Cartografia: É a ciência de produzir mapas (representação visual de aspectos
naturais, políticos, populacionais e outros de uma região) a partir de dados e
técnicas matemáticas.
Com a realização de constantes guerras e com o crescimento do comércio,
das cidades e dos países, os mapas deixaram de ser usados apenas para facilitar
e indicar deslocamentos. Passaram a ter também a função de transmitir conhecimentos
para favorecer a dominação e o controle de territórios. Isso levou a
cartografia a grandes avanços técnicos, tornando os mapas cada vez mais fiéis à
realidade.
Em cartografia, diferenciam-se os mapas de outras representações, como a carta.
Enquanto os mapas oferecem representações mais genéricas e menos detalhadas do
espaço (como planisférios), a carta representa espaços mais restritos com mais
detalhes (como os guias de rua).
ELEMENTOS DO MAPA
Para entender um mapa é preciso notar alguns elementos básicos:
Título: indica o assunto de que trata um mapa. Sem essa informação pode haver uma
analise errônea das informações ali presentes.
Escala: é a proporção entre o espaço real e o mapa. A escala
numérica indica uma relação numérica entre o real e o representado. A escala
1:100.000, por exemplo, indica que um centímetro no mapa equivale a 100.000
centímetros no espaço real. A escala gráfica mostra uma reta dividida em partes
iguais.
Se cada parte for equivalente a dez quilômetros, cada espaço do mapa igual ao
comprimento da divisão equivalerá a dez quilômetros reais. Portanto, escalas
grandes (como 1:100) representam pouco espaço com muito detalhe e escalas
pequenas (1:250.000) representam muito espaço com poucos detalhes.
Legenda: traduz símbolos usados no mapa (como os de cidades,
metrópoles e capitais) e a gradação de cores para altitudes e profundidades.
REPRESENTAÇÃO
CARTOGRÁFICA
TIPOS DE
REPRESENTAÇÃO
GLOBO -
representação cartográfica sobre uma superfície esférica, em escala pequena,
dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade
cultural e ilustrativa.
MAPA (Características):
- representação plana;
- geralmente em escala pequena;
- área delimitada por acidentes naturais (bacias, planaltos, chapadas, etc.),
político- administrativos;
- destinação a fins temáticos, culturais ou ilustrativos.
A partir dessas
características pode-se generalizar o conceito:
" Mapa é a representação no plano, normalmente em
escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de
uma área tomada na superfície de uma Figura planetária, delimitada por
elementos físicos, político-administrativos, destinada aos mais variados usos,
temáticos, culturais e ilustrativos."
CARTA (Características):
- representação plana;
- escala média ou grande;
- desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática;
- limites das folhas constituídos por linhas convencionais, destinada à
avaliação precisa de direções, distâncias e localização de pontos, áreas e
detalhes.
Da mesma forma que
da conceituação de mapa, pode-se generalizar:
" Carta é a representação no plano, em escala
média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma
superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais
- paralelos e meridianos - com a finalidade de possibilitar a avaliação de
pormenores, com grau de precisão compatível com a escala."
PLANTA - a planta é um
caso particular de carta. A representação se restringe a uma área muito
limitada e a escala é grande, consequentemente o nº de detalhes é bem maior.
"Carta que
representa uma área de extensão suficientemente restrita para que a sua curvatura não precise ser levada em consideração,
e que, em consequência, a escala possa ser considerada constante."
2 - ESCALA
2.1 - INTRODUÇÃO
Uma carta ou mapa é
a representação convencional ou digital da configuração da superfície
topográfica.
Esta representação
consiste em projetarmos esta superfície, com os detalhes nela existentes, sobre
um plano horizontal ou em arquivos digitais.
Os detalhes
representados podem ser:
- Naturais: São os elementos
existentes na natureza como os rios, mares, lagos, montanhas, serras,
etc.
- Artificiais: São os elementos
criados pelo homem como: represas, estradas, pontes, edificações, etc.
Uma carta ou mapa,
dependendo dos seus objetivos, só estará completa se trouxer esses elementos
devidamente representados.
Esta representação
gera dois problemas:
1º) A necessidade
de reduzir as proporções dos acidentes à representar, a fim de tornar possível
a representação dos mesmos em um espaço limitado.
Essa proporção é chamada de ESCALA
2º) Determinados
acidentes, dependendo da escala, não permitem uma redução acentuada, pois
tornar-se-iam imperceptíveis, no entanto são acidentes que por usa importância
devem ser representados nos documentos cartográficos
Escala é a relação
entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real.
Duas figuras
semelhantes têm ângulos iguais dois a dois e lados homólogos proporcionais.
Verifica-se
portanto, que será sempre possível, através do desenho geométrico obter-se
figuras semelhantes às do terreno.
Sejam:
D = um comprimento
tomado no terreno, que denominar-se-á distância real natural.
d = um comprimento homólogo no desenho,
denominado distância prática.
Como as linhas do
terreno e as do desenho são homólogas, o desenho que representa o terreno é uma
Figura semelhante a dele, logo, a razão ou relação de semelhança é a seguinte:
d
D
A esta relação
denomina-se ESCALA.
Assim:
Escala é definida
como a relação existente entre as dimensões das linhas de um desenho e as suas
homólogas.
A relação d/D pode
ser maior, igual ou menor que a unidade, dando lugar à classificação das
escalas quanto a sua natureza, em três categorias:
- Na 1ª, ter-se-á d
> D
- Na 2ª,
ter-se-á d = D
- Na 3ª categoria,
que é a usada em Cartografia, a distância gráfica é menor que a real, ou
seja, d < D.
É a escala de
projeção menor, empregada para reduções, em que as dimensões no desenho são
menores que as naturais ou do modelo.
A escala expressa
a correspondência que existe entre a representação no mapa e a superfície
terrestre representada. É por meio dela que podemos saber quantas vezes um
espaço teve que ser diminuido para caber numa folha de papel por exemplo.
Classifica-se
uma escala pequena quando os elementos reais tiveram que ser
diminuídos muitas vezes para serem representados graficamente. Dessa forma a
representação é menos detalhada. Para se ter uma ideia basta pensar num
mapa-mundi. Sua escala é considerada pequena porque é impossível enccontrar uma
cidade, por exemplo, já que até mesmo as capitais só podem ser identificadas
por um pontinho.
Esse tipo de escala
é geralmente usada em mapas e representações de grandes áreas.
Já a escala
grande é aquela onde a área reproduzida é menor, mas o grau de
detalhamento é muito maior. Os tipos mais comuns são as cartas e ainda plantas,
quando a escala é muito grande. Dessa forma podemos identificar desde cidades,
bairros e até mesmo construções e ruas.
Existem ainda
as cartas topográficas, tipo de representação com grande escala
onde são mostradas informações como bairros, residências, relevo, estradas,
entre outros. Quando há a representação do relevo são usadas curvas de
nível, linhas que indicam os pontos do terreno que possuem a mesma altitude.
Tipos de Escala
As escalas podem
ser expressas de duas formas: numericamente e graficamente.
* Escala Numérica: é
aquela em que a correspondencia da representação com o terreno é expressa
através de números.
Sendo:
E = escala
N = denominador da escala
d = distância medida na carta
D = distância real (no terreno)
As escalas mais
comuns têm para numerador a unidade e para denominador, um múltiplo de 10.
Ex: 1 : 50 000
(isso indica que cada 1 cm do mapa corresponde a 50 000 cm da superfície
terrestre).
Vale lembrar que
neste tipo de escala as unidades de medida sempre serão iguais: m e m, cm e cm…
Para calcular e descobrir distâncias e
tamanhos basta usar a regra de três. Confira o exemplo:
Escala: 1 : 50 000
Distância no mapa: 8 cm
Distância no terreno: ?
1 cm = 50 000 cm
8 cm = X cm
X = 50 000. 8
>>> X = 400 000 cm (se preferir, converta em km)
* Escala gráfica: é aquela em
que a correspondência é indicada através de um desenho como este:
Perceba que neste
tipo de escala não há a necessidade de fazer cálculos já que a unidade de
medida já vem convertida e o cm já vem indicado.
Isto significa que
1cm na carta corresponde a 25.000 cm ou 250 m, no terreno.
OBS: Uma escala é
tanto maior quanto menor for o denominador.
Ex: 1:50.000 é
maior que 1:100.000
Tipos de escalas
A escala pode ser
apresentada de duas maneiras distintas:
§
Escala de
mapeamento
(representada por um gráfico); ou
§
Escala numerada (representada por
números)
Quanto ao tipo pode
ser considerada:
§
Grande
(entre 1:1.000 a 1:50.000).
§
Média
(entre 1:100.000 a 1:1.000.000); ou
§
Pequena
(no mínimo 1:2.000.000);
Escalas como
1:1000000, 1:500000, 1:250000, 1:100000 ou 1:50000, em geral, são usadas para
mapas de continentes, e países, como: Brasil, EUA, Canadá e etc.
Escalas como
1:25000, 1:10000, 1:2500 são utilizadas em cidades, bairros e ruas, para
estudos de mais precisão.
Quanto maior a
escala, maior o ponto de onde vê, consequentemente, maior a quantidade de
detalhes no mapa.
§ Fórmula
A escala é definida
pela fórmula:
onde:
§
E é a escala
§
d é a distância na projeção
§
D é a distância real.
Projeção Cartográfica é a representação em um plano de fenômenos e
características da superfície terrestre. Embora muita gente diga que a Terra é
redonda vale lembrar que ela não é uma esfera perfeita, mas um
Geíode.
Justamente por ser um Geíode é muito difícil representar formas e medidas
da Terra sem causar qualquer tipo de alteração. Cada tipo de projeção possui
algumas equivalência e alguma diferença. Confira os principais tipos e
descubra qual é a sua distorção.
.Projeções
Conformes
Neste tipo de projeção os ângulos do mapa são idênticos aos da Terra. As
formas também não apresentam distorções mas as áreas são diferentes e é
necessário usar várias escalas diferentes. O ponto onde há menos distorção é a
Linha do Equador. Quanto mais longe desta linha, maior a distorção.
A projeção conforme mais conhecida é a de Mercator. Foi criada
na época de expansão marítima e por isso conserva os ângulo, importantes para o
uso da bússola. Não se pode negar que se trata de uma projeção etnocêntrica
porque faz com que a Europa fique mais ao centro e pareça maior do que
realmente é.
.
.Projeções Equivalentes
Neste tipo de projeção as áreas são proporcionais as da Terra, mas
pode haver deformações nos ângulos e as formas são diferentes das reais. As
áreas de países baixos são as mais proporcionais com a realidade.
A Projeção
de Peters é a mais conhecida entre as equivalentes e dá mais
destaque as áreas do sul, já que essas eram diminuídas na projeção de Mercator.
. Projeções
Equidistantes
Neste tipo de projeção a representação das distâncias é precisa. Ela usa
de um ponto qualquer do planeta e mede a distância entre outros lugares e este
ponto. É geralmente usada para definir rotas, sejam elas aéreas ou marítimas.
Possui distorções nas formas e nas áreas continentais.
Uma tipo de projeção equidistante é a Azimutal. Ela tem
como ponto de referência um dos polos, geralmente o Polo Norte. Confira a
imagem:
Para representar
fenômenos que têm localização isolada devem ser usados pontos. Quando
a representação é qualitativa, ou seja, apresenta tipos diferentes de uma
determinada informação, usamos pontos de cores e formas diferentes. Quando são
ordenados, representam valores, usamos pontos de tamanhos
diferentes. Confira no mapa abaixo um bom exemplo de representação pontual:
Para demonstrar
fenômenos que tem uma tragetória usamos as linhas. Quando a representação é
qualitativa, as linhas devem ser diferenciadas. Para quantidades diferentes o
ideal são espessuras diferentes. Confira o exemplo de representação
linear:
A projeção cartográfica mais usada atualmente é a de Robinson.
Ela não distorce as formas mas não preserva nenhuma propriedade de conformidade.
É muito comum nos Atlas e mapas escolares.
.
A
cartografia temática
É usada na
elaboração de mapas temáticos e cartogramas. São convenções, símbolos
e cores usadas para que haja uma melhor compreensão do tema exposto e
seu espaço geográfico.
Além de indica o
fenômeno e onde ele ocorre a cartografia temática também pode através de símbolos
indicar a qualidade, a quantidade e a dinâmica desses fenômeno.
Na cartografia
temática temos convenções e símbolos cartográficos que são símbolos e
cores utilizados para representar os elementos desejados. Existe uma padronização
internacional de símbolos e cores para facilitar a leitura e
interpretação dos mapas, em qualquer parte do mundo.
Para isso
geralmente são usadas linhas, áreas, cores e pontos dependendo do assunto
tratado. Confira alguns dos principais elementos usados:
Para representar
fenômenos que têm localização isolada devem ser usados pontos. Quando
a representação é qualitativa, ou seja, apresenta tipos diferentes de uma
determinada informação, usamos pontos de cores e formas diferentes. Quando são
ordenados, representam valores, usamos pontos de tamanhos
diferentes. Confira no mapa abaixo um bom exemplo de representação pontual:
Para demonstrar
fenômenos que tem uma tragetória usamos as linhas. Quando a representação é
qualitativa, as linhas devem ser diferenciadas. Para quantidades diferentes o
ideal são espessuras diferentes. Confira o exemplo de representação
linear:
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