Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

domingo, 10 de junho de 2012

Rio + 20 - Projeto vai explorar biodiversidade para difundir novos alimentos.



Variedade de formiga branca é uma das
espécies que o Projeto Biodiversidade
para Alimentação e Nutrição vai estudar.
(Foto: Reprodução)

Brasil, Quênia, Sri Lanka, e Turquia terão espécies estudadas. Formigas brancas e 'prima' da goiaba fazem parte da iniciativa..
Crocantes formigas brancas fritas. Essa é uma das apostas de um projeto internacional de pesquisa de biodiversidade para ajudar a diminuir o problema da fome. Muito consumidos no oeste do Quênia, esses insetos são uma alternativa interessante como fonte de proteína.
A iniciativa foi lançada no fim de abril e, além do Brasil e do Quênia, é liderada por Sri Lanka e Turquia.
O objetivo é identificar pelo menos 150 espécies de plantas, animais e fungos nesses países, avaliar o valor nutricional de cada uma delas e então empreender ações para aumentar seu consumo.
O programa se baseia na ideia de que muitos alimentos tradicionais ou ainda não domesticados foram trocados por comidas mais massificadas, mas às quais parte da população tem dificuldade de acesso.
Ou seja, há muita gente passando fome porque não tem dinheiro para comprar alimentos, quando poderiam cultivar ou mesmo extrair da floresta variedades comestíveis que nem imaginam. E a iniciativa ainda pode ter um outro efeito: ao conhecerem as propriedades nutricionais de determinadas plantas ou animais, os habitantes de cada região podem melhor conservá-las. A pesquisa também prevê a domesticação de espécies selvagens.
Brasil
No caso do Brasil, uma das apostas é a feijoa ou goiabeira-serrana, uma planta que tem como habitat natural uma área que se estende de Santa Catarina para o sul, até o Paraguai e a Argentina.
Fruta similar à goiaba, é velha conhecida da gente do campo, mas demorou a ser domesticada pelos brasileiros. Cerca de 40 anos atrás, foi levada para a Flórida, nos Estados Unidos, e depois chegou à Nova Zelândia, onde é base de produtos como compotas, geleias e até um espumante.
Mais recentemente, a feijoa foi domesticada no Brasil e deve ser mais bem aproveitada.
No Brasil serão analisados apenas vegetais. As variedades incluem a copaíba, o pinhão de araucária, a bacaba, o camu-camu, a jabuticaba, o umbu, além de várias outras, menos conhecidas.
A feijoa é uma das espécies em pesquisa na parte brasileira do projeto. (Foto: HortResearch/Divulgação)

A ONU estima que desde o início do século passado, cerca de 75% da diversidade de cultivos desapareceu das lavouras pelo mundo.
O Brasil é o país mais rico em biodiversidade no mundo, mas a base da alimentação da população é de espécies exóticas. “Às vezes passamos um mês sem colocar uma espécie nativa na boca”.
O melhor aproveitamento da variedade de alimentos que a natureza pode oferecer é apenas uma das medidas que a humanidade pode tomar para reduzir o número de mais de 900 milhões de pessoas que passam fome atualmente no mundo. E esse é um dos temas que a Rio+20, a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável.
Nos anos 60, se tinha uma visão de aumento da produtividade pela modernização da agricultura. E hoje, 40 ou 50 anos depois, o número absoluto de pessoas que passam fome aumentou”.


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