CRISE ISRAEL X PALESTINA
Durante muitos séculos, os judeus tentaram voltar à
“Terra Prometida”, Israel, de onde haviam sido expulsos há mais de 18 séculos.
Após a 2ª Guerra Mundial (1948), sob a proteção da
ONU, foi fundado o atual Estado de Israel, em terras que até então pertenciam à
Palestina.
Desde então, os conflitos e guerras têm acontecido,
tornando essa região uma das mais instáveis do mundo.
As
Guerras
Após a declaração de independência de Israel,
Egito, Síria Iraque e Jordânia enviam tropas para reprimir os judeus.
Os judeus vencem a guerra e ficam com 75% do
território da Palestina, 1/3 a mais do que havia sido determinado pela ONU.
O restante do território é incorporado pela
Jordânia. A faixa de Gaza fica com o Egito. A Palestina deixa de existir.
1956 -
Aliado à França e à Grã-Bretanha, Israel ataca o Egito, que queria nacionalizar
o Canal de Suez. EUA e a ex-URSS fazem pressão e Israel se retira do Sinai.
1967 -
Israel ataca o Egito, a Síria e a Jordânia. Conquista o Sinai, a Faixa de Gaza,
as colinas de Golã e a parte oriental de Jerusalém.
1973 -
No Feriado do Yom Kippur, o Dia do Perdão judaico, Egito e Síria avançam sobre
o Sinai e Golã. São repelidos pelos judeus.
1982 -
Israel decide invadir o Líbano, justificando que guerrilheiros da OLP -
Organização pela Libertação da Palestina - estavam atacando Israel a partir do
Líbano. Centenas de palestinos são massacrados por cristãos apoiados por
Israel, que somente em 1985 se retira do Líbano.
1996 -
Israel ataca o sul do Líbano, onde estão sediados guerrilheiros do Hizbollah.
Ataca sede da ONU, matando centenas de civis, especialmente crianças, que
haviam buscado proteção contra os ataques israelenses.
Os Grupos
Árabes Palestinos
OLP -
Organização pela Libertação da Palestina - criada em 1964, por iniciativa
da Liga Árabe. É o principal representante dos palestinos. Reconhecida pelo
Acordo de Paz de 1993, ainda pede, em seus estatutos, a destruição do Estado de
Israel.
Hizbollah -
Partido de Deus - Grupo formado por muçulmanos xiitas patrocinados pelo Irã,
que também é contrário ao Estado de Israel na região.
Hamas -
Movimento de Resistência Islâmico - Criado a partir da Intifada - Revolta das
Pedras -, em 1987, contra a ocupação israelense. Exige a existência de um
Estado Palestino. O grupo rejeita o Acordo de Paz de 1993. O grupo promove
ataques suicidas contra judeus em Israel.
Jihad
Islâmica - Guerra Santa - Também é contrário à paz com os judeus. É sediado
na Síria. Promove ataques a bomba com terroristas suicidas.
Os Caminhos da Paz
1978 - O
Egito assina acordos com Israel, em Camp David, com mediação dos EUA. O acordo
determina a devolução da península do Sinai e o compromisso, por parte de
Israel, da devolução dos territórios palestinos ocupados. O Sinai só é devolvido
em 1982.
1993 - O
líder da OLP, Yasser Arafat, e o primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin,
assinam, nos EUA, Acordo de Paz para o Oriente Médio (foi entregue à OLP a
faixa de Gaza e a cidade de Jericó).
A Palestina ainda não pode ser considerada um Estado
Nacional, com lugar nas Nações Unidas. Conseguiram apenas uma autonomia
relativa na Faixa de Gaza. O território da Cisjordânia deverá ser incorporado,
pelo acordo de Paz, até 1998. A Palestina será, então, um Estado dividido,
tendo territórios israelenses entre suas duas regiões.
1995 - o
primeiro-ministro israelense Yitzahk Rabin é assassinado por um radical
israelense, comprometendo o Acordo de Paz.
1996 - A
eleição em Israel leva ao poder o partido do Likud, e as tensões se acirram
cada vez mais. O novo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, coloca em xeque os
acordos entre a OLP e Israel; os extremistas fundamentalistas fazem diversos
ataques suicidas.
1997 - o
governo israelense autoriza a criação de colônias em áreas palestinas e retoma
a construção da Via Dolorosa, para chegar até o Muro das Lamentações. Gera nova
crise entre palestinos e israelenses, pois o túnel passa sob a Mesquita Al.
A’qsa, desagradando à população palestina.
1999 - O
primeiro-ministro israelense eleito Ehud Barak promete cumprir os acordos de
Wye Plantation e desocupar o sul do Líbano.
2000 -
Israel desocupa o sul do Líbano, que é retomado pelo grupo guerrilheiro
Hizbollah (grupo palestino) e posteriormente é devolvido ao governo libanês,
dando um sabor de vitória a esse grupo guerrilheiro.
O impasse para o acordo árabe-israelense continua,
apesar do esforço norte-americano em levar a paz ao Oriente Médio, mas o
problema esbarra na Questão de Jerusalém.
A proposta de formalização do Estado Palestino, em
setembro de 2000, por Yasser Arafat transforma-se em mais um ponto conflitante.
Recusa aos acordos: O Hamas, movimento islâmico
fundamentalista, qualifica os acordos de traição à causa nacional e promete
prosseguir com a Intifada.
Os acordos e Jerusalém: A insistência em ter sua
capital no setor oriental de Jerusalém levou os palestinos a não aceitar o
acordo proposto por Israel, que considera sua capital indivisível.
Importância de Jerusalém no
conflito árabe-israelense
1947 -
proposta de Partilha da Palestina; a área de Jerusalém seria
internacionalizada.
Declarada em 1948, pela ONU, como cidade
internacional por ser a sede das três mais importantes religiões monoteístas
(islamismo, judaísmo e catolicismo).
Símbolo nacional palestino, tem sua porção leste
reivindicada para ser a capital da Futura Palestina.
Capital eterna, una e indivisível. Israel anexou o
setor oriental de Jerusalém na Guerra 1967, e consolidou esta anexação
promovendo a presença de moradores judeus que se apropriaram de terras
palestinas.
Curdistão:
Região que se espalha por Turquia, Iraque, Irã,
Síria, Armênia e Azerbaijdão, o Curdistão luta pela criação de um Estado
próprio.
Apenas uma vez na história houve um passo
importante nesse sentido. Em 1920, o Tratado de Sèvres propõe a criação de um
Estado curdo, algo que nunca saiu do papel.
A grande dificuldade é que os curdos são povos
organizados em clãs independentes, islâmicos, mas desunidos. O movimento pela
independência é mais forte na Turquia, onde vive praticamente metade dos 26
milhões de curdos. É também ali que a repressão é mais intensa.
Em 1978 é criado o Partido dos Trabalhadores do
Curdistão (PKK) e, quatro anos depois, teve início a luta armada. Seu líder,
Abdullah Öcalan é condenado à morte e o movimento perde força. No entanto, com
a possibilidade de a Turquia entrar para a União Européia, existe uma pressão
para que seja solucionado o conflito com os curdos, garantindo, inclusive, os
direitos humanos desse povo.
Do lado iraquiano, a permanência dos curdos não foi
menos conturbada. Logo após a Guerra Irã-Iraque (1980-1987), Saddam ordenou um
ataque com armas químicas à região curda, matando 5 mil curdos.
Durante a Guerra do Golfo (1991), Saddam promoveu
outro massacre contra a população curda.
Federação Russa: Os
separatistas da Chechênia
Estratégica para a Federação Russa, a ex-república
soviética é uma pedra no sapato dos russos. Com a queda do regime comunista, em
1991, os chechenos aproveitaram para declarar a independência.
O exército russo invade a região, situada entre as
montanhas do Cáucaso, mas não consegue dominar os guerrilheiros. Depois de uma
trégua e a assinatura de um acordo que estendia a definição do status do lugar
até 2001, os chechenos invadem o Daguestão, tentando aumentar seu domínio.
Os russos invadem a Chechênia novamente, tomando
80% do território. De lá para cá continuam as escaramuças e a resistência dos
guerrilheiros. Historicamente não há nenhuma compatibilidade do povo russo e
checheno. Os chechenos são muçulmanos sunitas e viveram desde 1989 sob o
domínio da cultura russa, tanto que falam – obrigados – o russo. A região é
importante porque serve de rotas importantes de oleodutos em operação na
região.
IRLANDA DO NORTE
As rivalidades entre católicos e protestantes na
Irlanda do Norte remontam ao século 17.
É uma história de confrontos que opõe, de um lado,
a maioria dos irlandeses - protestantes, unionistas, identificados com os
interesses do domínio britânico - e, de outro, a minoria - católicos,
nacionalistas, que atrelam sua identidade nacional à resistência religiosa,
lutando pelo fim da dominação inglesa sobre o Ulster e a posterior unificação
com a vizinha República da Irlanda.
No século 19, a Irlanda foi integrada ao Reino
Unido da Grã-Bretanha por meio da assinatura do Union Act. No início do século
20, surge o movimento nacionalista que luta pelo fim do domínio britânico sobre
a ilha.
Esse movimento de resistência levará ao surgimento
do Estado Livre da Irlanda ou Eire, em 1922. Mas a Irlanda do Norte ou Ulster
continuará fazendo parte do Reino Unido.
Foi a partir do final dos anos 60 que as
hostilidades se agravaram.
Em 1969, o governo britânico ocupou militarmente o
Ulster e, em seguida, dissolveu o Parlamento de Belfast, assumindo as funções
políticas e administrativas.
Em 1972, mais de uma dezena de jovens irlandeses
católicos foram mortos no Domingo Sangrento. Em 30 anos de conflito, cerca de
3.600 pessoas morreram na Irlanda.
A seguir, uma sucessão de atentados terroristas
praticados pelo IRA indicavam a radicalização do conflito.
Protestantes da Força Voluntária do Ulster, grupo
paramilitar unionista, responderam com a mesma violência ao radicalismo
católico.
Só em 1991, por iniciativa de ingleses e
norte-americanos, iniciou-se uma rodada de negociações com a participação dos
partidos do Ulster e do governo de Londres.Como o Sinn Fein - braço político do
IRA - foi excluído das conversações, o diálogo fracassou.
Finalmente, em 1998, Tony Blair (premiê inglês),
Gerry Adams (Sinn Fein) e David Trimble (unionista), com a participação do
ex-presidente norte-americano Bill Clinton, assinaram o Acordo do Ulster, que
concedia mais autonomia ao país.
QUESTÃO BASCA
Existem aproximadamente 2,2 milhões bascos, que
vivem numa região de fronteira entre o norte da Espanha e o sudoeste da França.
Muitos deles reivindicam a formação de um Estado
independente, que abrangeria territórios franceses e espanhóis.
Durante o governo do general Franco (1939-1979),
proibiu-se o ensino da língua basca, sua adoção pelos meios de comunicação e o
uso das cores regionais verde, branco e vermelho.
Como resposta à intolerância franquista, em 1959,
surgiu o ETA (Euskadi Ta Askatasuna – Pátria, Basca e Liberdade), um grupo que
inicialmente se preocupou em preservar a língua, os costumes e as tradições
bascas.
Todavia, em 1966 o ETA partiu para a luta armada,
visando conquistar um Estado independente.
Na década de 1970, a organização dividiu-se em dois
grupos: ETA-M (militar), que luta pela autonomia basca pelas armas e pelo
terrorismo, e a ETA política, que rejeita a via armada.
Quando o rei Juan Carlos assumiu o trono espanhol,
após a morte de Franco, iniciou-se a democratização da Espanha. As províncias
conquistaram autonomia, o que permitiu à região basca ter um governo próprio.
Entretanto, isso não foi suficiente para a ETA-M, que intensificou as campanhas
terroristas.
No final dos anos 90, o ETA foi obrigado a aceitar
um cessar-fogo, pressionado por manifestações populares antiterrorismo.
Atualmente, a organização alega que as autoridades
francesas e espanholas intensificaram a repressão aos seus dirigentes e que por
isso está retomando suas ações terroristas.
Argélia
Na década de 70, o país conquista um crescimento
econômico espantoso graças à extração do petróleo e do gás natural.
Entretanto, nos anos 80, os preços despencaram e,
com eles, também caíram a renda per capita e a saúde financeira do país.
Em 1989, o governo é obrigado a promover a abertura
política. Nessa época surgem os problemas.
A democratização traz à tona sentimentos
fundamentalistas islâmicos que acabam se refletindo nas urnas. Com a vitória da
Frente Islâmica de Salvação (FIS), ocorre um golpe que anula as eleições.
A FIS vai para a ilegalidade. Em resposta, braços
armados da FIS declaram guerra ao regime militar. A GIA (Grupo Islâmico Armado)
é a facção mais violenta das que lutam por instalar um Estado islâmico na
região.
Caxemira:
Situada na fronteira da Índia com o Paquistão, a
Caxemira é habitada majoritariamente por muçulmanos.
O conflito remonta ao período em que os ingleses se
retiraram da região, durante o período de colonização.
Antes mantinham ali o desejo de criar um estado
único, agrupando povos de religiões hindu, islâmica e outros grupos menores.
Mas, com o fim da colonização, surge, em 1947, o
Paquistão (islâmico) e a Índia (multiureligiosa, de maioria hindu).
A descolonização deixa ainda um barril de pólvora:
a Caxemira. Na ocasião, a região era um principado de maioria muçulmana, mas
governado por um príncipe hindu. Na hora de decidir para que lado iria ficar
(hindu ou muçulmano), o príncipe decidiu aliar-se à Índia.
Depois disso, várias guerras eclodiram. A mais
importante ocorreu entre 1947-1948, quando um terço da Caxemira fica para o
Paquistão e dois terços para a Índia (uma outra pequena fração fica com a
China).
Na década de 80, com o recrudescimento do
fundamentalismo islâmico no mundo, os confrontos se intensificam na Caxemira
indiana.
O conflito alarma a comunidade internacional em
1998, quando os dois países promovem testes de armas nucleares.
A situação ainda está em impasse: a Índia não abre
mão da região. O Paquistão defende a realização de um plebiscito na Caxemira
indiana. Há ainda a idéia de criar um estado independente.
Angola
Há vários componentes neste conflito que já dura 25
anos. Com a independência da antiga colônia portuguesa, em 1975, grupos locais
passam a disputar o poder. São eles: o Movimento Popular de Libertação de
Angola (MPLA), marxista, e a União Nacional para a Independência Total de
Angola (Unita), maoísta.
No início o MPLA assume o governo. Tem início então
uma guerrilha armada liderada pela Unita. Este conflito liga-se á Guerra Fria
da seguinte forma: soldados da MPLA recebiam apoio direto de Cuba e URSS. Nesta
ocasião, a Unita deixa de ser maoísta e se aproxima dos EUA, além da ajuda da
África do Sul, que envia tropas para a região.
Ao mesmo tempo, há um conflito étnico entre
quimbundos (a maior parte deles está associada ao MPLA) e ovimbundos (ligados à
Unita). Não por acaso, esses grupos estão interessados em manter controle sobre
as ricas reservas de petróleo do país e das minas de diamante, que, ainda hoje,
ajudam a financiar a guerrilha.
O processo de paz ganha força com a queda do regime
comunista e à pressão internacional pela retirada das tropas sul-africanas, mas
o impasse se estende até hoje.
Burundi e Ruanda
O problema é antigo. Em 1885, as potências
européias dividiram o continente africano entre si em várias colônias.
O território do atual Burundi ficou com a Alemanha,
algo que agravou ainda mais as rivalidades entre as etnias hutus e tutsis. Ainda
em minoria, os tutsis detinham o poder da monarquia na região.
Com a chegada dos alemães, os tutsis continuaram
gozando de privilégios. Depois da I Guerra Mundial, o Burundi é unificado com a
vizinha Ruanda. O novo território passa para as mãos da Bélgica que domina a
região até 1946. Assim que os belgas deixam a região, em 1962, é declarada a
independência do país como uma monarquia tutsi.
Tem início um confronto violento entre as duas
etnias e, um ano depois, um golpe de Estado põe fim à monarquia, instaurando o
presidencialismo. Vários golpes seguem marcando a história desse confronto.
Em 1993, oficiais tutsis fuzilaram o primeiro
presidente escolhido democraticamente, o hutu Melchior Ndadaye.
Os hutus reagem, dando início a uma guerra civil
que se estende até hoje. O ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela
assume o comando das negociações de paz, já que as tentativas anteriores
fracassaram.
Em 2001, chegam a um consenso para a formação do
governo provisório. As facções rebeldes chegam a um consenso para a formação da
Assembléia Nacional: os hutus (85% da população) ficariam com 60% das cadeiras.
O restante ficaria com os tutsis. Haveria ainda um
rodízio de presidentes das duas etnias revezando-se no poder. Mas ainda não há
um acordo fechado.
DARFUR:
Abandonado pela atual ORDEM ECONÔMICA, que não vê
no africano um elemento de mercado, o continente afunda-se cada vez mais na
miséria, fome e instabilidade política.
A questão religiosa aflora em conflitos que
esbarram em regimes ditatoriais, como na Argélia e no Sudão.
Terroristas agridem continuamente os turistas no
Egito para desestabilizar o governo, que tem esta atividade como importante
fator da economia.
Poucos são os países que vivem uma transição para a
democracia. Com uma população inferior a 800 milhões, cerca de quase 200
milhões têm problemas com a fome.
Em sua grande maioria, as epidemias espalham-se
pelo continente. Grande parte das doenças endêmicas tornaram-se epidêmicas. A
AIDS avança a níveis alarmantes na África equatorial.
A população de Darfur vem enfrentando uma forte
onda de violência e terror que resultou numa quantidade enorme de mortes e
forçou mais de 1,5 milhões de pessoas a fugirem dos seus vilarejos destruídos
em busca de segurança.
Em acampamentos improvisados por toda a região de
Darfur, os deslocados estão vivendo sob a guarda de alguns dos mesmos homens
armados que queimaram seus vilarejos e mataram seus familiares.
Deslocamentos em massa, condições precárias de vida
e falta de comida têm um impacto grave na saúde da população. Além da
violência, as principais causas de mortes são a diarréia, as infecções
respiratórias e a malária.
Tibet
Localizado no centro-leste da Ásia, o Tibet é uma
região de tradição budista. A prática religiosa aliada à submissão à autoridade
do povo tibetano, que nunca aceitou a ocupação chinesa, que ocorre em 1950.
Uma rebelião liderada por monges budistas, em 1959,
é esmagada pelas tropas chinesas, forçando o exílio do líder espiritual
tibetano, o 14º dalai-lama, Tenzin Gyatso.À frente de cerca de 120 mil
seguidores, ele se refugia em Dharmsala, no norte da Índia.
A causa da independência do Tibet ganha força
perante a opinião pública ocidental após a concessão do Prêmio Nobel da Paz a
Tenzin Gyatso em 1989.
Faz parte dos planos do governo chinês consolidar a
migração de chineses han para a região e integrar a província à economia
chinesa. O primeiro passo é a construção de uma ferrovia ligando Lhasa, a
capital do Tibet, à cidade de Golmud, na China.
Colômbia
A guerra civil no país já dura mais de três
décadas. O principal inimigo do governo é o grupo Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc), guerrilha de esquerda que conta
aproximadamente com 15 mil homens.
Existem ainda outros grupos armados de esquerda,
com destaque para o Exército de Libertação Nacional (ELN). Em contrapartida,
uma série de esquadrões paramilitares de extrema direita combate a guerrilha em
diversas regiões do país. Essas milícias, financiadas por latifundiários, são
contra qualquer tipo de concessão aos rebeldes. Usam de violência contra
ativistas de direitos humanos, agricultores e simpatizantes de esquerda.
Juntas as guerrilhas de esquerda e as de extrema
direita controlam mais de 40% do território colombiano. A situação está assim
hoje devido à histórica irregularidade da distribuição de renda, resultado de
um processo de crescimento econômico que beneficiou famílias dos colonizadores
espanhóis, deixando à margem os nativos.
Empobrecida, uma parcela da população acabou
pegando em armas contra o governo. Para piorar o quadro, o narcotráfico ajuda a
financiar a guerrilha, que, em troca, permite o cultivo da coca.