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Geografia da Amizade
Geografia da Amizade Amizade...Amor: "Roque Schneider" |
Quem sou eu
- Vânia Schaffer
- Salvador, Bahia, Brazil
- Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.
sábado, 28 de novembro de 2009
ALGUNS MOMENTOS DO AULÃO DA SAUDADE DA ESCOLA MODELO DE IGUATU
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Brasil - Água e Energia
Norte 70% 7,6%
Centro-Oeste 15% 6,8%
Sudeste 6% 42,7%
Sul 6% 14,8%
Nordeste 3% 8,1%
Fonte: IBGE (censo 2000)
ANA (Agência Nacional das Águas - 2004)
Quatro bacias hidrográficas principais cobrem mais de 80% da superfície do território brasileiro: Amazônica, Tocantins, Platina (Paraná, Paraguai e Uruguai) e São Francisco.
Normas da ABNT para trabalhos acadêmicos
FORMATAÇÃO:
Margens:
Superior – 3cm
Papel:
*Cor – Branca
Digitação:
*Fonte: Times New Roman ou Arial
*Tamanho: 12
*Estilo: Normal
*Alinhamento: Justificado
*Espaço entre linhas: 1,5 *Recuo de Parágrafos: 2cm a partir da margem esquerda
*Espaço entre títulos e textos (vice-versa): 2 espaços duplos
Capa: deve conter 5 elementos obrigatórios:
*Nome da Instituição; Fonte times new roman ou arial, 14, caixa alta, negrito, centralizado.
*Nome do Departamento ou Curso: mesma fonte, 14, caixa alta, negrito, centralizado.
*Título do Trabalho: mesma fonte, 14, caixa alta, negrito, centralizado (horizontal e vertical).
*Nome do Autor: mesma fonte, 14, caixa alta, negrito, centralizado, 2 espaços duplos abaixo do título do trabalho.
*Local e Ano: mesma fonte, 12, caixa alta, negrito, centralizado, na última linha da página.
Folha de Rosto:
*Nome do Autor: no alto da página, logo após a margem, com a mesma formatação da capa.
* Título do Trabalho: no mesmo lugar e formatação da capa.
*Texto Indicativo: é uma referência ao tipo do trabalho realizado, quem o solicitou e com que objetivo foi realizado. Deve ser digitado na mesma fonte, 12, sem negrito, abaixo do título 2 espaços duplos, do lado direito, ou seja, em parágrafo a partir do meio da folha para direita, obedecendo à primeira linha, justificado e em espaço simples.
*Local e Ano: mesma fonte, 12, caixa alta, centralizado, na última linha da página.
Essa é só uma pequena parte das muitas normas da ABNT, referentes à trabalhos, citações, referências, etc.,etc,etc.
Obama pode mandar trinta mil soldados ao afeganistão
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Escala cartográfica - Como interpretar reduções em mapas
As escalas podem ser indicadas de duas maneiras, através de uma representação gráfica ou de uma representação numérica.
Escala gráfica
A escala gráfica é representada por um pequeno segmento de reta graduado, sobre o qual está estabelecida diretamente a relação entre as distâncias no mapa, indicadas a cada trecho deste segmento, e a distância real de um território. Observe:
Escala numérica
A escala numérica é estabelecida através de uma relação matemática, normalmente representada por uma razão, por exemplo: 1: 300 000 (1 por 300 000). A primeira informação que ela fornece é a quantidade de vezes em que o espaço representado foi reduzido. Neste exemplo, o mapa é 300 000 vezes menor que o tamanho real da superfície que ele representa.
Na escala numérica as unidades, tanto do numerador como do denominador, são indicadas em cm. O numerador é sempre 1 e indica o valor de 1cm no mapa. O denominador é a unidade variável e indica o valor em cm correspondente no território. No caso da escala exemplificada (1: 300 000), 1cm no mapa representa 300 000 cm no terreno, ou 3 km. Trata-se portanto da representação numérica da mesma escala gráfica apresentada anteriormente.
A escala (E) de um mapa é a relação entre a distância no mapa (d) e a distância real (D). Isto é:
1. Calcular a distância real entre dois pontos, separados por 5 cm (d), num mapa de escala (E) 1: 300 000.
3. Calcular a escala (E), sabendo-se que a distância entre dois pontos no mapa (d) de 5 cm representa a distância real (D) de 15 km.
Grande e pequena escala
As escalas grandes são aqueles que reduzem menos o espaço representado pelo mapa e, por essa razão, é possível um maior detalhamento dos elementos existentes. Por isso, são aquelas cujo denominador é menor. As escalas maiores normalmente são denominadas de plantas que podem ser utilizadas num projeto arquitetônico ou para representar uma cidade. De acordo com os exemplos já citados a escala 1: 300 é maior do que a escala 1: 300 000.
Eras geológicas ERAS GEOLÓGICAS - Tabela mostra transformações na Terra
Essa eras correspondem a grandes intervalos de tempo divididos em períodos.
Esses períodos se subdividem em épocas e idades. Cada uma dessas subdivisões corresponde a algumas importantes alterações ocorridas na evolução da Terra, como você pode ver na tabela abaixo:
ERA | PERÍODO | ÉPOCA | IDADE | CARACTERÍSTICAS |
Cenozóico | Quaternário | Holoceno | 10.000 | "Era do Homem". O homem torna-se a forma de vida dominante sobre a Terra. Estabilização do clima. |
Pleistoceno | 1.750.000 | Glaciações mais recentes. Domínio dos mamíferos de grande porte. Evolução do homo sapiens | ||
Terciário | Plioceno | 5.300.000 | Avanço das geleiras. A vegetação é dominada pelos campos e savanas. Aparecimento de mamíferos ruminantes. | |
Mioceno | 23.500.000 | Formação de grandes campos. Mudanças climáticas levam a formação da calota polar Antártica. | ||
Oligoceno | 34.000.000 | Aparecimento de elefantes e cavalos. Aparecimento de vários tipos de gramíneas. | ||
Eoceno | 53.000.000 | Surgimentos da maior parte das ordens de mamíferos. | ||
Paleoceno | 65.000.000 | Domínio dos mamíferos de porte pequeno a médio. | ||
Mesozóico | Cretáceo | xxxx | 135.000.000 | Primeiras plantas com flores, grupos modernos de insetos, pássaros e mamíferos. |
Jurássico | xxxx | 205.000.000 | Pterossauros e primeiros pássaros. Dinossauros vagueiam pela Terra. | |
Triássico | xxxx | 250.000.000 | Primeira aparição dos dinossauros. | |
Paleozóico | Permiano | xxxx | 295.000.000 | Primeiro grande evento de extinção em massa. Formação do supercontinente Pangea. |
Carbonífero | xxxx | 355.000.000 | Formação de grandes florestas | |
Devoniano | xxxx | 410.000.000 | Primeiros peixes | |
Siluriano | xxxx | 435.000.000 | Estabilização do clima. Derretimento do gelo glacial, elevação dos níveis dos oceanos. Evolução dos peixes. | |
Ordoviciano | xxxx | 500.000.000 | Surgimentos dos invertebrados marinhos e plantas. | |
Cambriano | xxxx | 540.000.000 | Aparecimento dos principais grupos animais. | |
Proterozóico | xxxx | xxxx | 2.500.000.000 | Predomínio de bactérias. Primeiras evidências de atmosfera rica em oxigênio. Ao final do Proterozoico surgimento de formas multicelulares e dos primeiros animais. |
Arqueano | xxxxxxxx | xxxx | 3.600.000.000 | Aparecimento de vida na Terra. Fósseis mais antigos com 3.5 bilhões de anos (bactérias micro-fósseis). |
Hadeano | xxxx | xxxx | 4.500.000.000 | Formação do Sistema Solar. Não é um período geológico. Não existem rochas na Terra tão antigas |
Desenvolvimento sustentável - Como surgiu esse conceito?
Segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas, desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir as necessidades dos seres humanos da atualidade, sem comprometer a capacidade do planeta para atender as futuras gerações. Portanto, é o desenvolvimento que não esgota os recursos, tornando-os perenemente disponíveis, se possível.
A ONU denominou a década de 1960 como a "Primeira Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento", acreditando que a cooperação internacional proporcionaria um crescimento econômico pela transferência de tecnologia, experiência e fundos monetários, de modo a resolver os problemas dos países mais pobres.
Ricos e pobres
Essa atitude foi conveniente para os países mais desenvolvidos. Por um lado, isso restringia a implantação de indústrias poluidoras em seus territórios. Por outro, eles tinham para onde transferir suas fábricas: os países menos desenvolvidos, que encorajavam a instalação dessas indústrias, para impulsionar seu próprio desenvolvimento.
Satélites
Com as missões espaciais e a implantação de um sistema de satélites para o sensoriamento remoto da Terra, tornou-se possível monitorar integradamente os vários processos atmosféricos e climáticos. Surgia uma nova perspectiva de se ver o planeta.
Em 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano (Estocolmo), reconheceu-se o relacionamento entre os conceitos de conservação ambiental e desenvolvimento industrial; foram discutidos os efeitos causados pela falta de planejamento na utilização de recursos naturais e se estabeleceram critérios claros de "poluição, pobreza e ecodesenvolvimento".
Harmonia entre economia e meio ambiente
A ONU resolveu criar uma comissão para efetuar um estudo dos problemas globais de ambiente e desenvolvimento. Em 1987, essa comissão apresentou o Relatório Brundtland - "Our Commom Future" (Nosso Futuro Comum), no qual se ressaltava o conceito de desenvolvimento sustentável, considerando-o um modelo de desenvolvimento socioeconômico, com justiça social e em harmonia com os sistemas de suporte da vida na Terra.
Em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, o conceito foi definitivamente incorporado como um princípio orientador de ações. Foi então elaborada a Agenda 21, que representa um compromisso das nações de agir em cooperação e harmonia na busca do desenvolvimento sustentável.
A Agenda 21 reconhece que os problemas de crescimento demográficos e da pobreza são globais. Para sua solução, devem-se desenvolver programas específicos locais e regionais, porém associados a projetos de meio ambiente e desenvolvimento integrados, com o apoio nacional e internacional.
Os três pilares do desenvolvimento sustentável
Na prática, se não houver a conscientização e o reconhecimento da importância do desenvolvimento sustentável, sua complexidade e o interrelacionamento de seus pilares com as diversas questões ambientais, a geração presente deixará para trás solos pobres, falta de água, atmosfera poluída, enfim, um planeta todo alterado e sujo.
Para evitar que isso ocorra os estilos de vida das nações ricas e a economia mundial têm de ser reestruturados, visando a preservação do meio ambiente, ainda que questões como essas esbarrem nos interesses de poderosos grupos econômicos.
Conurbação CONURBAÇÃO - Limites entre cidades vizinhas desaparecem
Com o aumento da urbanização, a área das cidades se amplia, fazendo com que os limites entre municípios vizinhos - ou entre um município e seus subúrbios - se confundam.
Assim, onde antes existiam várias cidades, passa a haver uma única e grande mancha urbana, ou seja, um conjunto de espaços urbanizados que engloba mais de uma cidade.
Isso ocorre principalmente nas regiões mais desenvolvidas, onde geralmente há uma grande rodovia, um porto ou sistemas de comunicação aperfeiçoados que contribuem para a expansão continuada da área física das cidades.
Problemas de infra-estrutura
O resultado desse crescimento desordenado, contudo, é o surgimento de diversos problemas de infra-estrutura: serviços de energia, transporte, coleta de esgoto, abastecimento de água, saúde e educação tornam-se insuficientes para atender a maioria da população.
Nessas cidades é comum também a ocorrência das chamadas migrações pendulares, um intenso fluxo de pessoas, que acontece por diversos motivos.
Depois que os problemas gerados pela conurbação foram percebidos, os governos criaram conselhos deliberativos (nomeados pelos governos estaduais) e consultivos (formados por representantes dos municípios que fazem parte da metrópole) para administrar de maneira conjunta as dificuldades.
Entretanto, como o crescimento urbano não para, também surgiram as megalópoles, que correspondem a conurbações gigantescas, envolvendo áreas metropolitanas já conurbadas e cidades vizinhas.
Conurbações no Brasil
Segundo o Censo de 2000, de cada dez habitantes do Brasil, oito moram em cidades. Estudos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006 (Pnad 2006) apontaram que 83,3% dos brasileiros vivem em zonas urbanas.
Exemplos de conurbação no Brasil: Juazeiro e Petrolina, no rio São Francisco; a Grande São Paulo (que envolve mais de 30 municípios); o Grande Rio de Janeiro (com cerca de 20 municípios).
Concentração e desconcentração industrial
São Paulo é centro industrial do país
Esse fato, contudo, não permite afirmar que as primeiras indústrias capitalistas brasileiras, no início do século 20, foram desenvolvidas de maneira concentrada na região Sudeste. Ao contrário. Naquele período, por exemplo, a indústria têxtil nordestina era bastante desenvolvida, sendo que já foi até mesmo contada em filme a saga do ilustre Delmiro Gouveia, um industrial que ficou conhecido pelo seu pioneirismo no aproveitamento hidrelétrico do baixo rio São Francisco e pela perseguição e assassinato que sofreu, por se recusar a vender suas indústrias à companhia inglesa Machine Cotton.
Assim, para entender o crescimento vertiginoso de São Paulo - em 1872, a capital da província cafeeira, com módicos 32 mil habitantes, era apenas a décima maior cidade do Brasil -, que permitiu à cidade se consolidar como, atualmente, a quarta maior metrópole do mundo, com quase 20 milhões de habitantes, é necessário compreender as características do processo de concentração industrial brasileira, exigindo uma atenção mais detida nos seus dois principais impulsos, no século 20: (a) em 1930, com a indústria de substituição de importações, e (b) na década de 1950, com a indústria automobilística.
Concentração industrial
Para se ter uma idéia da crise, o preço da saca de café exportada caiu, na Bolsa de Nova York, em torno de 60%, de 4,70 libras para 1,80. Mas, como forma de evitar essa intensa desvalorização, o governo de Getúlio Vargas passou a "socializar os prejuízos" com a sociedade brasileira, comprando e queimando (ou jogando em alto-mar) os estoques encalhados de café.
A Grande Depressão de 1929, além de inviabilizar a exportação do café brasileiro, dificultava a importação de produtos industrializados no país (acredita-se que naquele período a importação tenha diminuído cerca de 60%). Foi nesse contexto que nasceu o processo de industrialização no Brasil, com a função de substituir as importações de produtos industrializados de outros países, inclusive dos EUA.
Assim, a indústria de substituição de importação, capitalizada pela ação do Estado e com farta disponibilidade de mão-de-obra barata - produto de um êxodo rural cada vez mais intenso -, vai se desenvolver especialmente no ramo das indústrias de bens de consumo não-duráveis, com destaque às indústrias têxtil e alimentícia. Todavia, sua ação foi restringida devido à insuficiência financeira e tecnológica para desenvolver uma fundamental indústria de base.
Foi no Estado Novo que ocorreu a implantação de parte fundamental da infra-estrutura necessária para o desenvolvimento da industrialização. Coube ao Estado um papel relevante no alargamento das bases produtivas, como "empresário" na indústria de base ou rompendo os pontos de estrangulamento em energia e transporte, ou, ainda, como regulador do mercado de trabalho, através de uma complexa legislação trabalhista.
Mas foi com o segundo grande impulso da industrialização no Brasil, no governo de Juscelino Kubitschek (1956-60), que houve a consolidação definitiva do capitalismo industrial brasileiro. No fundo, o famoso slogan do governo de J. K., "Cinqüenta anos em cinco", tinha na indústria automobilística seu carro-chefe.
Investimentos maciços foram feitos para garantir as condições gerais da produção industrial, tais como os realizados nas áreas de energia, de transporte, de aparelhamento portuário, da educação e da saúde.
Porém, a indústria automobilística e toda uma cadeia produtiva de equipamentos e peças para veículos continuaram a reforçar a concentração industrial em São Paulo, em especial na região do ABC paulista. Tanto é verdade que, na década de 1970, a região metropolitana de São Paulo representava quase a metade (45%) do valor da produção industrial no país.
Mas, além das questões econômicas, era cada vez mais evidente que a concentração industrial na metrópole paulista reproduzia e aprofundava as desigualdades inter-regionais, motivando uma intensa dinâmica migratória. Segundo a Fundação Seade, entre 1970 e 1980, o saldo migratório foi positivo de 2 milhões de pessoas. Como conseqüência dessa dinâmica deu-se o que Milton Santos chama de "macrocefalia", caracterizada pelo rápido e desordenado crescimento das cidades, gerando uma série de problemas sócio-espaciais.
Desconcentração industrial
Mas é na década de 1990 que a desconcentração industrial no país vai se intensificar. Apoiada pela maior abertura econômica e pelo desenvolvimento técnico-científico (informática e comunicação), sem esquecer das mudanças constitucionais de 1988 - que concederam aos estados e municípios maior autonomia na definição dos impostos cobrados às empresas -, esse processo de desconcentração acabou gerando o que os geógrafos chamam de "Guerra dos Lugares", ou seja, uma disputa entre estados e municípios, com a intenção de atrair grandes empresas a partir da diminuição ou isenção de impostos.
Porém, não é correto afirmar que, nesse período, teria se iniciado um processo de desindustrialização da Grande São Paulo. Além de concentrar, em 1990, 31% do valor da produção industrial, a metrópole acabou se especializando em atividades mais complexas e competitivas, que exigem o emprego mais qualificado de novas tecnologias, ligadas à informática e à comunicação.
Sem dúvida, a cidade de São Paulo cresceu vertiginosamente, mais de 150 vezes, no século 20. E parece que, no século 21, sua dinâmica a consolidará como o maior centro de serviços especializados em âmbito nacional, detendo a centralização do comando diretivo e financeiro das mais importantes empresas no Brasil: não por acaso, 50% das sedes das 50 maiores empresas brasileiras estavam localizadas, em 2002, na Grande São Paulo.
CHINA- uma potência.
Economia e história da potência
O início das transformações
A China atrai investimentos do mundo inteiro, inclusive do Brasil, e a presença da nova economia chinesa no mercado mundial tem causado impactos no mercado de trabalho de diversos países: empresas fecharam suas unidades produtivas e as deslocaram para lugares que oferecem menor custo e maior rentabilidade. A China tem sido o destino preferencial destas empresas, inclusive algumas brasileiras.
O modelo chinês
As fazendas coletivas foram distribuídas aos camponeses e foi permitida a produção para o mercado. No entanto, o poder sobre as terras pertence ao Estado e a posse pode ser transferida para outro agricultor.
Mesmo nas áreas urbanas a propriedade do solo permanece do Estado. Ser dono de um imóvel na China é ser proprietário das construções realizadas sobre o solo e adquirir o direito de utilizar o terreno por um prazo de 90 anos.
Difícil encaixar a China atual num determinado sistema econômico. É melhor usar o termo sistema chinês. A constituição chinesa afirma que a China é um socialismo de mercado. Outros afirmam que o que existe de fato é um sistema capitalista controlado pelo Estado. De fato, a economia de mercado está em contradição com o controle estatal.
Por outro lado, o socialismo teve origem no combate às desigualdades econômicas e sociais produzidas pelo mercado e, embora parcela significativa da população chinesa tenha sido beneficiada pelo crescimento econômico, os contrastes sociais são muito mais evidentes.
A contradição entre economia socialista (planificada pelo Estado) e economia capitalista (baseada no mercado) passou a ser vista pelo governo chinês como uma besteira. Deng Xiaoping chegou a declarar a esses respeito que: "Não importa a cor do gato, importa que ele pegue o rato".
O Estado foi o principal instrumento da modernização acelerada que transforma diariamente a paisagem da China. O ritmo da economia chinesa exige construções permanentes ou reaparelhamentos de portos, rodovias, estradas de ferro, aeroportos e usinas de energia.
Repressão e censura
Em 1989, uma ampla manifestação estudantil pró-democracia foi esmagada com tanques e fuzis. Sindicatos e greves são proibidos e qualquer manifestação é violentamente reprimida. Muitos militantes por direitos civis exilaram-se. A liberdade de expressão é inexistente e as críticas ao governo chinês são severamente punidas com prisão ou morte.
O conteúdo da internet é totalmente controlado pelas autoridades locais através de filtros que bloqueiam o acesso a determinados sites na Web. A Google, para entrar neste mercado, teve que se adaptar à regulamentação e ao controle das autoridades e restringir seus conteúdos de busca disponíveis. Além disso, não hospedará blogs nem correios eletrônicos.
De acordo com a Anistia Internacional, a China foi responsável por 80% das aplicações da pena de morte realizadas no mundo no ano de 2005, e faz parte da lista dos países em que alguns condenados tem menos de 18 anos de idade.
País é considerado a oficina do mundo
Em outubro de 2009, a China, ou Império do Meio (Tchong-Kouo), relembrará 60 anos da revolução comunista. Mao Tse-Tung, líder do PCCh (Partido Comunista Chinês), enquanto viveu, até 1976, defendeu a política como prioridade superior à economia - o igualitarismo social era mais importante que a produtividade. Depois de sua morte, assumiu Den Xiaoping, em 1978, que passou a dar prioridade à produtividade. Essa tendência ficou famosa com a seguinte frase de Xiaoping: "Não importa se o gato é branco ou preto, o que importa é que apanhe os ratos".
Todavia, a confirmação da China - que conta com uma população de 1,3 bilhão de habitantes e é o terceiro maior território do mundo - como a principal potência emergente do século 21 depende não apenas de sua pujança econômica, mas também de mudanças políticas - que garantam direitos trabalhistas e liberdade de expressão - e da solução de graves problemas ambientais.
Hipertrabalho
Para se ter uma ideia da situação, um trabalhador médio estadunidense, que trabalha em torno de 8 horas por dia, recebe um salário de 3 mil dólares por mês, enquanto um trabalhador médio chinês, que, muitas vezes, trabalha mais de 10 horas por dia, ganha 160 dólares mensalmente. Isso vale também para os trabalhos que exigem um melhor nível de qualificação profissional: enquanto um designer de hardware dos Estados Unidos ganha 300 mil dólares anuais, um chinês não recebe mais do que 24 mil dólares por ano.
A China conta com uma população economicamente ativa (PEA) de 700 milhões de pessoas - um verdadeiro "exército industrial de reserva" -, que continuarão dispostas a trabalhar por horas a fio em troca de poucos dólares. Porém, são cada vez mais visadas pela opinião pública internacional as grandes empresas multinacionais que usam (ou apóiam) os chamados sweatshops ("fábricas do suor"), nos quais ocorre a exploração extrema dos trabalhadores, chegando a ceifar vidas - o que os chineses chamam de guolaosi (morte súbita por hipertrabalho).
A economia chinesa vem despertando a atenção da comunidade internacional há quase três décadas, devido a seu intenso crescimento, na casa dos 10% ao ano. Para se ter uma idéia do gigantismo, em 2007, às portas da crise financeira, o PIB (Produto Interno Bruto) chegou a 4,3 trilhões de dólares, o que a coloca como a terceira maior economia do mundo (atrás do Japão e dos EUA), com a previsão de que, em 2030, se tornará a primeira economia mundial.
Centralismo político
O governo central centraliza com mão de ferro as questões de ordem política, que pouco foram alteradas desde a época maoísta. De um lado, é essa política que reprime jovens manifestantes sedentos de maior abertura política. De outro lado, tal política centralizada conduz o planejamento estratégico chinês, garantindo o positivo crescimento econômico.
Exemplos do centralismo governamental são o controle do câmbio e a desvalorização da moeda (1 dólar equivale a cerca de 8 yuans), apesar das críticas dos EUA. Esse câmbio garante um nível elevado de exportações e, em 2007, assegurou um superávit comercial de 260 bilhões de dólares - e, portanto, um afluxo considerável de capitais. É assim que a China possui hoje uma grande reserva internacional, da ordem de 2 trilhões de dólares.
Essa grande disponibilidade de crédito interno permite uma aceleração do processo de modernização, a multiplicação de obras de infraestrutura (portos, aeroportos, rodovias, estradas de ferro, metrôs, pontes, hidrelétricas) e a intensificação do processo de urbanização de muitas cidades.
Desafios
a) a necessidade de repensar questões ligadas à liberdade e à democracia;
b) direito dos trabalhadores a condições mais digna de vida;
c) diminuição das desigualdades sociais - apesar de a China ter retirado cerca de 250 milhões de pessoas da pobreza, há ainda 200 milhões de pessoas abaixo da linha da miséria (que sobrevivem com menos de 1 dólar por dia);
d) conter o intenso êxodo rural, pois se acredita que, nos próximos anos, cerca de 200 milhões de trabalhadores chineses migrarão para as cidades em busca de emprego - muitos deles, inclusive, de forma ilegal, pois a migração tem de ser autorizada pelo governo;
e) repensar a questão ambiental, pois a tendência é de que, em 20 anos, a China ultrapasse os EUA na emissão de gases do efeito estufa.
A savana mais rica do mundo- CERRADO
O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade com a presença de diversos ecossitemas, riquíssima flora com mais de 10.000 epécies de plantas, sendo 4.400 endêmicas desse bioma, caducifólia ou decídua (as folhas caem durante a estação seca do ano).
Solos ácidos e queimadas naturais
Clima e laterização
O clima predominante é o tropical semi-úmido ou tropical continental ou tropical alternadamente seco e úmido ou tropical típico, caracterizado por apresentar temperaturas altas que variam de, aproximadamente, 18º C em média, no inverno, e 25º C, no verão. A pluviosidade é de 1.500 mm ao ano, mas com chuvas concentradas no verão e estiagem no inverno.Esta variação entre períodos secos e chuvosos resulta na formação de solos lixiviados (quando os nutrientes e material mais fino do solo são retirados pela água das chuvas) o que reduz a fertilidade natural e provoca a formação de uma camada de ferro e alumínio acumulados lentamente. Este fenômeno é chamado de laterização e resulta na formação da crosta laterítica ou ferruginosa.
Ele ocorre durante o período das chuvas, quando o ferro e o alumínio são dissolvidos e levados pela água, e durante a seca, quando a menor velocidade de escoamento e da percolação da água no solo faz o ferro e o alumínio se acumularem nestas camadas ou crosta. Como resultado da formação desta crosta relativamente impermeável a água das chuvas não se infiltram tão profundamente e aceleram a lixiviação e tornam os solos ácidos.
Chapadas
No planalto Central predominam as chapadas, geralmente de origem sedimentar, com topos amplos e planos e bordas escarpadas, o que favorece a mecanização da agricultura (a expansão da agricultura é hoje a principal causa do desmatamento do cerrado). Outra formação é constituída por afloramentos calcários (relevo cárstico), com grutas e cavernas em diferentes tamanhos e extensões.São conhecidas mais de 1.500 espécies de animais. Trata-se, portanto, do maior conjunto de animais do planeta Terra. O aumento da presença humana e o ,conseqüente, desmatamento vem levando à destruição de diversos habitats e à ameaça de extinção de várias espécies.
O ecossistema do sertão nordestino- CAATINGA
São adaptadas às condições do clima semi-árido, que predomina no sertão nordestino e apresenta médias de temperatura acima dos 25ºC. Chove muito pouco, de forma irregular, em geral nos meses de verão.
A palavra caatinga, é indígena, de origem tupi, e quer dizer "mata branca", "mata rala" ou "mata espinhenta". Recebeu esse nome dos índios que habitavam a região porque durante o período de seca a vegetação fica esbranquiçada, quase sem folhas.
Plantas que dão água
Muitas das plantas da caatinga têm capacidade de reter água no caule e nas folhas, o que acaba servindo para matar a sede de pessoas e animais quando a seca se prolonga muito.
A caatinga não é encontrada em todo o sertão. Existem áreas em que a umidade é maior ou as chuvas são mais regulares. Esses locais, chamados brejos, possuem uma vegetação mais diversificada e estão localizadas normalmente no sopé de serras e chapadas, onde chove mais.
A área da caatinga era menor do que hoje em dia. Havia florestas de transição que foram devastadas. Como a região semi-árida apresenta solos frágeis, arenosos e salgados, a recomposição das matas não foi possível. Sobreviveram apenas as espécies mais resistentes a essas condições.
Por que não chove no Nordeste?
A caatinga está incluída numa região que sofre constantemente com secas. Estas chegam a durar anos, existem áreas do sertão que já ficaram sem chuva por mais de três anos.Essa porção territorial é conhecida como Polígono das Secas. A falta de chuvas é explicada pela perda de umidade das massas de ar que entram pelo sul. Os ventos também chegam quase sempre secos. Isso acontece porque eles perdem a umidade na porção leste do planalto da Borborema. Mais: isso explica a falta de chuvas significativas nessa área.
Os animais típicos dessa área são os mocós, gatos-maracajás, o calango, a cascavel, o carcará e a asa-branca.
Biopirataria Exploração ilegal de recursos no Brasil- BIOPIRATARIA
Muitas comunidades tradicionais conhecem bem o poder de cura de algumas plantas e sabem receitas para fazer remédios, chás e curativos. Essas propriedades medicinais das plantas também são alvos da biopirataria.
Assim, a biopirataria não é apenas o contrabando de diversas formas de vida da flora e da fauna, mas, principalmente, a apropriação e monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais no que se refere ao uso dos recursos naturais.
Trata-se, portanto, de um mal que enfraquece cada vez mais o nosso país, pois além de ignorar a nossa soberania territorial, permite que nosso patrimônio genético e biológico seja explorado pela ganância internacional.