Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

domingo, 16 de setembro de 2012

Sudão do Sul - Após Independência Permanece os Conflitos


Quase 900 sul-sudaneses morreram durante uma onda de violência envolvendo tribos pecuaristas rival entre dezembro de 2011 e fevereiro de 2012, afirmou a Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira, criticando o Exército do recém-criado país por sua incapacidade de proteger civis.
O Sudão do Sul, que se separou do Sudão há um ano, vem tentando impor a sua autoridade num país subdesenvolvido do tamanho da França e inundado por armas de fogo.
Num dos episódios mais sangrentos desde a independência, cerca de 7.000 jovens fortemente armados da tribo Lou Nuer atacaram aldeias pertencentes à tribo rival Murle, no Estado de Jonglei (leste), roubando dezenas de milhares de cabeças de gado e sequestrando mulheres e crianças.
Dezenas de milhares de pessoas fugiram das suas casas devido ao incidente, que matou 612 pessoas e desencadeou uma onda de retaliações que provocou outras 276 mortes, segundo relatório da divisão de direitos humanos da Missão da ONU no Sudão do Sul.
A cifra de mortos estimada pela ONU é inferior à apresentada inicialmente por autoridades locais, que falaram em 2.000 a 3.000 mortos. O relatório disse que a missão da própria ONU também não conseguiu controlar a violência por estar carente de soldados e equipamentos.
Em nota, a alta comissária de Direitos Humanos da entidade internacional, Navi Pillay, disse ser vital que "os perpetradores e instigadores de todos os lados sejam responsabilizados".
Nos últimos tempos, a região sul do Sudão (país africano) era referida como Sudão do Sul, uma região autônoma que lutava pela independência política. Também conhecido como Sudão Meridional, o processo de independência foi iniciado em 2005, quando o governo sudanês concordou em conceder à autonomia à região a partir do Tratado de Naivasha.
O tratado foi assinado em 9 de janeiro de 2005, na cidade de Nairóbi, capital do Quênia, como forma de acabar com a Segunda Guerra Civil do Sudão. A decisão seria finalizada por meio de um referendo com os eleitores da região.
A maior cidade e capital da região é Juba. O referendo ocorreu no início de 2011, no dia 7 de fevereiro, foi publicado o resultado no qual confirmou a vontade de mais de 98 % dos votos favoráveis à independência. O resultado foi recebido com grande alegria pela população.
No Sudão do Norte a população é, predominante, mulçumana de origem árabe, enquanto que no sul, a população é de origem negra, cristã e animista.  O novo país é rico em petróleo, mas grande parte da infraestrutura está na região norte.
Para afastar qualquer ameaça de novos conflitos armadas, o presidente do Sudão, Omar Hassan al Bashir, havia dito pela televisão que aceitaria e apoiaria o resultado da votação. Com esse resultado, o EUA já planejou retirar o Sudão da lista de países mantenedores do terrorismo no mundo.
O Sudão do sul nasce como uma nação pobre, carente de infraestrutura e energia elétrica, apesar de ser uma região rica em petróleo. Hoje, o novo país herda mais de 2 milhões de mortes causadas por mais de 40 anos de guerra civil travada entre o exército sudanês e o Exército de Libertação do Povo Sudanês.
O novo país tem o tamanho do estado de Minas Gerais, com cerca 8,5 milhões de habitantes. O Sudão, maior país da África, com a separação, perderá 25 % de seu território.
Apesar dos conflitos terem terminado, a situação social não melhorou, considerando a população feminina, 92 % das mulheres são analfabetas. A água potável é distribuída por uma empresa privada que disponibiliza caminhões tanque, mais da metade da população não tem água potável. O país não possui estradas e ruas pavimentas, o que prejudica o trabalho de auxílio social de ong´s e da ONU.
Os pais do menino na foto morreram durante os bombardeios e violência em Abyei, em maio. Essa região é disputada entre o Sudão do Norte e o Sudão do Sul, que se separam oficialmente em 9 de julho. A mulher ao lado do menino é Abouk, que perdeu toda sua família nos confrontos.


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