na cena internacional.
Num contexto
mais moderno, percebe-se muitas vezes esta referência ser feita a respeito das
novas formas de controle tecnológico das populações, num mundo progressivamente
globalizado, descrevendo assim um cenário que aponta para uma evolução no
sentido da perda de liberdades e um maior controle por entidades distantes, com
o quebramento da autonomia de países, grupos menores em geral, e indivíduos.
Esta descrição
ganha por vezes traços de natureza conspirativa, mas pode também não ser
necessariamente esse o caso. Este conceito é muitas vezes usado em trabalhos
acadêmicos, notavelmente no domínio das Relações Internacionais, onde se
procura traçar cenários realistas, com base em fatos, acerca do impacto de
novos elementos da sociedade moderna e de como esta evolui. Um exemplo de um
tema nesta disciplina é a chamada revolução dos assuntos militares, em
que se procura discutir o impacto das novas tecnologias na forma de se fazer a
guerra.
A integração
regional é um instrumento fundamental para que um número cada vez maior de
países possa melhorar a sua inserção no mundo globalizado, uma vez que eleva o
seu nível de competitividade, aumenta as trocas comerciais, permite o aumento
de produtividade, cria um maior crescimento econômico e favorece o
aprofundamento dos processos democráticos. A partir de 1990 a regionalização
econômica se fortaleceu, com o fim da Guerra Fria, o que tem provocado uma
maior interdependência econômica mundial. Surgindo aí os BLOCOS ECONÔMICO.
O Que são Blocos Econômicos?
São
associações de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre
si. O primeiro bloco surge na Europa em 1957, com a criação da Comunidade
Econômica Européia (CEE), atual União Européia (UE). Na América se destacam o
Nafta, o Mercosul e, em menor grau, o Pacto Andino e o Caricom; na Europa, a UE
e a Comunidade dos Estados Independentes (CEI); na África há o SADC; na Ásia, o
Asean. Também está em fase de implantação o bloco transcontinental Apec, que
reúne países da América e da Ásia, e continuam as negociações para a formação
de um bloco abrangendo toda a América, o ALCA.
Tipos de blocos
Os blocos
econômicos classificam-se em zona de livre comércio, união aduaneira, mercado
comum, união econômica e monetária e união política e militar. Na zona de livre
comércio, há redução ou a eliminação das taxas alfandegárias que incidem sobre
a troca de mercadorias dentro do bloco, como exemplo temos NAFTA, CARICOM e
APEC. A união aduaneira, além de abrir mercados inteiros, regulamenta o
comércio dos países-membros com nações externas ao bloco, com exemplo temos
MERCOSUL e U.E. O mercado comum garante a livre circulação de pessoas, serviços
e capitais, como exemplo temos U.E. A União Econômica e monetária, estabelece a
criação de uma moeda única para os países do bloco, como exemplo a U.E. e a
União Política e militar ocorre quando
os membros após constituírem o mercado
comum e a união monetária se comprometem com a política comum de relações
externas de defesa e segurança, onde temos como exemplo a U.E.
PRINCIPAIS
BLOCOS ECONÔMICOS
UNIÃO EUROPÉIA
( U.E.)
A União
Europeia[2] (UE),
anteriormente designada por Comunidade
Econômica Europeia (CEE;
no Brasil, Comunidade Econômica
Europeia) e Comunidade Europeia
(CE), é uma organização
internacional constituída atualmente por 27 estados membros. Foi estabelecida
com este nome pelo Tratado da União Europeia (normalmente conhecido como
Tratado de Maastricht) em 1992, mas muitos aspectos desta união já existiam
desde a década de 50. A União tem sedes em Bruxelas, Luxemburgo e Estrasburgo.
A União Europeia tem muitas facetas, sendo as mais importantes o mercado único
europeu (uma união aduaneira), uma moeda única (o euro, adotado por 16 dos 27
estados membros) e políticas agrícola, de pescas, comercial e de transportes
comuns. A União Europeia desenvolve também várias iniciativas para a
coordenação dasatividades
judiciais e de defesa dos Estados Membros. O último ingresso na U.E. ocorreu em
1º de janeiro de 2007 da Bulgária e Romênia.
NAFTA:
O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio
(North American Free Trade Agreement)
ou NAFTA é um tratado envolvendo
Canadá, México e Estados Unidos da América e tendo o Chile como associado, numa
atmosfera de livre comércio, com custo reduzido para troca de mercadorias entre
os três países. O NAFTA entrou em vigor em 1º de janeiro de 1994.
Oferece aos
países membros vantagens no acesso aos
mercados dos países. Estabelecendo o fim
das barreiras alfandegárias , regas comerciais em comum, proteção
comercial e padrões e leis financeiras, não é uma zona de livre comércio, porém
reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil produtos.
ALCA:
A
Área de Livre Comércio das Américas
(ALCA) é um acordo comercial idealizado pelos Estados Unidos. Este acordo foi
proposto para todos os países da América, exceto Cuba, segundo o qual seriam
gradualmente derrubadas as barreiras ao comércio entre os estados-membros e
prevê a isenção de tarifas alfandegárias para quase todos os itens de comércio
entre os países associados. A ALCA seria composta por 34 países americanos, na prática
os mesmos que integram a Organização dos Estados Americanos, exceto Cuba (os
EUA alegam que o país da América central pratica atos de desrespeito aos
direitos humanos, não é democrata e pratica crimes políticos e humanitários).
Sua população seria de aproximadamente 800 milhões de habitantes e possuiria
PIB superior a US$ 13 trilhões.
A
iniciativa da criação de uma Área de Livre Comércio das Américas, lançada pelo
Presidente George Bush, visa à criação de um imenso espaço econômico
hemisférico. Estabeleceram-se negociações regulares, organizadas em torno dos
temas de investimentos, serviços, acessos a mercados, agricultura, propriedade
intelectual, políticas de competição, compras governamentais, resolução de
disputas, trabalho e meio ambiente e, enfim, subsídios, anti-dumping e medidas
compensatórias.
Na
última reunião da ALCA, realizada em Port of Spain, os Estados Unidos deixaram
claro que não estavam dispostos a ceder nas questões agrícolas e antidumping.
Ocorre que para os países do Mercosul estes temas são fundamentais e, além
disso, há questões na ALCA que não lhes interessam. Assim, não foi possível
encerrar as negociações em 2005, embora alguns acreditem na possibilidade de
ocorrer uma espécie de Mini ALCA ou ALCA Light. A questão é que os pontos das
negociações que o Brasil deseja ver implementados não interessam aos EUA e
vice-versa. O grande problema é que sem o apoio do Brasil a ALCA não será
implementada, pois os EUA já têm acesso às economias dos demais países, que são
de dimensões menores que a brasileira.
MERCOSUL:
O
MERCOSUL, como é conhecido o Mercado Comum do Sul (em espanhol: Mercado
Común del Sur, Mercosur) é a união aduaneira (livre comércio
intrazona e política comercial comum) de cinco países da América do Sul. Em sua
formação original o bloco era composto por quatro países: Argentina, Brasil,
Paraguai e Uruguai. Desde 2006, a Venezuela depende de aprovação dos congressos
nacionais para que sua entrada seja aprovada. O Mercosul tem como Estados Associados Bolívia
(1996), Chile (1996), Peru (2003), Colômbia (2004) e Equador (2004).
Bolívia,
Equador, Colômbia e Peru integram a Comunidade Andina (CAN), bloco com que o
Mercosul também firmará um acordo comercial.
APEC:
A APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation, traduzido, Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico)
é um bloco que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania. Sua
formação deveu-se à crescente interdependência das economias da região da
Ásia-Pacífico. Foi criada em 1989, inicialmente apenas como um fórum de discussão
entre países da ASEAN (Association of the SouthEast Asian Nations) e alguns
parceiros econômicos da região do Pacífico, se tornando um bloco econômico
apenas em 1993, na Conferência de Seattle, quando os países se comprometeram a
transformar o Pacífico numa área de livre comércio.
A APEC tem
hoje 21 membros, que são: Austrália; Brunei; Canadá; Chile; China; Hong Kong;
Indonésia; Japão; Coréia do Sul; Malásia; México; Nova Zelândia; Papua-Nova
Guiné; Peru; Filipinas; Rússia; Cingapura; Taiwan; Tailândia; Estados Unidos da
América; Vietname.
O principal
objetivo do bloco é reduzir taxas e barreiras alfandegárias da região
Pacífico-asiática, promovendo assim o desenvolvimento da economia da região.
Por ser esse o principal objetivo, em 1994, na reunião de Bogor, os países se
comprometeram a estabelecer uma zona de livre comércio até 2010, para os países
desenvolvidos, e até 2020 para os países subdesenvolvidos.
ASEAN:
A Associação de Nações do Sudeste Asiático
- ASEAN é uma organização
regional de estados do sudeste asiático que foi constituída em 8 de agosto de
1967. Os principais objetivos da ASEAN são acelerar o crescimento econômico e
fomentar a paz e a estabilidade regionais. A ASEAN estabeleceu um fórum
conjunto com o Japão, e um acordo de cooperação com a União Europeia. A sede e
secretariado permanente encontram-se em Jacarta.
Em 1992, os
países participantes decidiram transformá-la em zona de livre-comércio, a ser
implantada gradativamente até 2008. Foi fundada originalmente pela Tailândia,
Indonésia, Malásia, Cingapura e Filipinas.
CEI:
Comunidade dos Estados Independentes
(CEI) (em russo: Содружество
Независимых Государств (СНГ) - Sodruzhestvo Nezavisimykh Gosudarstv) é
uma organização supranacional envolvendo 11 repúblicas que pertenciam à antiga
União Soviética (Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Casaquistão, Quirguistão,
Moldávia, Rússia, Tajiquistão, Ucrânia e Uzbequistão) fundada em 8 de dezembro
de 1991. Este novo acordo de união política teve como principal impulsionador o
presidente russo Boris Ieltsin e marcou a dissolução da União Soviética. Desde
26 de agosto de 2005, o Turquimenistão não é mais membro permanente da
entidade, atuando apenas como membro associado. As três repúblicas fundadoras
da CEI concordaram num certo número de pontos fundamentais, nomeadamente nos
seguintes: cada estado-membro mantinha a sua independência; as outras
repúblicas da antiga União Soviética seriam bem-vindas como novos membros da
Comunidade; qualquer república seria livre de abandonar a CEI após ter
anunciado essa intenção com um ano de antecedência; os membros deveriam
trabalhar em conjunto para o estabelecimento de economias de mercado; o antigo
rublo soviético é a moeda comum dos estados-membros; a Comunidade fica sediada
em Minsk, Alma-Ata e São Petersburgo. Lituânia, Estônia e Letônia nunca fizeram
parte do grupo. A Geórgia se integrou ao Grupo em 1994, mas o seu Parlamento
aprovou por unanimidade em 14 de agosto de 2008 a saída do país da Comunidade
dos Estados Independentes, devido ao apoio russo às causas de independência da
Abecásia e da Ossétia do Sul.
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