Em 2013, a
população brasileira ultrapassou a marca de 200 milhões. A projeção oficial da
população pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estimou
em 201.032.714 habitantes a população absoluta do país. Pela primeira vez, a
marca de 200 milhões foi superada -- a última marca, de 2012, apontava
199.242.462 habitantes.
Os dados constam
no estudo Projeções Populacionais (2000-2060) - Estimativas de população 2013,
divulgado em agosto deste ano pelo IBGE, e que revela, além do aumento da população,
o envelhecimento dos brasileiros.
A pesquisa mostra
que a população brasileira cresceu 0,9 % em relação a 2012. Do total de
habitantes, 43,6 milhões estão no Estado de São Paulo, o mais populoso, seguido
de Minas Gerais (20 milhões) e do Rio de Janeiro (16 milhões).
Apesar do
aumento, as estimativas apontam que o crescimento populacional no país deve
entrar em ritmo de desaceleração depois de 2042, quando devemos chegar à marca
de 228,4 milhões de pessoas. Depois de atingir o pico populacional, a
quantidade de brasileiros começará a cair e as famílias pequenas serão a
maioria. Espera-se um cenário com mais idosos e as mulheres tendo menos filhos.
Mais velhos e com menos filhos
Essa queda está
relacionada à redução da taxa de fecundidade das brasileiras. As mulheres estão
engravidando cada vez mais tarde e optam por ter poucos filhos. Isso se deve,
em parte, à adoção de métodos anticoncepcionais mais eficientes e à entrada da
mulher no mercado de trabalho. Em 2000, a média era de 2,39 filhos por mulher.
No Censo 2010, foi de 1,91 filhos. Em 2013, a estimativa baixou para 1,77
filhos, média que cairá para 1,5 em 2030.
Nesse cenário, o
Brasil já tem um número menor de nascimentos do que o necessário para repor a
população. A lógica é que um casal tenha, ao menos, duas crianças para
"substituí-los" no futuro.
Com a redução dos
nascimentos, a quantidade de pessoas mais velhas será maior – o IBGE estima que
em menos de 50 anos, um em cada quatro brasileiros será idoso. A expectativa de
vida também deve aumentar: hoje é de 74,8 anos e, em 2060, deve chegar a 81,2
anos.
E qual seria a
consequência para o Brasil de uma população mais velha? O país terá que lidar
com a queda do crescimento populacional. Nesse caso, ocorre perda de poder
econômico, menos pessoas estarão em idade para trabalhar, para pagar impostos e
contribuir para a previdência dos mais velhos.
Embora seja um
país populoso, as estimativas do IBGE não apontam grandes mudanças na ocupação
das áreas, ou seja, o Brasil deve continuar como um país pouco povoado (relação
entre o número de habitantes e as áreas habitadas), já que a população está
distribuída de forma irregular no território.
País vive “transição demográfica”
A demografia é o
estudo das características e mudanças da população através de indicadores como
taxas de fecundidade, natalidade, mortalidade, expectativa de vida, população
absoluta, crescimento vegetativo, entre outros. Boa parte dessas informações é
obtida através do censo do país, processo total de coleta e análise de dados
demográficos, econômicos e sociais, referentes a todas as pessoas no Brasil.
O primeiro censo
demográfico brasileiro foi realizado em 1872, por ordem do Imperador D. Pedro
2º. Na ocasião, foi feito o levantamento do número de habitantes oficial do
país. Desse período até 1940, o recenseamento era realizado a cada 20 anos,
quando passou a ser feito a cada dez.
Este processo de
mudanças no perfil da população brasileira – redução no crescimento e o
envelhecimento -- é chamado de “transição demográfica”. O conceito foi criado
pelo demógrafo Warren Thompson, em 1929, e descreve o período de transformação
de uma sociedade pré-industrial para uma moderna ou pós-industrial. Segundo
Thompson, o perfil atual da população brasileira indicaria que o país está na
última fase dessa transição.
O demógrafo
caracterizou essa fase pós-industrial por taxas baixas de natalidade e
mortalidade e taxas de fecundidade abaixo da taxa de reposição populacional. Há
ainda aumento na proporção de idosos – levando a uma mudança no desenho da
pirâmide etária, que passa a ter a base (população mais jovem) mais estreita, e
topo (mais velhos) mais largo –, o encolhimento da população e a necessidade de
imigrantes para trabalhar nos empregos de mais baixo salário.
DIRETO AO PONTO
Em 2013, o
aumento da população fez o país chegar à marca de 201.032.714 habitantes. Os
dados levantados pelo censo na estimativa divulgada pelo IBGE, aponta que a
população brasileira deve ter uma mudança de perfil nas próximas décadas. A
partir de 2042, as características demográficas do país serão: menor
crescimento populacional, famílias pequenas e crescimento da população idosa.
Essa mudança é
explicada pela queda na taxa de fecundidade, que é hoje de 1,77 filhos. A queda
pode ser explicada, entre outros motivos, pelas mudanças no papel da mulher na
sociedade. Esse valor é menor do que o necessário para garantir a reposição da
população.
O IBGE estima
também que aumentará a expectativa de vida do brasileiro até 2060: hoje é de
74,8 anos e, em 2060, deve chegar a 81,2 anos.
O aumento da expectativa de vida aliado à redução da taxa de natalidade
deve levar à predominância da população
com mais idade no país.
Fonte: http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/demografia-brasil-supera-200-milhoes-de-habitantes-populacao-esta-mais-velha-e-com-menos-filhos.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário