Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Gelo do Ártico tem grande redução


A superfície de gelo ártico registrou neste verão (hemisfério norte) a segunda maior redução desde 1979, informou o Centro Nacional de Dados da Neve e Gelo (NSIDC), com base em imagens de satélites.
Os gelos do oceano Ártico cobriam uma superfície de 4,33 milhões que quilômetros quadrados em 9 de setembro, o menor nível desde 2007 e o segundo menor desde 1979, afirma o "National Snow and Ice Data Center" em um comunicado.
A área do gelo ártico é medida por satélite desde 1979 e a tendência é de uma redução cada vez mais intensa.

A extensão do gelo no Ártico chegou neste verão boreal ao mínimo já registrado, ou está bem perto disso, disseram dois institutos diferentes na terça-feira, confirmando uma tendência que pode levar a verões sem gelo algum na região dentro de uma década.
Em 32 anos de medições por satélites, os últimos cinco foram os que tiveram os maiores degelos, o que provavelmente é consequência de padrões naturais de temperatura e da mudança climática provocada pelo homem.
A ausência de gelo no verão ártico pode afetar o clima no mundo todo. Cientistas dizem que os recentes invernos na Europa e América do Norte, excepcionalmente frios, já são um sinal disso, pois o mar mais quente e aberto no Ártico desvia os ventos polares para o sul.
Pesquisadores da Universidade de Bremen (Alemanha) disseram que este ano destronou 2007 como o de menor extensão do gelo no Ártico, na medição feita em 8 de setembro.
Já o Centro Nacional de Dados da Neve e do Gelo (NSIDC) dos EUA diz que este ano deve permanecer em segundo lugar, mas numa espécie de "empate técnico".
Mais importante que o recorde é a tendência, disse Georg Heygsterall, da Universidade de Bremen, citando o fato de que todos os verões boreais desde 2007 tiveram degelos maiores do que antes daquele ano.

A camada de gelo que cobre o Oceano Glacial Ártico registrou um novo e preocupante recorde de descongelamento no atual verão europeu, tendo sua superfície reduzida em até 4,24 milhões de quilômetros quadrados.
Um porta-voz do Instituto de Física do Meio Ambiente da Universidade de Brêmen anunciou nesta sexta-feira que o novo índice supera a marca de 2007, quando haviam sido registrados 4,267 milhões de quilômetros quadrados de superfície de gelo, número mais baixo até então. Pesquisadores da Universidade de Washington também levantaram o alerta sobre a diminuição de gelo da região no começo desta semana.
"A superfície de gelo se reduziu cerca de 50% desde 1972. Os seres vivos que ocupam o ecossistema sob a camada de gelo e que são o ponto de partida da cadeia alimentar também para nós, os humanos, têm cada vez menos espaço vital", advertiu Georg Heygster, cientista do instituto.
Heygster explicou que a superfície gelada do Oceano Glacial Ártico oscila normalmente entre 15 milhões de quilômetros quadrados em março e 5 milhões em setembro. O recorde atual supera o de 2007 em 0,6% e o especialista acredita que a redução da superfície gelada pode se tornar ainda maior até o fim deste mês.
O cientista alemão confirmou que tanto a rota marítima a nordeste, próxima à costa da Rússia, quanto a rota a noroeste, que faz limite com o Canadá, ficaram abertas como consequência do descongelamento do Oceano Ártico, fenômeno semelhante ao que aconteceu em 2008.
Heygster acrescentou que a diminuição da superfície de gelo do Ártico já não se explica mais pela variação natural que acontece de ano a ano, mas pela mudança climática. Por fim, o cientista ressaltou que com o fenômeno a camada média de gelo também perde espessura.

Degelo do Ártico abre duas rotas entre Europa e Ásia

Recentemente, a Organização Meteorológica Mundial declarou que 2010 empatou com 1998 e 2005 como o ano mais quente desde o início dos registros, há cerca de um século e meio.
Os pesquisadores da Alemanha e dos EUA usaram satélites para medir a radiação de micro-ondas da camada de gelo, mas com métodos ligeiramente diferentes. O NSIDC obtém uma imagem mais nítida, mas a Universidade de Bremen consegue uma resolução mais alta, de 6 quilômetros, contra 25 no outro estudo.
Os pesquisadores são unânimes em dizer que o gelo marinho no verão está desaparecendo em um ritmo maior do que se previa. "Um verão sem gelo no Ártico está rapidamente a caminho. A maioria dos dados indica que os modelos estão subestimando o ritmo da perda de gelo", disse Kim Holmen, diretor de pesquisas do Instituto Polar Norueguês.
"Isso significa que vemos uma mudança mais rápida do que os modelos sugeriram. Significa também que há por aí processos que ainda estamos por compreender influenciando o gelo."
O recuo do gelo no verão já atingiu níveis que eram previstos só para daqui a três décadas nos modelos usados no importante relatório de quatro anos atrás do painel climático da ONU.
Esse grupo de cientistas previu que o Ártico ficaria sem gelo no verão no fim deste século, mas isso pode acontecer já em 2013, segundo uma das estimativas mais agressivas. Outros especialistas preveem que a eliminação total do gelo vai acontecer entre 2020-50.


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