Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

PAÍSES RECENTEMENTE INDUSTRIALIZADOS



Estudaremos os países que começaram a se industrializar há pouco tempo, e que até hoje são países em desenvolvimento. Alguns apresentam muitas dificuldades, e podem levar muitas décadas para se industrializarem completamente.

Os países que se industrializaram recentemente são formados por um grupo bem diversificado. Os países que entregam esse grupo são: Brasil, Argentina, México, Coréia do Sul, Cingapura, Hong Kong, África do Sul e Índia, esses são os maiores. É natural, portanto a diferencia cultural, o processo de industrialização, nível econômico, tecnológico e realidade social.

Esse países, porém, poderiam ser divididos em dois grupos. Um que implantou um modelo econômico voltado inicialmente para o mercado interno. E o segundo grupo para o mercado exterior, transformando-se em grandes exportadores.

BRASIL, MÉXICO E ARGENTINA.
Os países emergentes


               Os emergentes são países que se localizam na periferia do capitalismo, mas são cada vez mais interessantes para o capital globalizado graças a seu parque industrial, ao seu mercado consumidor, ou, ainda, por apresentarem possibilidade de produção para exportação, já que oferecem vantagens competitivas - baixos salários, impostos reduzidos, câmbio desvalorizado, etc.  - que ampliam a margem de lucro das empresas estratégias que neles se instalam. Até os anos de 1980 eram conhecidos como Países Recentemente Industrializados ou NICs (sigla em inglês, de Newly Industrialized Countries).  Compõem esse grupo : Brasil, México, Argentina, Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura, Hong Kong (Região Administrativa Especial da China), África do Sul e Índia,para citar apenas os mais importantes. Ás vezes, a China e também a Rússia são considerados países emergentes, lembrando que a  China por ter a maior população do planeta e por ser uma potência e  a Rússia por ser herdeira de uma superpotência , a União Soviética . É natural  a existência de grandes diferenças entre os países emergentes, principalmente quanto ao processo de industrialização, ao nível econômico e tecnológico e à realidade social. Considerando as linhas gerais de seu processo de industrialização, poderíamos dividir esses países em dois grupos distintos: os que implantaram um modelo econômico voltado inicialmente para o mercado interno, com uma industrialização substitutiva das importações, e os que se voltaram para a conquista de mercados no exterior, convertendo-se em verdadeiras plataformas de exportação.

Brasil, México e Argentina iniciaram seus processos de industrialização após a primeira guerra mundial, esse processo se intensificou na década de 30, depois da crise de 29. Começaram a implantar indústrias voltadas para o mercado interno, produzindo bens de consumo não duráveis, os quais eram antes exportados da Europa. Assim, no começo, a industrialização visava substituir as exportações.

A aristocracia agrária era os donos das primeiras fábricas, pois eles tinham acumulado capitais com as exportações de produtos agropecuários e minerais, e passaram a investir na indústria, no comercio e no sistema financeiro. Na Argentina os estrangeiros ganharam muito dinheiro exportando carne e trigo, no Brasil surgiram os barões de café. Os latifundiários se tornaram a burguesia.

O estado também foi outro agente importante para o inicio da industrialização, investindo em base e em infraestrutura: ferrovias, rodovias, portos, etc. Depois da Segunda Guerra Mundial, esse modelo ficou pouco frágil, devido a ausência de capitais, pela inexistência de ramos industriais importante e pela limitação tecnológica. Foi nesse período que os capitais estrangeiros começaram a invadir esses países. As diversas transnacionais viabilizaram a expansão de novos setores industriais, como; indústrias automobilista, eletrônicas, químico-farmacêutico, etc. Nos setores tradicionais entraram industrias alimentícias e têxteis, que se juntaram as nacionais, ou em alguns casos incorporando-as.

A indústria tornou-se um setor importante na economia desses países, colaborando com 37% do PNB no Brasil; do PNB no México; 28% do PNB na Argentina.

Anos de Crise e Dívidas

O Brasil, Argentina, e México cresceram bastante e rapidamente nas décadas de 50 e 60. Porém, o crescimento desses países estava apoiado pela poupança estrangeira. Era uma conjuntura de abundancia de dinheiro no mercado financeiro mundial; portanto as taxas de juros eram baixas. Esses países se endividaram nas décadas de 70 e 80; são os maiores devedores em valores absolutos do mundo subdesenvolvido.

Esses três países, entre outro, caíram numa armadilha. Grande parte de suas dividas foram fixadas nesse patamar. O dinheiro foi emprestado podendo os juros oscilarem em função do mercado. E foi isso o que aconteceu, depois de uma elevação provocada pelo choque do petróleo, veio outra elevação das taxas de juros.

Além de não sobrarem recursos para os países subdesenvolvidos, houve uma elevação artificial de suas dividas, que estavam presas as taxas de juros praticadas pelos Estados Unidos.

A partir desse momento aprofundou-se nesses países, a política de exportação. Foi feito um grande esforço para aumentar suas exportações, levando o preço de seus produtos para baixo.

Paralelamente, os governos mantinham uma política de forte contenção de importações, por isso os parques produtivos nacionais ficaram desatualizados, devido a impossibilidade de comprar máquina e recursos necessários a sua modernização. Para se conseguir saldos na balança comercial que possibilitasse o pagamento dos juros da divida, fizeram: um aperto salarial, desvalorização cambial para tornar os produtos mais competitivos no exterior, altas tarifas de importação, reserva de mercado para determinado setores, etc. A combinação de preços dos produtos em baixa, e taxas de juros em alta, resultou em muitos entrando numa profunda crise econômica.

O que agravou tudo isso, foi que a maior parte da divida foi encontrada por regimes ditatoriais e corruptos, que investiram o dinheiro em projetos sociais duvidosas. A década de 90 foi marcada por tentativa de estabilização econômica, e a implantação do receituário neoliberal.

Com a implantação do real, o Brasil foi o ultimo dos países latino-americanos a lançar um de estabilização econômica bem sucedida. Com esse novo plano a inflação voltou para patamares vigentes da década de 70.

Fernando Henrique Cardoso, eleito em 1994, idealizou o Plano Real quando ocupou o cargo de ministro da economia do governo Itamar Franco, e aprofundou as reformas, visando garantir a estabilidade econômica e a inserção brasileira no processo de globalização dos capitais. Fernando Henrique Cardoso conseguiu reduzir drasticamente a inflação; porém durante o seu primeiro mandato não se empenhou em aprontar reformas (tributarias, administrativa, previdenciária, etc.) que sustentariam a estabilidade econômica. Em janeiro de 1999, o Banco Central teve que desvalorizar o real para estancos para a fuga de capitais, o que provocou uma crise econômica.

África do Sul e índia

A África do Sul e a Índia foram colônias britânicas, e só começaram seus processos de industrialização após a Segunda Guerra Mundial, quando conseguiram a independência política.

A Índia se libertou do domínio britânico em 1947, depois de uma longa campanha sob a liderança de Mahatma Gandhi. Essa campanha foi baseada na “desolação civil” (quando um grupo ou nações passavam a desobedecer a uma lei, que julgam ser injusta ou socialmente ultrapassada, com o objetivo de induzir o legislador a muda-la). Depois da independência o Partido do Congresso assumiu o poder, tendo como primeiro-ministro um importante líder indiano, Jawarhald Nehru. Seu governo se estendeu até 1996, gerando conflitos com a minoria mulçumana do país.

Com o rompimento da dependência do Reino Unido, surgiu em 1961 a República Sul-Africana. O partido Nacional tomou o poder, e ele era controlado minoria branca descendente de holandeses e alemães que migraram para o país desde o século XVII. A partir da independência, foi implantado um regime de segregação social conhecido como apartheid.

A Índia teve, sob o governo nacionalista, uma forte participação do Estado no inicio de seu processo de industrialização. Investiu-se principalmente em setores de base, na indústria bélica e em obras de infraestrutura. Hoje a Índia tem conseguido atrair investimentos estrangeiros, devido a uma política de abertura ao capital estrangeiro, e a privatização. A Índia, apesar de ter um parque industrial bem diversificado, é um país essencialmente rural e agrícola.

A África de Sul teve desde o inicio a participação de capitais estrangeiro em sua economia, predominantemente britânicos e norte-americanos.

Nesses dois países, os capitais nacionais se originaram através de exportações de produtos agrícolas e fósseis, o que ajudou a acumular capitais que foram direcionados para a industrias. Assim, o que atraiu capitais estrangeiros para esses países foi uma grande disponibilidade de matéria-prima, mão-de-obra barata e um mercado interno razoável.

Na África do Sul, apesar do fim da apartheid, os principais consumidores são os brancos (cerca de 14% da população), que possuem um padrão de vida do país desenvolvido. Mesmo com a entrada de Nelson Mandela no poder, o primeiro presidente negro do país, a desigualdade socioeconômica continua. E este é o grande desafio não só da África do Sul, mas de todos os países subdesenvolvidos.

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