Os
países ricos têm a responsabilidade de optar por modelos de desenvolvimento
sustentáveis para preservar o planeta que sirvam de exemplo para as demais
naçõs, afirmou nesta terça-feira em Pequim o negociador brasileiro sobre o
clima.
O tema
dos modelos de produção e de consumo será crucial na Conferência da ONU sobre o
Desenvolvimento Sustentável Rio+20 (junho de 2012), recordou o diplomata André
Corrêa do Lago, um dos responsáveis por organizar a conferência, 20 anos depois
da Rio-92.
"Seguindo
uma lógica absurda, os países ricos caem na tentação de enviar a seguinte
mensagem às nações emergentes: não tentem viver como nós, já que isto
destruiria o planeta", declarou Corrêa do Lago.
De
acordo com ele, a postura está "muito fixada no subconsciente de vários
países ricos".
"Acreditamos
que os países desenvolvidos devem fazer um grande esforço para obter esquemas
de produção e de consumo sustentáveis, e depois nós adotaremos igualmente estes
sistemas", disse o diplomata, que considerou "inadmissível" que
exista uma "primeira classe" para países ricos e uma
"segunda" para os demais.
Apesar
da conferência Rio+20 - prioridade número um da ONU em 2012 segundo o
secretário-geral Ban Ki-Moon - priorizar o desenvolvimento sustentável, o
evento terá um vínculo estreito com a de Durban, sobre o aquecimento global,
prevista para o fim de 2011, completou o negociador brasileiro.
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