Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

domingo, 27 de setembro de 2009

Carga tributária: Brasileiros pagam 38 impostos.

No Brasil, a carga tributária - o conjunto de impostos que incidem sobre mercadorias ou sobre os rendimentos das pessoas e das empresas - sofre um constante processo de crescimento. No caso das empresas, elas convivem com 59 tributos - entre taxas, contribuições e tarifas. No que se refere aos cidadãos, os impostos somam cerca de 38 tipos de taxas e contribuições.
PRODUTOS
% TRIBUTOS (sobre o       preço final)


Água sanitária
37,84%

Álcool
43,28%

Amaciante
43,16%

Desinfetante
37,84%

Detergente
40,50%

Sabão em barra
40,50%

Sabão em pó
42,27%

Saponáceo
40,50%

 
 

Lata de tinta
39,50%

Saco de cimento
39,50%

Tijolo (unidade)
36,69%

Vaso sanitário
39,50%

Casa popular
Material de construção
IPI
INSS trabalhador 

49,50% (total)
39,50%
2%
8%


 
 

Aparelho de DVD
50,39%

Aparelho MP3 ou IPOD
49,45%

CD (compact disc)
37,88%

DVD
38%

Microcomputador (até R$ 3.000,00)
24,30%

Laptop (acima de R$ 3.000,00)
31,61%

Playstation
72,18%

Som-Micro System
38%

TV 29 polegadas
38%

 
 

Achocolatado
37,84%

Açúcar
40,50%

Arroz (5kg)
15,34%

Batata
11,22%

Biscoito
38,50%

Café
36,52%

Carne bovina
18,67%

Chocolate (barra)
30,80%

Farinha de trigo
34,47%

Frango
18,00%

Frutas
21,78%

Leite em pó
28,17%

Leite longa vida
33,63%

Macarrão/espaguete
35,20%

Margarina 500g
37,18%

Óleo
37,18%

Pão francês
18,55%

Pipoca (saco 500g)
34,82%

Sal
29,48%

Sorvete (picolé)
37,98%

 
 

Bebidas

Água (1,5 litro)
45,11%

Cachaça (litro)
83,07%

Caipirinha
76,66%

Cerveja
(lata) 56%

Refresco em pó
38,32%

Refrigerante (lata)
47%

 
 

Álcool combustível (litro)
25,86%

Aparelho de telefone celular
39,80%

Cigarros
80,42%

Conta de telefone
46,12%

Energia elétrica
45,80%

Juros bancários
26,39%

Medicamentos (uso humano)
33,87%

Óleo diesel
40,50%

Passagem aérea
22,32%

Preservativo
18,75%

Serviço de TV por assinatura
46,12%

Teatro e cinema
30,25%

Jornal
14,09%

 
 

Agenda escolar
44,49%

Apontador
44,39%

Borracha
44,39%

Caderno universitário
36,19%

Caneta
48,69%

Cola tenaz
43,91%

Lápis (preto - unidade)
36,19%

Livro escolar
13,18%

Livros (leitura geral)
15,52%

Mochilas
40,82%

Papel sulfite
38,97%

Pastas plásticas
41,06%

Régua
45,85%

Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT)/mar/2008
Os brasileiros trabalham, em média, cinco meses para pagar impostos - e mais quatro para conseguir pagar por educação, planos de saúde, previdência privada, manutenção das estradas e, em alguns casos, segurança. Não é o que ocorre em outros países - como a Suécia, por exemplo -, nos quais os cidadãos chegam a pagar até mais impostos do que os brasileiros, mas recebem um retorno maior por essa contribuição, na forma de escolas públicas e serviços de saúde de alta qualidade. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o brasileiro trabalhou praticamente todos os dias, entre janeiro e maio de 2008, apenas para pagar impostos. Se compararmos com o que ocorria na década de 1970, naquela época o cidadão trabalhava, anualmente, 2 meses e 16 dias para o pagamento dos tributos. Na década de 1990, já eram 3 meses e 12 dias. Ainda segundo o IBPT, grande parte dessa carga tributária é paga sem perceber, pois muitos impostos estão embutidos no preço de mercadorias e serviços (veja a tabela abaixo) - são os chamados impostos indiretos. Em outros países, no entanto, o cidadão é sempre informado, a cada compra, sobre os impostos ou taxas presentes no preço do produto ou serviço que se deseja adquirir.

Reforma tributária

O governo brasileiro já discutiu várias vezes a reforma tributária - e uma proposta de reforma foi entregue ao Congresso Nacional em fevereiro de 2008, com o objetivo de diminuir as desigualdades regionais e simplificar o sistema tributário. Até junho de 2008, no entanto, nada havia sido votado. A carga tributária brasileira é comparável a de países como Espanha e Alemanha, nações onde o retorno dos impostos para o cidadão, na forma de serviços e outros benefícios, é reconhecidamente maior. Além disso, no Brasil, o peso dos tributos sobre as empresas e os cidadãos é maior do que o registrado em economias como a dos Estados Unidos e do Japão. De toda a riqueza produzida no país, em média 36% corresponde a tributos. Ao mesmo tempo, faltam recursos para investimentos em infra-estrutura. Na Constituição de 1988, por exemplo, diversas garantias foram aprovadas - o acesso a serviços de saúde foi garantido para cerca de 70 milhões de pessoas. Contudo, até os primeiros anos do século 21, as demandas sociais por atendimento de saúde não haviam sido supridas.  
Principais pontos da proposta de reforma tributária:
A reforma deve ser feita por meio de emenda constitucional, com o apoio de três quintos dos deputados
Aprovada no fim do ano passado em uma comissão especial da Câmara, a proposta de reforma tributária ainda precisa seguir o longo caminho de votações nos plenários da própria Câmara e do Senado antes de ser promulgada. Como a reforma deve ser feita por meio de emenda constitucional, com o apoio de três quintos dos deputados (308) em uma votação de dois turnos, a inclusão de temas polêmicos em seu texto dificulta a aprovação.
Principais pontos do projeto em discussão:
1-      Ao instituir o recolhimento do ICMS no Estado de destino, a reforma pretende reduzir a guerra fiscal.
2-     A alíquota do ICMS na origem ficará em 2 por cento. Para ressarcir as perdas dos Estados no processo de transição da mudança no ICMS, o projeto propõe a criação do Fundo de Equalização de Receitas (FER).

3-    O relator pretende também criar o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), o qual teria o objetivo de incentivar a atividade econômica em regiões mais pobres.
4-    A proposta em discussão prevê a punição dos Estados que adotarem instrumentos de guerra fiscal com a perda de repasses do FNDR, do FER e do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
5-    O projeto pretende simplificar o sistema tributário, unificando as atuais 27 alíquotas do ICMS, uma de cada Estado. Para evitar o aumento da carga tributária, os Estados poderão fixar alíquotas diferenciadas para um número limitado de produtos e serviços.
6-    Outra medida para simplificar o sistema será a criação do Imposto sobre Valor Agregado Federal (IVA-F), que substituirá o PIS/Cofins e a contribuição para o salário-educação e será partilhado com Estados e municípios.
7-    Já a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto de Renda serão unificados.

8-    Desoneração da folha de pagamentos das empresas por meio da redução da contribuição para o INSS --queda na alíquota de 20 por cento para 14 por cento em seis anos-- e redução de 2,5 por cento gerada pela extinção do salário-educação.
9-    O relator da proposta, deputado Sandro Mabel (PR-GO), pretende criar dispositivos que assegurem o aproveitamento pelas empresas de créditos de ICMS, IVA-F e IPI.
10-  O relatório prevê aumento dos recursos para investimentos em infraestrutura. O setor passaria a ser contemplado pela arrecadação do IVA-F, IR e IPI, e não mais pela Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustível), que, por ter mais um caráter regulatório, não possui uma base de arrecadação firme.
11   Além de tentar criar limites para a elevação do ICMS e do IVA-F, o relator promete reduzir os impostos que incidem sobre alimentos, bebidas, medicamentos e produtos de higiene e limpeza.
12-  A carga tributária paga por empresas poluidoras pode aumentar, enquanto que companhias que protejam o meio ambiente poderão ter benefícios fiscais.

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