Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Reduzir, reutilizar e reciclar.



Inserir os três “erres” em nosso cotidiano nunca foi tão urgente. O assunto é sério e segundo dados de Institutos de Meio Ambiente, se o ser humano não mudar seu conceito de proteção, em 50 anos precisaremos de quatro planetas para sobreviver.
Já parou para pensar para onde vai cada embalagem que você joga fora, misturada com o resto do alimento orgânico, diariamente? E a latinha do refrigerante ou da cerveja, qual o destino deles? A resposta está no lixão ou, na melhor das hipóteses, em um aterro sanitário. E se você respondeu negativamente a pergunta, saiba que não está sozinho (a). A maior parcela da população se interessa pelo assunto apenas quando existe a falha da coleta na sua rua e os resíduos ficam acumulados.
Para piorar a situação, o material que reciclamos não acompanha o tanto de lixo que produzimos. O Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagens), associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem, fez um levantamento e comprovou que, dos mais de 5.500 municípios brasileiros, apenas 405 possuem o serviço de coleta seletiva. Muito pouco, já que o Brasil produz em torno de 115 mil toneladas de lixo por dia. E o pior: 54% deles vão para os lixões.
Mas, será que reciclar ainda é a melhor forma de evitar o futuro caos na civilização? Pelo visto, não é! Para o biólogo e especialista em gestão ambiental Renato Luciani Chagas, “a melhor alternativa ainda é reduzir o consumo”. Isso não significa que é preciso voltar para a idade da pedra, mas mudar hábitos. “Troque o sabonete em barra por um líquido, utilize o refil”, disse.
Outra forma de contribuir com o planeta é valorizar outros meios de transportes. Em cidades da Europa, por exemplo, as bicicletas se tornaram importantes meios de locomoção. No Brasil, isso não está nem em questão, principalmente nos grandes centros. Ainda somos, e seremos se nada mudar, o País dos automóveis e dos congestionamentos.

Primeiro passo
Enquanto essa realidade está apenas em nosso imaginário, a sociedade do consumo precisa de alternativas, como a encontrada em Rio Claro (SP). Com uma população estimada de 185.777, a cidade conta com uma cooperativa de reciclagem, criada em 2000. Mas a Cooperviva consegue atender apenas 30% dos bairros. A vice-presidente, Maria Aparecida de Oliveira, explica que “isso se deve a falta de maquinários e também de cooperados e caminhões para a coleta.
Hoje a entidade possui 37 funcionários.  Nos primeiros anos, o maior desafio que estes profissionais enfrentaram foi educar a população. “Foi difícil, os moradores deixavam restos de comida misturados com os produtos recicláveis”, disse. A solução é simples e deve ser feita ainda em casa. A comida misturada a embalagens como derivados de papel ou latas desvalorizam o produto e perdem o valor de mercado.
Para solucionar o problema ou, pelo menos, amenizar essa situação, o trabalho deles depende também do nosso. E para isso não existe segredo, apenas atitude. Aquela velha receita de distribuir o lixo conforme as cores (verde para vidros, azul para papéis, vermelho para plásticos, e amarelo para metais) ainda é a melhor solução.
Como separar o lixo e onde colocá-lo?
Azul: jornais, revistas, cartões, envelopes, folhas de caderno, papéis de computador, embalagens de ovo, papelão e caixas. Papéis sujos como guardanapos ou papéis higiênicos devem ir para os aterros sanitários junto com o lixo orgânico.
Vermelho: garrafas de refrigerante, copinhos e saquinhos plásticos, frascos de xampu e detergente, embalagens de margarina e material de limpeza, canos, brinquedos sem partes metálicas e tubos. Cabos de panela, tomadas e produtos de acrílico em geral não têm processo para reciclagem.
Amarelo: latinhas de aço (como as de óleo de cozinha), latinhas de alumínio, panelas, pregos, fios, arames, sucatas de automóveis. Há limitações no caso de clips, grampos, esponjas de aço, latas de tinta ou com materiais tóxicos como gasolina.
Verde: garrafas, copos, potes, frascos e cacos vão para o lixo reciclável. Já espelhos, fibras de vidro, lâmina, porcelana, cerâmica, tubos de TV, vidro temperado (como os pratos Duralex) e ampolas de remédio não podem ser reciclados.

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